Nota: Essa é uma carta de Marlene Mckinnon para seu amante Sirius Black. A história não foi como dizem.
Oi Siruis
Lá estava eu, na aula de transfiguração, desesperada. Não sabia o que fazer. Foi então que você veio e me ajudou. Se debruou sobre minha mesa e me explicou o que eu não entendia. Foi a primeira vez que eu realmente te notei. Acho que foi ali que me apaixonei. Só não sei exatamente quando me dei conta, ou melhor, me permiti gostar de você. Mas admito: era bom. Era bom gostar-te, pois você era bom. Era legal comigo, era engraçado, e extrovertido.
Apesar de tudo, eu sabia que não era vista. Sabia que era só mais uma e que a sua gentileza não era exclusiva minha. Fazia parte de você. Por um momento me vi escrevendo cartas de confissão, poemas de amor, tudo sobre você. Você e seu jeito de sorrir, e seu jeito de falar. Não comigo, para minha tristeza.
Não sei quando comecei a imaginar que a situação estava mudando. Enfatizo, imaginat, já que hoje sei que tudo não passava de ilusões minhas. Ilusões estas bem alimentadas por momentos como aquele em que seu olhar encontrava o meu, como em um dia na aula de história. Ou no dia em que você brincou com uma papel em minha mão, na aula de astrologia e puxou conversa. Ou naquele dia em que você sentou ao meu lado na praça, começou a puxar papo, e quando me levantei disse: fique mais. Sei que tudo isso eram coisas minhas, coisas que acontecem em qualquer convivência normal, mas em minha mente foram superestimadas. Tudo isso tentando encontrar algum registro de que você me notava como algo mais.
Não lembro qual foi a gota d'agua, mas chegou um momento de loucura em que estava convicta de que o sentimento era mútuo. E, embra não admita a ninguém, foi isso que me impulsionou a adorar-te
Foi o momento mais estranho de minha vida. Eu só lembro de minha boca se abrindo e dizendo: "gosto de você" e você sem saber o que dizer. Olhou para a janela, depois de vicou para mim e começou a falar. Pode ter sido insanidade minha, mas foi um momento feliz pois era a primeira vez que você se dirigia a mim e falava comigo. Só comigo. Mas a felicidade não durou muito ouvindo o que você me falava. Você foi gentil, doce e cavalheiroe só me fez ficar ainda mais apaixonada por você de um jeito que, naquele momento estava sendo comprovado não mútuo. Você não gostava de mim.
Os dias seguintes foram os mais constrangedores. Você não olhava para mim e se era obrigado a se dirigir a mim, o fazia com o olhar baixo. Eu me odiei por ter acabado com qualquer coleguismo que havia entre nós. Mas mesmo hoje não sei se voltaria atráz. Ainda hoje fico imaginando os se. Se eu não lhe tivesse contado. Se você gostasse de mim. Se. Se. Tantos se.
Tento te esquecer. E por um momento consegui. Mas falhei em seguida. Não sinto por você o que sentia antes, mas ainda sinto a ternura quando me fala. A vergonha quando lembro. E a mágoa de mim mesma por ter sido tão precipitada. Mas também não sei se me arrependo.
Espero que um dia me perdoe pelo momento constrangedor que te fiz passar. E que não me ache ridícula. Faltam-me palavras.
Marlene M.
N.A: Não pensei nos dois para escrever essa fic. É simplesmente um depoimento pessoal. Qualquer semelhança com outra fic é a mais infeliz das coinciências.
