1. Sorte

Acordei nessa manha decidida a entrar no escritório de Alvo Dumbledore e impedi-lo de deixar Harry Potter sair pelo mundo bruxo procurando partes de alma do bruxo mais poderoso de todos os tempos em coisas indistintas.

Eu definitivamente estava em seu escritório bem organizado, sentado a sua frente e contando-lhe todas as minhas indignações sobre o quão perigoso era a tarefa deixado ao Harry.

- Sim, Srt Granger, realmente concordo com você. Essa tarefa é perigosíssima para qualquer um, até mesmo a mim.

Dei um sorriso esperançoso a ele. Acho que ele vai desistir dessa idéia louca.

- Já estava pensando isso a alguns meses, e agora torno-os concretos: Você poderia me fazer uma tarefa mais simples, embora, no mesmo contexto, perigosa.

Meu sorriso murchou.

- Desde que não envolva o Harry nem o Rony.

- Sim, uma tarefa incumbida somente a ti. – ele sorriu.

- E o que seria?

- Lembra-se em seu terceiro ano, quando Minerva deu-lhe um vira-tempo? – ele perguntou e eu num ato involuntário levei a mão ao pescoço, onde descansava a correntinha dourada.

- Sim – respondi franzindo o cenho. Onde ele queria chegar com isso?

- Muito bem Srt Granger. Quero que faça algo por mim, mas antes prometa-me não voltar atrás com sua palavra. – Dumbledore começou – Uma vez que se fizer isso anulo totalmente a tarefa dada ao Harry.

Ele bateu os dedos na mesa e vi de relance sua mão negra, mas assim que percebeu meu olhar escondeu-a rapidamente.

- Eu prometo fazer qualquer coisa a pedido do senhor, Professor. – respondi prontamente e Dumbledore sorriu, de volta com o velho brilho em seu olhar.

Eu sabia que havia alguma coisa de errado. Mas de qualquer modo sempre havia algo de errado com os pensamentos de Dumbledore, e apesar de nos parecermos demais nesse quesito, somos diferentes. Ele pensa demais. Eu penso o necessário.

Claro, havia também o fato dele ter mencionado o vira-tempo. Isso também não me parece boa coisa.

- Quer que eu impeça algo, Professor? – perguntei direta e o sorriso de Dumbledore aumentou.

- Sempre esperta, Srt Granger... Sim, quero que impeça Lord Voldemort de se tornar Lord Voldemort.

Oh sim, essa talvez seja a tarefa mais fácil que recebi.

- E você quer que eu faça o que exatamente? Matá-lo?

Dumbledore me avaliou com aquele oclinhos de meia lua.

- Somente se for preciso, se algo desencaminhar de seus planos. Mas se for de minha escolha não o mate. Quero que o salve. Ensine-o a amar. Não deixe que ele seja o que é hoje.

- Sim, senhor. - concordei embora pensasse que fazer Lord Voldemort amar era quase impossível.

- Espere – Dumbledore chamou assim que me levantei para ir embora. – Vire o vira-tempo 55 vezes, para voltar 55 anos atrás. Quero lhe dizer uma coisa sobre esse período. Tom irá matar seu pai alguns dias depois que você chegar. Retarde, o máximo.

- Sim. – acenei afirmativamente. Pelo menos estaria no sexto ano de qualquer forma.

- Diga que esta precisando de ajuda em alguma matéria, e faça-o ajudá-la. Por exemplo.

Mirei-o indignada. Isso era um insulto a minha inteligência!

- Acho – forcei um sorriso – Que posso pensar em outra coisa.

- Certo, certo. E uma última coisa. Não diga nada a ninguém, nem mesmo aos confiáveis. Essa – ele disse se inclinando na poltrona. – É uma tarefa extremamente perigosa. Se algo sair de seus planos, Srt Granger, quero que tome o máximo de cuidado possível. Será sujeita a ficar presa o passado para sempre.

Decidi viajar antes do jogo de Quadriball da Grifinória versus Sonserina. O clássico.

O jogo seria depois do almoço. Ainda não aceitei o fato de jogarem com os acontecimentos que estão por vir.

- Relaxa Mione, e torce pro Rony defender todos os gols! – disse Harry antes de enfiar uma boa parte de pudim na boca.

Revirei os olhos.

- Não, Harry, vou torcer pro Malfoy. – eu disse pensando em Tom Riddle e no que eu supostamente teria que fazer no passado

A colher que estava na mão de Harry caiu no prato com estilhaço. Ele olhava um ponto atrás de mim de boca aberta. Franzi o cenho

- O que foi que disse, Granger?

É só pensar no diabo e aparece o júnior.

