Olá gente, antes de começar a ler, quero que vocês leiam essa nota pra entender algumas coisas da história e para eu dar meu parecer. Essa história vai se passar, obviamente, depois da guerra e depois da viagem do Sasuke. Durante a leitura vocês vão encontrar muitas coisas que jamais aconteceriam no universo Naruto, mas quero que relevem porque adaptar um livro para UN é muito difícil, e eu fiz o máximo que podia sem mudar o contexto da história. Quero que lembrem - SEMPRE - também que essa história é de cunho erótico e para maiores de dezoito anos. Nos capítulos seguintes virão muitas palavras que pode ser que algumas pessoas não gostem. Por isso, se lemon/hentai não é seu estilo de fanfic, NÃO LEIA ESSA!

No mais, espero que gostem da história, eu tô amando adaptar esse livro!

Sinopse: Com a chegada dos trinta anos, Haruno Sakura está com seu relógio biológico tinindo e ainda aguarda o seu príncipe encantado aparecer. Ela está ficando sem opções, principalmente depois que seu melhor amigo gay desistiu de ser seu doador de esperma. Claro,há um banco de esperma em Konoha, mas Sakura tem medo de que haja alguma confusão com a doação e ela possa receber a semente de um nukenin ou algo do tipo. O maior mulherengo da vila e ex-companheiro de equipe, Uchiha Sasuke, está acostumado a sempre conseguir o que quer, principalmente no quarto. Quando Sakura rejeita suas investidas na festa de Natal do Hokage, ele fica determinado a (re)conquistá-la a qualquer custo. Ao saber sobre a difícil situação de Sakura, ele rapidamente faz uma proposta que beneficiará a ambos. Ele será o pai do filho da kunoichi, mas ela precisará concebê-lo naturalmente, com ele. Sem ninguém com quem namorar ou simplesmente fazer sexo casual, Sakura reluta em aceitar a oferta, mas o charme dele e o intenso desejo dela pela maternidade vencem a questão. Logo as seções para a concepção do bebê se tornam mais do que físicas. Sasuke não parece querer se afastar dela, enquanto Sakura começa a (re)pensar que ele pode realmente ser o homem certo.

A Proposta - Livro de Katie Ashley. Adaptado por JehSanti para o universo Naruto que, juntamente com seus personagens, pertencem a Masashi Kishimoto.

Classificação: Romance, comédia, drama, amizade, hentai (+18)

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Capítulo Um

Haruno Sakura se afastou para admirar o resultado do seu trabalho pesado. Um breve sorriso de satisfação cintilou em meu rosto. De uma forma quase milagrosa, ela conseguiu transformar o quarto sujo e encardido do quarto andar em uma requintada sala de reuniões rosa.

Ela estava especialmente orgulhosa de si mesma, considerando que planejamento e decoração de festas não eram exatamente seu forte.

É claro que quando se trata de vender a imagem que qualquer grávida deseja em um chá de bebê, sua amizade com Hinata ajudou muito.

Inclinando a cabeça, ela notou que a bandeira "É UMA MENINA" estava pendurada um pouco para a esquerda. Depois de fixá-la corretamente, seus dedos acariciaram suavemente os presentes, uma toalha rosa pálido delicadamente embrulhada com uma bebida refrescante e colorida, para entregar aos convidados.

Ela soprou um fio errante de cabelo rosa do rosto e tentou alisá-lo de volta para o coque. Sim, isto é exatamente o que ela quer para o seu chá de bebê... Se ela chegar a ter um. A dor aguda cruzou o caminho do seu peito até chegar ao coração.

Era uma sensação que ela estava ficando muito familiarizada, com seu trigésimo aniversário chegando e pairando sobre ela como uma nuvem escura, enquanto a maternidade, juntamente com o Sr. Homem Certo, continuavam se esquivando.

Ser uma mulher sem marido e sem filhos era ainda mais doloroso depois da morte de seus pais. Depois de perder a mãe, há dois anos, ela tinha jurado que iria substituir o amor que tinha perdido por um marido e um filho. Infelizmente, nada em sua vida parecia ajudar a alcançar este objetivo cuidadosamente planejado em sua cabeça.

Lutando para sair destes pensamentos deprimentes, ela olhou seu relógio, que tinha pertencido à sua mãe, para verificar quanto tempo ainda restava. Apenas 15 minutos antes dos convidados, principalmente seus colegas do hospital, começarem a chegar.

Tudo bem, Sakura. O espetáculo vai começar. A anfitriã do chá de bebê não pode deixar o monstro dos olhos verdes da inveja consumi-la e fazer com que perca o controle, se balançando sobre as mesas e lançando presentes como uma Bijuu! Controle-se!

Ela agarrou a mesa até os nós dos seus dedos ficarem brancos. Enquanto as lágrimas silenciosas escorriam pelo seu rosto. Ela rapidamente enxugou o rosto. Levantando seus profundos olhos verdes para o teto, pensou: Por favor me ajude a passar por isso.

- Você sabe, eu tenho uma lixa de unha na minha gaveta da mesa se você quiser cortar os pulsos. Seria um inferno e muito mais rápido do que o que você está fazendo agora!

Ela pulou, agarrando seu peito. Se virou para ver sua melhor amiga, Ino, sorrindo para ela. Ela freneticamente limpou a lágrima remanescente dos olhos com as costas da mão.

- Caramba, Ino, você quase me matou de susto!

- Desculpe. Eu acho que você estava tão perdida no sofrimento e na sua auto desvalorização que não me ouviu dizer o seu nome.

Abaixando a cabeça, ela respondeu:

- Eu não sei do que você está falando. Eu estava apenas checando para ter certeza que tudo estava perfeito, antes de todo mundo chegar aqui.

Ino revirou os olhos.

- Testa, no que você estava pensando quando concordou em fazer isso? Isto é um lento suicídio emocional.

- Como eu poderia recusar? Midori-chan que me incentivou a criar a Clínica das Crianças. Ela me ensinou tudo o que sei. Ela passou por três rodadas de Fertilização In Vitro. Se alguém merece um chá de bebê, é ela.

- Sim, mas você não era a única que poderia fazer este evento. Quer dizer, ela teria compreendido totalmente, especialmente depois de tudo que aconteceu recentemente entre você e o Ren.

Seu telefone zumbiu sobre a mesa. Ela olhou para a tela e fez uma careta.

- Falando do diabo.

- Ele ainda está ligando e mandando mensagens de texto sem parar? - Ino perguntou.

- Sim. Sorte a minha.

- Deixa eu responder. Eu vou dizer aquele bundão que você vai entrar com uma medida cautelar ou algo assim.

- Ele é inofensivo, Ino.

- Você só precisa dizer a ele para quando virar homem, lhe dar um pouco de esperma. - Um riso escapou dos meus lábios.

- Por mais tentador que isto seja, eu realmente prefiro dispensar. O esperma e um bebê que começou toda esta confusão, para falar a verdade. - Ino deu um grunhido frustrado.

