Kimi ni Todoke não me pertence.
Observações: Friendship, only. Exceto pela menção a Shouta & Sawako - platônico. Sem beta, como sempre, então mil perdões pelos erros. Presente para mim mesma, que consegui me identificar com a Sawako (uma protagonista). E presente para aquelas pessoas que eventualmente lerem essa fic e se lembrarem dos seus amigos. Fic totalmente despretensiosa, mas espero que alguém - algum dia - goste pelo menos um pouquinho dela.
Boa leitura.
Amicitia
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Ao chegar à sala de aula, senta-se em sua cadeira e espera olhando para as pessoas ao seu redor pacientemente. Aqueles que se sentavam ao seu lado cedo ou tarde apareceriam.
Yano-san chega juntamente com Yoshida-san, como de costume. Yoshida praticamente arrasta-se, enquanto Yano anda calmamente até seu lugar, com uma maquiagem feita às pressas, mas sem ser absurdamente estranha ou mal feita.
As duas a cumprimentam e sorriem, passando a falar em seguida da péssima noite que tiveram ao tentar estudar para a prova. Sawako sorri complacente, sabendo que elas deram o seu melhor, querendo confortá-las dizendo que dará tudo certo, porque a prova não poderia ser tão difícil assim.
E então a conversa se desvia, toma rumos diferentes, impensados, com só uma palavra ou um comentário sobre a vida pessoal do professor - e que atire a primeira pedra aquela que nunca falou nada sobre seu amado mestre em um momento de estresse ou irritação.
Sanada chega e senta-se atrás dela, perguntando se elas já estavam fofocando de novo, em um tom monótono - mas que elas sabem ser de brincadeira. Yoshida em resposta então reclama que precisa de um tempo para pensar em algo que não seja matemática, ao passo que Yano e Kuronuma sorriem do modo defensivo utilizado para esconder a lerdeza natural de Yoshida quando o assunto é alguma matéria da escola.
Sawako está feliz e o sorriso em seu rosto é natural - um daqueles momentos em que ela não está simplesmente se forçando a sorrir e sim sorrindo de modo relaxado e animado.
E Kazehaya vê isso com um sorriso tímido em seu rosto assim que chega à sala. Ele sente que as bochechas esquentam e sabe que não devia ficar ali, parado, tal qual um stalker. Ele se aproxima, pergunta o motivo dos risos, enquanto Yano explica em meio às gargalhadas, e a conversa volta a seguir por rumos nunca inteiramente planejados.
A situação já não é nova. A amizade daquele estranho grupo é algo que todos já conhecem e por vezes invejam. Eles não sabiam que a menina-bizarra-e-aterrorizante da sala poderia ser tão comum por baixo daquele jeito (tímido) amedrontador. Eles não sabiam que ela podia sorrir sem parecer estar prestes a amaldiçoar alguém. Eles nunca a conheceram.
Mas ali estava ela. Já não vivia mais sozinha. Tinha amigos com quem conversar, com quem se preocupar, com quem se divertir, com quem viver. E ela se sentia viva enquanto os tinha ao redor, já não podia mais ouvir o eco dos gritos indignados da solidão que a chamava. Aquele não era mais o seu mundo, era assim que a amizade funcionava. Sawako agradeceria sempre por isso, de modo que em todas as noites, ela pedia para que eles não a deixassem...
... Em troca, ela prometia, ela nunca os deixaria.
N/A.: Nem vou falar nada. Milagrosamente sem inspiração para uma nota hoje. Título significa "amizade".
* Lirit - Setembro de 2011.
