Harry Potter
E o
Pacto de Sacrifício
**** Vamos deixar bem claro que essas personagens não me pertencem [infelizmente!], e sim à J.K. Rowling – 'A' MENTE BRILHANTE DO SÉCULO XX e XXI -. Eu não tenho a menor pretensão de tirar algum proveito lucrativo com essa estória. Sou apenas uma adolescente com uma imaginação muito fértil... ***
Início da Fanfiction: 24 de março de 2008.
Término: Indeterminado...
Gênero: Romance / Aventura / Drama
Número de Capítulos: Indeterminado...
Casais: Harry e Hermione / Draco e Gina / Rony e Luna.
SINOPSE: Definição de "pacto": Aliança, no sentido de acordo, é um pacto entre duas ou mais partes objetivando a realização de fins comuns. (fonte: Wikipedia)
Pacto de amor a ser selado, pacto de amizade a ser testado, pacto de lealdade, pacto e mais pactos. A vida é repleta deles disfarçados em palavras, em atos, em juras e em promessas. Mas há um pacto a ser quebrado...
Anos fora de seu mundo, longe de seus amigos, longe de seu lar... sua vida? Definia-se em uma única palavra: CHANTAGEM. E agora ela estava de volta e por onde passava deixava a sua marca... Usava as palavras como arma e machucava todos ao seu redor. Hermione não era a mesma. Fato.
Uma história em que tudo será posto à prova. Harry e seus amigos serão testados nos seus limites... Uns estão de volta, outros nunca deveriam ter voltado. Uma Guerra que nunca acabou... E que só estava no seu começo.
A solução?
"E mais uma coisa: tirem vantagem daquilo que vocês têm e que as trevas nunca terão. Adeus. Alvo Dumbledore.". Só precisavam enxergar...
Capítulo 1: Nada é Como Antes
O sol batia em seu rosto de forma incômoda através do vidro dianteiro de seu carro, um caríssimo Porshe preto conversível e com teto regulado. Ele ia cortando as ruas de Londres com seus cabelos contra o vento, ao ritmo de "Twist and Shout" dos Beatles. Sua voz era abafada por conta da altura do som de seu carro.
Era uma bela manhã de quarta-feira na capital inglesa, sol marcando presença no céu, poucas nuvens e um tanto quente para um dia de outono. Como em qualquer lugar no mundo, durante a manhã é aquela loucura de pessoas saindo para o trabalho, e certamente ali não seria diferente. Ele estacionou o seu carro no estacionamento do Ministério da Magia, pegou sua maleta de couro preto legítimo e entrou no local. Aproveitava a lentidão do elevador para se arrumar de frente ao espelho. Há anos que tinha desistido de tentar dar um jeito em seus cabelos que insistiam em ser rebeldes, ajeitou a sua gravata vinho com pequenos detalhes brancos, e esta fazia contraste com sua camisa branca social de linho, devidamente acompanhada com um paletó azul-escuro. A porta do elevador se abriu e de lá só saiu ele, e como todas as manhãs ele cumprimentou animado todos os funcionários ali presente. Pegou o longo corredor e se dirigiu até a última sala, que era sua. Depositou sua maleta em sua mesa, retirou de dentro dela um laptop prateado e o ligou, enquanto sua secretária - uma senhora de meia idade de nome Lourdes, bastante simpática - lhe entregava alguns papéis. Sentou-se em sua cadeira e deu início ao seu dia de trabalho.
O beijo se tornava ainda mais intenso a ponto dele jogar tudo o que havia na mesa para o chão a deitando sobre ela. Suas mãos sacanas percorriam cada curva daquele corpo que só lhe pertencia, e que apesar de conhecer cada milímetro daquela perdição adorava fazer um tour sempre que tinha chance. Ela também não era boba e só queria saber do abdômen sarado dele, além de dar leves apertos em sua comissão traseira. Aquelas partes do corpo a deixavam completamente louca. Ele se atreveu, e desceu sua boca até o pescoço dela começando uma sessão de chupões. O dia já estava um pouco quente e dentro daquela sala a tendência era que aquilo virasse o inferno, porém algo os surpreendeu:
-Pelas barbas brancas de Merlin, por acaso vocês dois são ninfomaníacos ou coisa parecida?!
Draco deu um sobressalto de susto enquanto sua pele conseguia ficar mais pálida do que já era. Por outro lado, Gina se levantou ainda se recompondo da mesa bastante ruborizada.