- O fato de você estar pensando em alguém para doar esperma é ridículo. - Ela colocou as mãos nos ombros de Sakura. - Você é tão linda e adorável, quando menos esperar, vai se surpreendida por um cara legal que vai te dar um filho.

- Você manda muito bem nos elogios. Alguma vez você já pensou em trabalhar com pessoas? - Ela refletiu.

- Ha, ha, espertinha. Eu não estava tentando te vender coisa alguma. É apenas a maldita verdade. Eu não sei quando você vai finalmente acreditar nisto. Na verdade, eu gostaria de saber quando os homens desta vila vão tirar a cabeça da bunda e ver isto também!

Ela jogou as mãos para cima, exasperada.

- Ino, considerando a velocidade que meu relógio biológico está correndo, eu acho que é um pouco tarde para tudo isso.

- Mas você não tem nem 30! - protestou Ino.

- Eu sei disso, mas eu queria um bebê desde que eu tinha 20 anos. Eu quero, não, eu preciso ter uma família novamente. Perder meus pais e não ter irmãos ou irmãs... - sua voz sufocou com a emoção. Ino esfregou o seu braço com simpatia.

- Você ainda tem muito tempo para os bebês. E um marido que possa vir junto também.

Revirando os olhos, ela disse:

- Posso lembrá-la do desfile de idiotas que eu tive a infelicidade de sair nos últimos seis meses?

- Oh, por favor, não eram assim tão ruins.

- Só se sua classificação não observar curvas extremas ou algo assim? Em primeiro lugar, temos Seiji o tesoureiro que - ela fez aspas no ar com os dedos - estava praticamente separado, e cuja esposa rastreou nosso encontro e baixou no restaurante no meio da refeição.

- Merda, eu me lembrei dele agora. Os chuunins não foram chamados?

- Ah, sim. E eu tive que chamar o Ren para me buscar porque ambos foram presos por perturbar a paz!

- Eu tenho que reconhecer que a semente era podre. - argumentou Ino.

- Em seguida, houve o agente funerário que me agraciou durante todo o jantar sobre os prós e contras de embalsamamento, para não mencionar que eu acho que ele tinha um apego não muito saudável por alguns de seus clientes que haviam partido.

Ino fez um barulho de engasgo.

- Ok, eu admito que necrofilia poderia adiar um novo encontro por algum tempo.

- Algum tempo? Que tal uma maldita vida, Porca? - Ela estremeceu. - Graças a Deus, foi apenas um encontro, e ele não me tocou.

- Portanto, duas sementes ruins. Há uma cidade inteira cheia de homens lá fora, Testão.

Ela colocou as mãos em meus quadris.

- E eu acho que você está tendo amnésia seletiva sobre Raiden, o dentista? - Ino franziu o rosto como se estivesse com dor.

- Ele ainda está preso sob as acusações de voyeurismo?

Ela balançou a cabeça.

- Felizmente, o estado é muito duro na condenação de quem monta câmeras escondidas nos vestiário da academia!

- Bem, esses são os casos extremos.

- Francamente, algumas das meninas do meu departamento acham que eu preciso escrever um livro sobre más experiências de namoro!

- Agora, espere um minuto. Você já saiu com alguns rapazes decentes, também.

Ela suspirou.

- E no instante em que percebiam que eu não estava indo para a cama com eles, antes do aperitivo chegar, já corriam porta afora. E se realmente não faziam isso durante o jantar, então o fedor de um casamento e de um bebe, os enxotaria.

Ino sorriu.

- Veja, você está lidando com isso da maneira errada. Você precisa dar uma ideia de jogar a precaução ao vento e ter sexo sem o objetivo de conceber.

- Eu não penso assim. - Ela sacudiu a cabeça. Só porque Ren desistiu da idéia de doação de esperma, não significa que eu vou desistir. De alguma forma, de alguma maneira, eu vou ter um filho para amar.

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Uchiha Sasuke esfregou os olhos negros borrados. Ele espiou através de seus dedos o relógio na tela do computador. Porra, já passou das sete. Mesmo se ele quisesse terminar o relatório, o seu cérebro estava muito frito. Ele mal conseguia distinguir as palavras na frente dele.

Ele desligou o computador, seguro com o pensamento de que sua recente promoção a capitão da ANBU, significava que ele poderia esperar até amanhã e não teria nenhuma cadela enchendo seu saco por faltar.

Com um gemido, Sasuke levantou de sua cadeira e esticou os braços sobre sua cabeça. Ele agarrou sua carteira e se dirigiu para a porta. Quando ele desligou as luzes de seu escritório, seu estômago roncou. Provavelmente não havia nada em casa para comer, então ele teria que pegar algo no caminho para comer. Por um breve instante, ele desejou que houvesse uma mulher esperando por ele com uma deliciosa refeição caseira. Ele deu de ombros rapidamente para este pensamento distante.

Algumas boas refeições não valiam o incômodo de um relacionamento a longo prazo.

No final, ele estava muito feliz implorando jantares para Naruto ou Kakashi. Pelo menos até que eles começassem a lançar suas tiradas sobre como ele não poderia ser um solteiro para o resto de sua vida, e aos 29 anos, era a hora dele se acalmar e ter uma família.

- Grande besteira! - ele murmurou baixinho com o pensamento. A atraente faxineira que estava no corredor levantou a cabeça.

Ela lhe deu um sorriso sedutor.

- Boa noite Sr. Uchiha.

- Boa noite Hana - ele respondeu, apertando o botão para o elevador, lutando contra o desejo de fechar a lacuna entre eles e iniciar uma conversa. Ele passou a mão pelo seu cabelo preto despenteado e balançou sua cabeça.

Falar com Hana provavelmente levaria a um encontro no armário de despensa, e tanto quanto ele gostaria disto, ele também estava ficando um pouco velho para esse tipo de aventura. O elevador parou no primeiro andar. Vozes aquecidas bateram em Sasuke no momento em que ele saiu, fazendo-o grunhir de frustração.

Porra, a última coisa de que precisava agora, depois de trabalhar até tarde e dispensar uma trepada com a faxineira, era entrar em alguma disputa doméstica. E pelo tom de voz do homem e da mulher, isso era exatamente o que estava lhe esperando.

- Ren, eu não posso acreditar que você me encurralou aqui no trabalho! - A mulher assobiou.

- O que eu deveria fazer? Você não responde às minhas ligações ou e-mails. Eu tinha que ver se estava tudo bem.

- Quando eu lhe disse para me deixar em paz, eu queria dizer exatamente isso!

- Mas eu te amo, Saky. Eu não quero perder você.

O som da mulher brigando subiu o tom.

- Pare! Não se atreva a me tocar!

O lado protetor de Sasuke agitou com o tom da mulher, e o enviou violentamente ao encontro dois dois, virando a curva do corredor.

- Ei! Tire suas malditas mãos dela! - ele gritou.

O casal se assustou com a visão dele. As lágrimas manchavam o rosto da mulher que agora estava vermelho carmim com a visão dele e ela abaixou a cabeça para evitar o intenso olhar de Sasuke.

