Sumário: Bella é uma mãe solteira e jovem que vivi na grande Nova York enfrentando o dia-a-dia da melhor maneira que consegue. Quando parece estar finalmente acostumada com sua rotina, ela tem o prazer de ter Edward Masen em sua vida... Bagunçando tudo.

Ele é um ator que se mudou a pouco tempo para a Big Apple, e que estuda Bella a um certo tempo sem que ela saiba. Edward é conhecido por seus relacionamentos relâmpagos que começam tão rápidos quanto terminam, e ainda carrega dois divórcios e um término de um noivado com uma famosa modelo nas costas.

Bella não quer relacionamentos incertos.

Edward quer Bella.


My new sun.

Capitulo I - Dia de sol e chuva.

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Parecia que eu havia fechado meus olhos e dormido há apenas cinco minutos quando escutei o som de algo batendo contra a parede com uma força tão grande capaz de destruir a estrutura do antigo prédio.

Ainda atordoada pela maneira nada agradável de ser acordada, me endireitei no sofá-cama apenas para escutar o clique da porta se abrindo, e logo depois o ranger do ferrolho que estava quase emperrando a porta. E em menos de dois minutos minha visão estava focada na pessoa mais linda e importante da minha vida.

Com uma boneca de pano recém lavada sendo apertada contra seu corpo pequenino, Emily me fitava esperando que eu lhe oferecesse espaço em meio a bagunça de lençóis e almofadas que eu estava.

Já acostumada com aquela rotina, eu apenas me livrei do coberto grosso que usava para me aquecer durante as noites, e então dei espaço para que meu bebê de quase três anos de idade se colocasse ao meu lado.

- Ele começo a aumar a casa xedo mamãe – Ela falou, com o pronunciar de cada palavra sendo puxado com dificuldade.

Lhe sorri, enquanto chorava por dentro, como se pedisse desculpa pelo vizinho do andar de cima ser tão barulhento como turbinas de avião.

- Eu percebi, meu amor – Respondi, lhe dando o beijo na cabeça logo após de lhe colocar por baixo do cobertor que eu usava.

Ainda era fim de abril, o que causava aquela sensação de frio, mas como a primavera já dava seus primeiros sinais, não era algo tão insuportável quando seria no fim do ano, quando eu passaria meu primeiro inverno sozinha em Nova York em um apartamento recém alugado e que não parecia ter a mínima estrutura para aquecer uma pessoa durante o rigoroso inverno Nova Yorkino.

- Pedi pa ele palaaa, mamãe. Eu to com sono – Ela falou.

Seus olhinhos fechados e a boquinha se abrindo ao bocejar, me cortaram o coração.

Eu e Emily havíamos nos mudado há cerca de um mês para aquele prédio antigo e que parecia às ruínas. Depois do marido da minha mãe receber uma proposta de emprego na Florida, eu percebi que era hora de parar de viver à custa de Phil e Renné, e começar a caminhar com minhas próprias pernas, tendo a responsabilidade de pagar por tudo o que eu e Emily precisássemos. É claro que meus pais me davam uma ajuda mensal, mas vivendo em uma cidade como essa, todo o dinheiro que eu tinha parecia quase nada.

Com o trabalho de babysister em uma das creches de recreação mais famosas da cidade, e um trabalho de recepcionista em uma academia no mesmo bairro da creche, eu me vi obrigada a escolher um apartamento que ficava próximo do meu local de trabalho, pois não pretendia fazer longos caminhos durante a madrugada tendo Emily comigo. Por conta disso, o único lugar que eu consegui foi aquele apartamento de um quarto que ficava em uma rua quase sempre deserta há dois quarteirões da Broadway.

O meu vizinho de cima, um homem que não se importava com ninguém além de si mesmo, era o meu maior problema na maioria das vezes. Ele trabalhava de noite como segurança noturno em alguma casa de festa da cidade, e sempre chegava por volta das quatro da manhã, se não mais cedo. O problema era que ele sentia a enorme necessidade de avisar a todos do prédio que havia chegado, e a maneira amais perturbadora que ele arrumara para fazer isso era fazendo um sexo alto e super indecentes às cinco da manhã.

Eu consegui fazer Emily acreditar que ele e a esposa estavam apenas arrumando a casa, pois depois que eu fui gentilmente pedir que ele parasse de fazer aquilo fui chamada de idiota e mandaram que eu fosse embora caso estivesse tão incomodada.