-Fica pegando no meu pé! Você fala isso porque não tem filhos! Desde que a Susan nasceu que eu e Draco não transamos Rony!-retrucou a caçula dos Weasley.
Rony fez cara feia, não lhe interessava nem um pouco a vida sexual de sua irmã mais nova. Mas por um momento ele se colocou no lugar de seu cunhado e pensou com clareza "é, eu também subiria pelas paredes". Balançou a cabeça na tentativa de esquecer tal assunto e lembrar o que queria falar. Draco voltou com o seu olhar safado para a esposa, e esta não fazia cara de santa também. Por sorte o caçula dos meninos da família de ruivos não percebeu nada. A ruiva foi até o marido e pôs-se a ajeitar a gravata dele.
-Ah, lembrei... Vim pegar o plano Gina e às nove da manhã teremos reunião de equipe para discutirmos os procedimentos da missão de hoje à noite. -falou o ruivo.
-Ok. Só para confirmar: a equipe dessa missão sou eu, você, Lupin e Shakebolt, certo? -perguntou Draco mais concentrado no trabalho agora, já que os seus olhos só sabiam admirar a esposa de forma faminta.
-Isso aí. - confirmou Rony.
Gina entregou o papel que continha o plano. Como ela agora era mãe não queria se arriscar em missões, nenhum tipo delas. Continuava sendo uma auror, porém agora trabalhava internamente, na base e ganhara o posto de estrategista. A ruiva sempre se destacou no que fazia, e quando fazia parte da Elite sempre foi àquela que tinha mais visão das coisas, por isso sempre traçava as estratégias perfeitas. Quanto à Draco, se tornou auror porque ele acredita que é a única forma de se redimir com o mundo por tudo o que fez no passado. Faz parte da equipe de Elite e é o mais frio na hora de resolver as coisas. Nunca escondera de ninguém que diálogo com os vilões sempre foram perda de tempo, por isso ele é conhecido como aquele que pouco fala e age muito. Já Rony tem uma função importante na Elite, sua patente é de 2º tenente e, é aquele que sempre substitui Lupin no comando quando este não pode assumi-lo por alguma razão.
Ele lia com atenção todos aqueles pergaminhos. Essa era a parte que menos gostava de seu trabalho, era realmente muito chato. Harry Potter se tornara um grande empresário e fazia parte do Departamento Executivo do Ministério da Magia. Era dono de duas grandes empresas internacionais bruxas, uma que fabricava acessórios e derivados para Quadribol, e a outra era uma rede de restaurantes de comida bruxa. Além de ter comprado também o Profeta Diário ano passado. Ele trabalhava no Ministério porque era investidor direto, como vantagem o ministro lhe dera um escritório no Dpto. Executivo, e de lá ele controlava suas duas empresas mais o Profeta Diário.
A manhã passou de forma tranqüila para os ingleses. O sol se destacava cada vez mais em meio a um céu completamente azul indicando que a matina já tinha passado e que a tarde entrava naquela quarta-feira. O Ministério se encontrava praticamente vazio, todos tinham ido almoçar.
-... Não, talvez eu tenha que viajar neste final de semana de novo para a França. Eu estou torcendo para que eles acertem aquilo por eles mesmos e não precisem de mim!-dizia Harry para Rony.
Os dois se encontravam na recepção geral do Ministério esperando que o "casal foguinho" descer. Nesse momento Luna saiu do elevador e deu um forte abraço no marido por trás. Rony lhe cumprimentou com um doce beijo seguido de um sorriso. Não demorou muito e Gina e Draco apareceram. Os cinco saíram. Como todo dia, eles foram ao centro de Londres, no mesmo restaurante trouxa de sempre e puseram-se a almoçar.
-Pretendem pegar o "pomo" hoje?-perguntou Harry significativo e dando ênfase no "pomo".
Os três aurores se entreolharam. Quando estavam em lugares públicos corria sempre o risco de ter alguém escutando e por isso se comunicavam em códigos. "Pomo" foi o código inventado para Bellatrix Lestrange.
-Sim. -respondeu Draco dando mais uma garfada na comida.
-Quando pegarem o "pomo" eu quero ver, ok? - falou Harry dando um gole no vinho.
O silêncio pairou entre os amigos de forma súbita. Rony se distraiu ao ver uma bela moça passar em frente ao restaurante, porém sua distração não durou menos do que uns três segundos, porque Luna lhe acertara um tapa no alto da cabeça, o que acarretou risadas de todos.