Imediatamente, ele a reconheceu. Era Haruno Sakura, ex-colega de time irritante, e a mesma mulher que ele tinha tentado, sem sucesso, levar para casa depois da festa de natal dos Uzumaki. Do jeito que ela se recusou a olhar em seus olhos, ele sabia que ela também o reconheceu.

Sasuke voltou sua atenção para o cara, Ren, cujos olhos estavam arregalados de medo. Ele rapidamente deixou cair as mãos dos ombros de Sakura e deu vários passos para trás. Ren parecia que estava pronto para fugir pela saída mais próxima. Sasuke então percebeu o quanto ele devia estar intimidante, aparecendo com os punhos cerrados ao seu lado, seu queixo duro definido.

Ele tentou relaxar a sua posição, mas o seu sangue bombeava ainda tão duro em seus ouvidos que ele não conseguiu. Ren ergueu as mãos em sinal de rendição.

- Eu não tenho certeza do que você achou que estava acontecendo, mas nós estávamos apenas conversando.

Sasuke estreitou os olhos.

- Eu acho que do jeito que ela estava chorando e implorando para você parar de tocá-la, era muito mais do que falar. - Ele começou a perguntar para Sakura se ela estava bem, mas ela explodiu por ele e fugiu para o banheiro. Ele olhou para Ren.

- Olha cara, você entendeu tudo errado. Eu...

- O que eu não entendi? Você obviamente não pode deixar sua ex-namorada ou ex-mulher ou o que ela for, partir, mesmo que ela não quisesse mais nada com você!

Riso nervoso irrompeu de Ren. Ele silenciou em minuto quando Sasuke ergueu as sobrancelhas para ele e deu um passo adiante.

- Confie em mim, você esta errado, muito errado. Sakura não é a minha ex.

- Então qual é o problema?

Ren limpou a garganta.

- Tudo bem, você quer a verdade? Aqui está. Eu sou gay, e Sakura tem sido minha melhor amiga desde minha residência no hospital. - A boca de Sasuke caiu aberta.

- Sério?

- Sim.

- Huh... Então eu realmente entendi errado. Desculpe por isso.

Ren deu de ombros.

- Está tudo bem. Eu provavelmente teria feito a mesmo coisa se eu achasse que um idiota estivesse incomodando uma mulher. Bem, eu provavelmente não faria, se ele fosse duas vezes mais poderoso como você. - Ele olhou para Sasuke e depois para o banheiro e fez uma careta. - Droga, eu odeio quando ela fica brava comigo. Mas acho que ela nunca esteve tão zangada e ferida antes. Eu só não sei o que fazer para deixar tudo direito de novo, sabe?

Sasuke mudou em seus pés, sentindo que a conversa estava entrando em território emocional, coisa que ele tentava evitar a todo custo. Ele segurou uma das mãos.

- Tudo bem, eu acho que é particular, não é da minha conta me meter.

Mas no momento em que as palavras deixaram seus lábios, ele tinha certeza de que tinha caído em ouvidos surdos. A expressão angustiada no rosto de Ren disse que ele não ficaria sem ouvir uma longa e dramática história, a menos que ele literalmente tentasse correr dele.

Com um suspiro, Ren passou a mão pelo cabelo escuro. Em uma voz baixa, ele disse:

- Ela é louca por crianças, e seu relógio biológico despertou nestes dois últimos anos, e tudo que ela pensa é em achar um pai para seu bebê. Como eu a amo muito, eu tinha prometido a ela que eu seria o pai e doaria um esperma a sua causa.

Ok, talvez não fosse essa a história de Sasuke esperava.

- Não me diga. E você se acovardou quando ela desceu para fazer a escritura?

Ren fez uma careta para ele.

- Ha, ha, idiota, realmente engraçado. Para sua informação, tudo seria feito em uma clínica.

- Onde está a diversão nisso? - Sasuke ponderou, com um sorriso malicioso.

- Cara, eu sou gay, lembra?

- Desculpe. - Por razões que não poderia possivelmente imaginar, Sasuke ficou tão intrigado com a história que ele sentiu a necessidade de levar Ren a continuar a contar

- Então o que aconteceu?

- Meu parceiro não está pronto para ter filhos. Eu lhe prometi que Sakura já tinha avisado que eu não teria que me envolver depois, mas ele não vai ceder. É infernal escolher entre o homem que eu amo e minha melhor amiga.

- Por que ela não pode simplesmente ir a um banco de esperma ou algo assim?

Ren riu.

- Sakura enfiou na sua cabeça que haverá uma horrível confusão, onde a sua escolha de amostra de um doador principal será trocados por outro de um ex-nukenin ensandecido.

Sasuke deu um meio sorriso.

- Eu acho que eu posso entender o ponto dela.

Um zumbido explodiu no bolso de Ren. Ele pegou o telefone, em seguida, gemeu ao olhar o identificador.

- Merda, é Satoru. Ele vai explodir se souber que vim aqui e estou tentando falar com Sakura. Eu realmente tenho que ir. - Seu olhar foi mais uma vez ao banheiro. - Eu odeio deixá-la assim …

- Você pode ir. Eu vou acompanhá-la até a portaria e verificar se ela ficará bem.

- Sério? Isso seria fantástico. Ele estendeu a mão. - Foi um prazer te conhecer…

- Sasuke. Uchiha Sasuke.

- Haha, eu sei. Hiroda Ren. - Depois que apertaram as mãos, Ren sorriu.

- Obrigado por toda sua ajuda e desculpe pela má interpretação da situação. - Sasuke o olhou sério. - Foi um prazer quase chutar sua bunda.

- Ei, sacanagem! - Ren respondeu. Quando o telefone tocou, ele estremeceu e deu uma balançada no ombro, antes de levá-lo a orelha.

- Baby, sim, desculpe, eu não vi suas mensagens. Eu estou no meu do caminho para casa agora. - Ele empurrou a portas de vidro e desapareceu na noite.

Com um aceno de cabeça, Sasuke começou a atravessar o lobby para a banheiro. Ele bateu na porta. Com uma voz estridente, Sakura gritou:

- Vá embora, Ren! Não tenho mais nada a dizer a você! Para não mencionar que você simplesmente me deixou fodidamente embaraçada na frente de um dos maiores idiotas da vila!

- Maior idiota, não é? - Ele murmurou baixinho. Não era exatamente um título que ele estava orgulhoso, especialmente vindo dela. Ele estava acostumado a ouvir das mulheres descrições muito mais lisonjeiras de si mesmo. Bem, pelo menos no início, antes que ele se afastasse. Depois disso, as coisas geralmente tomavam um rumo desagradável.

- Eu não vou sair daqui até você ir embora!

Sasuke suspirou. Ela estava certamente determinada, para não mencionar que era teimosa como o inferno. Sua mente retornou para a festa de natal, como ela estava bonita e sexy em um vestido verde justo, que fluía pelas suas curvas, a deixando irresistível.

