Olá, tudo bem com vocês?
Então essa é minha primeira fanfic, mas espero que vocês gostem, se tiver algum erro de ortografia sera corrigido.
Indo ao que realmente interessa, a historia se passa depois do fim da série, tendo alguns flash back, nesse capitulo quis inserir o leitor na história para ter uma ideia melhor do que esperar. Espero que gostem e tenham um boa leitura.
A música é do Coldplay- The Scientist
O dia amanheceu nublado um pouco frio sem resquícios de que seria um dia agradável, olhou para o relógio e ao mesmo tempo para o nada sentindo o peso da decisão que havia tomado a dois anos atrás, nada de incomum naquela manhã. Levantou-se da cama caminhando em direção ao seu banheiro, escovou seus dentes olhando para seu reflexo no espelho refletindo em como sua vida havia mudado depois do fatídico dia, nada de correria, nada de diferente, todo o dia era á mesma coisa a mesma sensação. Sem notar uma pessoinha entrou em seu banheiro caminhando em sua direção, sentiu a barra de sua blusa sendo movimentada inclinando-se para baixo vendo que ela estava com seus bracinhos esticados para ser pega, agachou-se ajeitando-a em seu colo depositando um breve beijo em sua bochecha caminhando com a pequena em direção ao seu quarto, tirou seu pijama colocando o uniforme da escola. Um tempo depois desceu com a pequena para a cozinha a fim de preparar o café da manhã. Após terminarem o café pegou a pequena pelas mãos indo em direção à garagem da casa, chegando ao carro abriu a porta traseira e a criança subiu em sua cadeirinha se ajeitando enquanto puxava o sinto de segurança, entrou em seguida no carro apertando o botão do controle remoto do portão e imediatamente o viu subindo, girou a chave na ignição dando macha ré seguindo em direção à escola de sua filha, depois de dez minutos dirigindo chegaram ao destino, destravou o cinto que prendia a criança pegando-a no colo deixando-a na escola. Voltando para casa parou seu carro em uma rua qualquer estacionando de qualquer maneira, debruçou sua cabeça no volante começando a pensar em tudo que estava vivendo por conta de uma única decisão, uma decisão que no começo parecia ser a melhor, a mais sensata. Seus olhos se inundaram em lágrimas deixando algumas escorrerem pela sua face, de repente escutou o toque do seu celular tirando-a de seus pensamentos, esticou seu braço pegando-o enxergando o nome que aparecia na tela arregalando seus olhos não acreditando no que estava lendo atendeu a ligação sem conseguir balbuciar uma palavra se quer, ficou sem voz naquele instante enquanto escutava seu nome ser pronunciado por aquela voz serena e familiar.
— Lisa! Fez uma pausa. — Sei que não esperava por uma ligação surpresa minha, mas não sabia se te avisava. Como somos amigos pensei que seria melhor saber por mim do que por qualquer pessoa.
Não sabia o que falar, não conseguia raciocinar direito a única coisa que conseguiu pronunciar foi.— Wilson é você mesmo?! Não acreditava que estava recebendo uma chamada dele, já não se falavam por um bom tempo, estava atônica.
— Mas é claro que sou eu Lisa. Não sabia se tinha feito bem em ligar, mas já que tinha tomado essa decisão não podia desistir. — Bem Lisa eu sei que você não quer saber nada sobre o House, ainda mais depois do ocorrido no entanto acho que devo isso a ele. Respira fundo. — Não sei como te falar isso, mas e melhor eu ir direto ao ponto. Suspirou. — O House faleceu Lisa.
Olhou para o horizonte começando a rir, depois de dois anos Wilson liga para fazer aquele tipo de pegadinha?! A que ponto eles haviam chegado?! Enquanto isso no outro lado da linha Wilson não acreditava no que estava escutando, ficou em choque, como assim ela estava rindo da notícia que acabava de dar?! Ficou pasmo, Lisa não tinha consideração por House? Entendia que seu amigo havia passado dos limites quando destruiu sua sala com aquele carro, no entanto antes daquele fato ocorrer eles formavam um casal, claro que tinham suas adversidades, porem eram magníficos juntos. Wilson respirou fundo, fazendo Lisa se pronunciar.
— Wilson eu esperava isso do House, não de você. Diz com certo desdém. -— Depois de tanto tempo você me liga pra fazer uma brincadeira dessas?! Por favor, tem outras maneiras de chamar minha atenção. Parou de falar esperando alguma resposta de Wilson, alguns segundos se passaram e ele não se pronunciava, só escutava sua respiração pesada, decidiu se despedir e finalizar a ligação. — Wilson foi um prazer escutar sua voz, no entanto estou meia ocupada. Quando ia desligar escutou a voz de Wilson rouca a detendo.
