Love Can Save it all

Autora: Juliana Alves

Categoria: Major Crimes, Shandy, Romance, Angst, Drama, SongFic

Advertências: Spoiler (The Closer 6x11)

Classificação: T

Capítulos: 3

Completa: [x] Yes [ ] No

Resumo: Amar não é uma tarefa fácil, você tem que batalhar muito para que o sentimento permaneça intacto mesmo nas atribulações. Sharon e Andy sabiam bem disso, o problema era que eles não tinham certeza se isso era amor e se realmente sobreviveria com o tempo.

Disclaimer: Todos os personagens desta obra são pertencentes ao criador de Major Crimes, James Duff. E a emissora TNT. Essa obra não possui fins lucrativos, ficando apenas no mundo das Fanfictions.

Dedicatória: Essa estória vai para as minhas amigas Afrontosas... Duda, Dê, Lu, Aleh, Ray e Deb, vocês são demais. Amo vocês e espero que gostem.

Nota: Durante a leitura aconselho que escutem a música: Love Can Save it All - Andra


Capítulo Um

"Part of me
Is part of you
So take my hand
I want you to feel
Words you can't hear"

Andy entrou no vestiário e suspirou cansado, finalmente seu turno havia acabado e ele podia se livrar de seu parceiro inútil. O oficial Meyers era um idiota que gostava de sentar no carro e esperar que tudo se resolvesse sozinho, Andy já havia pedido transferência para outra unidade ou que pelo menos trocassem seu parceiro.

Assim que chegou em casa, sua amada esposa, Sandra, estava reclamando sobre o armário da cozinha que não fechava, mesmo que Andy tivesse dito que consertaria no final de semana. Às vezes era mais fácil lidar com Meyers. Quando se casaram, nem dois anos atrás, Andy pensou que sua vida com a mulher que amava seria perfeita ou ao menos ele teria alguém que o apoiasse. A história não era bem isso.

"Você está me ouvindo, Andrew?" Ela exigiu o encarando com fúria.

"É impossível não ouvir, Sandra. E eu já entendi, irei consertar esse armário e a pia do banheiro e qualquer outra coisa que queira, mas só no fim de semana".

"E por que você não pode dar uma olhada agora?"

"Porque eu estou cansado, meu parceiro não ajuda em nada. Eu tive que correr atrás de três moleques que tentavam roubar uma loja enquanto ele dirigia o carro pouco se lixando com o que estava acontecendo". Andy suspirou. "E também porque no fim de semana terei folga".

"Oh... ok então. Espero que o pinga-pinga da torneira não o deixe acordado". Com isso ela deu meia volta na cozinha e foi para o quarto.

"Deus.. Eu vou enlouquecer". Andy sussurrou para si mesmo.

Andy terminou o jantar e foi tentar descobrir se o problema exigia muito de sua paciência, pois ele estava começando a se preocupar que Sandra o matasse quando ele estivesse dormindo. Vendo que a torneira precisava só um pouco de fita ele resolveu o problema e foi dormir.

Na manhã seguinte ele chegou ao trabalho sem qualquer vontade de estar ao lado de Meyers. Entretanto, antes de assinar sua entrada o seu superior o chamou a sua sala. Com passos pesados ele seguiu até lá querendo saber o que diabos tinha feito de errado dessa vez.

Andy entrou na sala rapidamente e por um momento ele não percebeu a oficial sentada de frente para a mesa do Tenente.

"Flynn, recebi sua notificação e entendo sua preocupação, mas eu ficarei extremamente triste em perder um de meus melhores oficiais por que não tem um parceiro adequado". Começou o homem mais velho. "Por isso estou lhe designado uma parceira, a Oficial Raydor saiu da academia recentemente e preciso que a ajude a se ajustar".

Andy estava surpreso em ter seu pedido atendido e olhou para onde o Sargento apontava, dizer que ele perdeu um pouco do seu fôlego seria o eufemismo do ano. A oficial que estava sentada era linda e Andy sentiu o coração correr mais rápido, os olhos verdes foram o que mais lhe chamou atenção, mas os cabelos vermelhos e longos eram tão brilhantes quanto um comercial de shampoo.

"Oficial Flynn, é um prazer conhecê-lo". Ela falou e entendeu a mão se levantando. Andy retornou o gesto e não pode deixar de notar o corpo esbelto e com curvas certas em todos os lugares. E a voz doce e potente também era hipnotizante. "Na academia todos tentam quebrar seus recordes".

