Nota da autora: É uma fanfiction beeeeeeem pequenininha sobre a vida como vampiro no ponto de vista de Rosalie.
Se ainda não leu "Eclipse", não leia!! Contem spoiler!
Disclaimer: Twilight não me pertence, assim como seus personagens.
O preço
Posso dizer sem sombra de dúvida que minha vida é perfeita.
Em todos os tópicos em que penso, concluo isso...
Sou bela. Tenho um rosto perfeito, pele clara e sem marcas. Um rosto marcante, daqueles que sempre são lembrados, daqueles que venderiam qualquer coisa em uma campanha publicitária. Meus cabelos são lindos... Loiros e brilhantes. E sei que 'estonteante' é a melhor palavra para descrever meu corpo, sou o tipo de mulher que chama a atenção de qualquer homem. Sim, sou vaidosa... E posso ser. Eu realmente sou uma das criaturas mais belas que existem. Poderia ser comparada à Afrodite sem exageros.
Tenho dinheiro e posso me vestir da forma que quiser. Posso esbanjar glamour e estilo. Posso ter tudo o que o dinheiro pode proporcionar a uma pessoa.
Fui acolhida por pessoas que prezam pelo meu bem. Pessoas que hoje posso chamar de família. É claro que não nos entendemos em tudo, isso seria impossível, mas conseguimos conviver sem maiores problemas.
Até mesmo no amor posso dizer que tenho muita sorte! Encontrei a minha pessoa... Aquele que vai estar do meu lado independente da situação e que me completa de uma forma que nenhum outro poderia fazer.
Sou eterna.
Serei eternamente bela. Sempre terei 18 anos. Viverei tanto tempo que será possível conhecer todos os lugares do mundo assim como presenciar coisas inimagináveis. Jamais terei que me preocupar em envelhecer, não... Serei jovem para sempre! Nada em minha existência será fugaz... Minha beleza será eterna.
Claro que isso tem um preço. Tudo na vida tem um preço. Não poderia ter a eternidade a minha disposição sem ter que perder algo ou não ter uma coisa que gostaria muito de ter. Seria terrivelmente injusto se eu pudesse ter tudo.
Ah... Como queria ter uma família! Claro, eu considero os Cullen's como minha família... Mas quando falo em ter minha família, quero dizer em formar uma. Casar e ter... Filhos. Às vezes penso que o que me faz mais infeliz ao perceber minha condição é o fato de que nunca poderei ter um filho. Oh, como uma coisa morta, fria e dura como eu poderia gerar um lindo e gorducho bebezinho?
Apesar da forma como morri, tão horrível e agonizante forma como fui traída e humilhada por aquele que imaginava ser a pessoa com quem iria dividir meus sonhos. Ser largada na rua a minha própria sorte e a sorte me pôr Carlisle como meu salvador. A dor da transformação... Não considero nada disso como o pior ou ruim o suficiente.
Para mim, o pior sempre será o fato de não poder ter o meu bebezinho... Uma linda criancinha que iria encher meus dias com seus chorinhos e exigências infantis. Esse será sempre o meu preço. O preço que paguei para reverter tudo o que era efêmero em minha vida e que eu desejava que durasse. Estarei sempre congelada neste ponto. Uma bela moça de 18 anos que nunca poderá realizar um sonho, quase uma necessidade fisiológica que o organismo exige e a mente grita ser inevitável.
Ao conseguir a beleza eterna, perdi o direito inalienável de ser mulher.
