Prólogo
Jamais se supõe que ao acordar, uma pessoa possa pensar "Hoje encontrarei a mulher (ou o homem, no meu caso) da minha vida". Você pode esperar achá-lo em algum momento, em algum lugar. Talvez até seja alguém que você conheceu por toda a sua vida e naquele exato minuto, um algo mais faz você se apaixonar. Em casos mais felizes, a paixão seria mútua. É aceitável que você mantenha seus olhos abertos apenas no caso do seu Cupido ser míope ou estar de folga. É perfeitamente justo que você assuma que a sua Cara-Metade está por aí, esperando por você.
Para nós, mulheres, é fácil demais imaginar que o cara que roubou nosso primeiro beijo ou tirou nossa virgindade seja este cara, o "homem da nossa vida", o que, na maioria esmagadora das vezes, se revela um pensamento ridiculamente inocente.
Eu, muitas vezes, achei que tivesse encontrado o "homem da minha vida" no Ensino Fundamental, no Acampamento de Férias, no Colegial, no Baile de Formatura, na Faculdade, durante a residência médica...
Isso não quer dizer que, porque você se iludiu demais, o cara certo não está por aí, esperando por você também, de modo que, uma hora ou outra, ele vai se revelar. Pode ser em uma situação das mais rotineiras e comuns, como no supermercado, na fila do cinema, na Cafeteria, na casa de um amigo ou no trabalho. E você pode simplesmente ignorá-lo, lhe dar às costas ou um fora. Acontece.
E ele vai ser insistente, porque você "corre o risco" dele descobrir que você é a "mulher de sua vida" antes que você saiba que ele é o "homem de sua vida". Em três ou quatro boas olhadas, você aceita que ele é bonitinho. Depois de uma boa conversa, você descobre que ele é inteligente e descolado. Em um jantar apenas como amigos, ele mostra a você o quanto vocês têm gostos parecidos. É a certeza que você precisa para confirmar que ele é o "homem da sua vida".
