Essa história foi escrita em resposta ao Desafio Verão 2009/2010 do Tolkien Group.
Ela conta os pensamentos de Aragorn durante sua coroação e sua amizade com Legolas.
Texto beeeeeeem curtinho, mas espero que gostem.
Mais uma vez, como não podia deixar de ser, esta fic é dedicada às meninas do Tolkien Group.
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Minha missão está finalmente completa.
O exército de Sauron foi derrotado e o Um anel foi destruído. Os povos da Terra-Média estão livres e todos podem dormir melhor à noite sabendo que a guerra terminou e que suas famílias estão a salvo do perigo.
Apesar disso, acho que o que traz mais paz ao meu coração é saber que minha família e meus amigos, companheiros na Sociedade do Anel, guerreiros que lutaram ao meu lado em tantas batalhas estão aqui comigo no dia em que cumpro meu destino e me torno rei.
Vejo toda a multidão reunida para presenciar a minha coroação. Fico muito grato pela presença deles e sorrio, mas discretamente procuro por alguém em particular. Mesmo quando caminho Poe entre as pessoas e vejo muitos rostos conhecidos, meus olhos buscam por um par de olhos azuis. Olhos azuis cujo dono é alguém muito especial para mim.
Estes olhos azuis pertencem a alguém com quem eu sei que sempre posso contar; alguém que atravessou as profundezas de Moria mesmo sabendo que passaria dias sem ver a luz do sol que é tão preciosa para os de sua raça.
Alguém que esteve ao meu lado e enfrentou todo o medo e o vazio presentes no ar e não se deixou abalar nem quando um exército fantasma o ameaçou.
Um guerreiro que lutou ao meu lado no que pareciam ser batalhas intermináveis; que cavalgou comigo até os Portões Negros e se mostrou pronto para enfrentar um exército muito mais numeroso do que o nosso sem nunca duvidar ou abandonar seu posto e demonstrando ter uma coragem como eu nunca havia visto igual.
Quando meus olhos enfim encontram os tão conhecidos olhos azuis, sinto meu coração bater mais forte e um sentimento de paz tomar conta de mim. Ele está aqui.
Vejo-o aproximar-se de mim seguido por alguns de seu povo que no momento não me são importantes.
Olhando para aqueles olhos , eu percebo que nada que eu faça poderá expressar a tamanha gratidão que sinto por este elfo. Só o que posso fazer é levar minha mão direita até seu ombro em sinal de respeito e dizer as palavras que me cabiam porém que eu sabia serem desnecessárias.
"Hannon le".
Eu sabia que não precisava dizer mais nada. Sabia que meus olhos transmitiam o que meu coração queria dizer e sabia que o elfo podia entender a mensagem; eu nunca precisei usar palavras para me expressar. Ele podia me entender. Sempre pôde. Afinal, este é Legolas Thranduillion, Príncipe de Mirkwood, membro da extinta Sociedade do Anel, mas ele sabia que só havia uma palavra que poderia descrever tudo o que eu sinto por ele.
Mellon-nin.