Quando ele a viu na sala com algumas amigas, ele estava determinado a passar a noite com ela. Seus sorrisos tímidos e seus olhares para ele através dos cílios, haviam o chamado a fechar o pequeno espaço entre eles. É claro que, no momento em que ele conseguiu chegar ao seu lado, suas amigas já haviam interferido e a colocado a par das fofocas sobre sua nova reputação duvidosa como um destruidor de corações e mulherengo.

- Mulheres - ele murmurou sob sua respiração enquanto empurrava a porta do banheiro. Sakura estava esparramada no sofá, com uma toalha de papel úmida sobre os olhos. De um lado, a saia estava levantada até quase o quadril, lhe dando uma vista fabulosa de pernas e coxas.

Ao ouvir o som de passos, ela deu um gemido frustrado. Ela esfaqueou o ar na frente dela com o dedo indicador.

- Eu juro que se você não me deixar em paz, eu vou te chutar tão forte nas bolas que não haverá mais qualquer pergunta sobre se é possível você ser pai de meus filhos!

Sasuke riu. Seu cabelo de um rosa claro não condizia sua ardente personalidade, que ela recentemente tinha lhe mostrado na festa de Natal. Toda a sua timidez tinha evaporado em um instante, quando ela lhe disse, em termos inequívocos, que não tinha mais o menor desejo de ser uma de suas conquistas ou uma ficada.

- Na verdade, não é Ren.

Ao som da voz dele, Sakura afastou a toalha de seus olhos. Horror espalhou pelo seu rosto com a visão de Sasuke diante dela. Rapidamente, ela puxou a saia e passou a mão através de seu cabelo desgrenhado.

- Eu não esperava vê-lo, Sasuke. - disse ela, humildemente.

Um sorriso espalhou em seu rosto.

- Não, eu imagino que você estava esperando castrar Ren.

As bochechas e o pescoço de Sakura coraram até a raiz do seu cabelo.

- Sinto muito você que tenha ouvido isso, e eu também sinto que você teve que entrar no meio da nossa discussão. Foi tudo extremamente embaraçoso e eu aprecio o que você tentou fazer.

Ele deu de ombros.

- Não foi nada demais.

- Bem, eu estou grata. E eu sinto muito por estragar a sua noite.

Nunca renunciando a uma boa oportunidade, Sasuke sorriu.

- Você não arruinou a minha noite. Na verdade, a noite é uma criança, então por que você não deixa eu te pagar uma bebida?

Ela torceu a toalha de papel em suas mãos antes de jogá-la na lixeira.

- Hum.. você é muito gentil em oferecer, mas foi um longo dia. Eu provavelmente devo ir para minha casa.

- Nós poderíamos ir bem aqui na frente, no Haku's. - Em sua clara hesitação, ele sorriu.

- Eu prometo que não é uma oferta para tentar te embebedar com álcool e em seu debilitado estado emocional te convencer a ir até a minha casa comigo. - Secretamente, ele esperava que uma ou duas bebidas pudessem ser capaz de descongelar seu verniz gelado e dar-lhe a chance de partir para o ataque e finalizar. Ele não ficou muito surpreso quando o choque inundou o rosto de Sakura.

- Sério?

Ele cruzou os dedos sobre o coração.

- Palavra de shinobi. - ele mentiu.

Os cantos de seus lábios curvaram-se como se ela estivesse lutando com um sorriso.

- Ok, então. Depois do dia que tive, eu poderia tomar uma bebida com certeza. - Ela se olhou no espelho. - Ah, eu estou uma bagunça. Você poderia me dar alguns minutos para jogar uma água no rosto?

- É claro. Eu estarei lá fora.

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Quando a porta se fechou atrás de Sasuke, Sakura lançou todo o ar que estava segurando, em uma lufada muito exagerada. Sem fôlego, ela encostou-se ao balcão do banheiro. Tomar uma bebida com Uchiha Sasuke.

- Você está louca? - Toda mulher na vila sabia da reputação que ele conquistou após voltar para casa e conhecia seu lema de "ame-as e deixe-as" e, a menos que ela quisesse que seu coração fosse partido - novamente -, ela o evitava completamente.

Os pensamentos do seu encontro com ele na festa de Natal brilharam como uma tempestade de raios em sua mente. Ele estava começando na ANBU, e ela mantinha seus olhos abertos para qualquer homem solteiro em potencial. Depois de pegá-lo olhando para ela várias vezes, ela tinha inocentemente perguntado a Ino se ela sabia de alguma coisa recente sobre Sasuke, já que desde a sua volta eles nunca mais se falaram. Ela tinha sacudido a cabeça tão rápido, que Sakura tinha certeza que ela ia ficar com uma vértebra solta no pescoço.

- Eu sei que ele é extremamente sexy, Testa, mas você precisa ficar bem longe dele a menos que você queira ser mais uma da lista. - ela respondeu. As outras mulheres entraram na conversa com descrições detalhadas de algumas das façanhas infames de Sasuke com mulheres diferentes pela vila. Então, quando ele veio em sua direção com seu novo papo de galinha, ela o dispensou tão duramente, que ele saiu um pouco surpreso, um pouco intrigado e um pouco irritado.

Ela puxou sua bolsinha de maquiagem para fora da bolsa. Se olhando no espelho, reaplicou um pouco de pó solto no rosto. Com o resultado das lágrimas, foi necessário reaplicar novamente o rímel. Como toque de acabamento, ela passou um batom rosa nos lábios.

Ela olhou seu reflexo e gemeu. Por que ela estava se incomodando com seu rosto? Tudo o que ele se preocupa é como ela está do pescoço para baixo, de preferência, a área da cintura! Deus, de todos os homens no prédio, tinha logo que ser Sasuke para vir em seu socorro. Sr. Uchiha Qualquer Uma Serve.

Ele era o tipo de homem que não estava acostumado a ser rejeitado, por isso ele devia ter contas a acertar com ela. Sakura jogou a bolsinha de maquiagem de volta na bolsa. Com uma respiração profunda, ela foi para fora.

Fiel à sua palavra, Sasuke estava sentado em um dos bancos fora do banheiro. Ele levantou se no momento que a viu.

- Pronta?

- Claro.

Ele empurrou as portas giratórias e saíram pela calçada. Os seus saltos clicando ao longo do caminho. A corrente de ar quente do verão de Konoha passou correndo por eles, agarrando no fundo da sua saia curta e ela lutou durante todo o caminho para não pagar calcinha nas ruas.

- Você vai sempre no Haku's? - ela perguntou, tentando puxar conversa.

Sasuke assentiu.

- Algumas noites por semana eu e alguns dos caras do meu departamento, vamos tomar uma cerveja. Talvez jogar uma sinuca. - Ele parou, deixando-a passar na frente por entre algumas pessoas que se aglomeravam na viela movimentada. - E você?

Ela franziu o nariz enquanto atravessavam a rua.

