Ele estava sentado sozinho, tão distraído em seus pensamentos que não a ouviu chegar. Ela sentou-se na frente dele, ele acordou. Ela sorriu.

- Oi. – falou ela

- Oi. – falou ele

- Ouvi dizer que vai embora. – falou ela

- É... Não posso ficar num lugar que me lembre tanto a Amber.

- É uma pena... Sei o que está sentindo.

- Já passou por isso?

- Sim... Um namorado meu morreu baleado.

- Sinto muito.

- Com o tempo aprendemos a seguir em frente. Tive muitos outros depois dele.

- Então ainda há esperança para mim.

Ela se levantou, deu um beijo na bochecha dele e disse:

- Ela é a última que morre.

Ela partiu.

Wilson não entendeu aquele beijo, mas começou a suspeitar. Ele achava Treze uma boa pessoa, será que um dia...? Quem sabe.

Dia da partida de Wilson.

Ele não havia falado com ninguém, mas mesmo assim ela entrou na sala.

- Já vai? – perguntou ela

- Já.

Eles se abraçaram.

Ela afastou-se um pouco, olhou nos olhos dele, colocou suas mãos no rosto do mesmo e deu-lhe um beijo que foi correspondido.

Quando o ar foi necessário eles se afastaram.

- Bem... Tchau. – falou Treze sem graça

- Tchau. – respondeu Wilson.

Antes que ela pudesse ir embora ele disse:

- Quem sabe um dia, Treze... Quem sabe um dia.

Ela entendeu e foi embora com um sorriso.