"Oh.. prazer em conhecê-la também". Ele finalmente conseguiu encontrar sua voz. "Parece que vou ter um parceiro mais decente dessa vez".

"Espero que sim". Ela sorriu e Andy sentiu a temperatura subir um pouco.

"Raydor, preciso falar com Flynn, você pode esperar lá fora". O Tenente a dispensou e esperou que a porta fechasse antes de encarar seu oficial.

"Andy, pode tirar sua mente da calha por um momento?"

"Hã?"

"Pelo amor de Deus, Flynn. Será que dá para você se concentrar em mim por um momento?"

"Desculpe, senhor". Andy respirou fundo e voltou toda sua atenção para o seu superior.

"Olhe, não foi fácil resolver seu problema. Trocar de parceiros depois de quase um ano? Porque diabos você não falou que tinha problemas antes?"

"Eu pensei que Meyers ia melhorar, sei lá, talvez por ele ser mais velho no posto estava tentando pregar uma peça. Mas quando vi que ele só se aproveitava da minha disposição.. eu tinha que fazer alguma coisa".

"Bem.. Aí está. Você ficará em patrulha pelos próximos meses e depois entrará como detetive na Roubos e Homicídios, o que me diz?"

"Será ótimo, Senhor." Ele falou empolgado e com um grande sorriso.

"Ok. A próxima questão.. Raydor precisa de orientação. Ela foi a primeira da turma e quebrou alguns de seus recordes e espero que a respeite, ela é uma mulher casada e não preciso de uma denúncia de assédio". O Tenente Suárez tinha um dedo apontado para ele e o rosto sério. "Mais uma vez... tire sua mente da calha".

Andy apenas sorriu e saiu do escritório do chefe, ele encontrou sua parceira ao lado da saída com as chaves da patrulha em mãos. Ela tinha um sorriso discreto no rosto e seu olhar era de curiosidade com tudo e todos que passavam.

"Ei, parceira, preparada para o primeiro dia?" Ele questionou e tentou não ser muito charmoso, por mais divertido que fosse flertar com ela, ambos eram casados.

"Claro". Eles se dirigiram para a rua e ele resolveu descobrir mais de sua parceira.

"Então Oficial Raydor, acredito que seu primeiro nome não seja oficial".

"Oh não.. Sou Sharon". Ela sorriu e se ruborizou um pouco. "Sharon Raydor"

"Andy Flynn". Ele apontou para si mesmo e sorriu charmosamente. "Suárez falou que você quebrou alguns de meus recordes na academia".

"Tentei meu melhor". A voz provocativa dela o deixou animado, talvez dessa vez ele ficaria satisfeito com um parceiro.

...

6 meses depois...

"Eu não acredito que você disse isso". Sharon estava sentada no banco de passageiro tentando muito não morrer de tanto rir. Ela estava com lágrimas nos olhos e o rosto estava vermelho das risadas incontidas. "A cara que ela fez".

"O que você queria? Eles provavelmente iriam brigar pelo resto do dia" Ele falou sorrindo também. "Nada é melhor que ter alguém em comum para odiar. Agora eles me têm como inimigo e se esquecerão".

"Nunca rir tanto em toda minha vida". Sharon falou agora respirando mais calmamente.

"Somos dois". Ele sorriu também mais calmo. De repente a radiopatrulha começou a soar em alerta "246, Central. Tiroteio na avenida principal, todas as patrulhas solicitadas".

Andy encarou Sharon por um segundo, esse seria seu primeiro tiroteio e Andy estava um pouco protetor em deixar que ela se aproximasse, mas ela era uma garota grande e ficaria bem.

"Preparada para a aventura, parceira?"

"Sempre, parceiro". Ela respondeu com um sorriso. "Lembre-se que sempre protegerei suas costas".

Com um sorriso ele estendeu a mão para ela e Sharon não teve demora em entrelaçar seus dedos, o gesto não era para ser feito por parceiros ou mesmo por amigos, era um gesto íntimo de cumplicidade e que ambos compartilhavam. Eles sabiam que isso não era apenas paixão, era algo muito mais além, alguma coisa indizível e indescritível. A única certeza que tinham era que naquele momento eles iriam para uma situação extremamente perigosa e que estavam dispostos a entregar suas vidas um pelo outro.


