Vingança... uma simples palavra, mas que pode levar alguém a uma vida de sofrimento, porque o mesmo assim deseja ao cultivar tal sentimento, que juntamente com o preconceito, orgulho, arrogância, prepotência, viciosidade e crueldade presentes em sua vida, condenando a si mesmo ao inferno...

Mas, o que é realmente o Inferno? Quanto tempo dura? E se existe, de fato, pode haver redenção? Ou não tem para aqueles que cultivam tal fardo e que ficarão condenados dia após dia, a ter o peso opressor dos grilhões da culpa o confinarem ao martírio?

Mas, o que é realmente o Inferno? Quanto tempo dura? E se existe, de fato, pode haver redenção? Ou não tem para aqueles que cultivam tal fardo e que ficarão condenados dia após dia, a ter o peso opressor dos grilhões da culpa o confinarem ao martírio?

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Essa é uma fanfiction Dark com angust, ou seja, uma fanfic "pesada", recheada de sofrimentos psicológicos e físicos. Haverá estupro e violência.

Se esses temas o ofendem, não recomendo ler.

Minha pretenção é que chorem conforme lerem o capítulo e a postagem se seguirá a cada 20 dias e também será uma shortfic.

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Igneel, um dragão teimoso,cruel, orgulhoso, violento, perverso, sem piedade com os humanos e que aliaís os odeia mortalmente...

Encontra-se frente a uma humana que o deixa "interessado". Esta corajosa, guerreira, orgulhosa, mas, também gentil em muitos momentos.

O que o destino reserva ao poderoso Imperador do Fogo, Igneel?

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Cap 1 - Encontro do Destino

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No passado, o homem havia acabado de descobrir o metal, desenvolver a criação de animais para seu sustento e com isso, abandonando a vida nômande, passando a morar em vilas e a surgirem dentre elas castas mais elevadas, consagrando-se senhores de tais hans.

Com o tempo, as habitação já não eram rudimentares, cobertas de sapé, pois usando blocos, além do início de uma mistura que grudada entre estes, feitos de barro, se expandiram ao mesmo tempo que já dominavam a escrita, a fala e a matemática, além das navegações.

Mesmo após séculos, milênios, eram observados por dragões, criaturas tidas como lendárias para os humanos, muitos falando que eram só uma lenda e nada mais.

Mas, existiam. Ficavam adormecidos em seus elementos regentes e muitos contatos entre humanos e dragões, acabavam em "mortes misteriosas", afinal, eram tidos como criaturas imaginárias.

Estes seres poderosos, rasgavam os céus com suas potentes asas, arrebatando criações quando estavam com fome, não sendo algo comum, pois, podiam se alimentar do elemento que dominavam.

Dentres esses dragões, existiam os mais antigos, os mais poderosos, cuja idade se perdera ao longo dos séculos, senão milênios.

Eram tidos dentre eles como os mais sábios e poderosos, muitos outros dragões considerando uma loucura, senão insanidade, comprar briga com um desses e em decorrência disto, eram tidos como Imperadores conforme o elemento que utilizavam.

Dentre esses Imperadores, havia um impaciente, perverso e prepotente, uma mistura perigosa, principalmente para os dragões que possuíam a regência do fogo e a qual possuíam também a alcunha de Dragões Infernais por causa da mesma.

Este em particular achava os humanos mais do que inferiores, uma praga que deveria ser erradicada.

Seu nome? Igneel, o Imperador do fogo.

Era o mais temivél dragão do tipo fogo e tal pensamento levava a comportamentos maldosos, como incendiar vilas quando lhe desse desejo, sem se importa com os humanos.

Seus atos levaram ao afastamento dos de sua raça e dos outros Imperadores, menos Grandine, a Imperatriz do Céu, que parecia ter alguma influência sobre ele, pois era a únia que ouvia, mas, não necessariamente seguia o que lhe falava.

Mas, pelo menos, ela não precisava temer um ataque dele. Dizia-se que graças a mesma, ele escapou da morte e como esta era filhote na época, cuidou dela e a criou. Podia-se dizer, que a via como uma quase "filha", por isso a paciência com ela e o fato de não ataca-la. Também era a única que ainda mantinha algum contato com ele.

Graças a persuassão de Grandine, aliada ao fato dos outros Imperadores o proibirem de fazer mal aos humanos novamente, ele resolveu "hibernar" e escolheu um lugar de vulcões ativos e lavas incadescentes. Os humanos chamavam esse lugar de Inferno e era localizado em uma ilha imensa.

