Ei, pessoal! Puxa , eu devo um caminhão de desculpas a todos os que esperaram pela continuação de "A Armadilha", que eu covardemente abandonei . A verdade é que com a publicação do HBP, meu entusiasmo escoou pelo ralo. Mas agora que a Mione conseguiu me convencer a voltar, eu até penso em continuar a escrever. Mas antes, para voltar a pegar o jeito, estamos desenvolvendo a duas mãos esse projeto. Aqui, ele vai se chamar "Seu, Severus", e vai ser composto das cartas do Snape para a Lily. Lá na Mione (o link tá aqui embaixo) o título é "Com amor, Lily", e mostrará as cartas que a Lily envia para o Sevy e para outras pessoas também. Mas é uma fic só, tá bem? Assim como tem o link aqui, também tem lá, é só vocês alternarem, um capítulo aqui, outro lá, ok?
Obrigada por tudo, mil beijos e por favor, mandem reviews...
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Carta escrita em pergaminho, sem data. Original, amarelada pelo tempo, escrita com caligrafia insegura em alguns trechos, parece ter sido relida à exaustão, exibindo alguns borrões leves como se a tinta tivesse estado em contato com algum líquido, em gotas.
Evans,
Eu penso que você já deveria ter percebido que não é mais do meu interesse manter o nosso relacionamento, se é que aquilo pode ser chamado assim. Eu tentei ser polido, tentei apenas me manter distante na esperança de não precisar fazer as coisas da maneira mais difícil, mas sua insistência conseguiu superar minha determinação. Então, que seja à sua maneira.
Para começar, eu não gosto de pessoas, sou diferente de todas elas. Eu nem precisaria estar dizendo isso, pois vinha dividindo meus pensamentos com você já há alguns anos, sempre acreditando que você fosse diferente, que você fosse como eu, que você também detestasse arrogância, prepotência, covardia. Achei que você odiasse essas garotinhas nojentas e sem personalidade que cercam os idiotas sem conteúdo, como satélites obscuros de astros duvidosos. Achei que você os desprezasse e, como eu, quisesse mantê-los bem distantes. Era o que você costumava me dizer, era o que você me levava a acreditar. Parece que as coisas não são bem assim, não é mesmo?
Durante todos esses anos eu acreditei que nós dois fôssemos especiais, que estivéssemos predestinados a viver algo grandioso, que nossos destinos estariam ligados para sempre. Mas agora eu tive que encarar a realidade, e acabei me dando conta do quão ridículo eu tenho sido. Para ser sincero, eu me arrependo amargamente por ter baixado minhas defesas e permitido sua entrada em minha vida.
É verdade, Evans. Eu desejaria estar morto ao invés de ter passado pelas situações que a sua "amizade" me forçou a enfrentar. Você tem sido a minha fraqueza, a minha ruína. Você, com suas cores e sua luz, tirando meu foco e minha atenção, me fazendo promessas silenciosas que jamais poderá cumprir, me mantendo cativo como um elfo doméstico. Você acha que eu não percebia? Você sentia prazer em me ter aos seus pés, e eu amava te proporcionar esse prazer.
Permiti, indefeso, que você se acercasse e me envolvesse com seu calor, sua vibração. O som da sua voz, o seu riso, isso era o meu estímulo para levantar todas as manhãs. Imagino que nesse instante você esteja sorrindo e balançando a cabeça, com aquela expressão de quem assiste ao seu cãozinho correr em círculos tentando capturar o próprio rabo. Certo, sorria. Você só chegou tão longe por que eu permiti. Eu dei a você carta branca para fazer de mim o que quisesse e você fez, Evans.
Mas agora estou comunicando a você que isso acabou. A partir desse momento, retomo a posse de mim mesmo. Em outras palavras isso significa que para mim você é apenas mais um rosto na multidão, apenas uma sangue-ruim, cercada por pessoas odiosas, seduzida por elas. Vejo você usando e sendo usada por elas, descendo cada vez mais baixo, até ser parte da escória para a qual você está destinada.
Não fale mais comigo, Evans. Não olhe para mim, não se aproxime. E jamais, sob nenhuma circunstância, venha me oferecer sua "proteção" ou sua piedade. Deixe que as coisas sigam o rumo que devem seguir. Não me ofenda mais do que você já fez, ou eu não responderei por mim.
S. S.
P.S.: Estou devolvendo aquele patético cordão e a medalha com os quais você me presenteou, assim como suas fotos, seus mimos e as lembrancinhas ridículas que você tem me ofertado ao longo desses anos. Queime junto com as coisas que eu te dei, ou então mostre ao Potter. Quem sabe isso não proporcionará a vocês alguns momentos de diversão?
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