"I love you so
And you love me
So tell me why
Why does it feel
Like we're thousand miles apart"

"Não, mãe, eu não vou me arriscar". Sharon tentava explicar a sua mãe que o trabalho disfarçado que ela, Andy, Harrison e Stephen fariam seria seguro. "Tudo ficará bem, Jack e Emily ficarão bem"

Enquanto ela falava com sua mãe, Sharon tentava acalmar sua pequena menina. Emily estava com sete meses e cada dia mais levada, ela era saudável e muito risonha, mas às vezes a morena achava que poderia enlouquecer.

"Mãe, não será necessário você viajar para cá". Sharon sorriu com a preocupação da mulher mais velha, entretanto seus olhos se arregalaram com as próximas palavras de Dana O'Dwyer. "Como assim a senhora está no aeroporto? Mãe!"

Sem reação ela apenas riu, gargalhou mesmo. Emily parou com a inquietação e encarou a mãe surpresa. A bebê a questionava com os olhos e isso fez com que Sharon risse ainda mais.

"Porque eu estou rindo? Mãe, você é impossível". Ela respondeu e olhou o relógio rapidamente. Ela estava atrasada. "Ok, mãe, eu preciso ir. Que tal você me ligar com o horário de sua chegada? Assim eu posso buscá-la".

Despedindo-se ela correu para o quarto para terminar de se aprontar, ela precisava chegar ao trabalho para terminar a papelada do caso que pegaram no começo da semana e finalizar os detalhes da operação. Trabalhar na Roubos e Homicídios era difícil, mas Sharon se viu gostando mais e mais das saídas a campos, claro que agora que Emily havia nascido o medo de não voltar para casa era mais constante. Entretanto a Sargento tentava se manter longe do perigo.

Quando finalmente chegou a sua mesa ela já tinha se atrasado 30 minutos e esperava que ninguém tivesse percebido isso. A vantagem de ser mulher num ambiente quase exclusivamente masculino era ser ignorada por vezes.

"Está atrasada, parceira". Andy sussurrou em seu ouvido e sorriu.

"Deus, Andy! Você quase me dá um ataque cardíaco". Ela colocou a mão no peito para enfatizar o susto e sorriu para ele. Aparentemente ele era o único que a notava, talvez os dois anos que passaram lado a lado na patrulha ajudou com isso. "O que eu perdi?"

"Nada demais, o Capitão ainda não começou a reunião".

"Bom, assim dá tempo de terminar o relatório".

"Você encontrou alguém para ajudar Jack? Você sabe, ele não é muito bom com bebês".

"Oh.. pelo amor de Deus. Você também?" Com uma revirada de olhos ela tentou ignorá-lo, mas suas mesas era uma de frente para outra. "Jack está aprendendo, Ok? E minha mãe está vindo".

"Dana vai vim?" Sharon assistiu quando o rosto dele se iluminou e ele abriu um grande sorriso. "Você vai trazer cookies?"

"Meu Deus, você é tão criança". Ela não conseguiu se conter e começou a rir.

Andy e sua mãe tornaram-se amigos assim que Sharon voltou da maternidade, ele a visitou dois dias depois que havia saído do hospital e ele e a mulher mais velha começaram a conversar sobre tudo. E Dana O'Dwyer ficou encantada em saber que Andy também tinha uma pequena garotinha em casa, Nicole era três meses mais velha que Emily. Ao final da visita, Andy tinha uma nova amizade e um pote cheio de cookies.

"Flynn, Raydor. Minha sala". O Capitão Griffin gritou cortando qualquer resposta sarcástica que Andy poderia ter. Sem opções eles seguiram até lá.

...

Já passava das 7 p.m. quando Sharon chegou em casa, ela tinha pedido para Jack buscar Emily na creche e sua mãe no aeroporto. Ele não tinha gostado muito, mas ele não tinha muito escolha já que saiu mais cedo do trabalho.

"Shar, querida, que bom que chegou". Sua mãe a cumprimentou com um grande abraço. "Estava morrendo de saudades, como foi seu dia?"

Sharon sorriu abertamente e suspirou feliz em sentir o cheiro doce e reconfortante de sua mãe, ela morava a milhares de quilômetros agora e essas pequenas oportunidades de se verem era extraordinária.

