Fanfic postada em 02/09/2018 participando do Tributo Sextember 2018 do Fórum Need For Fic, Slash/Yaoi (MxM) – UA - Yuri! on Ice – Viktor Nikiforov e Yuuri Katsuki – Smut, Romance

Notas da Coelha: Bem, depois de um ano, eis que essa fic está finalmente ganhando o direito de ser finalmente postada. Eu confesso que foi um desafio muito grande, ainda mais que este me foi proposto pela pessoa que tem uma fic sensacional de gangster envolvendo esse casal (que é o meu OTP ever). Bem, então se perceberem alguma coisa semelhante a fic I need a Gangsta da Mitsuky-chan, saibam que ela me autorizou a usar, principalmente o fato da família Nikiforov ser a segunda no comando da máfia Russa, bem como outras coisinhas mais! Agradeço imensamente por isso, minha amiga fofa!
Também queria agradecer as pessoas que me ajudaram no longo processo de confecção dessa fic, a Yonasuki (pelos pitacos), Snowlily (pelo carinho e nunca me deixar ficar triste), Almaro (pelas conversas loucas, por nossos surtos e por tudo mais), e a minha linda marida LadyCygnus por tudo, tudo, tudo! Adoro todas vocês

Inspiração: Uma imagem linda, que foi de onde surgiu o desafio!

Beta: LadyCygnus, sua linda! meu carinho sempre e sempre! 3

Dedico essa fic, e a dou de presente, para a pessoa que do nada se tornou uma amiga muito querida por mim, Mitsuky-chan, aqui está o que você me desafiou/me pediu para fazer, espero de coração que você goste, pois eu tentei e fiz o meu melhor! Sem delongas, enjoy!

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Capítulo 1 - Lembranças ao te esperar

A brisa noturna agitava levemente as cortinas entreabertas defronte a porta balcão. Lá fora, o céu noturno era levemente iluminado pelas estrelas, lembrando um lindo manto escuro, cravejado de pedrinhas brilhantes. Uma diferença tão grande dos céus da amada Rússia, mas aquilo não tinha tanta importância, era um atrativo a mais, mas não para ele, talvez, quem sabe, em outro momento, mas não naquele exato instante!

Sabia ter sido uma ótima ideia em investir na compra daquela bela construção de dois andares em Tokyo. No princípio, o primo o havia chamado de louco, mas sabia que estava muito bem de suas faculdades mentais, e sim, tinha um motivo muito forte para o líder da segunda família da máfia russa haver tomado tal decisão. Esse mesmo motivo estava um tanto atrasado naquela noite!

Checando as horas em seu celular, tornou a deixá-lo sobre a mesa de canto e suspirou um tanto ressabiado. Quem ele esperava não tinha muito o costume de atrasar. Arqueando as sobrancelhas, estreitou os olhos franzindo um tanto o nariz. Na escuridão da sua suíte, remexeu-se um tanto ao cruzar as pernas. Estava começando a se impacientar.

Tamborilando os dedos sobre o braço da poltrona confortável e de couro negro, massageou com a outra mão a têmpora. Sabia que não deveria se preocupar. Sabia muito bem que assim como ele, o precioso amante era experiente e muito bom no que fazia.

Esticando-se um tanto, pegou a garrafa que já se encontrava aberta dentro do balde de gelo, e deitou seu conteúdo rubro na fina e delicada taça de cristal que se encontrava repousada sobre a pequena mesa. Levando a mesma até próximo das narinas, inalou o olor adocicado e frutado do merlot, deliciando-se ante ao que iria sentir com o seu paladar. Balançando o mínimo o objeto para não derrubar o conteúdo, finalmente levou-o aos lábios, sorvendo pequenos goles do vinho gelado.

Recostando a cabeça no encosto alto, pousou a mão que segurava a taça sobre o braço largo da poltrona. Fechando um tanto os olhos, deixou que um leve sorriso lhe iluminasse a face ao relembrar quando e como o destino lhe sorrira e eles finalmente se conheceram. Deixou-se envolver pelas recordações.

Já fazia quantos anos mesmo? Ele era meticuloso, e sabia muito bem que a felicidade havia entrado em sua vida monótona e cinza já há quatro longos anos. Acariciando lentamente a fina cicatriz em seu pulso direito, balançou a cabeça ao lembrar-se da dor e de como ficara surpreso ao ser ferido pelo moreno, mas não com uma arma de fogo, e sim com o frio e fino corte de uma katana que, nas mãos do japonês, se tornava tão ou mais letal que ele, Viktor Nikiforov, usando suas pistolas preferidas.

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Havia seguido a negócios para Tokyo, e fazia dias que estava tentando estreitar os laços entre as famílias russas e os clãs que compunham a Yakuza, a famosa máfia japonesa. Mas não estava conseguindo obter sucesso em encontrar-se sozinho com o velho mafioso, responsável pelo clã Katsuki, e atual líder.