- Não muito. Eu não gosto muito do clima lá. - Quando ele levantou uma sobrancelha, ela disse rapidamente: - Eu quero dizer, é bom ir com você esta noite. É apenas um lugar que eu e minhas amigas não gostamos muito de ir.

Com seu habitual sorriso arrogante, Sasuke segurou a porta aberta do Haku's, para ela entrar.

- Deixe-me adivinhar. Desde que você está comigo, você não terá que se preocupar com um bando de idiotas bêbados tocando em você.

- Exatamente. Bem, talvez só um idiota bêbado. - Eu olhei para ele. - Depende de quanto você bebe.

Os olhos de Sasuke se arregalaram antes que ele tossisse uma risada.

- Bem, eu vou tentar me controlar.

Uma jovem loira estava na recepção. Ela sorriu com a visão de Sasuke e ajustou o decote da camisa para lhe dar uma visão melhor de seus seios. Ele recompensou os seus esforços com um sorriso.

- Podemos ter um mesa, Aya?

- Claro, Sasuke. Siga-me.

Enquanto Aya quebrava seus quadris na frente deles, Sakura revirou os olhos para Sasuke que piscou em resposta. A recepcionista os indicou uma pequena mesa na parte de trás do balcão. Ela entregou um menu, e depois olhou diretamente para Sasuke.

- Até mais!

Ele deu um breve aceno e então voltou sua atenção para o menu.

Provavelmente sentindo seu olhar, ele olhou para cima.

- O que foi?

- Nada. - ela murmurou.

- Se o seu nada é sobre Aya, eu te disse que eu vinha muito aqui.

- Eu não disse nada. - Ela respondeu.

- Você não tem que dizer. O brilho deste olhar mortal que você estava me dando é o suficiente. - Ele sorriu para ela. - Como eu já sei o que você quer perguntar, Aya não é uma das minhas conquistas, e eu nunca a encontrei em qualquer lugar fora daqui. Além disso, seu pai é dono desse lugar, e eu não ousaria o desrespeitar.

Por alguma razão, ela descobriu que achava aquela declaração reconfortante. Ainda assim, Sakura conseguiu manter a sua melhor cara de jogadora e encolheu os ombros.

- Não é da minha conta.

Ele suspirou quando um garçom veio até a mesa.

- O que posso fazer vocês esta noite?

Sasuke acenou para ela.

- Eu vou querer uma garrafa de saquê, por favor. - ela disse.

- Uma Kirin.

O garçom anotou nosso pedido em sua caderneta e voltou ao bar. Ela apoiou os cotovelos sobre a mesa e colocou a cabeça entre suas mãos. Um suspiro longo, exasperado escapou de seus lábios.

- Dia ruim, hein?

Ela levantou a cabeça, e um sorriso triste cintilou seu rosto.

- Não foi um dos meus melhores. Eu realmente não posso culpar apenas Ren pelo péssimo dia que tive. Ele já começou infernal com o chá de bebê que dei para Midori-chan.

- Do departamento de clonagem? - ele perguntou, e ela assentiu. O garçom voltou com as bebidas. Ela tomou um gole do delicioso saquê e Sasuke tomou um gole generoso de sua garrafa. Um sentimento ansioso a abateu quando viu sua expressão curiosa, e ela temia que ele estivesse prestes a fazer uma pergunta pessoal.

- O que aconteceu de tão errado no chá de bebê? Alguma maluca cravou um soco na mesa porque não acertou aqueles jogos bobos de adivinhar "o que está na fralda"?

Ok, então não era a pergunta que eu estava esperando.

- Como diabos você sabe o que se passa em um chá de bebê?

Ele fez uma careta.

- Porque eu fui em alguns chás de bebê? Da Kurenai, por exemplo. Confie em mim, eu passei algum tempo no inferno de um chá de bebê.

Ela sorriu.

- Eu acho que você realmente conhece.

- Então o que aconteceu? - Ele cutucou.

Com um encolher de ombros, ela respondeu:

- Nada realmente. Foi apenas mais difícil do que eu pensei que seria.

- Porque você quer ter seu próprio bebê?

Ela engasgou e quase cuspiu toda a margarita.

- Espere, como você poderia ...?

- Ren me falou. - Ela arregalou os olhos, enquanto um vermelhidão quente dançava sobre suas bochechas e pescoço.

- E...Ele falou? O... O que mais ele disse?

Sasuke tomou outro gole antes de responder.

- Que era para ele ser supostamente o pai de seu bebê, mas ele desistiu.

Mesmo que ela só tivesse tomado um gole da sua bebida, a sala inclinou e girou em torno dela. Ela balançou a cabeça, tentando se ver livre desse pesadelo que era o rumo que esta conversa tinha tomado. Isso não poderia estar acontecendo.

- Eu vou matá-lo!

- Você não precisa fazer isso.

- Você está brincando comigo? - Sua voz subiu uma oitava. - Já foi ruim o suficiente quando ele ficou me mandando emails e ligando o tempo todo. Agora ele aparece no meu trabalho para me assediar. Mas o pior de tudo, de todas as pessoas, ele escolhe você para contar tudo, os detalhes mais privados da minha vida pessoal!

Sasuke se inclinou para frente, batendo os cotovelos contra os dela.

- Eu, de todas as pessoas... O que você quer dizer com isso?

Ela abaixou a cabeça.

- Nada.

- Oh, não. Você não vai sair desta tão fácil.

- É apenas o tipo de homem que você é, você não poderia entender meus problemas e os meus desejos.

Sasuke bufou.

- Deixe-me adivinhar. Por causa da minha alegada reputação de mulherengo, eu não posso entender o que deve ser para você, desejar tão desesperadamente ser mãe, que você tente com seu melhor amigo gay, que ele transe com você?

- Não foi isto o que eu quis dizer.

- Então, me fale.

Ela se inclinou até seus rostos estarem a poucos centímetros de distância.

- Desde que você pensa que sabe tudo, diga-me se você pode entender isso. Você sempre quis algo tão desesperadamente que você achou que fosse morrer se você não conseguisse? Que este simples pensamento te mantém acordado durante toda à noite. Você não pode dormir, você não pode comer, você não pode beber. Você está tão consumido por esse desejo, que nada mais importa, e você não tem certeza se vale a pena viver se você não puder conseguí-lo .

Lágrimas amargas ameaçavam descer pelos olhos dela, e ela mordeu o lábio para não chorar na frente dele. Enquanto Sasuke permanecia em silêncio, pois a vontade era dizer que sim, ele sabia e ela deveria - mais do que ninguém - se lembrar disso. Mas isso não fazia mais parte de sua vida.

Ela sacudiu sua cabeça e se inclinou de volta na cadeira.

- Vê? É este o meu caso. Um homem como você não pode querer entender o que é este meu desejo por um um bebê.

- Não, eu entendo. Eu realmente entendo.

Ela arqueou as sobrancelhas para ele.

- Eu realmente duvido que você esteja falando sério.

- Talvez em uma certa medida ... - Um lento sorriso lascivo deslizou em seu rosto que enviou um calor em suas bochechas e a fez contorcer na cadeira. - Eu queria tanto você na festa de Natal que eu pensei que fosse morrer quando você se recusou a voltar para casa comigo. - O tom rouco de sua voz me assustou.