— Lisa eu sei que já se passaram dois anos entretanto isso não significa que mudei meu jeito, confesso que com o tempo peguei alguns trejeitos do House, só que você me conhece há bastante tempo para saber que respeito sua decisão, dês do dia que você pediu demissão do hospital e foi até minha sala explicando tudo, pedindo para não lhe procurar e deter o House eu realmente acatei então, por favor, não nesse momento, não venha se achar superior ao House ou a mim, te entendo sei que você ficou magoada, com raiva, no entanto não é hora para isso. Deixou algumas lágrimas escaparem e com a voz rouca continuou. — Só liguei para te informar porém cometi um erro, peço desculpas pelo incomodo, até. Quando ia desligar é impedido pelo choro que escutou.
— Wilson você está brincando? Está fazendo isso porque House pediu e você não conseguiu falar não?! Falava tentando controlar o choro. — Não tem como ele está morto, há um tempo ele estava preso pela minha queixa. Parou de falar ao ouvir o choro de Wilson fazendo sua ficha caiu.— Você pode me explicar o que aconteceu Wilson? Fala alguma coisa pelo amor de Deus. Desejando escutar a famosa frase everybody lies.
— A historia é complicada e longa, já faz uma semana que House faleceu não sabia se te dava a noticia ou não, como você exigiu sua prisão pensei que não quisesse saber nada relacionado a ele, contudo percebi que tinha que te avisar, não era justo com você. Estava mais tranquilo. — Bem Lisa a minha parte eu fiz, como você disse que está ocupada não vou mais te atrapalhar. Antes mesmo de desligar Cuddy lhe chamou.
— Wilson, vou pra Princeton. Soou firme. — Hoje mesmo! Quando chegar quero que me conte tudo. Falava sem raciocinar direito.
— Você realmente tem certeza do que está dizendo? Á conhecia, sabia que não conseguiria a fazer mudar de ideia, mas queria ter certeza. Uma parte de si sabia que essa seria sua decisão, no entanto todo cuidado era pouco.
— Tenho Wilson, quando eu estiver chegando te ligo novamente.
Antes mesmo de Wilson se pronunciar ela já havia encerrado a ligação do jeito que estava ficou, podia ter passado alguns minutos, contudo o tempo parou no momento em que Wilson disse que House havia falecido. Entrou em estado de choque enquanto a notícia ecoava em sua mente, voltou á realidade raciocinando havia dito que iria voltar de forma automática, no entanto tinha ido embora exatamente para não ter contado com sua vida antiga e começar novamente, deu partida no carro refazendo o caminho para buscar Rachel no colégio, só conseguia pensar em voltar para casa fazer ás malas e partir para Princeton.
Wilson estava em sua sala no PPTH pensando se tinha feito o correto não sabia como reagir ao rever Lisa, já se fazia dois anos que havia partido e como ela mesmo tinha dito. — Estou indo e não vou voltar James, House passou dos limites, quando pensei que tínhamos voltado a ser o que éramos antes do nosso relacionamento, ele entra com um carro na minha sala. Piscou olhando para varanda onde tantas vezes conversou com House, por mais que tivesse traído a promessa que tinha feito á Lisa ficou aliviado, sabia que onde quer que seu amigo estivesse estaria contente em saber que Lisa se importava. Foi tirado de seus pensamentos quando escutou a enfermeira o chamando.
— Dr. Wilson seu paciente está te esperando na sala 2013.
Escutou movimentando sua mão como se já estivesse indo a vendo fechar a porta, levantou-se de sua cadeira colocando as palmas de suas mãos estendidas sobre a mesa, depois de alguns segundos nessa posição caminhou até a varanda admirando a sala do seu amigo, estava tudo exatamente do jeito que ele havia deixado, se recordou que até pouco tempo atrás House ficava sentando na cadeira jogando sua bola velha, melhor dizendo a "bolosa" que salvava vidas para cima e para baixo tentando encontrar a resposta para solucionar seus casos, esboçou um leve sorriso por conta da lembrança, caminhando em direção à porta do seu consultório rodou a maçaneta saindo fechando indo em direção à sala que seu paciente o esperava.
Lisa já tinha feito às malas, arrumou Rachel e á deixou brincando em seu quarto enquanto resolvia alguns detalhes da viagem de ultima hora. Chamou Rachel e alguns instantes depois ela apareceu correndo sorrindo em sua direção.
— Aonde vamos mamãe?! Piscava transparecendo sua curiosidade.
— Vamos visitar um amigo da mamãe você vai adorar, é surpresa! Agora vem aqui para podermos ir.
