Zachary mal chegou em casa e correu até seu computador. O bom dessa semana seriam os acessos livre ao seu Laptop em qualquer área da casa. Com sua mãe fora e Jackie no hospital ele podia muito bem acessar pornografia na cozinha e ninguém poderia flagrá-lo. Mas na verdade ele pensava em usar a privacidade para rever as fotos de seu pai e ver se progredia com as identificações.

Estava completamente sozinho, logo, não havia razão para se preocupar com andar de cueca. Grace fora dormir na melhor amiga para não dar mais trabalho, a casa era literalmente dele. O menino estava vestido da seguinte forma: blusa de manga comprida da escola, branca com o monograma no peito. Um shorts de quando tinha 10 anos, originalmente um pouco acima do joelho, mas agora bem rente ao meio da coxa. Apertado. O shorts branco de calor deixava marcada a cueca preta. E completando a ultima peça de roupa, as meias brancas.

Esse ser que era a imagem da preguiça e da luxuria se arrastava pela casa, sem qualquer pudor limpava a boca com a manga da camisa depois de um gole de refrigerante. Quando notou a mancha na manga pensou "Droga, vou ter que lavar isso, ainda é segunda". Retirou então a ultima peça de uniforme escolar e a atirou numa pilha de roupas jogadas no chão da sala, todas peças do uniforme.

Abriu a geladeira e, deixando a lata de refrigerante no chão, se enfiou até o fundo da geladeira para pegar a tigela com pavê. O bom de ser o único na casa era comer o que queria de almoço. Porem ao bater o pé na lata e inundar a cozinha, percebeu que ia ter de arrumar a bagunça antes de comer. Conspirando contra o estado da cozinha e do menino, Zach tenta pegar um pano com uma mão e a tigela de pavê escorrega da outra, quebrando-se em dois grandes pedaços e alguns pequenos.

Zach: Droga.

Ao pegar o primeiro pedaço do caco de vidro, uma das pontas entra fundo no seu dedo, fazendo brotar dali gotículas de sangue. O menino se desespera com aquilo e arranca o caco dali, vendo então sair mais sangue da ferida. Ao por o dedo na boca ouve uma voz masculina perguntar da porta, que não notara ter deixado destrancada.

Cary: O que raios você está fazendo?

Quando Zach vira parcialmente o corpo adolescente, Cary fica pasmo. Parado a sua frente, seminu, chupando a ponta do dedo com lábios vermelhos e um olhar adolescente ao mesmo tempo convidativo e não intencionalmente sexy, estava o que parecia oscilar entre um garoto precisando de ajuda e um garoto precisando de uma cama, como o próprio Cary gostava de pensar.

A nudez parcial foi estimulando a segunda resposta, e quando Cary percebeu o olhar assustado do menino imaginou que devia estar salivando.

Cary: Sua mãe me pediu pra evitar que você destruísse a casa por uma semana. Cheguei quão tarde? - ele pos uma caixa de fast food na bancada da cozinha - e você não está muito velho pra chupar dedo não?

Zach: Eu quebrei uma tigela de pavê - o bom de ser adolescente perto de um jovem adulto: o pudor não mandava que Zach corresse gritando pro seu quarto... Apesar das maças estarem coradas no rosto angelical do Florrick - e estava quase pensando que ia morrer com esse corte - ele pos de novo o dedo na boca e disse num tom maroto - vai me dizer que seu instinto também não seria chupar?

Cary ficou olhando o menino se abaixar e juntar os cacos no pano depois de ter secado a poça de refrigerante. O fato de ele ter empinado sem querer a cintura quase matou de ataque cardíaco o jovem parado de pé, e se fosse possível comer com os olhos, num sentido diferente de canibalismo, Zack já não seria mais virgem. Olhos azuis esses com que o advogado loiro alisava visualmente, com volúpia, a cueca preta quase visível.

Cary: Bom, o almoço está aqui, você consegue sobreviver ai ou precisa de alguma ajuda?

Os dois se olharam por um segundo, Zach fingiu pensar olhando pro teto.

Zach: Eu vou viver.

Cary: Okay, te vejo de noite, alguma preferência por pizza ou comida chinesa ou Mcdonalds?

Zach:Você não devia meio que tipo, cozinhar? Vai acabar meio caro só pedir fast food.

Cary: Meu amigo é dono de uma pizzaria e ele me diz que joga fora aproximadamente 5 pizzas por noite, ganhamos uma causa de uma empresa que deu a cada advogado algo em torno de dois mil reais em lanches e, mais importante... Eu não sei cozinhar - ele parou rindo a porta - tudo certo?

Zach pegou a comida e com um sim foi andando para a sala, tendo deixado a sujeira na pia.

Zach: Te vejo de noite - ele foi andando para sala.

Cary: Até lá - "Meu deus, se esse menino fosse um pouquinho mais velho".

Então Zach deixou a comida na mesa e se atirou no sofá. Ao ver aquele modelo de corpo deitado, as pernas cruzadas e os braços abertos se espreguiçando, Cary teve de reunir sua força de vontade para sair dali.

Cary: "Já peguei meninos antes, alias, alguns provavelmente da idade dele... só que na época eu também tinha essa idade." - uma ultima olhada enquanto o corpo terminava de se arquear, esticado, tenso, o som gutural vindo da garganta indicando a completa presença de um futuro homem que agora era mero animal em fase de crescimento, uma presa fácil. - "pensando bem, que diferença faz?"