Nenhum ser humano se aproximava de lá, portanto, Igneel adorou o local e pôs-se a dormir por muitos séculos.

Os Imperadores tinham feito um pacto, nunca lutar entre si, pois, se lutassem,= com seus imensos poderes, provocariam caos e até mesmo a extinção da vida no planeta.

Visando evitar uma catástrofe, decidiram que nunca lutariam entre si e impuseram aos dragões mais jovens essa lei, mas, mesmo se quebrassem, não havia tanto perigo, porém, eram punidos pelos dragões regentes do elemento destes e era uma punição severa demais.

Porém, após séculos, Igneel desperta.

Das lavas incadescentes que formavam rios, um par de olhos dourados brilhavam de malidiscência, reluzindo sobre os rios vermelhos de chamas.

Este ergue seu imenso corpo, provocando escoamento do magma incadescente que o cobrira por séculos e ruge. Um rugido ensurdecedor que muitos humanos confudem com uma tempestade.

Era um aviso aos demais dragões e Imperadores que ele despertara, pois, todos eram obrigados a avisar se despertassem aos demais e todos eles ao ouvir Igneel despertando, abanam a cabeça para os lados, suspirando pesadamente, pois sabiam que o mesmo não mudara absolutamente nada.

O dragão de fogo abre suas asas imensas e alça vôo rumo ao céu escuro, povoado por raios por causa do calor e gases tóxicos, saindo desse céu tempestuoso para um mais ameno e com o passar dos minutos para um céu límpido, cortando as nuvens majestosamente.

Decide retornar ao local onde habitara com sua mãe. Sim, ele teve uma genitora, que foi traída e morta por humanos e isso levou-o a odiar mortalmente tal raça.

Era um palácio no topo de uma montanha, longe dos olhares humanos e de rochas tão ingrímes, que quem tentava escalar, despencava pelas pedras presas falsamente ou só levemente encaixadas.

Conforme voava até seu palácio, se concentra nos sons e cheiros, descobrindo que estavam muito diferentes desde a última vez que estivera acordado. Via também, mesmo do alto, as vilas que agora possuíam construções e arquiteturas mais elaboradas.

Já os humanos que olhassem para o céu, somente veriam um minúsculo borrão vermelho e nada mais, de tão alto que este se encontrava.

Porém, mais a frente, alguém o faz estancar em pleno ar, obrigando-o a bater as asas para manter-se suspenso no ar, ao sair da correnteza da mesma que usara para planar até aquele instante.

Era a Imperatriz do Céu que possuía a magia de cura e regia o vento, Grandine, sua irmão mais nova adotiva, como a considerava. A mesma possuía por ele um afeto imenso e por isso, suportava o temperamento do dragão a sua frente com mais paciência que os demais.

O olhar dela era piedoso, beirando a compaixão. Sentia muita pena de ver seu irmão mais velho consumido em tais sentimentos negativos. Sabia que no fundo, bem no fundo, ele podia ser um dragão tão sábio quanto os demais Imperadores. Só precisava de um estímulo e se lastimava de não conseguir encontrar tal estímulo.

Lembrando-se que este tipo de olhar o irritava e querendo começar uma conversa relativamente calma e amena, controla sua piedade e força-se a olhar neutro, notando que a face de Igneel ficara menos irritada.

Olham-se por mais alguns minutos, até que a dragoa quebra o silêncio incômodo:

- Igneel onii-ue... então despertaste após séculos... - falava afirmativamente, sem conter a felicidade em revê-lo.

- Sim, imouto... fico aliviado em ver que tu continuas bem...

- Domo arigatou-gozaimassu ( muito obrigado - maneira formal)... aonde tu vais?

- Para o palácio de hahaue...

- Sabes que os humanos evoluíram neste tempo que permanecestes hibernando...

- Este Igneel notou... só espero que nenhuma "dessas coisas" me incomodem... caso aconteça... serei impiedoso... não serei o primeiro a atirar a pedra, porém, serei aquele que se vingará de tal afronta...

Nota o olhar baixo de Grandine. No fundo, não gostava de vê-la assim, porém, não era falso, podia ter seus defeitos, mas era sincero acima de tudo.

A Imperatriz sabia também que os dragões de fogo eram cabeças-duras e raramente mudavam de opinião. Também eram mais de agir primeiro e depois racionalizar, em decorrência de sua impulsividade e impaciência nata, além de serem energéticos em demasia.

- Pelo visto... não mudaste de opinião...