"Tudo bem, só o plano de operação que mudou um pouco". Ela deu de ombros, mas Dana sabia bem quando sua menina tentava esconder alguma coisa.

"Jackson saiu para uma caminhada, ele disse que volta em breve". Dana falou para filha e a puxou até seu quarto. "Enquanto você troca de roupa eu vou colocar uma taça de vinho para você".

"Você sabe que eu ainda estou amamentando, não é?"

"Claro que sim, e você sabe que Emily não ficará bêbada, não é?" Dana revirou os olhos. "Eu tomava uma taça ou duas quando amamentava vocês".

"Isso explica muita coisa". Ela sussurrou para si.

"Eu ouvi isso, mocinha". A voz dela fez Sharon balançar a cabeça divertida. Ela então trocou a roupa rapidamente e foi até o berçário para ver que Emily dormia feliz. Provavelmente ela acordaria de madrugada, mas ela não se importava em tudo.

Ao entrar na cozinha ela sentiu o cheiro de lasanha, seu estomagou roncou e ela quase gemeu quando viu que um prato já estava servido para ela.

"Mãe, eu te amo". Ela foi até a outra mulher e a beijou na bochecha. Depois praticamente correu para prato.

"Então, o que incomoda você?"

"Você não perde tempo, não é?" Sua mãe a encarou com alegria e olhos curiosos. Sharon só revirou os olhos. "É a operação, íamos em quarteto, mas o Capitão acha que seria muito arriscado e provavelmente os ladrões iriam desconfiar".

"Huum.. e qual o problema disso?"

"Bem.. estamos há dois meses atrás de uma gangue que rouba hotéis especializados em eventos de casais. Agora eu tenho que ir disfarçada com Andy como um casal, ficaremos lá durante dois dias. Não dividiremos o quarto, o capitão reservou dois quartos para que tivéssemos privacidade".

"Ok.. mas se tudo parece bem, por que você está nervosa?" Quis saber Dana intrigada. "E você vai estar com Andy, ele é um bom rapaz".

"Eu sei, mãe". Sorriu Sharon nostálgica. "Eu confio em Andy, mas por algum motivo eu não estou totalmente confortável com tudo isso. Mas ficarei bem".

Dana balançou a cabeça em simpatia e pegou na mão de sua filha para mostrar seu suporte. A mulher mais velha se serviu também da lasanha e ambas comeram em um silêncio confortável. Jack chegou quase dez minutos depois e se juntou a elas, Sharon pensou em dizer a ele sobre a mudança da operação, mas ele nunca mostrava real interesse então ela deixou de mão.

...

Sharon respirou fundo antes de descer do carro, Andy estava a sua espera com a mão estendida esperando que ela aceitasse sua ajuda. Ela sabia que ele podia ser um cavalheiro quando quisesse, mas não imaginava que ele faria com tanta naturalidade. Por um momento Sharon fingiu que eles eram realmente um casal, aceitou a sua mão e ambos seguiram para a recepção do hotel.

"Bom dia e bem-vindos ao Los Angeles Palace Hotel". A moça falou com um grande sorriso, ela aparentava ter pouco mais que vinte anos e eram loira e muito bonita. "O que posso fazer por vocês?"

"Temos uma reserva no nome de James Smith". Andy falou e sorriu para ela. Ela digitou rapidamente no computador e encontrou o que queria.

"Quarto 451". Ela informou e antes que pudesse sair ela pareceu se lembrar de algo. "Senhor Smith, desculpe esqueci de algo. A gerência do hotel pediu para informar que o quarto ao lado do seu está passando por algumas reformas, espero que não os incomodem".

"Não se preocupe. Ficaremos bem". Sharon tranquilizou a recepcionista. "Estamos acostumados com reformas".

Sem querer explicar muito, Sharon sorriu e seguiu Andy até os elevadores. A desculpa do quarto em reforma era para organizarem a equipe da LAPD. A viagem foi feita num silêncio confortável, ambos acostumados com a presença do outro e focados na missão. Eles entraram no quarto indicado e suspiraram em alívio. Até ali eles não viram nada suspeito, e esperavam que não fossem descobertos.