Nem me virei para encarar o sonserino.

- É claro que eu estava sendo sarcástica, Malfoy.

- Huuuuun, que pena – ele sussurrou muito próximo do meu ouvido. Senti arrepios correrem pela minha espinha.

Depois ele foi embora. Acho. Não me virei para olhar em seus olhos cinza.

- O que diabos foi isso? – Harry argumentou de olhos arregalados.

- É, huuun, estranho. – concordei.

- Mione, preciso ir... E, hm... Sabe, o jogo... - ele me deu um beijo na bochecha – Err, tchau.

Ele saiu correndo antes que eu falasse alguma coisa. Passei a mão na bochecha e dei um sorrisinho infantil.

Ponderei sobre a idéia de não voltar no passado agora e aproveitar um pouco mais o tempo que eu curto aqui. Provavelmente depois que eu mudar o passado é capaz de não nos reconhecermos no futuro, eu e os garotos.

Não. Salvar o mundo bruxo era com certeza mais importante. Salvar Harry e Ron era mais importante.

- Srt Granger? – me virei para a voz de Minerva McGonnagal.

- Sim?

- Professor Dumbledore pede que compareça na sua sala, novamente.

Acenei afirmativamente. Levantei-me da mesa esperando a Diretora da Grifinória sumir entre os muitos alunos do corredor.

Subi as escadas e andei até o segundo andar, onde estava o escritório do Diretor.

A gárgula já estava a minha espera:

- Senha, Srt Granger.

Sorri.

- Alcaçuz.

A gárgula virou para o lado mostrando as escadas giratórias do escritório de Dumbledore.

- Escrevi isso! – anunciou ele assim que me sentei e sua frente. Mostrou-me um envelope – Entregue isso a mim no passado, mas não leia. Com certeza eu entenderei – e sorriu. – Você acabou de ser transferida da Beauxbatons. Seu nome é... Adoria Belle. Tente forçar o máximo um sotaque Frances – e depois lançou-me um feitiço.

Franzi o cenho sem perceber diferença nenhuma. Depois percebi que estava com um sapato salto auto azul claro, em combinação com as vestes da Beauxbatons.

- Ah sim, agora uma verdadeira francesa! – comentou – Agora, tome isso. – ele colocou em mim uma pulseira de Prata com um G pendurado. – Pode-se ir.

- Sim – acenei e me levantei.

- Não, Srt Granger. Quero que volte.

- Ah, sim.

Tirei a correntinha do pescoço e girei o vira-tempo 55 vezes.

Antes de tudo virar um borrão completo pude ouvir as palavras de Dumbledore. : ''Cuidado com Tom, ele as vezes pode ser muito persuasivo! Boa sorte...!''

Decidi ainda não abrir os olhos e tentei fazer uma varredura de onde eu estava pelo tato, olfato e a audição.

Hunnn. Estava frio, muito frio, mas não me mexi. Era um risco que eu tinha que correr.

O chão me espetava nas costas e pernas e estava molhado. O ar estava úmido e eu podia ouvir os pássaros em algum lugar.

Talvez eu estivesse em uma floresta, no começo do outono. Arrisquei abrir os olhos.

A primeira visão foi partes de um céu azul escuro, tampado pelas muitas arvores agrupadas. Já era de noite. É, eu estava mesmo em uma floresta.

Assim que me dei conta do rapaz ao meu lado, me observando, me sentei imediatamente.

Era um rapaz alto, moreno com olhos escuros, traços delicados e firmes ao mesmo tempo e com as vestes negras do uniforme de Hogwarts.

Dumbledore havia me dito para falar Frances, e me disse um nome também, Adoria Belle. Huh, adorável e bela. Com certeza.

- Qu... Quem é você? – gaguejei tentando falar em Frances/Inglês. O rapaz de olhar seco e frio me olhou torto.

- Creio que dizer o nome primeiro é mais uniforme. – a voz dele, assim como o olhar, era fria.

Será que eu poderia confiar naquele garoto?

- Adorria Belle. – tentei novamente soar francesa

O rapaz deu um sorrisinho de lado.

- Adorável e Bela, é um nome bonito se me permite elogiá-la. Mas devo acrescentar que, talvez, esse não seja o seu nome.

- Eu estava ponderrando se podia confiarr em você. – respondo firmemente. Eu agora deveria usar o Frances como minha língua oficial, devo me lembrar de agradecer a Fleur pelas aulas.

O rapaz me olhou torto de novo.

- E você, qual o seu nome? – perguntei mais uma vez.

Ele continuou a me olhar sem responder por enquanto, mas depois abriu outro sorrisinho de lado.

- Tom Riddle.

Acredita na minha sorte?