- Este Igneel nunca mudará... por mim, exterminaríamos essas pragas, caçando-as sem dó e sem piedade, erradicando-as da face da terra! - fala em meio a um rugido ensurdecedor.

Os humanos na terra julgavam ser um trovão violento, mas, não compreendiam o porque, pois o céu estava límpido.

Grandine suspira pesadamente e fala, após algum tempo, resignada:

- Sempre desejo que mude de idéia... sempre... saiba que nunca desistirei de Igneel. - fala olhando-o com seu costumeiro olhar bondoso e gentil.

- Não adianta... pelo visto não é só este Igneel que não muda... passa-se séculos, milênios e continuas igual ao passado... uma tola por pensar que um dia posso mudar por capricho do destino... - fala em tom mais calmo e se prepara para retornar o vôo - sayounara, imouto... cuide-se...

E sai de perto dela que ainda está parada no ar, com suas imensas asas, olhando o dragão de fogo se afastar cada vez mais, até se tornar um pequeno ponto no horizonte, que sumia gradativamente.

Algo lhe dizia para ficar perto dele e decide fazer isso, não compreendendo o que era tal sentimento que acossava-a a segui-lo, mas, era muito forte e por isso, cede.

Mas, não iria revelar sua presença, algo que não era tão difícil assim e enquanto ficava por perto, passaria para ver Metallicana, sua grande amiga e que morava perto do palácio de Igneel.

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Igneel chega até a mansão acima das montanhas e nota que como esperado, tudo ficara igual a quando deixou aquele lugar, após o assasinato de sua mãe. Era como se o tempo estivesse estagnado naquele local.

Desce no imenso jardim a frente da morada de dois andares e assumiu a forma humana, trajando uma veste requintada e acima desta, uma armadura reluzente de samurai, que continha em cada osode, dois chifres curvados.

Se preparava para entrar, quando sua audição apurada capta uma voz infantil e pelo cheiro, estava no jardim abaixo da mansão, na floresta.

Ele estreita os olhos e rosna. Estava furioso pela ousadia daqueles humanos em profanar a terra honoravél de sua genitora.

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Na bela clareira bem iluminada ao pé da montanha, no coração da floresta densa e verdejante, uma criança de 10 anos brincava junto de outras, olhadas por uma jovem de 16 anos. Honookaze Natsu ( vento das chamas do verão).

Ela usava roupas diferentes das outras meninas.

Trajava uma armadura por cima de um haori e hakama e se fosse só pelas vestes e armadura, podia se passar por um menino, mas, olhando atentamente, ao ver os cabelos longos presos por um laço, via-se que era uma garota. Sem contar, que se prestasse atenção na armadura, esta ao nivél do tórax, era um tanto mais "saltada" por causa dos seios da jovem.

Nas suas costas, jazia uma espada reluzente, presente de sua mãe, uma guerreira muito habilidosa e que treinou a filha deste a tenra idade. Infelizmente falecera há alguns anos, deixando a espada de herança para a mesma.

Aquela arma era o orgulho dela e jazia muitas lendas em cima desta que parece refulgir como a luz do sol, de uma maneira peculiar. Lendas como que nunca quebrara ou trincara e por mais que cortasse, nunca perdia o corte, sendo como se fosse nova e cortava coisas muito facilmente, estas, que muitas vezes quebravam as demais espadas.

Sua mãe dizia que era feita da presa de um dragão, que um dia a tataravó encontrou naquela mesma mata onde se encontravam. Foi passada de geração em geração e foi entregue, segundo a tradição para Honookaze Natsu quando a okaa-san desta falecera.

Sua armadura fora feita pelo avô materno, que era um excelente ferreiro e que também fez um colar de prata para ela, com um dragão em relevo na prataria, pois ela era fascinada e apaixonada por eles, inclusive uma vez na vida desejava ver um desses seres.

Era uma Mahou Kenshi, mas por ser jovem, não conseguia usar Kansou (reequipar) com muita rapidez. Sua mestra fora a própria mãe, que lhe deu também várias armaduras e armas.

Natsu conseguia reequipar armadura também, mas, era mais demorado e ainda não conseguia fazer ao mesmo tempo que reequipava-se com uma arma.

Esta jovem ouvira sobre a lenda de poderosos dragões e dentre eles os chamados "Imperadores" tidos como os mais poderosos dentre estes seres magnifícos.