Quando este era visto, geralmente estava protegido por seus homens e para o platinado que invadia galpões fortemente armado, lutando com mafiosos e levando a melhor, o sentimento que melhor lhe definia era a frustração.

Nikiforov não era afoito, tinha uma mente brilhante e desde a última vez em que tentara e fracassara, estava imaginando, arquitetando um modo de conseguir impor sua presença. Tinha algo em mente, e agradecia aos céus por não ter o primo explosivo e bocudo por perto, ou tudo teria ido por terra e nem mesmo seu plano, o qual colocaria em prática o mais breve possível, conseguiria salvar a situação. Mas como o Plisetsky em questão não estava presente, no outro dia iria entrar em ação. Ninguém, fosse homem ou mulher, resistia ao seu charme e poder de persuasão.

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Usando um de seus melhores ternos, o platinado seguiu até a sala que lhe fora indicada. O preto de suas vestes contrastando com o seu estado de espírito. Como bom observador, notou que muitos homens do Clã Katsuki, além de andarem armados, tinham também a tiracolo as tão conhecidas katanas, armas samurais, que pareciam remeter o clima daquela luxuosa habitação em algo parado no tempo... Estagnado. Tinha em mente de onde partir caso necessário fosse.

Com isso em mente, o russo se acomodou na poltrona confortável à frente da mesa de tampo escuro e esperou alguns minutos. O deslizar de uma porta chamando-lhe a atenção. Seus olhos ávidos, azuis frios, fitaram o velho líder e o moreno, que trajava vestes orientais, que o seguia. Sua beleza era estonteante e seus olhos castanho-avermelhados sustentavam-lhe os seus com astúcia e curiosidade. Com um sorriso de lado, Nikiforov colocou-se de pé, curvando levemente o corpo em cumprimento aos recém chegados.

O silêncio entre eles era constrangedor, incomodava e prestando mais atenção ao líder do clã e seu acompanhante, mesmo notando-lhes o cenho carregado, Viktor resolveu arriscar e começar a falar, mas antes, porém de fazê-lo, conteve o impulso ao reparar na mão espalmada em sua direção. Arqueando as sobrancelhas, resolveu sabiamente acatar aquele gesto e esperar o melhor momento para se pronunciar.

- Senhor Nikiforov – começou o mais velho com a voz serena, mas com o semblante ainda fechado, sem demonstrar muita emoção - sua insistência em ter comigo foi deveras absurda – enquanto buscava por serenidade no trato com o estrangeiro, fazia pausas longas para dar tempo do outro homem, que lhe fazia a tradução simultânea, não perdesse nenhum pormenor - e uma falta muito grande para com nossas tradições.

Ao escutar as palavras sutis a si direcionadas, o mafioso manteve sua calma, sem desviar os olhos dos dois homens a sua frente. Com um leve sorriso de escárnio mirou com mais indiferença ao líder do clã.

- Peço desculpas se fui indelicado – a voz grave em um leve falsete de pesar. Viktor sabia jogar aquele mesmo jogo e não queria sair sem o que seu avô havia lhe solicitado. Aquele acordo entre as duas famílias seria deveras proveitoso para ambas às partes envolvidas. E ademais, eles precisavam de novas fontes no mercado negro de órgãos e o clã no poder proverá isso, mas primeiro ele teria de conseguir ser um bom mediador - mas creio que o que estamos para propor terá um ótimo benefício, para todos os envolvidos. – fez uma pausa, esperando com isso aguçar a curiosidade daquele velho senhor. Atento a tudo, não lhe passou despercebido a troca de olhares entre os dois Yakuza. Ao ser impelido a continuar com sua explanação, o russo voltou à carga, agora sabendo que tinha a total atenção.

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Um barulho ao longe fez com que o platinado deixasse o conforto de sua poltrona, e se posicionando atrás da grossa cortina, tentou divisar quem - ou o quê - quebrara-lhe a concentração ou poderíamos dizer seus devaneios?

No escuro, nada de diferente poderia ser notado. Olhos argutos vasculharam a imensidão esverdeada do gramado, mas nada, talvez sua mente cansada estava a lhe pregar peças. Voltando para o seu lugar, sentou-se e mais uma vez checou seu eletrônico. Nenhuma mensagem, chamada perdida, nada!

Tinha plena consciência que o moreno não era fadado a dizer ou mesmo se expor fosse para quem fosse, e sabendo disso, o mafioso tentou aplacar seu coração que batia acelerado devido a preocupação.

Massageando as têmporas, relaxou um tanto. Pensou em acender um cigarro, mas rechaçou a ideia. Com um sorriso debochado, deixou o pensamento vagar mais uma vez.

