Harry Potter não é meu. Fato.

Para Lihhelsing amada que betou, por ser tão amora na minha vida.

Lih, eu amo você aluna de Química (L)

Sobre a Mágica dos Long Plays

Aos 13 anos, James teve sua primeira aula de Estudo dos Trouxas, (por mais que Sirius dissesse que era uma aula idiota e que ele não usaria em nada), não pelo que, anos mais tarde, seus amigos afirmariam: que ele entrara na aula em busca de entender o mundo de Lily. Não. James queria entender como funcionavam aqueles discos estranhos e achatados que tocavam músicas. As pessoas eram prensadas lá dentro ou o quê?

Diante de tantas teorias sem solução, o confuso garoto entrou na aula com um brilho de expectativa nos olhos. O professor tinha coisas que apitavam e atiravam torradas (O que, obviamente, era uma espécie de defesa trouxa para o caso de eles serem atacados), que faziam barulhos estranhos e se ouvia pessoas do outro lado (James teve certeza que as pessoas também estavam lá dentro, assim como nos discos achatados). E foi naquele momento que ele jogaria na cara de Sirius que não era tão fácil assim.

E foi enquanto olhava as maravilhas que tinham na sala do professor que ele viu; muitos deles, de várias cores, todos tão lindos que ele sabia que seus olhos brilhavam. Eram tantas que ele se aproximou para vê-las melhor, algumas capas eram assustadoras e esquisitas, outras absolutamente brancas e aquilo era interessante.

Ele olhou ao redor e viu que só tinha ele na aula. Chegara cedo em sua excitação de conhecer mais no mundo trouxa. Eram lindos, eram especiais, eram...

- Pois não? – um baixinho de meia-idade com um sorriso simpático perguntou, ele sabia que era o professor.

- Sou da turma nova de Estudo dos Trouxas. – ele respondeu rapidamente corando. Não devia ter entrado na sala sem pedir permissão, mas ele queria saber se ele tinha os trouxas-achatados-cantantes.

- E gostou dos meus Long Plays? – ele perguntou com um sorriso de professor meio sabichão.

Corou mais uma vez. Nunca tinha admitido como se interessara desde que passara na frente de uma loja de "discos achatados que cantam" com sua mãe.

- Sim.

- Sabe como funcionam?

- Não.

E o professor lhe ensinou. Explicou como o som dos discos de vinil (que ele explicara como um plástico) eram reproduzidos pelo toca-discos. E como eles gravavam as músicas naqueles espaços tão apertados e, não, nenhum trouxa morava lá dentro.

James fora o melhor aluno da matéria. Sempre interessado (principalmente, porque o professor o deixava limpar os LPs), ele adorava estudar os objetos tectológicos (ou algo assim) dos trouxas.

- Você é um ótimo aluno, James. – o professor comentou certo dia, sorrindo. – Não vejo onde você é encrenqueiro como os outros professores insistem em dizer.

- Talvez seja nas outras aulas, professor. – Ambos riram.

Porque James adorava tudo sobre os trouxas e como eles se viravam sem magia. Mas adorava, principalmente, saber as letras das músicas que ele ouvia a tal da Evans, uma ruivinha irritante, cantar.

Talvez por isso ele quisesse saber mais sobre aquilo tudo.

Tanto que no natal daquele ano, ele ganhou de Remus um disco. E, o mais engraçado de tudo, foi ele levar seus amigos até a sala do professor para entenderem por que ele gostava tanto daquilo.

Todos eles entenderam qual era a mágica dos long plays: não era o som reproduzido, era o brilho apreciador nos olhos de James.

Quando morreu, todos os discos que ele comprara durante a vida foram entregues ao professor de Ensino dos Trouxas.

FIM

Aceito comentários e sugestões.

Beijos

Misa Black