Criaturas praticamente divinas que voavam pelos céus, rasgando as nuvens com suas asas imensas, suas caudas podendo causar terremotos ao brandi-las sobre a terra. Com as garras e presas rasgavam metal como manteiga, inclusive diamante e seu sopro era como a morte, mas, que mesmo desta, podia trazer nova vida.

Dormiam em templos e palácios inacessivéis aos humanos. Eram sábios, inteligentes, além de poderosos.

Ela os considerava como divindades com o poder da vida e da morte. Praticamente os idolatrava por seu poder, assim como seu avô que lhe contara isso, além de sua falecida mãe, quando ainda vivia nesse mundo.

Sua fascinação por essas criaturas levou-a a ser motivo de risos e escárnio, pois, eram tidos como só uma lenda e criaturas bestiais. Concordavam que eram poderosos, mas já, considera-los sábios e inteligentes, era um absurdo. Julgavam-no como feras com um poder destrutivo imenso.

Isso levou-a também várias vezes a comprar briga com os que "zoavam" dos dragões que tanto amava, fazendo a fama dela de uma Mahou Kenshi perigosa de se contrariar e silenciando com isso, aqueles que caluniavam os dragões, segundo a mesma.

Ela vivia junta da irmã de 10 anos, Honookaze Nohara( Vento das chamas do campo) e era o contrário de sua irmã.

Enquanto Natsu era corajosa, destemida, orgulhosa, que não baixava a "crista" para ninguém e cujo comportamento mais parecia de um homem, Nohara era delicada como uma boneca e medrosa, além de tímida.

Era uma Senren Madoushi e tinha algumas chaves, a maioria para companhia e dentre elas, possuía algumas para lutas e dentre estas, chaves douradas do zodíaco e tinha como contrato: Áries, Capricôrnio, Peixes e Libra. Mas, não gostava de lutar e preferia a diplomacia. Já sua irmão mais velha era tempestiva e impaciente.

As duas viviam em um castelo do clã Honookaze, que possuía como domínio aquela floresta, a montanha, alguns vales e vilas, vivendo basicamente da agricultura, sendo famosa pela fertilidade daquela terra, que onde "o que plantava, nascia".

Quem governava atualmente, era o irmão mais velho delas, Shinsetsu Honookaze ( Vento das chamas da gentileza) de 21 anos, obrigado a assumir o trono aos 17 anos, quando os pais deles faleceram em um terrivél acidente. Nohara tinha só 6 anos e Natsu 12, na época.

Com um han para assumir, Natsu acabou sendo uma espécie de mãe para Nohara, enquanto as servas ajudavam a cria-la e agora se culpava da imouto ser tão medrosa e carente, pois mimara demais para compensar a ausência dos pais e do anii-ue delas, que tinha que administrar aquelas terras.

As crianças iam embora, uma a uma e só Nohara continuava, agora entretida em confeccionar um colar de flores, enquanto invocara a Senren Lyra para tocar uma melodia com sua harpa.

A sua irmã mais velha revirava os olhos. Não queria ir para a Floresta Proibida do Dragão, segundo os antigos falavam e cujo nome foi diminuído para Floresta do Dragão. Tinha esse nome, pois a espada, segundo a lenda, foi forjada de uma presa imensa, de dragão, que encontrava-se cravada em uma rocha naquela floresta.

Aquele lugar também era tido como proibido, mas, infelizmente, prometera a Nohara um pedido de presente e justamente esta pedira para visitar aquele local.

Natsu estava atenta a quaisquer sons suspeitos, enquanto estavam próximas das montarias.

Porém, um som de passos é escutado por esta, que rapidamente se posiciona na frente de Nohara, já concentrando sua magia:

- Kansou ( reequipar)!

Invoca o seu selo mágico, embaixo dela e com isso, coloca uma armadura mais resistente, a melhor que tinha em seu arsenal.

Vendo aquilo, Nohara se levanta, largando o colar de flores que confeccionava, acabando por deixa-lo incompleto e se encolhe atrás da irmã, enquanto fecha o portão da Lyra. Ao mesmo tempo, a irmã mais velha pega uma das chaves da pequena, que era da Áries e faz sinal para usar e com os pés, faz um desenho de nuvem na terra.

A irmã entende e fica com a chave na mão, nisso, vêem um humano surgir do meio da mata, chamando a atenção dela por causa das orelhas um pouco mais pontudas que as humanas, além dos cabelos negros como a noite presos em um rabo de cavalo alto e os olhos negros que exibiam um brilho misterioso.

Trajava uma armadura imponente e uma capa, além de aparentar ter uma enorme força física e um semblante sério e rígido.