- Perdão?

Ele puxou sua cadeira tão perto da dela, que ela lutou contra o impulso de recuar. Ela engoliu em seco com sua proximidade. O brilho lascivo piscando em seus olhos o fez parecer o lobo mau sobre a chapeuzinho vermelho.

- Quanto mais claro que eu posso falar isto? Você estava tão sexy com aquele vestido verde. Seu cabelo estava solto e caia em ondas em torno de seus ombros. E você me manteve em suspenso, me dando aqueles sorrisos inocentes no salão.

Sua respiração chamuscou contra seu rosto antes que ele sussurrasse em seu ouvido.

- Eu nunca quis tanto foder alguém como eu queria foder você.

Ela o empurrou com toda a força que conseguiu reunir.

- Deus, você é um bastardo de um egoísta! Estou abrindo a minha alma para você sobre o desejo de uma criança e você me diz que você me queria para... Para…

Sasuke cruzou os braços sobre o peito.

- Você já é bem grandinha, Sakura. Não pode dizer a porra da palavra?

- Você é realmente nojento. - Ela agarrou as bordas do seu copo e estreitou os olhos para ele. - Se eu não precisasse tão desesperadamente do resto desse saquê, eu jogaria na sua cara arrogante!

Ele riu de sua indignação.

- Agora isto são modos de falar com o futuro pai do seu filho?

Ela voou em seu assento como um elástico.

- Perdão?

- Estou falando de uma proposta para nós, boa para os dois, para conseguirmos algo que realmente, realmente queremos. Eu dou um pouco, e você dá um pouco.

- O que você quer dizer?

- Eu estou falando sobre oferecer meu DNA para você. Ren disse que você se recusa a ir a um banco de esperma, porque você pode acabar tendo Satanás desovando do seu útero, então eu acho que seria um bom candidato.

Ela arregalou os olhos quando as ondas de choque rolaram violentamente contra ela.

- Você não pode estar falando sério.

- Sobre qual parte: eu ser um doador, ou que eu sou a melhor escolha do que a semente de Satanás? - ele perguntou, com um sorriso malicioso.

- As duas... Mas, principalmente, que você gostaria de ser meu doador de esperma.

- Sim, eu estou falando sério.

- Você tem alguma ideia do que exatamente implica ser um doador de esperma? - Ela questionou.

Ele sorriu para ela.

- Eu tenho uma ideia muito boa.

Sakura sacudiu a cabeça.

- Como você pode agir de forma leviana sobre isso? É um enorme compromisso.

- Me dê um tempo. Nós estamos falando sobre masturbação em um copo de plástico e não doação de um órgão.

- É um pouco mais do que isso, na verdade.

- Eu tive alguns companheiros na ANBU que fizeram. Nada muito intenso. - Sasuke deu de ombros. - Além disso, não é como se eu concordasse em casar com você e depois te desse um garoto. É apenas um pouco de DNA compartilhado entre conhecidos. E eu tenho certeza que Ren teria que assinar algo dizendo que ele não iria levar o garoto, certo?

- Sim, nós tínhamos discutido um contrato quando Satoru não permitiu que Ren se envolvesse.

- Eu aposto que eu sou um candidato muito melhor do que Ren era.

- E como é isso?

- Todo mundo quer um filho saudável, inteligente e atraente, certo? Bem, eu tenho que fazer exames na corporação anualmente. Minha família não tem histórico de qualquer doenças graves ou doença mental. Eu me formei como um dos melhores alunos da nossa classe da academia, sou capitão de um time ANBU e, em breve, diretor geral da corporação. Sem contar o fato de ser o último DNA vivo de um dos clãs mais poderosos do mundo. - Ele piscou para ela. - E eu acho que é seguro dizer que eu traria alguns poderosos genes, olhando para o quadro geral.

Ela olhou para ele com desconfiança.

- Qual seu objetivo? Sem ofensa, mas além de sermos ninjas e ex-companheiros de equipe, nós mal nos falamos, eu nem te conheço mais, não sei mais nada da sua vida. E o que eu sei não é muito lisonjeiro. Independentemente de como você está displicentemente oferecendo uma parte de sua essência, é um enorme sacrifício para qualquer pessoa. E eu não posso imaginar a razão para você agir de forma tão altruísta.

Sasuke passou a mão sobre o coração.

- Porra, Sakura, você realmente está me machucando. Quer dizer, eu coloquei minha vida em risco há menos de uma hora atrás, quando você e Ren estavam brigando, mas eu ainda sou um maldito egoísta.

Ela revirou os olhos.

- Basta responder a pergunta.

Ele sorriu.

- Ok, ok, você está certa. Meus motivos não são completamente altruístas.

- Eu sabia! - Ela bufou.

- Aqui esta minha proposta. Eu me ofereço para ser pai do seu filho, e você por sua vez, promete concebê-lo comigo naturalmente.

O medo irradiou sobre ela, a fazendo tremer.

- Naturalmente? Como... Eu e você… Fazendo sexo?

- A maioria das mulheres estariam achando esta ideia muito mais atraente do que você esta demonstrando. - ele meditou.

Ela balançou a cabeça furiosamente.

- Eu não posso fazer sexo com você!

- Por quê?

- Eu simplesmente não posso.

- Você vai ter que me dar uma razão.

Ela torcia o guardanapo de papel em suas mãos, coisa que normalmente ela estava propensa a fazer quando ficava nervosa.

- É que eu acredito que o sexo é algo sagrado e especial para ser feito entre duas pessoas que estão profundamente comprometidas uma com o outra e que se amam.

Suas sobrancelhas franziram.

- E quantas vezes você passou pelo sexo profundamente comprometido com alguém?

Ela se recusou a encontrar a expectativa em seu olhar.

- Uma vez. - ela sussurrou.

- Puta merda! - Ele balançou a cabeça. - Isso é inacreditável.

Sakura atirou seu olhar ao encontro dele.

- Eu tenho certeza que é difícil para você compreender alguém que não transa com tudo que se move! Bem, eu não transo com qualquer um. E sim, eu tinha vinte anos quando eu perdi minha virgindade com um cara que eu estava namorando há mais de um ano, que mais tarde tornou-se o meu noivo.

- Eu não sabia que você era separada.

- Eu não sou. Ele morreu em uma missão seis meses antes da data do nosso casamento.

Ela lutou contra o dilúvio de emoções que surgiram com a lembrança de Daichi.

Mais arrependimento do que dor. Quantas vezes ela se torturou por sempre adiar a data do casamento? Na época, ela pensava que estava sendo prática e sensata. Ela queria terminar o treinamento médico em crianças com problemas mentais, e então ela queria esperar que ele se formasse médico também.

Sasuke a arrancou dos seus pensamentos. Fazendo uma careta, ele disse:

- Nossa, Sakura, eu sinto muito.

- Obrigada - ela murmurou.