Lisa pegou na mãozinha de Rachel caminhando até o carro, á sentou na cadeirinha com o sinto de segurança em seguida fechou a porta, andou em direção a sua olhando para seu reflexo na janela por algum tempo para tomar coragem, entrou no carro dando partida, em sua mente passava tantas coisas que mal conseguia saber o que estava fazendo direto só conseguia pensar que House estava morto, encontrava-se agindo mais pelo impulso do que pela razão. Fazia um bom tempo que dirigia escutando música, começou a cantar junto para se distrair. — Tell me you love me, come back and haunt me oh, and i rush to the start running in circles, chasing our tails coming back as we are nobody Said it was easy oh, it's such shame for us to part nobdy Said it was easy no one over said it would be so hard i'm going back to the start. Cuddy olhou para o retrovisor vendo que Rachel dormia começou a admira-la, ela vestia uma blusa de manga comprida branca cheia de coraçãozinhos vermelhos, uma calça jeans preta e para complementar o look calçava um tênis branco com detalhes rosa, percebeu como seu bebezinho já estava grande se recordando novamente de como o tempo havia passado rápido. Avistou a placa que informava quantos km faltava para chegar em New Jersey sentindo o frio na barriga faltava pouco para chegar em Princeton, parou o carro próximo ao meio fio começando a procurar seu celular que estava dentro da sua bolsa que se encontrava no banco do passageiro, o achou discando o número de Wilson.
Wilson sentiu seu celular vibrar no bolso do seu jaleco enfiou a mão o pegando, olhou para a tela vendo o nome de Lisa escrito sentiu um frio na barriga, nesse momento percebeu que ela estava falando sério o levando até sua orelha.
— Oi Cuddy, já chegou? Estava um pouco nervoso, não sabia como agir.
— Bom Wilson ainda não, mas daqui uns 10 minutos sim onde você está?! Ficou um pouco aflita, percebendo que Rachel tinha acordado começando a brincar com seu ursinho que estava ao seu lado no banco.
— Cuddy eu ainda estou no PPTH, sabe como é? Respira fundo.
— Sei sim, porém não é uma boa ideia aparecer ai. Solta uma risada nervosa. — Você poderia me encontrar em outro local Jimmy? Sendo sincera não estou preparada para ir ao hospital.
— Posso sim Lisa, só não posso sair por agora, estou um pouco atarefado com uns papeis. Percebeu que Lisa tinha o chamado de Jimmy ficando surpreso.
— Wilson sem problema algum é bom que olho algum hotel para me hospedar por alguns dias, sai meia apresada que nem pensei nisso, também faço um lanche com a Rachel, ela já deve está com fome.
— Mas é claro que não vou deixar você ficar em um hotel Lisa ainda mais com a Rachel, pode ficar comigo, no meu apartamento.
— Tem certeza Wilson? Não quero atrapalhar.
— É claro que não vai Lisa o apartamento é grande, moro ainda naquele que roubamos de você. Sorrir da lembrança. — Como você já está chegando vou te falar onde pode pegar a chave reserva, é bom que conversamos, lá teremos mais privacidade e também mato a saudades que estou da Rachel. Vou sair mais cedo do hospital e te encontro lá, tudo bem para você?
— Por mim está sim Wilson, muito obrigada.
Wilson estava um pouco aflito, seu apartamento não estava muito arrumado e Lisa estava indo para lá para conversarem sobre House não imaginava e nem esperava por isso, precisava chegar cedo em casa se levantou e organizou seu escritório, tirou seu jaleco o pendurando no cabideiro pegou sua pasta saindo de sua sala caminhando em direção ao elevador, ficou um tempo esperando o elevador chegar no seu andar até que as portas se abriram e ele andou para dentro apertando o botão, quando o elevador chegou ao andar de entrada do PPTH caminhou para fora avistando Foreman se escondeu um pouco para não ser notado por ele, finalmente havia saído do hospital caminhando em direção ao seu carro, abriu a porta traseira colocando sua pasta no banco de trás e depois abrindo sua porta entrando, sentou em seu banco e antes de dar partida sussurrou. — Deus me ajude.
Enquanto isso Lisa dirigia para o apartamento de Wilson, pensando se era uma boa ideia ficar por lá. — Claro que é Lisa, por mais que vocês ficaram um tempo sem se falarem vocês são amigos, ele não vai te julgar agora. Por meio de seu pensamento chegou ao prédio engolindo seco, estacionou o carro admirada como ainda estava lindo lembrando-se de como queria morar ali, sentiu saudades de antes de como as coisas eram, com essa nostalgia nem percebeu que já estava parada ali admirando o prédio há alguns minutos, só saiu dos seu transe quando escutou a voz de Rachel lhe chamando.
— Mamãe onde estamos? Á encara sorrindo.
— Você se lembra do Tio Wilson Rachel?! Diz isso meio receosa, mas esboça um sorriso.
— Tio Wilson? Faz uma carinha de quem estava puxando na memória as lembranças, depois de alguns instantes responde sua mãe sorrindo. — Mas é claro que lembro mamãe, tenho cara de burra?!
— Mais é claro que você não tem cara de burra minha princesa. Abre um sorriso. — Pois então meu amor vimos visitar o Tio Wilson, iremos ficar com ele por alguns dias ta bom?!
Rachel balança a cabeça pra cima e pra baixo em sinal de sim, Lisa se liberou de seu cinto de segurança abrindo sua porta descendo do carro, fazendo o mesmo com Rachel e a pegando no colo, respirou fundo caminhando em direção ao prédio sem saber que á cada passo que dava sua vida poderia mudar para sempre.