Natsu sente um calafrio na espinha, pois, mesmo sem a orelha "esquisita", quer dizer mais pontuda, julgava pelo modo de andar, agir e falar, como algo perigoso, além da presença mágica que fazia-a temer levemente.

Questionava-se se era um Mahou Kenshi como ela, ou só um cavaleiro. Mas, tinha sérias dúvidas se de fato era um desses tipos. Algo lhe dizia que não era um humano á frente delas que caminhava e sim, algo muitos mais poderoso e perigoso.

Natsu confessava que era uma sensação estranha que a fizera até suar frio e agora lutava para regularizar as batidas frenéticas de seu coração que se chocava com seu externo. Nunca havia se sentido assim e se apavorava consigo mesma por estar daquele jeito.

Mas, ao olhar para os olhos negros como a noite, sentiu-se perder levemente neles, sua face esquentar levemente, não compreendendo o que passava com ela, pois pensamentos estranhos vinham-lhe na mente e ela sacudia a cabeça para os lados tentando dissipar.

Nohara nada sentia, pois em noção de sentido de magia, precisava evoluir mais e o único ponto positivo, é que conseguiria usar as chaves sem se preocupar com a intensidade mágica que irradiava do desconhecido, que parecia comprimir todo o ar em volta delas.

Igneel fica surpreso desta permanecer bem, mesmo ele emitindo sua magia opressora e passa a julga-la "interessante", mesmo esta demonstrando um pouco de nervosismo.

Olhava os dois "vermes" na opinião dele que estavam a sua frente. A mais velha, estava protetoramente em frente a mais nova.

Soube logo que a mais nova era uma Senren Madoushi de poderes mágicos consideravéis, bem acima da média esperada para uma idade tão tenra. Já a mais velha, era uma Mahou Kenshi com grandes poderes mágicos. Nunca sentiu tamanho nivél de poder, considerando a idade da mesma, de fato, confessava armagamente, por mais desgostoso que estivesse com tal pensamento, que ela era incrivél.

Seus olhos viajavam pela face da jovem e depois pelas partes do corpo livre da armadura que trajava. Ela era linda, praticamente uma beleza mortal e o olhar dela era de alguém forte, orgulhoso e decidido, além de irradiar uma bravura e coragem sem limites, mas, também deduzira que era altiva, ao contrário da mais nova e juntamente com a beleza, era tudo o que apreciava em uma fêmea.

Notara os olhares para ele, principalmente da mais velha, junto dos batimentos cardíacos alterados, as faces rubras, sabendo não ser de medo e sim de leve desejo, ao sentir o cheiro fraco que seria imperceptivél, se a leve briza que soprara naquele instante, não carregasse este odor aprazivél até ele.

Desconfiara também, que nem a mesma sabia disso, ao ver o jeito de "menininha" que usava para sacudir a cabeça, provavelmente de pensamentos envolvendo-o e adorou esse trejeito, tanto que não deixa de sorrir quanto a isto, acabando por dar um sorriso e olhar malicioso para a mesma, que ficou ainda mais rubra, arrancando um leve riso dele.

Fazia muito tempo que não se divertia e não podia conter um leve sorriso a esse pensamento.

De fato, ela parecia ser uma "presa" divertida e adoraria tê-la, tanto que pensava nisso, enquanto meditava o que fazer com elas, inclinando a poupa-la. Só ela claro, afinal, fora somente a jovem que despertara seu interesse.

Ele fala, após sorrir um tanto sombriamente para a mais nova, com os olhos dourados irradiando um brilho mortal, fazendo a mesma se encolher de pavor, engolindo em seco.

- Vejo que humanos como vocês, encontram-se na propriedade pertencente a este... confesso que são corajosas, mas...

Sua voz saíra um tanto rouca, quase como um rosnado, mas, que provocou calafrios que irradiavam pela espinha de Natsu, além de um frio na barriga. Não compreendia o porque disso, pois, não era de medo e sente suas faces aquecidas novamente, embora com menos intensidade.

- H-H-H-Humanos? Q-Q-Q-Quem é v-v-v-v-v-voçê... melhor... o q-q-q-q-q-q-que é você? Kisama ( desgraçado)!

A voz da Mahou Kenshi saira um tanto nervosa por causa das sensações que lhe tomaram antes e ainda persistiam contra a sua vontade.

Ele nota o olhar da mais velha que era desafiador, emanando uma coragem incrivél, considerando a situação em que se encontrava e via uma leve altivez, enfim, uma guerreira, assim como ele e confessara que ela se tornou ainda mais interessante, se comparada a mais nova, que estava assustada e pelo visto, era o oposto da onee-san.