- Há quanto tempo foi isso?

- Quatro anos.

Ele engasgou com a cerveja que tinha acabado de tomar. Depois que ele se recuperou do acesso de tosse, ele perguntou:

- Você não tem sexo há quatro anos?

- Não... - ela sussurrou, correndo seu dedo ao longo de uma das profundas ranhuras na madeira da mesa.

Ela odiava ter que admitir isto a Sasuke, mas ele tinha que entender por que sua proposta era tão absurda. Mesmo com sua desesperada necessidade de um bebê, ela não estava desesperada o suficiente para justificar ter sexo casual com um notório mulherengo. Ou…

- Puta que pariu, - ele murmurou. - Como você aguenta?

Ela estreitou os olhos para sua expressão incrédula.

- Quando os últimos quatro anos de sua vida estão um inferno, o sexo realmente não entra no alto escalão da sua lista de prioridades.

Sasuke franziu as sobrancelhas.

- O que você quer dizer?

Ela olhou para o guardanapo, que agora estava desfiado em seu colo, e tentou manter suas emoções sob controle. A última coisa que queria fazer era ficar histérica na frente dele pela segunda vez na mesma noite.

- Depois que Daichi faleceu, eu me fechei por um ano. Acho que você poderia afirmar que eu estava como um morto vivo. Eu levantava, ia trabalhar e voltava para casa. Então, assim que eu comecei a ver a luz do sol de novo, minha mãe foi diagnosticada com câncer. Ela era o meu mundo, e pelos próximos dezoito meses, minha vida inteira estava sendo consumida cuidando dela. - As lágrimas turvaram seus olhos. - E então ela simplesmente se foi.

À vista da expressão aflita de Sasuke, Sakura deu um riso nervoso.

- Eu só posso imaginar agora que você estava desejando nunca ter me chamado para uma bebida, muito menos me feito qualquer proposta.

- Isso não era exatamente o que eu estava pensando.

- Ah, e o que era?

- Se você quer saber, eu estava pensando como em todos esses anos eu nunca conheci uma mulher igual a você.

- Supostamente deveria ter um elogio ai?

- É claro que há. Eu não sou um idiota tão grande assim, você sabe.

Depois que ela revirou os olhos com ceticismo, ele pegou as mãos dela nas suas.

- Você é como um paradoxo para mim. Um minuto você é como uma flor frágil e em seguida, você é dura e inflexível como o aço.

Ela não poderia evitar de manter a boca escancarada.

- Eu não posso acreditar que você acabou de dizer algo tão profundo e sensível.

- Eu tenho meus momentos. - ele respondeu, com um sorriso.

- Por todos os meios possíveis, por favor, tente ter mais deles.

A expressão jovial de Sasuke ficou séria.

- Eu realmente sinto muito sobre tudo que você passou nos últimos anos. Ninguém deveria ter que suportar tanto e fazer isso sozinha.

- Você suportou. Mas obrigada. Todos temos nossos demônios, afinal.- ela murmurou, enquanto tentava não olhar para ele como se, de repente, tivessem crescido chifres. Era realmente possível que, por baixo sua personalidade egocêntrica houvesse realmente um bom coração? Um que realmente se preocupava com tudo o que ela tinha passado?

- E eu também gostei muito das coisas que você falou sobre seu tempo sem sexo, depois de tudo que passou. É muito refrescante encontrar uma mulher com ideais a moda antiga.

- Você está falando sério?

Sasuke manteve o rosto impassível.

- Sim, eu estou. Também foi bom saber que sua rejeição pública na festa de Natal não foi apenas sobre mim, mas mais sobre suas crenças pessoais.

- Honestamente, você poderia ser mais egoísta? - Ela respondeu, mas não pode deixar de sorrir para ele.

- Piadas à parte, eu posso ver porque você quer ter o bebê.

- Oh, você pode? - Ele acenou com a cabeça.

- Você já teve tanta morte e perda que você decidiu que quer um pouco de vida em você. - Ele apertou a mão dela. - Certo?

Ela respirou rouca, enquanto suas palavras ecoavam nela. Como era possível que alguém como Sasuke conseguisse explorar tão fundo meu coração e minhas emoções, quando mesmo Ino, às vezes não entendia seu desejo profundo pela maternidade? Logo ele que não tinha ninguém no mundo, que teve um passado tão mais miserável quanto o seu.

- Sim. - ela murmurou.

- Então me deixe te dar isso. Me deixe te dar um bebê.

Ela lutou contra a vontade de se beliscar com o absurdo da situação. Como ela deixou de ser um desastre emocional desejando um bebê e chegou ao ponto de pensar em negar uma oferta masculina para cumprir meus sonhos?

O lado racional de sua mente protestava contra seu coração.

- Você tem alguma ideia de como isso soa louco? Você é um Uchiha! Por que você, de todas as pessoas, esta oferecendo uma parte de si mesmo para eu alcançar meu sonho?

- Eu já lhe disse por quê.

Ela soltou um gemido frustrado.

- Então você quer dormir comigo. E esta é a sua única motivação?

Ele deu um sorriso torto.

- Você subestima o seu fascínio e apelo sexual.

- Se você quer realmente que eu comece a levar a sério a sua ideia, você vai ter que me dar uma razão melhor do que essa.

Sasuke se contorceu um pouco na cadeira e limpou a garganta antes de responder.

- Bem, há uma outra razão…

- E?

Ele franziu o cenho.

- Tudo bem, tudo bem. Eu me lembro muito bem, de uma promessa que fiz a minha mãe quando eu ainda era pequeno, que eu teria filhos algum dia. Dessa forma, eu acho que posso manter a minha promessa com o mínimo de compromisso necessário.

Embora ele tentasse esconder, eu podia ver a dor fervendo nos olhos de Sasuke. Era óbvio o quanto ele amava a sua falecida mãe.

- Eu sinto muito sobre sua mãe. - Ela murmurou.

Ele deu de ombros.

- Já faz muito tempo.

- Mas por que ela fez você promete ter filhos? Quer dizer, ela simplesmente não assumiria que você gostaria de ter seus filhos um dia?

- Na verdade, não.

Ela dei uma sacudida de nojo na cabeça.

- Eu aposto que você sequer consegue ficar perto de crianças.

- Para sua informação, eu sou padrinho dos filhos da Karin e do Suigetsu. Não sou o melhor do mundo, mas me esforço.

Ele pegou seu celular e rolou por algumas fotos antes de empurrar a tela em minha frente.

- Oh! - Ela murmurou, enquanto observava os rostos sorridentes.

- Eu não sabia que eles tinham se casado.

- Também fiquei surpreso.

Ela concordou com a cabeça.

- Quantos anos eles tem?

Ele passou para a próxima foto.

- Quatro e o Koji acabou de nascer, tem dois meses.

Sakura sorriu para o recém-nascido nos braços da jovem.

- Ele é lindo.

- Em nove meses, esta foto poderia ser você. - Sasuke disse suavemente.

