Normal: narração e fala

Itálico: pensamento

O estranho smurf sem memória

Capítulo 1.

Era uma manhã tranquila na aldeia dos smurfs, principalmente para o smurf Rastreador. Havia tirado o dia para fazer uma faxina em seu cogumelo, mas algo o distraiu.

Rastreador: Mas que estranho!

Smurfette: *passando por ali* Oi Rastreador. Como vai?

Rastreador: Bem. Confuso, mas bem.

Smurfette: Por que você está confuso?

Rastreador: É que... eu sinto a presença de um smurf na floresta, mas... tem algo diferente no cheiro dele. Eu acho que não é um smurf conhecido por nós.

Smurfette: Bom, se isso faz você se sentir melhor, por que não vamos à floresta descobrir quem é o tal smurf?

Rastreador: *fungando* Gargamel não está na floresta, então é seguro ir até lá. Vamos.

Os dois smurfs foram à floresta, com Rastreador farejando o cheiro do estranho smurf. Entretanto, ele parou de repente, o que assustou Smurfette.

Smurfette: O que houve, Rastreador?

Rastreador: Sinto cheiro de sangue, Smurfette! Seja quem for esse smurf, está ferido. E está bem ali.

Rastreador apontou um arbusto e os dois foram investigar, encontrando um smurf inconsciente atrás dele. Era o smurf mais estranho que tinham visto. Pra começar, ele tinha cabelo ruivo, com franja, preso num rabo baixo até a metade das costas, sendo que smurfs não tinham cabelo. Em seguida, tinha uma cicatriz na bochecha esquerda, em forma de "N". E pra completar, usava um barrete branco, uma camiseta vermelha, um pingente com o símbolo Yin (de Yin-Yang), uma calça azul-escura e sapatos vermelhos. Suas roupas estavam um pouco rasgadas por causa dos cortes em seu corpo, que ainda sangravam.

Smurfette: O que vamos fazer? Eu nunca vi este smurf antes, mas não podemos deixá-lo aqui!

Rastreador: Vamos levá-lo ao Papai smurf. Ele vai saber o que fazer.

Com Rastreador segurando-o por trás, e Smurfette segurando-o pelas pernas, os dois voltaram para a aldeia. Claro que chamaram a atenção dos outros smurfs, mas aquilo não era importante no momento. Precisavam encontrar ajuda para aquele estranho smurf.

Felizmente, não demoraram para encontrar Papai smurf, pois ele estava falando com Doutor em frente ao cogumelo deste.

Smurfette: Papai smurf! Papai smurf! Precisamos de ajuda!

Papai smurf: *chocado* Minha nossa!

Doutor: *igualmente chocado* O que aconteceu com esse smurf?

Rastreador: Não sabemos! Ele já estava nesse estado quando o encontramos na floresta.

Papai smurf: Nesse caso, não vamos perder tempo. Esse smurf precisa de cuidados médicos!

Haviam se passado 3 dias desde que Smurfette e Rastreador encontraram o estranho smurf na floresta. Ele passou a ser cuidado pelo Doutor e pelo Papai smurf desde então, mas apesar de estar se recuperando aos poucos, ainda não tinha recobrado a consciência.

No cogumelo do Doutor, o mesmo tinha acabado de aplicar uma injeção no estranho smurf quando alguém bateu na porta.

Doutor: Quem é?

Voz: Sou eu, o Alfaiate. Trouxe as roupas do smurf. E a Smurfette está comigo.

Doutor: Podem entrar.

Com a permissão do Doutor, ambos entraram no cogumelo.

Alfaiate: As roupas dele, sem dúvida, são muito estranhas. Mas deu pra consertá-las sem muitos problemas. Se não se importam, eu tenho que voltar ao trabalho.

Doutor: Pode ir, Alfaiate. A gente se fala depois.

Com isso, Alfaiate deixou o cogumelo.

Smurfette: O smurf está se recuperando bem?

Doutor: Está, mas um pouco devagar. Acabei de aplicar um remédio e espero que ajude. Tenho que ir buscar os outros remédios com o Papai smurf. Pode ficar com ele até eu voltar, Smurfette?

Smurfette: Mas é claro!

Doutor: Que bom. Eu não demoro.

Doutor deixou o cogumelo, antes de Smurfette sentar-se numa cadeira ao lado da cama, observando o smurf inconsciente.

Smurfette: *encostando a mão no rosto do smurf, delicadamente* Espero que você fique bom logo.

De repente, para o espanto de Smurfette, o smurf segurou o pulso dela, antes de abrir os olhos. Não foi um aperto forte, mas Smurfette não percebeu, pois não tentou se livrar do aperto. Mesmo sentindo dor, o smurf falou assim mesmo, com dificuldade.

Smurf: E-eu estou... morto?

Smurfette: *sorrindo levemente* Não, você não está morto. Está vivo e acordado.

Smurf: Onde... estou?

Smurfette: Na aldeia dos smurfs. Meu amigo e eu te achamos desmaiado na floresta e te trouxemos pra cá.

Smurf: *levando a mão na cabeça* Está tudo tão... confuso... e embaralhado...

Smurfette: Você vai ficar bem, tenho certeza. Eu sou Smurfette. Qual é o seu nome?

O smurf ficou em silêncio por alguns segundos, antes de responder com dificuldade.

Smurf: Eu... não lembro...