Decidiu brincar com "suas presas".

Avança contra a mais nova, sem muita velocidade, subestimando os humanos, vendo centímetros antes de se aproximar a face estarrecida da pequena.

Não se importava com a espada da mais velha, pois, em contato com sua pele, esta quebraria sem causar nenhum dano.

Notando o movimento ágil dele, Natsu brande a espada e em um movimento certeiro, corta a armadura deste e faz um corte em seu tórax, levemente inclinado de cima para baixo, sendo tal ferimento cauterizado em seguida.

Essa lâmina reluzia e cortava facilmente qualquer coisa, queimando o corte feito logo em seguida.

Surpreso, estanca seu ataque, enquanto a mais velha empurra a mais nova longe com seu outro braço.

Igneel solta um uivo de dor que ecoa pelas matas e vales como se fosse uma trovoada. Era ensurdecedor e tenebroso.

Isso fez Nohara começar a chorar de medo e Natsu tremer levemente, pois, agora notou que não era de fato um humano, embora não soubesse precisar o que ele realmente era. Embora algo lhe dizia que seria preferivél não saber, se possivél.

Logo o uivo de dor é substituído pelo de raiva, pois seu orgulho foi ferido ao ser machucado por uma criatura tida como inferior para ele. Sentia-se humilhado e na mesma proporção da vergonha, sentia ódio.

Quando as olhou, ambas notaram o brilho de ira ensandecida nos orbes e os dentes cerrados de raiva, além da face livída de fúria, enquanto a garota vira o corte que fez no tórax dele.

Mas, o dragão havia reconhecido com o corte o que era aquela lâmina e a única explicação plausivél.

Era sua presa, seu canino que perdeu há séculos atrás em uma luta contra um outro dragão. A espada era feita dessa presa, por isso cortou a armadura dele facilmente, além de provocar a queimadura após o corte.

Ele volta a avançar contra a mais velha, pois, precisava destruir aquela espada, afinal, sentia-se ultrajado de uma criatura sórdida e inferior ter seu poder em suas mãos imundas.

- Agora!- ela grita para a mais nova.

- Portão do Carneiro, abra-te! Áries!

Nisso Áries surge e ela fala:

- Use seu ataque!

- H-H-Hai...

Mesmo com medo, pois sabia que ele era Igneel, envolve todos em uma densa nuvem, como uma fumaça rosa por toda a área.

O dragão sabia que aquilo era uma Senren então ia soprar seu fogo, mas, aí mataria elas e queria se vingar, então, faz surgir suas asas imensas e com um movimento destas, espalha as nuvens rosas, mas, antes de sumirem, ouve:

- Portão do Carneiro, feche-te!

Logo em seguida, ouve a mais nova gritar:

- Portão do céu, abra-te! Sora!

Nisso, vê um hipogrifo do tamanho de um cavalo, com metade do corpo cavalo e metade águia, além de um bico afiado e asas enormes surgir dentre o vestígio de nuvens, que foram usadas meramente para ganhar tempo.

A criatura era prateada com asas douradas.

- Não vão fugir!

Com um misto de ódio e prazer por caçar, alça vôo, as perseguindo. O Hipogrifo olha e fala, apavorado:

- É um dragão... não vamos conseguir fugir, não posso voar mais rápido do que um deles!

- Dragão? - Nohara questiona boqueaberta e olha para a irmã que está em choque com a descoberta.

- M-M-M-Mas, ouvi que os dragões são sábios, poderosos e inteligentes, mas, principalmente sábios... - a mais velha fala com os olhos agora tristes para o perseguidor, derramando lágrimas peroladas.

- Nem todos... há alguns viciosos e crueís, além de orgulhosos, nunca devendo pisar no orgulho de um dragão, ainda mais um dragão de fogo... esse que nos persegue para piorar, é um da classe Imperador, é Igneel. - apavora-se ainda mais, batendo as asas mais freneticamente, ao ver o mesmo se aproximar cada vez mais deles.

O dragão notara o olhar triste para ele, quase deprimido da garota mais velha, vendo as lágrimas destas brotarem dos orbes castanhos. Aquele olhar o incomodava consideravelmente e logo fica atônito ao ver a mesma chorar compulsivamente, cheia de pesar e dor.

Aquilo era confuso demais, não sabia porque em vez de ódio e prazer, agora sentia-se mal por ver aquela humana chorar. Estava achando que ficara louco, pois era um absurdo sentir algo por um ser inferior.