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Ao final de quase duas horas de conversa, Viktor deixou a sala buscando pelo belo jardim florido. Estava irritadiço, pois quase novamente metera os pés pelas mãos, era inadmissível estar errando tanto e ver-se a todo momento sendo desafiado por aqueles japoneses. Talvez fosse o momento de repensar a sua forma de agir... Quem sabe caminhando pelo local harmonioso em sua simetria verdejante, a calmaria fizesse com que seu temperamento e sua raiva fossem aplacados? Deveria ter imaginado que seu charme e poder de persuasão pudessem não surtir efeitos com o velho líder, mas por ser cheio de si, e acreditar no potencial de seu pessoal, havia deixado transparecer que os homens da Yakuza não teriam nada a perder e que precisavam das famílias russas. Bem, lá estava ele novamente aprendendo com os erros, sabia que não deveria ter sido tão afoito e muito menos tão prepotente, afinal, não era o líder da segunda família da máfia russa à toa. Era ótimo na oratória, já estava acostumado com todo o tipo de tratos, reuniões, mas aquele clã em especial levava muito a sério seus costumes, bem mais até que as famílias do círculo mafioso russo.

Caminhando entre as belas cerejeiras, resolveu sair do passeio e aproveitar das copas cheias, a beleza exótica por fim o fazendo esquecer dos fatos que o deixaram aborrecido. Puxando o pequeno porta cigarros prateado do bolso interno, pescou um mentolado parando o gesto na metade do caminho, ao escutar um barulho alto de quem sabe, talvez, estivesse gritando.

Aproximando-se com cautela de uma grande construção, um tanto afastada da casa principal, ao longe pode avistar uma silhueta desferindo golpes em algo com uma katana. Os brados provinham da pessoa que ali se encontrava, absorta ao que fazia. Parando próximo a entrada, recostou-se no batente da porta de madeira, e ficou assistindo ao moreno, que até a pouco estava servindo de 'acompanhante' para o líder. Com um sorriso sacana, levou o cigarro aos lábios e, acionando o isqueiro, tragou com gosto o fumo, sem perder um movimento sequer do nipônico que continuava a desferir, só que agora, golpes no ar, como se estivesse golpeando um oponente.

Quando estavam reunidos na sala, Viktor já havia reparado na beleza exótica do jovem, mas agora que ele trajava calças negras que lhe modelavam o corpo levemente arredondado em partes que eram difíceis de não se notar, como a bunda perfeita, sua libido havia sido aguçada. O interesse em tê-lo pelo menos por um tempo em sua cama latejando em seu ser, o fazendo esquecer um tanto do tempo que vinha tentando fechar o acordo com o velho Katsuki. Deslizando a língua pelos lábios, imaginou-se trilhando com as mãos por aquela pele alva, tanto quanto a sua. Divagando e imaginando qual melhor momento para investir em sua 'presa', Nikiforov tragou mais uma vez o cigarro, soltando levemente a fumaça sem desviar seus olhos do outro.

Talvez por estar compenetrado no que estava fazendo, o moreno demorou um tanto ao notar que não mais estava sozinho. Em um volteio com um dos braços esticados e o outro girando a katana com uma precisão de fazer inveja, finalmente avistou o homem alto e irritante parado bem próximo a si. Sustentando-lhe o olhar, caminhou como se seus pés mal tocassem o piso de tatames.

Com uma careta de desagrado e antes mesmo de se aproximar, o Yakuza mirou com interesse renovado para o platinado. Sem titubear e com um sotaque leve, fazendo uso da língua materna do russo perguntou:

- Não sabe ficar sem xeretar, senhor Nikiforov? – e continuou a carga sem dar-lhe tempo para resposta. – Não sabe manter-se em seu lugar? Acaso acha-se superior até mesmo as boas maneiras e costumes dos outros? - e ao terminar de falar sorriu, um sorriso irônico, podendo até mesmo pensar em escárnio.

- Então, sabe minha língua? – respondeu Viktor com outra pergunta. Se suas desconfianças estavam certas, ou se ainda pairasse uma remota dúvida, ela havia sido sanada. Aquele jovem só poderia ser filho do chefe do clã, nenhum outro homem poderia ter a educação tão refinada e conhecer uma língua tão complexa quanto a dele. Dando outra tragada, teve a decência de não soltar a nuvem de fumaça em direção ao rosto do outro.

Com o nariz levemente enrugado devido a careta que continuava fazendo, o mais baixo aproximou-se mais um tanto. Ao notar uma pequena camada flamejante cair em direção do tatame, com a agilidade adquirida com os muitos anos de treinos e aulas, girou a katana espalhando as cinzas antes que estas tocassem a palha trançada que cobria todo o local.

Estreitando os olhos, Viktor mirou o moreno intrigado, mas antes mesmo de conseguir dizer alguma coisa, a distância entre os dois homens fora vencida por passadas decididas do Katsuki.

- Incrível como vocês gaijins acham que entendem tudo, que sabem tudo e tem a certeza da razão absoluta! – rosnou parando a espada a poucos centímetros do pescoço do platinado, que não moveu um músculo sequer. – Não prestam atenção em nada! – a voz levemente baixa, mas carregada de emoções. - Este é um dojô e a tradição diz que não se deve fumar ou entrar calçando sapato, e o essencial, gaijin – frisou a palavra estrangeiro -, fazer uma reverência em respeito ao local. – sustentado o olhar do mafioso, Yuuri não sabia o que corria nas veias daquele ser. Só conseguia entender, que mais uma vez, os russos enviaram alguém que de nada conhecia suas tradições e vinham para desrespeitá-los achando que eram os melhores.