Emoções incharam em seu peito, e ela sentia como se não pudesse respirar. Ela fechou seus olhos momentaneamente, tentando desesperadamente manter agarrado o fio frágil da sua sanidade. A resposta para todos os seus problemas estava sentado bem na sua frente. Tudo o que ela tinha que fazer era dizer sim, e ela finalmente poderia ser mãe. Era tudo muito complexo, e ela precisava desesperadamente se afastar de Sasuke para pensar claramente.

Quando ela finalmente abriu os olhos de novo, encontrou Sasuke olhando fixo para ela.

Sakura sorriu se desculpando.

- Hoje eu tive um dia com muita coisa sendo lançada sobre mim. Eu vou precisar de algum tempo para pensar sobre isso.

- Eu entendo. Leve o tempo que você precisar. Você sabe onde me encontrar.

Ela assentiu e então se levantou.

- Obrigada pelas bebidas... E por me ouvir.

Ele acenou com a cabeça.

- A qualquer hora.

E então ela fez algo que surpreendeu até a ela mesma. Ela se inclinou e beijou sua bochecha.

Quando Sakura se afastou, os olhos de Sasuke estava arregalados.

- Boa noite. - ela murmurou antes de sair rapidamente do bar. O calor da tarde de verão bateu contra seu rosto, enquanto a noite se aproximava. Drenada emocionalmente e fisicamente, sentindo suas pernas bambas, ela tropeçou levemente sobre o pavimento irregular, ela tinha acabado de entrar no pátio iluminado, em direção a rua que seguia para seu apartamento, quando alguém agarrou seu braço. Ela se virou, usando toda sua força para socar o rosto do assaltante.

- Porra, você tem um bom gancho de direita. - Sasuke gemeu, trazendo sua mão para o olho direito.

- Oh Deus, eu sinto muito! Eu não sabia que era você! - ela se desculpou.

- Não, está tudo bem. Eu fui um idiota em não chamar seu nome primeiro. - Ele a espiou através de um olho. - Deixe-me adivinhar. Você fez aquele o curso ridículo de Defesa Pessoal para Mulheres? Como se precisasse, claro.

Ela concordou com a cabeça.

- Sim! Bem, eles te ensinaram bem. Estou feliz por você não tentar o velho método SING. Eu não suportaria.

- Oh, o método soco no peito e chute com o pé no nariz e na virilha? - Sasuke assentiu.

- Chutando minhas bolas, a minha oferta poderia ser prejudicada.

Desesperada para mudar de assunto e se afastar das suas partes masculinas, ela perguntou:

- O que você está fazendo aqui?

- Meu caminho é por aqui.

- Ah, está certo. - ela murmurou, se sentindo uma idiota.

- E eu prometi ao Ren que eu iria te acompanhar e confirmar com certeza que você estava bem.

Ela tentou resistir a vibração de seu coração com seu ato de bondade.

- Obrigada. Isso foi muito doce de sua parte. Eu posso ir sozinha.

- Eu posso levá-la. - Quando ela olhou para ele com ceticismo, ele sorriu de lado.- Você sabe, para provar que o cavalheirismo não está morto e etc.

- Ok, então.

Seus sapatos ecoavam na calçada, enchendo a quadra silenciosa com seu barulho.

- Então, hum, você mora aqui perto? - Ele perguntou.

- Não, eu estou a cerca de trinta minutos daqui, no distrito Kobuki.

- Isso não é muito longe para um ninja. Quer dizer, você sabe, quando vamos pelos telhados.

Ela abaixou a cabeça para não rir na frente dele de sua péssima tentativa de conversa fiada. Sakura não devia ter escondido sua diversão tão bem, porque de repente ele perguntou:

- O que é tão engraçado?

Ela sorriu.

- Ah, eu só estava me perguntando quando você iria mencionar sobre o tempo.

- Foi tão ruim assim?

- Está tudo bem.

Ele curvou os lábios para ela.

- Eu acho que estou fora de meu jogo, eu normalmente não preciso conversar muito com as mulheres que saio. - Quando ela abriu a boca para protestar, ele sacudiu a cabeça. - Confie em mim, Sakura, isto foi um elogio.

- Oh, eu vou por aqui - Ela apontou para cima, uns telhados para a direita. - Bem, chegamos. Ren estaria orgulhoso de saber que estou sã e salva. - Ela grunhia, enquanto ajeitava a sandália no pé para não tropeçar. - Se ele estiver vivo amanhã, depois de fofocar tudo para você, como ele fez. Vou ficar surpresa se ele não tiver colocado um outdoor na torre do Hokage, dizendo: "Por favor, transem com minha amiga!

Sasuke segurou uma risada.

- Vá devagar com ele. Ele se preocupa com você.

Seus olhos se arregalaram de surpresa com a ternura no seu tom.

- Eu sei que ele se preocupa.

Eles ficaram meio sem jeito por um momento, sem se encararem.

- Bem, obrigada novamente por esta noite e por me trazer até aqui .

- Foi um prazer.

Enquanto ela caminhava até o fim do beco, Sasuke começou a ir embora, mas então ele parou. Ele se virou para trás e balançou a cabeça.

- Oh, merda! Foda-se!

Ele a pegou totalmente desprevenida, a empurrando contra a parede. Passou os braços em volta da sua cintura, colando-a contra ele. Eletricidade vibrava nela com seu toque, e o seu cheiro invadiu suas narinas, fazendo-a sentir vertigens.

Ela se contorcia em seus braços.

- O que é você est-

Ele a silenciou, inclinando-se e esmagando seus lábios contra os dela.

Ela protestou, empurrando suas mãos contra seu peito, mas o calor de sua língua deslizando pelos seus lábios abertos a deixaram fraca demais para reagir.

Os braços de Sakura caíram molemente pelo seu corpo.

As mãos de Sasuke varriam a sua cintura e de volta para cima. Ele emaranhou seus dedos através do seu curto cabelo, enquanto sua língua mergulhava em sua boca, acariciando-a e provocando. As mãos dela subiram para envolver seu pescoço, puxando-o ainda mais perto.

Deus, tinha passado um longo tempo desde que alguém a beijou, e ele tinha tomado de uma vez o que Daichi levou uma semana para ter coragem de fazer. Sasuke a manteve presa contra o parede, usando seus quadris, enquanto continuava o ataque a sua boca.

Apenas quando Sakura pensou que não conseguia mais respirar e poderia desmaiar, ele largou seus lábios. Olhando para ela com os olhos semi abertos e bêbado com o desejo, Sasuke sorriu.

- Talvez isso irá ajudá-la com sua decisão. - E então ele se afastou e caminhou de volta pela viela, a deixando quente, chateada e sozinha contra a parede fria.

CONTINUA

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Espero que tenham gostado. E se encontrarem algum erro ou tiverem alguma ideia de alguma parte que poderia ter sido melhor adaptada, me avisem! Ficarei feliz com toda a ajuda! Ah, e comentem pra dizer se gostaram da história também, é claro! 3

Beijos e até semana que vem.

#JehSanti