-Você pode olhar outras mulheres sim, contanto que não seja na minha frente Ronald! - falou a loura um tanto irritada.
Gina fez o seu sorriso desaparecer ao prestar atenção na tal moça que seu irmão olhava segundos atrás. Agora ela estava parada na calçada em frente ao restaurante esperando o sinal fechar. A ruiva olhava desacreditada, "se não é ela, parece muito!", pensou ela. Nesse momento todos pararam de ri e olharam para a mesma coisa que chamava tanta atenção de Gina, mas infelizmente não puderam apreciar muito a bela moça já que o sinal tinha ficado vermelho e ela atravessou.
Já de volta ao Ministério os cinco ainda conversavam entusiasmados. Novamente ficaram papeando na recepção geral do lugar. Foi então que Rony novamente ficou calado. A moça que vira no restaurante estava conversando com uma das recepcionistas da recepção. E de uma visão mais de perto ele pôde ter toda a certeza de que era realmente ela. Luna já estava pronta para dar outro tapa no marido pelo o descomedimento quando desistiu no meio do caminho ao reparar quem Rony observava.
Ela sentiu todo o seu corpo ficar gélido em questão de segundos. Suas mãos tremiam, sua garganta secou e sentiu-se inteiramente arrepiada. Usava uns óculos escuros, e seus olhos cruzaram com aquele par de olhos verdes penetrantes, era impossível não sentir o coração bater mais rápido. Um frio na barriga a invadia, deixando-a com a respiração descompassada.
-Quando voltou?!-perguntou Gina com um sorriso de orelha a orelha e agarrada no pescoço dela.
Ela baixou os óculos dando a certeza a todos de que era realmente ela. Tinha que se manter forte e não podia sucumbir.
-Não importa... -falou ela com o tom carregado de frieza.
Harry não sabia o pensar muito menos o que fazer. Uma adrenalina lhe consumia por dentro ao mesmo tempo em que os sentimentos de mágoa, alívio, felicidade, ódio e desgosto também davam o ar de suas graças. Foram sete anos sem vê-la.
-Oi sumida. -foi à única coisa que ele conseguiu falar.
Mas ela não pôde ouvir o que ele disse por que Rony a abraçou de forma desesperadora. Este também sustentava um sorriso largo nos lábios.
-Sentimos muito a sua falta! Estou realmente feliz de tê-la conosco novamente!-falou o ruivo.
-É mesmo? Não senti a mínima de vocês!-ela disse lasciva.
Todos se abismaram com a resposta dela. E por um momento acharam que a tinha confundido com outra pessoa. Hermione se mantinha firme na sua impassibilidade.
-Se me dão licença eu tenho coisas importantes a fazer. Não posso ficar aqui perdendo o meu valioso tempo com coisinhas inúteis como vocês.
Sendo assim, ela colocou novamente os seus óculos escuros e saiu ignorando o olhar constante de Harry. Ela estava nervosa, não sabia o que pensar, suas mãos tremiam, tinha a certeza de que estava pálida, sua respiração era rápida, o seu coração parecia que ia sair a qualquer momento do peito do tanto que batia freneticamente. Um misto de emoções explodia dentro dela. Sua distração foi tanta que por pouco não fora atropelada por um carro. Era visível que ela estava atordoada. E após atravessar em segurança a grande avenida, seguiu em direção ao Big Ben, sentou-se num daqueles banquinhos para se recompor. Aos poucos foi organizando os seus pensamentos e sentimentos. A feição de cada um deles era nítido em sua mente. Todos mudaram bastante, por aparência. Rony tinha abandonado aquele físico raquítico e dando lugar a músculos, seus cabelos estavam cada vez mais avermelhados e passaram a usar roupas decentes ao invés de suas antigas roupas bregas. Já a sua irmã mudara do "bom" para o melhor, cortara as suas madeixas ruivas até os ombros, suas sardas ainda persistiam em seu delicado rosto, o que era de fato o charme da ruivinha, além de seu corpo todo delineado de curvas, continuar delineado. O herdeiro dos Malfoy, apesar de ter mudado de lado continuava sustentando a sua aparência fria e sombria, seus cabelos loiríssimos agora estavam curtos e arrepiados, e seu corpo continuava definido. Enquanto à Harry, este ainda mantinha os seus teimosos cabelos rebeldes, cultivava um cavanhaque e sua feição era de cansado, carregado de olheiras. E ela tinha que admitir que ela ficava uma graçinha de terno.