Colocando a mão direita apoiada no queixo, e apenas o indicador e o dedo médio tocando os lábios, em uma típica pose de quem estava pensando, o Nikiforov continuou a sustentar-lhe o olhar. Um sorriso irônico brincando em seus lábios.

- Bem, que eu saiba, meu caro...

Arqueando as sobrancelhas, o Yakuza sustentou-lhe o olhar, e fazendo-se de desentendido, demorou a responder a insinuação do platinado. Este não parava de o encarar, e não dava sinais de que iria desviar o olhar, muito menos de prosseguir com sua fala, mas Yuuri não iria entrar em seus joguinhos. Quase riu ao ver que o mafioso acabara por murmurar algo um tanto sem nexo, quase sem noção, ou mesmo uma reclamação infantil, tal qual algo como ele apenas querer saber o nome dele, mas não, não iria lhe dizer. Revirando os olhos, deixou que sua voz baixa e ácida fosse ouvida.

- Não lhe interessa quem eu seja. - mirou-o com os olhos castanho-avermelhados quase flamejantes. - Sabe compreender quando algo não lhe compete? - questionou ao dar um passo, e com a katana fazer com que o mais alto se movesse apenas um mísero passo. O moreno sabia que eles ainda se encontravam sobre o tatame, e até mesmo por isso não iria se conter, e faria com que aquele mafioso russo aprendesse uma lição. Não se importava que Nikiforov estivesse escondendo que sabia e dominava sua língua natal, fazia ideia que muitos segredos estariam envolvendo o platinado - até mesmo gostaria muito de desvendar todos eles, mas aquele não era o momento. Yuuri precisava se acalmar, ou acabaria metendo os pés pelas mãos bem ao estilo do que o outro vinha fazendo. E ademais, ele também estava escondendo muitas coisas do então visitante.

- Como poderei manter uma conversa civilizada, se nem ao menos sei com quem estou falando? - questionou Viktor. Ele não parecia nem um pouco ter se abalado pelo jeito turrão do moreno.

- Não vejo por que não sermos civilizados... também não vejo motivos para que saiba quem sou. - Katsuki mirou-o de soslaio. Aquele joguinho já estava cansando.

- Ora, como não é estranho? - rebateu com mais uma pergunta. - Você sabe quem eu sou, mas eu não faço ideia de quem você seja, isso não é justo, senhor?

- Justo? O que não é justo? Ora... – ruminou fazendo pouco caso. - Katsuki... - murmurou antes de voltar ao ataque. - Para você já é o suficiente!

- Katsuki-kun... – murmurou antes de voltar ao ataque. Um leve sorriso irônico surgindo ao reparar em como o outro o mirava bravo, apenas por tê-lo chamado daquela forma. – Que eu saiba, quando fui aceito a vir me encontrar com seu clã, não me foi dito o que se poderia ou não fazer. – a voz levemente baixa e como ácido, queimando e derretendo tudo o que encontra em seu caminho. – Não saberia o que tenho de fazer para não lhe faltar com o respeito, e sobre essa construção, como posso eu saber que não se pode fazer nada, se não há uma única placa sequer que indique que aqui é um local 'sagrado'? – ao mover a mão lentamente, sentiu a lâmina fria tocar-lhe sobre a gola de sua camisa social, fazendo com que desse alguns passos para trás e saísse de cima da cobertura de palha trançada.

No caso do platinado, era recuar ou ter sua pele maculada pelo fio da lâmina que estava bem próxima de seu pescoço. Com gestos comedidos, indicou ao outro, que mantinha sua postura e a katana muito próxima a sua jugular, que iria apenas pegar algo em seu bolso interno do terno, o que foi minuciosamente acompanhado pelo olhar frio e cortante do nipônico. De posse de seu porta cigarros, fez algo que não gostava, apagando o mentolado que havia ascendido anteriormente na tampa metalizada, e guardou o que restou em seu interior apenas para não jogar, no como o japonês havia dito, tatame. Baixando um pouco a cabeça, e a deixando um tanto de lado, voltou a guardar o objeto no mesmo lugar.

Ao perceber que já havia conseguido o que queria, Yuuri continuou a mirar o mais alto seriamente. Não queria baixar sua guarda, e já havia sido muito descuidado apenas por deixá-lo procurar o que queria em seu bolso. Tinha plena confiança nos homens de seu pai ao que se dizia respeito a segurança, mas não confiava nem um pouco no indivíduo à sua frente. Conhecia muito bem os russos e sua fixação com suas preciosas armas de fogo. Em hipótese nenhuma deixaria sua guarda baixa.

