NA HORA DA MINHA MORTE
SUPERNATURAL ALTERNATIVE UNIVERSE
CAPÍTULO 1: VÉSPERA
AUTOR: DWS
SINOPSE
A morte chega para todos. E, no seu leito de morte, Dean Winchester recebe a visita do Rei do Inferno.
DISCLAMER
Dean Winchester e sua alma não me pertencem. Nem ao Crowley (mas isso pode mudar até o final da fic). O Crowley também não me pertence (nem eu quero isso) e sua alma .. Bem, sabemos que ele não tem uma alma. Vendeu séculos atrás.
LOCAL: SAN FRANCISCO GENERAL HOSPITAL, ALA GERIÁTRICA
ANO: 2065
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- Como ele está?
- Se fazendo de forte, como sempre. Mas, está muito debilitado. A medicação não faz mais efeito. Ele disfarça, mas deve estar sentindo muitas dores.
- Eu morro de pena. Eu gosto do velhinho. É um lutador. O período na UTI foi muito difícil para ele. Foi ele próprio que pediu para voltar pro quarto. O médico concordou porque não havia mesmo mais nada que pudesse ser feito. O câncer está em um estágio muito avançado. É uma questão de tempo.
- Morrer de CÂNCER nos dias de hoje? Não dá para acreditar. Se fosse há cinquenta anos, entendia-se. Mas, hoje que praticamente todos os tipos de câncer são tratáveis? Também não dá para entender todo esse sofrimento pelo qual ele vem passando. Hoje existem tantos remédios contra a dor. O caso do Sr. Winchester desafia a ciência.
- O pior é que ele não tem ninguém. Não tem uma família. Nunca recebe visitas. Uma vez, ele me falou de um irmão mais novo que morreu muitos anos atrás. Parece que ele era muito ligado a este irmão.
- Ele deve ter aprontado muito quando jovem. Mesmo agora, tão velhinho, ele olha de forma safada para as enfermeiras, diz uns galanteios .. Mas, sempre com elegância. Não é como alguns que ficam dizendo inconveniências e tentando passar a mão nas enfermeiras.
- Eu sei de pelo menos duas que caíram na conversa dele.
- Também ouvi umas histórias.
- Mas, ele tem as suas esquisitices. Como a insistência de só dormir em cama forrada com um dos lençóis dele.
- Ele mesmo comprou os lençóis e pagou para que uma costureira bordasse uns símbolos na barra.
- Eu soube que ele acredita que esses símbolos o protegem de demônios. Antes, ele mantinha tapetes de ambos os lados da cama com símbolos pintados do lado de baixo. Os médicos proibiram. Acumulavam pó e podiam fazer ele escorregar e cair. Sem contar que ele às vezes fala umas maluquices. Sobre anjos e demônios. Para ele, anjos não agem de forma muito diferente de demônios.
- Eu perguntei se ele não queria que eu chamasse um padre ou um pastor. Sabe como é. Mesmo aqueles que passaram a vida afastados da religião correm para ela quando veem sua hora chegando. Mas, ele não quis. Diz que já fez as pazes diretamente com Deus.
- Ele devia ter medo de dizer essas heresias e blasfêmias. Mas, acredito que Deus julga as pessoas pelo que elas têm no coração. E vê-se logo que ele é uma pessoa de bom coração. Incapaz de ferir quem quer que seja.
- Ele deve ter sido um homem muito bonito. Ele ainda tem traços bonitos.
- Principalmente os olhos. Os olhos dele são de um verde muito bonito.
- Ele vai deixar saudades. Deve ter o quê? Quatro anos que ele está aqui internado?
- Acho que mais. No mínimo, cinco. Talvez seis.
- Se tivesse sido diagnosticado mais cedo, talvez ele escapasse. Se bem que, com a idade dele, se não fosse isso, seria outra coisa. Ele já está com mais de oitenta anos.
- Quase noventa. Mas, a morte chega para todos. E a hora dele está próxima.
25.06.2014