O dia passou lentamente enquanto eles fingiam ser um casal feliz. O que na verdade foi fácil, talvez a amizade que desenvolveram deixou a interação natural. Contudo, no período da tarde Andy começou a perceber um dos hóspedes olhando Sharon mais tempo que o normal e ele não pode deixar de sentir ciúmes com isso.

Sharon estava alheia a tudo isso, ela observava alguns garçons ao redor da piscina, pois segundo o relatório que tinham os bandidos poderiam trabalhar nos hotéis.

"Querida, você já está pronta para ir?" O sussurro no ouvido dela a fez arrepiar. Ela sabia que era Andy e que deveriam fingir tudo aquilo, mas a sensação quente que ele provocou a pegou desprevenida.

"Claro, só me deixe terminar a bebida". Ela sorriu docemente para ele e esperou que ele não visse o rubor em suas bochechas.

Eles seguiram até o elevador quando viram um dos garçons do bar conversar com um homem suspeito, eles sussurravam e o homem alto entregou uma sacola para o garçom que lhe entregou um maço de dinheiro. Andy e Sharon ficaram paralisados assistindo a troca, pegos desprevenidos eles não souberam o que fazer. Quando o garçom virou na direção deles, Andy fez a única coisa que estava em sua mente. Virou-se para Sharon a empurrou contra a parede e a beijou.

Sharon não estava esperando por isso e ficou tensa em seus braços, mas a doçura dos lábios de Andy fez ela relaxar aos poucos e se entregar ao beijo. Pareceu horas, mas foi apenas alguns segundos antes de Andy se afastar e a encarar com olhos preocupados. Porém, Sharon podia ver o desejo neles também e por um momento ela imaginou que eles realmente eram um casal.

"Me desculpe, Sharon. Eu não estava pensando e..." Ele pareceu desesperado agora, como se tivesse cometido o ato mais vil.

"Tudo bem, Andy. Foi preciso". Ela tentou sorrir, mas a apreensão a impediu. "Precisamos avisar ao Capitão sobre o que vimos, acho que encontramos nosso ladrão". Sem esperar resposta ela caminhou apressadamente para o quarto dela.

O resto do dia passou rápido ambos trabalharam com vigor para tentar finalizar o caso e pegar o bandido de uma vez. Contudo eles sabiam que era apenas uma desculpa para que o beijo fosse esquecido.

Foi apenas no fim da noite que Sharon e Andy conseguiram fazer a prisão, eles seguiram o garçom e conseguiram prendê-lo quando fazia a venda de uma joia. Satisfeito o Capitão permitiu que ficassem no hotel pela noite e teriam folgas nos próximos dias.

Ao voltarem para seus quartos Andy pegou a mão de Sharon e a fez parar, ambos estavam sozinhos no corredor e o silêncio era quase ensurdecedor.

"Sharon, o que acontece..." Ele parecia tão incerto que ela se compadeceu dele. "Eu estou tentando esquecer, você é minha parceira e não deveríamos ter feito isso, mas... Deus, Sharon. Você me faz sentir coisas que não sinto por mais ninguém e.."

"Andy, não..". Ela interrompeu suplicante, "Isso é errado e não podemos.."

Andy a encarou desesperado e sem pensar a empurrou na parede e a beijou novamente, mas dessa vez não havia gentileza em seus lábios e isso de algum modo excitou Sharon e ela gemeu. Mas só foi nesse momento que ela percebeu o que estava acontecendo e o afastou com lágrimas molhando sua face.

"Não.. não podemos. Sinto muito". Ela correu para seu quarto e fechou a porta.

Andy respirou fundo e deixou as próprias lágrimas derramar. Indo até a porta, ele encostou a testa ali e sussurrou:

"Sharon, por favor me perdoe. Eu sou um idiota". Ele sabia que ela podia ouvir.

Ele estava certo, Sharon estava do outro lado da porta na mesma posição, testa colada na porta e lágrimas caindo de seus olhos. Eles ficaram em silêncio ouvindo a respiração do outro pelo material de madeira, pareceu uma eternidade depois quando Sharon ouviu os passos de Andy se afastarem e ela ser deixada sozinha.

Andy foi até o bar do hotel e deu o primeiro gole no que seria sua destruição, mas nada o preparou para o que viria meses depois. Ele chegou em sua mesa para encontrar um envelope de Sharon agradecendo por tudo e informando que ela era a mais nova oficial da FID.

Continua...