Um tanto incomodado por não receber respostas do homem à sua frente, o russo se impacientou. O pessoal daquele clã era por deveras estranho. Bem, ele não poderia pensar diferente, se o caso fosse totalmente o contrário de agora, e ele fosse japonês tentando manter laços, mesmo que quebradiços, com a máfia russa. Estreitando um tanto os olhos, estalou a língua deixando seu humor, que não estava dos melhores, ditar um pouco as regras.

- Escuta, Katsuki-kun, - abriu um sorriso devastador ao perceber que o outro havia trincado os dentes apenas por dizer seu nome daquela forma - o que quer que eu faça? Que me desculpe por ter vindo xeretar onde não fui chamado? - perguntou, mas sem deixá-lo realmente responder, continuou. - Sinto muito, mas não faz muito do meu feitio me desculpar, estou um tanto irritado, e sabe muito bem os motivos, visto que estava junto com seu pai…

- Eu não disse que Katsuki sensei é meu pai! - respondeu rapidamente. A voz baixa e levemente irritada. Sim, Viktor havia conseguido mexer com os brios do mais baixo e aquilo possivelmente não havia passado despercebido pelo outro.

- Que seja! - Viktor revirou os olhos. - Realmente não me importo. - dando de ombros, moveu um tanto o corpo. Ao sentir a lâmina da katana ser apertada um tanto mais em seu pescoço, tornou a estreitar os olhos, e com as costas da mão esquerda, rapidamente empurrou a lateral da arma branca a afastando de seu pescoço. - Creio que não lhe ofereço nenhum tipo de perigo, então afaste essa coisa de mim! - exigiu. Dando um passo na direção do moreno, teve tempo apenas de lançar os braços à frente do rosto. Katsuki lançou o corpo para trás, e em seguida desferiu um golpe certeiro.

O silvo do corte da lâmina no ar, o choque impulsionando o russo para trás em um salto desajeitado. A dor lasciva, e do pequeno corte, o rubro sangue despertando a ira do platinado. Sabia que deveria ter ficado parado, mas o Katsuki mais novo parecia o enfrentar apenas com o olhar. Já havia visto e enfrentado outros que tentaram o desafiar, mas nenhum havia chegado tão longe como o Yakuza. Todos desviavam o olhar antes mesmo de Viktor proferir alguma palavra. Era respeitado pelos seus, mas havia só um pequeno problema: ele não estava em sua amada Rússia. E à sua frente estava um japonês orgulhoso, tão ou mais centrado do que ele próprio.

- Eu lhe disse para não adentrar ao dojô calçando sapatos! - o japonês deixou o tom irritado tomar conta de sua voz e até mesmo de suas ações. Sabia que poderia estar estragando com todas as negociações - ainda mais se o platinado ali fizesse algum tipo de reclamação - mas alguém precisava ensinar-lhe a ficar em seu devido lugar. Nikiforov não tinha o direito de sair por aí bisbilhotando. Ainda sustentando o olhar assassino a si direcionado, manteve a katana em riste e apontada na altura do peito do platinado.

- Ora, mas como é um ser vil e desprezível! Eu estou desarmado! - rosnou Nikiforov entre dentes. Volvendo os olhos rapidamente para o pulso, grunhiu enraivecido. Era um pequeno corte, mas o qual sabia iria marcar-lhe a pele. Não havia sido profundo, mas ele tinha plena consciência , talvez nem fosse a vontade do japonês lhe causar um dano permanente, mas de qualquer forma ambos estavam errados, haviam cometido suas faltas, mas nada lhe aplacava a raiva que já há tempos borbulhava em seu âmago feito um vulcão prestes a entrar em erupção!

- Estar desarmado não quer dizer nada, ainda mais que sua arrogância e prepotência são vistos como armas. - um sorriso de lado iluminava a bonita face. Balançando a cabeça, puxou a katana um pouco para trás. - Não bastasse ser gaijin, ainda é pior que o primeiro idiota que aqui colocou os pés. - o Yakuza começou a praguejar em sua língua natal, sabendo que o mesmo não o entenderia. - Segunda família da máfia no comando, hã? Deve ter todos os mesmos defeitos do sangue podre de outros tantos que tentaram e falharam! Além de serem muito ignorantes, e não respeitarem nada além do que lhes diz respeito! Verdadeiros esnobes se achando superiores! Prepotentes! - cuspiu as últimas palavras sem desviar os olhos dos do mais alto.

Estreitando os olhos, o platinado deu novo passo em direção ao moreno, o fazendo recuar uns passos. Não que o mesmo estivesse com medo, não, de forma alguma, mas algo na fisionomia do mais alto o fazia ser precavido.

- Sore o torimodoso! (Retire o que disse!) - a voz baixa, fria e cortante. Viktor fuzilava Katsuki com os olhos e fazia questão em deixar bem claro que sabia muito bem seu idioma natal. Se estivesse armado, atiraria nele sem pestanejar. Mesmo que em seu mais profundo íntimo já tivesse fantasiado em tê-lo sob seu jugo, entre quatro paredes e o tomando para si de várias maneiras, o ouvindo gemer seu nome em puro êxtase. Como um ser como aquele ousava dizer tudo aquilo, achando que logo ele poderia ser um inculto? Para o russo, afronta maior do que aquela não existia. Nem mesmo ter sido ferido bestamente. Sim, era muito orgulhoso, e claro que não iria deixar aquilo passar em brancas nuvens.