-Não entendo o comportamento dela! Será que fizemos alguma coisa no passado para ela?! – matutava Rony inconformado.
-Não sei... Pode ser... Deve ser por isso que ela foi embora... – comentou Draco também confuso.
-Harry você sab... – ela não continuou porque percebeu que ele não estava mais ali junto a eles.
Ainda deu tempo de vê-lo na porta do elevador. Harry apoiou as mãos no espelho do elevador e bufou. Algo lhe dizia incessantemente na sua mente que o seu verdadeiro inferno estava para começar. Atravessou o longo corredor com a cara fechada e se trancou na sua sala. Largou-se na cadeira, precisava voltar ao trabalho, mas sabia que não conseguiria, perdera totalmente a vontade de trabalhar. Sendo assim arrumou as suas coisas, necessitava de álcool. Seria a única maneira de refrescar a cabeça.
Hermione repousava sua cabeça no encosto do banco com os olhos fechados apenas sentindo a brisa do local na tentativa de relaxar por alguns minutos. Foi então que sentiu que alguém lhe fazia companhia, mas não se deu ao trabalho de ver quem era.
-Sete anos... E quando volta, volta como um poço de ignorância...
Assustada com o que ouvira ela mais do que depressa abriu os olhos e deu de cara com a pessoa que menos queria ver no momento.
-Sabe... Eu estive pensando. Você nunca iria cumprir com sua palavra, não é mesmo? Independente da minha resposta você faria a mesma coisa.
-Astuta você, hein! E fico admirado de não ter aprontado nada ainda...
Ela riu com deboche.
-Tudo tem o seu tempo... –ela disse isso já se levantando do banco e tomando o seu rumo.
"Lá estava ela deitada nos braços dele, com sua cabeça apoiada no peito nu dele". A noite era fria, e apesar da fogueira crepitar de frente para eles e aquecer o local, o que a fazia realmente sentir-se aquecida era estar envolvida naqueles braços que tanto lhe traziam segurança e conforto. Ele afagava de forma suave os seus cabelos enquanto a sua outra mão brincava com os dedos dela.
-Te amo até o fim do infinito... –ele falou seguido de um beijo em sua cabeça.
Ela se ergueu e o olhou de forma marota com um pequeno sorriso. Apoiou seus cotovelos no peitoral definido dele e ampliou ainda mais o seu sorriso.
-Como? Se o infinito não tem fim. – disse ela mordendo o lábio inferior como sempre fazia quando queria ser mimada de carinhos e declarações.
Harry não se conteve e soltou uma gargalhada gostosa. Adorava quando ela fazia aquela carinha. Passou o seu braço em volta do pescoço dela fazendo com que ela ficasse a poucos milímetros dele, ocasionando assim um beijo quase que inevitável. Um beijo doce, mas carregado de sentimento por ambas as partes.
-Por isso mesmo meu amor... O que sinto por você é tão grande que é impossível de se medir.
Nesse momento ela desfez o seu sorriso e sua feição ficou apática. Seu lindo sorriso desapareceu dando lugar a uma cara de preocupação. Harry logo percebeu e também ficou preocupado.
-O que foi? –ele perguntou acarinhando as maçãs do sensível rosto dela.
-Preciso te contar uma coisa...
Nesse momento é a vez de Harry ficar apático e ela sente o quanto ele estar ficando gélido, percebe que a respiração dele começa a ficar falha e ao encará-lo de novo vê que ele está jorrando sangue pela boca. Assustada ela berra.
-Tsc, tsc, tsc... Nem pense nisso.
Uma voz ecoa pelo quarto."
-AAAHHHH!!!
Hermione levanta com a mão no coração apavorada, suando frio e ofegante. Pega sua varinha e ilumina o quarto enquanto verificava as horas no relógio: três e meia da manhã. Ainda em choque ela vai até a cozinha onde se serve de um copo de água. Em seguida toma o rumo da sala onde abre a janela. Londres durante a madrugada era sempre deslumbrante. E vendo aquela paisagem a deixou mais calma. Sentou-se no sofá e ligou a televisão, tinha a certeza de que não iria mais dormir, estava atordoada demais para isso e com mais um pesadelo desses enfartava. Não tendo outra opção, se contentou em apenas ver os programas inúteis que passava de madrugada.
