Normal: narração e fala

Itálico: pensamento

Setor R: Operação N.E.P.A.

Capítulo 1.

Missão da Turma do Bairro, Operação N.E.P.A.

Natal

Estranho

Perturba

Agentes

24 de dezembro. Como todos sabem, é véspera de natal nesse dia.

No quartel general, Sony arrumava a árvore de natal e os enfeites. Com tantas missões, não teve muito tempo pra arrumar antes, então estava fazendo agora. Antes tarde do que nunca, não é?

Entretanto, concentrada nos preparativos, Sony demorou pra perceber que não estava sozinho.

Sony: *virando-se, surpresa* Número 56? Há quanto tempo está sentado aí nessa mesa?

Henry: *olhando no relógio* Há uns 5 minutos.

Assim que terminou de arrumar a árvore de natal, Sony sentou-se na mesa com Henry e ambos dividiram o chocolate-quente de uma garrafa-térmica.

Sony: Achei que fosse passar o natal em casa!

Henry: Meus pais tiveram que viajar a negócios, de novo, e não vão voltar até a véspera de ano novo. De jeito nenhum que eu ia ficar sozinho com a Annelise naquela enorme mansão. Aulas de etiqueta no natal já é demais! *pausa* E você? Vai passar o natal sozinha? E os outros?

Sony: Infelizmente, sim. A banda tem um show esta noite, em outra cidade, e só voltam amanhã. Com tudo que eu enfrento como agente da turma do bairro, eles não se preocuparam em me deixar sozinha. Quanto aos outros... Número 48M vai passar o natal com a dona Luize, Número 25S está no hospital visitando o pai dele e Número 76 está com a família dela. *tremendo* Brr... tá frio! Se importa de pendurar as meias do setor pra mim? Eu vou buscar uns casacos.

Henry concordou e foi pendurar as meias em cima da lareira, enquanto Sony ia buscar os casacos.

Sony *retornando com os casacos* Aqui. Pega um pra você.

Henry: *vestindo um dos casacos* Valeu, Número 99.

Enquanto isso, alguém num avião estava voando rumo ao Pólo Norte. Mais precisamente, à casa do Papai Noel. Quem era? Os principais inimigos do Setor R: a Molecada da Rua de Baixo.

Molecada: No ano passado, Nico Uno e o resto do Setor V atrapalharam nossos planos. Mas agora, ninguém poderá nos impedir de sermos as únicas crianças na lista boa do Papai Noel. Com isso, todos ganharão carvão. *olhares de fúria* Incluíndo aquela chata da Myah Dolov.

O motivo pra estarem tão zangados com Myah é que, na última vez que o Setor R esteve na casa do Pai, desfez a transformação de Lenny e ele saiu da Molecada. Atualmente, ele está sendo treinado junto com os outros cadetes na Antártida.

Voltando à história, ninguém realmente ficou sabendo que a Molecada da Rua de Baixo invadiu a casa do Papai Noel e mudou a lista, nem mesmo a turma do bairro. Bom, pelo menos até a madrugada chegar.

De volta ao quartel general do Setor R, Sony e Henry estavam dormindo, cada um em seu respectivo quarto. Mas o barulho de sinos acordou Henry, que soube logo de quem se tratava.

Henry: Papai Noel!

A empolgação de Henry acabou acordando Sony, já que os quartos eram um do lado do outro. Como Henry não a deixaria dormir se não fosse com ele ver os presentes na sala, ela o seguiu.

Henry: Espero que Papai Noel tenha me trazido um espelho.

Sony: surpresa* Outro? Você tem tantos espelhos no seu quarto que eu, tentando contá-los, até perco a conta! Pra quê você pediu mais um?

Henry: Tenho meus motivos, assim como você pra pedir outro skate.

Ao chegarem à sala onde estava a árvore de natal, notaram algo estranho: não só não havia presentes embaixo da árvore, como também o leite e os biscoitos pareciam não ter sido tocados.

Sony: Eu não acredito que fui tirada da cama por causa de um alarme falso.

Henry: Nem vem, Número 99! Eu sei muito bem o que eu ouvi!

Sony: Bom, se tiver algo nas meias, então estarei convencida.

Sony foi até as meias e puxou o que havia dentro da sua. Ela não teve um choque tão grande desde que havia descoberto que seu pai estava namorando.