Espantado como estava, o japonês achou por bem recuar uns passos. Não que fosse necessário, e poderia muito bem terminar com tudo aquilo com um único golpe, e alegar legítima defesa, se caso fosse necessário, mas Viktor Nikiforov, como ele iria aprender a duras penas, não era um inculto como ele havia imaginado. Na realidade estava muito espantado!

"Onde foi que ele aprende… Não, ele foi desonesto em não nos contar que falava japonês, mas meu pai também usou da mesma artimanha para com ele quando me fez ficar junto na sala." - pensou Yuuri ao estreitar um tanto os olhos, e desvia-los por uma pequena fração de segundos - segundos esses que o platinado à sua frente não deixou passar a oportunidade.

Ao perceber que o Yakuza parecia estar em devaneios, aproveitando-se de um momento em que este desviou o olhar, Viktor retirou o blazer que estava usando e como um felino lançou seu corpo na direção do moreno. Com um giro ligeiro dos braços e mãos, embalou a katana rapidamente, dando as costas para o mesmo e segurando fortemente em seus pulsos finos. Desequilibrando um pouco os corpos - o moreno mais pela surpresa do que pelo tranco em si -, ambos acabaram se chocando e dando vários passos para trás.

Lutando para soltar os pulsos, o Yakuza puxava com certa violência os braços, mas a pegada do mais alto parecia não dar sinais de aliviar a pressão que ele exercia. Tinha certeza que a pele clara do local ficaria marcada, mas era um pequeno preço que teria de pagar, visto que precisava se libertar para mostrar ao russo que naquele lugar os costumes entre outras coisas tinham um grande valor.

Sem falar nada e com um sorriso debochado nos lábios, Nikiforov desviava de toda ação que o mais baixo tentava contra si.

- Você pode tentar o quanto quiser, Katsuki-kun, mas não irá conseguir nada contra mim. - murmurou bem próximo do ouvido do outro, afastando a cabeça rapidamente evitando assim um revide em forma de cabeçada. Rindo alto e aproveitando novamente de um momento em que o outro quase foi ao chão, e o levaria junto se não tivesse com os pés bem plantados no chão, conseguiu com um volteio levar a ambos juntos, e, usando de uma joelhada bem dada na base das mãos do mesmo, fazer com que a arma que ele ainda empunhava fosse ao chão. - Eu disse…

Foi atalhado sem conseguir terminar sua fala, pois Yuuri com um jogo rápido de pernas livrou-se do contato, mas não sem antes levar uma rasteira e ir ao chão. O baque contra o tatame o fazendo arregalar os olhos, mas usando o corpo e impulsionando as pernas, ficou novamente em pé. Volveu os olhos procurando sua arma, mas esta estava longe de seu campo de alcance e ele sabia que teria de observar melhor ao russo. Alguma coisa em seu íntimo dizia que ele lhe escondia muito mais do que podia imaginar. E com um sorriso de escárnio, sustentou as orbes azuis que o observavam atentamente.

- Vejo que também foi treinado em artes marciais, gaijin! - cuspiu a última palavra enquanto também parava a poucos passos do mesmo, assumindo uma pose de combate. Uma das mãos abertas a frente do corpo com o braço esticado, enquanto tinha o outro ao lado do corpo com a palma para cima parecendo uma garra fechada. - Então, conhece muito bem nossos costumes… - parou de falar ao reparar no sorriso debochado que o platinado deixava surgir nos lábios. O movimento de ombros como quem não dá a mínima, fazendo o japonês ferver de ódio.

Com um grunhido alto, partiu para cima do mafioso, que com habilidade e leveza, apesar do porte físico, desviava com rapidez e revidava como se ambos treinassem juntos anos a fio. Chutes certeiros, golpes aparados com eficiência. E nenhum dos dois dava sinais de que estavam se cansando daquela luta. Engalfinhados, segurando como podiam nas roupas um do outro, em um volteio o nipônico tentou derrubar o russo que, escorando na parede a qual não perceberam estar tão próxima, usou de seu peso e tamanho para reverter a situação e imprensar o corpo menor contra a solidez de madeira da lateral da construção.

Piscando os olhos rapidamente, Katsuki tentou empurrar Nikiforov para longe de si, mas não conseguiu obter sucesso. As respirações de ambos misturando, estavam muito próximos e aquilo não era nada bom. Forçando um pouco o corpo, sentiu uma das pernas do russo adentrar entre as suas e involuntariamente trincou os dentes ao deixar que um leve arfar escapasse por seus lábios. Não poderia estar acontecendo aquilo justo em um momento tão delicado como aquele. Ou poderia? Balançando a cabeça, fechou a mão sobre o pulso machucado do mais alto e o apertou. Sem desviar o olhar, percebeu quando o outro também travou o maxilar.