- Nee-chan...

Nohara olha para a irmã chorando, sentindo a dor dela profunda demonstrada em cada lágrima pérolada que brotava de seus orbes.

- E-E-Eu sempre achei que eles fossem... eu-eu-eu-eu nunca imaginei... q-q-q-q-quero dizer...

- Sinto ter descoberto que o mundo não é como nos contos grandiosos... há dragões de inabalavél nobreza, sabedoria e também poderosos... mas, são raros, infelizmente os do tipo deste, são os de índole mais comuns... - a criatura fala nervosa pela aproximação.

- Nohara-chan... use a chave de Sirius-chan e consegue usar mais uma chave do zodíaco? Preciso que chame Libra para fazer o julgamento... e depois, vou precisar de Sora-chan.

- Julgamento? Está pensando em...?

O Hipogrifo olha em choque, notando que para pedir isso ela estava de fato desesperada e não era a toa. Pois sabia que Natsu-sama tinha plena noção da diferença de poderes dela para o de um dragão.

- Não, nee-chan! Se pedir para Libra fazer isso... você vai poder...- começa a chorar.

- Como estamos, vamos morrer as duas...- fala sem olha-la, derramando agora lágrimas de fúria, cerrando os punhos até as juntas ficarem opacas - Faça agora e não me desobedeça!

Termina gritando com a imouto que chora e muito, pois sua irmã nunca gritara com ela, ao mesmo tempo que vê as lágrimas brotarem dos orbes castanhos com a face irritada de sua onee-san.

Sora as olha com um olhar pesaroso e fala, timidamente:

- Infelizmente, Nohara-sama, Natsu-sama está certa... não há outro meio de escapar de um dragão desse nivél...

- Nee-chan... nee-chan... nee-chan... - chama a irmã, murmurando o nome dela fracamente.

- Não perguntei quem sou eu e sim se consegue usar além de mais uma chave de prata, uma outra dourada do Zodíaco! - grita com ela, agora fitando-a com raiva e revolta na face, fazendo a mesma se encolher.

- H-H-Hai... - fala cerrando os olhos e ficando de pé no hipogrifo, sendo segurado por esse através da cauda leonina.

- Portão da estrela maior, abrar-te! Kuroi (negro)!

Nisso, no ar, surge um cão negro imenso do tamanho de um cavalo e com asas de penas negras, que cumprimenta polidamente:

- Chamou-me, mestra? - mas, estranha o olhar pesaroso dela.

- Vá o mais longe que puder... vou usar Libra também depois.

O Senren entende o plano e se afasta, vendo quem as perseguia e se apavorando, em seguida, compreendendo o porque daquele plano suicida. De fato, era caso de vida ou morte e faria tudo para cumprir com o que foi ordenado, pois seria deploravél um Senren deixar sua mestra morrer. Era um crime tido como imperdoavél e hediondo.

Natsu abraça a irmã, derramando ainda mais lágrimas enquanto a mais nova chorava, agarrando-se a mais velha. Culpava-se por tudo aquilo, afinal, foi ela quem desejou ir na floresta tida como proibida e agora perderia a irmã por causa disso.

Logo em seguida se separam e a Mahou Tenshi afaga a cabeça da imouto carinhosamente, forçando um sorriso em sua face úmida.

- Nee-chan... gomennasai! Gomennasai! Por minha culpa, Natsu-chan irá...

Mas, é silenciada por sua irmã negando com a cabeça, enquanto erguera para olha-la.

- Não... não é culpa de ninguém e senão parar de culpar-se, vou ficar muito triste...- derrama mais lágrimas, afinal, sua visão sobre os dragões foi quebrada e isto era um fardo opressor, pois ia contra tudo o que ouvira sobre eles.

- Nee-chan...

Sua voz falha ao sentir Natsu beija-la carinhosamente no topo da cabeça e falar, ainda chorando, forçando um sorriso:

- Sayounara, Nohara-chan... cuide de nosso anii-ue... ele vai precisar de todo o apoio em um momento como esse, seja forte... precisará assumir meu lugar e sofrerei ainda mais se perde-la...

A mais jovem coça os olhos, tentando segurar as lágrimas. Mas, era difícil. Aquele era seu pior aniversário. Pensava na festa que encontrava-se preparada para ela quando voltasse e aquilo a deprimia ainda mais.