Ir embora era uma das minhas prioridades. Se eu soubesse que morar naquele prédio seria tão horrível como eu sabia agora, eu certamente não passaria nem na porta. Havia seis apartamentos minúsculos ali, e cada um estava ocupado por um tipo diferente de pessoa. Como se não bastasse meu vizinho de cima, o meu vizinho da frente era um cara que estava fugindo da policia há quatro meses sendo acusado de assassinato, eu raramente o via, e quando estava em casa trancava muito bem a porta. O outro vizinho que morava no andar de cima era um traficante de drogas que oferecia sua mercadoria para qualquer ser humano que fosse capaz de consumi-la, até mesmo para Emily. Os outros era uma garota que trabalhava como ''dançarina'' em um bar todas as noites; e um homem que eu não tinha o mínimo conhecimento.

Mas meu trabalho como babysister só pagava o suficiente para que eu pagasse pela comida e algumas contas, fora que eu ainda podia passar o dia de olho em Emily enquanto trabalhava. O trabalho da academia não era grande coisa, e o dinheiro eu usava para completar o que o trabalho de babysister não cobria. O que meus pais me mandavam servia para pagar o plano de saúde e para ficar guardado no banco caso ocorresse alguma eventualidade.

Para minha felicidade, uma das meninas que vivia indo a academia, e que era a coisa mais próxima de amiga que eu tinha nessa cidade, havia me conseguido um emprego como secretaria de um escritório de advocacia, e o salário seria maior que eu recebia na creche e na academia juntos, e por conta disso eu poderia procurar por um lugar melhor para viver. O problema era que eu só começaria esse trabalho no mês de outubro, quando a mulher que eu ocuparia o lugar se aposentaria.

- A gente tem que ir agora, Emy – Falei por fim, vendo que nem eu, e muito menos Emily, conseguiríamos dormir ou ficar em paz escutando a mulher implorar para o marido fazer o que quer que ele estivesse fazendo.

- Mamãe – Emily reclamou. Ela realmente parecia com sono, e eu desejava que ela pudesse voltar a dormir.

- Você pode dormir na creche, Emy – Lhe respondi, apartando seu corpo pequeno contra o meu e então lhe dei um beijo.

Esse ritual já se tornara quase sagrado. Eu e Emily havíamos quase nos acostumado a acorda as cinco da manhã e começar a nos arrumar para vivermos nosso dia fora de casa. Sempre saiamos de casa as cinco e quarenta, e caminhávamos pelas ruas já atordoadas até chegar à creche, para esperar o relógio marcar oito da manhã e as crianças começarem a aparecer.

Como eu chegava cedo e a dona da creche de vez em quando se atrasava, ela não via problema em deixar que o segurança permitisse minha entrada as seis da manhã no local, uma vez que muitas das eu arrumava muitas coisas que o grupo da noite deixava bagunçado.

Emily, como sendo minha filha e tendo roubado o coração da dona da creche, era tratada do mesmo jeito que as outras crianças, cujo os pais pagavam para estarem ali, e eu ficava feliz da minha filha ter a chance de viver a maior parte do dia no conforto e carinho que minhas colegas de trabalho lhe davam.

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Eram meia noite quando finalmente sai da academia com uma Emily dorminhoca nos meus braços. O tempo estava mais frio que deveria naquela época do ano, e o vento que soprava denunciava que caso eu não corresse, pegaria uma chuva torrencial que realmente não faria bem a Emily.

Meus passos eram tão largos e apressados quanto minha coordenação falha me permitia dar. As ruas não estavam cheias naquela parte da cidade, e muitas pessoas já tinham seus guarda-chuvas em mão, assim como eu.

Parei no meio da calçada olhando os dois lados da avenida larga antes de atravessar, e não encontrei nenhum carro vindo de lugar nenhum. Sai em disparada, atravessando rápido para ter a chance de pegar um metrô que não seria necessário caso não estivesse quase chovendo. No entanto, quando eu estava no meio do caminho, um vento frio e muito forte acabou levando meu guarda-chuva consigo, e eu acabei perdendo o equilíbrio e cai no meio da rua com Emily em meus braços.

- Mamã – Emy sussurrou atordoada por minha queda.

- Não foi nada, Emy – Lhe respondi, colocando-a a de pé na minha frente para poder me levantar.

- Aconteçu que mamãe? – Ela perguntou quando fiz uma careta descobrindo que meu tornozelo estava doendo.

- Nada, Emy.

- Hey, você – Alguém gritou e eu virei por extinto, encontrando um homem – Você está bem?