- Golpe baixo o seu, Katsuki-kun! - grunhiu Viktor ao simplesmente imprensar mais o corpo do menor contra a parede e, com o joelho, esfregar o baixo ventre alheio começando a deslizar a mão livre pela lateral do corpo torneado. Quase arrulhou alto quando escutou o arfar do japonês, e aproveitando-se dessa situação, queria saber até que ponto o mesmo não lhe era indiferente e imune ao seu jogo de sedução, mesmo que naquele momento ele não o tivesse usado. Deitando a língua, deslizou lentamente, e por vezes deixando que seus dentes roçassem a pele aveludada e sensível da junção do pescoço com o ombro do moreno.

- Watashi ni furenaide! (Não me toque!) - rosnou o moreno tentando se livrar do toque invasivo do outro. Seu corpo não podia o trair daquele jeito. Ele tinha de se libertar de seu atacante, mas mesmo tentando ignorar a provocação e o golpe baixo, seu corpo parecia que não queria o ajudar e o traía novamente, ao sentir seu sexo fisgar com a pressão que o joelho do outro estava fazendo. Tentando inutilmente desferir-lhe um golpe, teve a trajetória contida pelo mais alto mais uma vez.

- Como você fica bravinho tão rápido, Ka-tsu-ki-kun! - murmurou provocante bem próximo ao ouvido do Yakuza. Viktor estava se divertindo com toda aquela situação, e já se imaginava tendo aquelas lindas orbes castanho-avermelhadas lhe implorando para que o possuísse. Em deleite com a cena que em sua cabeça se formava, deixou que sua presa escorregasse por suas 'garras', mas antes que este conseguisse o que queria, com um rápido volteio segurando-lhe a manga das vestes, puxou-o para si.

- Iie! (Não!) - a voz melodiosa subindo uma oitava. Yuuri não estava se reconhecendo. Já havia enfrentado homens piores do que aquele russo, sem soltar uma interjeição se quer. Ele não poderia dar-se ao luxo de parecer uma jovenzinha desamparada. Mas antes que conseguisse encaixar novo golpe contra o platinado, sentiu o chão lhe faltar, e mesmo se preparando para o baque, conseguiu cair de mau jeito e perder todo o ar de seu pulmão. Para piorar toda a situação o russo estava sentado sobre si, e o pior, esfregando seu baixo ventre indecorosamente sobre o seu. - Oni poslai nam shlyukhu! (Eles nos enviaram uma prostituta!) - gunhiu ao sustentar os olhos do outro. Sim, havia falado na língua natal do russo, queria com isso agredi-lo com palavras, visto que havia finalmente levado a pior contra alguém. Em sua cabeça, não passava estar ali, naquela situação tão embaraçosa e tendo de trocar farpas com um, diga-se de passagem, belo espécime sobre si.

- Prostituta você disse? - Viktor perguntou. A voz grossa baixa e levemente rouca. Baixando um tanto o tronco e tocando levemente o do jovem abaixo de si, aproximou seus lábios do do moreno. - Não, meu bem, eu sou a cafetina, a prostituta é você, e nada mais que justo do que experimentar o material que tenho em mãos! - a voz ácida e apenas um pouco mais alta. Baixando a cabeça, mordeu com gosto o lábio inferior do Katsuki, fazendo com que ele abrisse a boca e em seguida o beijando. Um beijo exigente e luxurioso. Um tranco, e o russo não mediu esforços para se manter sobre o nipônico. Afastando um pouco o rosto deixou um sorriso estampar em seus lábios, mas este morreu tão logo surgiu em sua face. Um tapa estalado se ouviu, a pele alva de Nikiforov sendo manchada. - Ora, que bichinho arredio! - constatou ao segurar ambas as mãos acima da cabeça do outro. - Se desferir novo tapa, levara um também! - grunhiu ao deslizar a mão livre pela face do outro. - Vejo que terei muito trabalho para domá-lo, mas será deveras prazeroso! - gracejou ao novamente esfregar seu sexo contra o volume alheio.

- Saia de cima… - ordenou perdendo a estribeira.

- O que vou ganhar se sair de cima de você? - perguntou com curiosidade. - Afinal, você perdeu para mim, então me deve…

- Não te devo nada, gaijin! - a voz falhou uma oitava ao ter seu sexo pressionado mais uma vez.

- Não é bem isso que parece. - baixando novamente o corpo, Viktor mordiscou o queixo do Yakuza. - Me dê o que quero, e eu te deixou em paz. - sorriu, um sorriso devastador, que se Yuuri o conhecesse a mais tempo, reconheceria como demoníaco, perverso.

Ouvindo vozes ao longe, Yuuri se agitou. Não queria em hipótese alguma que fosse visto em tão humilhante situação, por isso mesmo sua mente que geralmente é tão meticulosa, não viu e muito menos percebeu que estava prestes a cair em uma armadilha.

- O que quer de mim? - perguntou. As íris chocolates brilhando feito duas labaredas incandescentes.

