Sempre

(Johnny.)

Gil sequer pestanejou quando aquelas garotas ruivas o cumprimentaram entusiasmadamente (quem eram elas mesmo?) ou alguns conhecidos puxaram conversa. Eram sempre as mesmas pessoas, as mesmas expressões faciais, os mesmos diálogos, as mesmas festas... era como estar preso em uma sala de cinema cheirando a mofo, assistindo sempre o mesmo filme enfadonho e em preto-e-branco. Sua mente divagou, como de costume, em seu universo próprio. A mesma expressão blasé. De repente seus músculos se contraíram, como se tivesse escutado um som que o universo emitia apenas para ele — o som de passos se aproximando. Sua boca secou, a mente imediatamente voltou para a realidade e seu coração bateu depressa, sua visão e os outros sentidos focados em apenas um elemento, a única coisa que jamais deixaria de capturar sua atenção.

—Oi, Johnny.

—Oi, Gil.

Johnny nunca seria igual aos outros.


N/A: Por que pô, meu, é putaqueoparivelmente Canon.