Eu Tinha acabado de tomar banho quando a campainha tocou.

Uma das minhas exigências ao meu pai no apartamento que ele me deu, era uma banheira.

Eu detestava o luxo que meu pai me oferecia, mas uma boa banheira eu não dispensava. Ainda mais se tivesse hidro.

Coloquei uma camiseta preta e um short jeans que estava jogado pelo meu quarto.

- Já vai! – gritei.

Sai do quarto e passei pela sala ainda secando meus cabelos na toalha.

Abri a porta e estaqueei.

Ele devia ter batido na porta errada! Só podia.

Tinha um deus na minha porta. Ele era alto, sua pele tão branca como a minha chegava a ser quase transparente, cabelos curtos e castanho escuro e incríveis olhos azuis. Tão intensos que incomodava encará-los.

- Oi. – ele sorriu.

- O-oi – respondi como uma idiota.

- Você é a Bella? – assenti. – Eu vi seu anúncio. – ele balançou um pedacinho de papel nas mãos. – Ainda está procurando alguém pra dividir o apê? – perguntou.

Ah merda o anúncio que eu coloquei no quadro ontem.

Eu estava procurando alguém pra dividir o apartamento que meu pai me deu comigo.

Não que eu precisasse do dinheiro. Charlie havia comprado o apartamento, logo não teria aluguel pra ser dividido, mas eu queria companhia. Detestava ficar sozinha.

- Oh sim...o anúncio! – bati na testa – Entre. – dei passagem a ele.

Ele entrou puxando uma mala e se sentou no sofá.

- Me dê um minuto! – pedi e ele assentiu.

Fui até meu quarto escovei os dentes e os cabelos.

- E então? Está interessado no apê? – perguntei.

- Parece legal! – ele deu de ombros.

- Quer olhar? – perguntei. Ele assentiu e se levantou.

Eu mostrei a ele as duas suítes, o banheiro social, área de serviço e a cozinha ele já tinha visto, porque era americana e dava pra sala.

- Não é muito grande, mas é confortável! – eu disse quando voltamos pra sala.

- É perfeito! – ele disse sorrindo. Era perfeito sim, pelo menos pra mim. Só eu sei a batalha que foi pra Charlie comprar um apartamento "simples" e não um luxuoso tríplex.

Puta merda e que sorriso!

- Er... vai ficar? – perguntei.

Deus! Eu estava ansiosa pra que ele ficasse e nem sabia quem ele era, mas mesmo assim sentia meu corpo esquentar quando ele me olhava.

- Você não prefere garotas? – ele perguntou com cautela. – Digo...uhm...pra morar com você...

- Não, garotas são irritantes às vezes... – dei de ombros.

- Concordo! – nós rimos.

- Bom, então eu fico... – ele disse – Temos que acertar sobre o aluguel e ... – o cortei.

- Não tem aluguel...er...o apê é meu...só quero dividi-lo pra ter companhia. – mordi os lábios.

- Ok! Mas preciso pagar de qualquer forma por estar aqui. – ele concluiu.

- Bem, podemos dividir as contas e as compras. – simples não?

- Parece justo! – ele passou a mão pelos cabelos.

- Já veio pra ficar uhn? – apontei sua mala.

- Oh sim! – ele sorriu sem jeito – Acabei de chegar de NY e realmente...tipo...você me salvou, senão ia ter que gastar uma grana em hotel.

Nós rimos.

- Venha vou te amostrar seu quarto! – eu disse me virando e pude ouvir seus passos atrás de mim.

Abri a porta e deixei que ele passasse.

- Está limpo e organizado... – eu disse. – Er...você é organizado não é?

- Sou, fica tranqüila que não irá achar cuecas e meias por ai. – ele deu uma risada.

- Isso é bom! – dei outra risada. – Porque eu não sou! Então não estranhe se achar calcinhas ou sutiãs por ai.

Ele corou.

- Deus! Eu nem me apresentei. – ele deu um tapa na testa. – Emmett Brandon. – ele estendeu a mão e eu a apertei.

- Prazer Emmett. – sorri.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, mas nossas mãos ainda se tocavam e meus olhos grudaram nos seus. Um arrepio percorreu a minha espinha e eu soltei sua mão como se tivesse levado um choque.

- Eu...uhm...vou deixar você se acomodar. – me virei, mas lembrei da festa. – Emmett, vai ter uma festa de boas vindas... você gostaria de ir?

- Claro! – ele disse animado.

Eu sorri e fui pro meu quarto.

Mais tarde naquela noite estávamos bêbados, suados e transando como loucos por algum canto daquele apartamento. Na verdade, todos os cantos.

E foi assim que eu achava que tinha conhecido o amor da minha vida.

Sábias palavras...achava!