Segura com força a chave dourada de libra e concentra sua magia, sentindo-se levemente cansada e sabendo que provavelmente ficaria inconsciente ao usar mais um Senren.

Fica de pé, as lágrimas pingando no dorso plumado do hipogrifo e invoca, cabisbaixa:

- Portão do vento, guardiã da justiça, abra-te! Libra!

Nisso, aparece uma jovem vestindo uma túnica alva, em forma de vestido, presa pelos dois lados com um nó, enquanto uma faixa azul prendia o tecido na cintura fina.

Usava um colar de pérolas em volta do pescoço e tinha cabelos loiros compridos, cacheados e calçava uma sandália trançada no tornozelo.

Em uma de suas mãos, tinha uma espada e na ponta da lâmina, uma balança dourada antiga. Seus olhos azuis olhavam bondosamente para sua invocadora e pergunta gentilmente:

- Invocou-me, mestra?

- S-S-S-Sim... - fala engolindo o choro - q-q-q-q-quero-quero... que fa-fa-fa-faça o-o-o-o-o Julgamento.

Libra olha para baixo, em um misto de pena e raiva para Igneel.

Sabia muito bem como era aquele dragão e não conseguia deixar de sentir pena, embora odiasse saber que ele estava vindo atrás de Nohara.

Torna a olhar para a Senren Madoushi e pergunta:

- Quem devo julgar e com o quê? É Natsu-sama quem julgarei e Igneel-sama será o outro lado da balança?

Nohara apenas concorda, fracamente, chorando ainda mais. A Senren olha para a Mahou Kenshin, que está chorando, sentindo a dor e o pesar dela. Sente um imenso pesar pelo coração desta estar partido em dois, pela desilusão que teve relativo aos dragões e a despedida da irmã. Também sentia que esta não temia a morte, só tinha o pesar de deixar os irmãos, que sofrerem tanto, assim como ela, com a perda violenta dos pais.

Sentir o coração dos outros, era uma de suas habilidades, quase igual a que Gemini utilizava, com uma pequena diferença em como conseguia fazer isso.

- Eu, Libra, começarei o julgamento!

Nisso, a balança dourada vibra, enquanto ela se concentra, deixando cada lado virado para as partes e ao abrir os olhos que estavam cerrados, o lado de Igneel baixa violentamente.

- Julgamento terminado... Natsu-sama, tu foste julgada e teu coração passou no teste... concedo-te um desejo, desde que possa realizar... qual seu desejo?

- Não pode levar Nohara-chan para longe, logo, desejo que troque minha imouto e Sirius-chan de lugar, trocando aonde encontram-se ambos. - fala firmemente, já resignada com seu destino.

- Este desejo posso conçede-lhe... afinal, é só dois para trocar de espaço... se fosse quatro, estaria acima de meu poder.

Ao dizer isso, os olhos azuis brilham, tornando-se dourados e o corpo de Nohara reluz, enquanto chora, com a mão esticada para a irmã:

- Nee-chan! - o grito morre enquanto Nohara desaparece.

Em seu lugar aparece Sirius e Sora se afasta com Natsu no dorso.

Igneel ficara estupefato com a troca. Ouvira falar dos poderes de Libra, mas, não fazia ideia do real alcançe deles. Mas, não importa, afinal, estava de "olho" na mais velha e mais tarde, daria um jeito na mais nova.

Vê no olhar de Natsu, o brilho da coragem, embora as faces permanecessem levemente úmidas.

Esta não chorava mais, aceitou sua morte, seu destino, mas morreria com honra, procurando provocar o maior dano possivél em seu inimigo, pois sabia que leva-lo junto seria impossivél. Afinal, era uma humana e ele um dragão poderoso.

- E Nohara-chan, Sirius-chan?

- Cheguei a pousar no solo longe daqui...

- Ótimo... estão prontos? - olha para eles que concordam com a cabeça seriamente.

- Vamos, Sora-chan! Sirius-chan!

- Hai! - gritam em ussíno e desçem vertiginosamente contra o dragão.

Este não se abalara e até sorria divertido, afinal, poderia "brincar" com sua presa, além de faze-la pagar amargamente pela ousadia de feri-lo.

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OooOooOooOooOooOooOooO

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Mais uma fanfiction... sinto, mas não pude aguentar finaliza-la no pc para poder lança-la.

É... este Igneel é dark... bem dark...

A partir do próximo capítulo, começara o sofrimento da jovem Natsu...

E há um motivo para o nome dela ser Natsu ^ ^

Espero que tenham gostado e preparem seus lenços XDDDDDD