- Você… - respondeu Viktor. E sem titubear, levantou como um gato seguindo em direção de seu blazer. - E antes que pense em me atacar pelas costas, ou mesmo não fazer o que quero, saiba que terei algo que lhe é muito importante, e gostaria muito de ver explicar-se para os seus, como isso - e mostrou a katana toda trabalhada com dizeres na lâmina - veio parar em minhas mãos! - estava chantageando o moreno? Ah! Sim estava, mas valeria a pena ter aquele belo homem ronronando e gemendo seu nome.

- Ora seu…

- Pense bem no que vai me dizer, Katsuki-kun! Eu posso muito bem aparecer perante o seu pai - novamente Viktor batia na mesma tecla, pois ele saiba - e lhe contar o que o seu querido sucessor aprontou dentro do seu tão querido dojô! Esteja em meu hotel hoje às nove da noite e não ouse se atrasar ou pensar em não aparecer!

- Não faço ideia de onde esteja! - respondeu ao sentar-se com um tanto de dificuldade.

- Ah! Você tem seus meios de descobrir. Nove horas, Katsuki-kun! - relembrou-lhe o horário, e embrulhando melhor a katana em seu blazer, seguiu para fora da construção sem dar tempo do japonês tomar alguma atitude. O que o jovem não sabia, é que além de Viktor falar, ele sabia muito bem ler os kanjis, e não fora nem um pouco difícil decifrar o que estava escrito na lâmina trabalhada da arma que ele empunhava. "Para meu adorado filho!"

oOo

Um barulho alto quebrando o silêncio chegou até os ouvidos bem treinados do mafioso o tirando de seus devaneios. Estreitando os olhos, levantou-se da cadeira e foi espiar pelas cortinas. Parado na lateral da mansão, no passeio que levava para a garagem, do carro negro finalmente quem ele esperava desceu ajeitando as luvas de couro escura. Seus olhos volveram para cima a procura, vasculhando a construção, fixando-se na janela em que as cortinas se moviam lentamente. Um sorriso de canto, sobre o nariz retilineo os óculos encarapitados. Ah! Viktor iria adorar tirar-lhe aquela indumentária usada apenas para disfarçar um pouco e fazer com que e o Yakuza, passasse por um nerd, e não um homem altamente perigoso!

Com um sorriso sedutor, Viktor voltou a sentar-se em sua poltrona. Cruzando as pernas, aguardou que seu amante finalmente viesse ao seu encontro. Não demorou para que a porta fosse aberta, e na penumbra, apenas um pequeno abajur foi acesso para revelar quem chegava.

- Tadaima… - a voz levemente baixa, melodiosa quebrando o silêncio. Olhos ávidos buscando pelas íris azuis desejosas.

- Você demorou… - gracejou antes de lhe estender a mão, convidando para que se aproximasse.

Com um olhar ladino, o recém chegado deixou que o sobretudo escuro fosse ao chão e caminhou lentamente em direção da poltrona. Tinha algo em mente, e iria colocá-lo em prática, para surpreender o homem que havia domado o seu coração e espírito indômito!

oOoOoOo

Momento Coelha Aquariana no Divã:

Olá para todos vocês!

Kardia: Olá uma ova! *mostrando a unha longa a poucos centímetros do focinho arrebitado da Coelha*

Eita, nós! Vai começar com a reclamação! Tava muito bom para ser verdade! *fazendo careta e enrugando o nariz* Kardia, eu já sei… voltei a escrever e com o casal de patinadores, né? Mas o que eu posso fazer se só consigo inspiração para escrever com os dois?

Kardia: Eu posso matar os dois, e…

NÃÃÃÃÃOOOOO! Ficou maluco? Isso não! Você iria gostar se alguém ameaçasse o Dégel? Iria? *sem dar tempo do outro responder* Não, não iria, e nem vem que eu te conheço, bichinho! Vai, você deveria agradecer, pois a sua doce *piscando os olhos*, e querida Coelha, voltou da cidade dos que vivem no além! *riso de lado* e vai que eu consiga depois voltar a escrever com vocês?

Kardia: Hmm… bem, você me deve o final de Melodia Imortal!

*revirando os olhos* Sim, promessa é dívida! E eu vou pagar… mas tenha calma sim? Agora deixa eu agradecer quem chegou até aqui! *mandando um tchauzinho pro escorpiano* Olá! Obrigado por chegar até aqui, sei que faz décadas que não posto nada novo, e eu sei que demorou, mas não tardou! Façam essa pula pula feliz, digam se gostou, comentem, please!

A imagem que me deu essa inspiração toda, pode ser encontrada nesse link: img-master/img/2018 ...
Mais uma vez, obrigado, e até o próximo capítulo!

Em tempo: o que foi usado de japonês, existem várias maneiras de se falar, devido a formalidade, língua culta e coloquial, não sei se escrevi correto, usei o tradutor e ajuda de minha Marida que betou para mim. Se por ventura algo soar estranho, peço desculpas!

beijos