Demorei quase um minuto inteiro para perceber que aquele homem estava vindo em minha direção, e falando comigo.

- Não foi nada – Falei alto para que ele escutasse, no entanto ainda estava sentada no asfalto, massageando meu tornozelo antes de me levantar.

- Venha, deixei-me ajudá-la - Ele pediu estendendo a mão para que eu me apoiasse.

Não era todo os dias que alguém parava no meio da rua para fazer a gentileza de ajudar uma mulher a levantar do chão. Céus, era quase raro que alguém perceber a minha existência para pelo menos se importar em me olhar mais de uma vez ou ver se eu era normal.

Sorri para o homem e aceitei a ajuda que me oferecia, logo depois arrumei minha bolsa que tinha alça atravessada pelo meu tronco, e então peguei Emily que estava esperando para voltar para o calor de meus braços.

- O que aconteceu? – O homem perguntou ainda parado ao meu lado.

- Meu guarda-chuva foi levado pelo vento, e como eu não sou a pessoa mais coordenada quando estou com pressa, acabei perdendo o equilíbrio – Lhe respondi decidindo que fora aquilo o que aconteceu.

- Historia fantástica – Ele pareceu sorri percebendo que eu não estava mentindo nem exagerando no fato de ser tão desastrada – Você tem certeza que está bem?

- Meu tornozelo está doendo, mas não é nada demais – Respondi sincera, resolvendo encarar ele pela primeira vez.

Estava escuro e os postes que iluminavam a rua não ajudavam muito que eu tivesse plena certeza do que eu estava vendo. Ele parecia ter o cabelo claro, ou escuro, era alto e parecia bem vestido para enfrentar o mal tempo.

- Olha, me desculpa por atrapalhar você, mas eu realmente tenho que ir. Agora que estou sem o guarda-chuva vou ter correr mais que já estava para poder chegar em casa e pegar o mínimo possível de chuva – Falei suspirando fundo – Muito obrigada, de verdade.

Passei a mão no rosto sonolento e cansado de Emily, e me preparei para sair do meio da rua e correr em direção a estação, no entanto fui surpreendia quando uma mão se apertou gentilmente em torno de meu braço, não permitindo que eu seguisse meus planos.

- Eu posso lhe dar uma carona, se você quiser – O homem falou me surpreendendo.

- Não posso aceitar – Respondi. Por mais gentil que aquele homem fosse, eu simplesmente não poderia aceitar a ajuda de um estranho no meio de uma rua quase deserta, principalmente quando estava com a minha filha em meus braços.

- Por favor, eu insisto. Você disse que vai ter correr para chegar em casa antes que a chuva lhe pegue, eu realmente não quero nem imaginar isso – Ele respondeu sorrindo de uma maneira que eu nunca havia visto alguém sorri antes, e então seus olhos brilhantes encontraram os meus – Sou Edward Masen, de qualquer jeito.

Edward Masen, esse nome por alguma razão não me era estranho, mas eu não conseguia associá-lo a ninguém que fizesse parte de minha memória. Talvez ele fosse algum aluno da academia ou pai de alguma criança na creche.

- Nem me fale, correr realmente não é uma boa idéia pra mim – Lhe respondi sincera, ainda olhando dentro de seus olhos que pareciam mudar de cor a cada segundo – Mas desde que aprendi a falar prometi a minha mãe que não sairia com estranhos, e como ensino o mesmo para minha filha, não seria muito inteligente aceitar a corona.

- Mamain – Emy sussurrou no meu ouvido, me chamando a atenção – Gotinha no meu naliz.

No mesmo segundo senti uma gota cair na minha cabeça, e então amaldiçoei quem quer que fosse o responsável pela chuva. Não poderia esperar eu estar em casa?

Edward ao meu lado sorriu de alguma coisa que parecia particular, e então passou o braço por meus ombros me fazendo andar na direção que ele viera.

- Prometo que você não precisa se preocupar comigo, pelo contrario, tem sorte de estar comigo – Ele respondeu ainda sorrindo – E como a chuva parece ter se adiantado em relação a você, acho que você deveria aceitar minha carona.

Quando ele terminou de falar estávamos parado em frente a um carro prata, cujo os faróis tinham acabado de piscar fazendo uma zoadinha indicando que estava destrancado.

Troquei um olhar sério com Edward, como se eu fosse conseguir escutar os pensamentos dele daquela maneira. Ele sorria e tentava passar toda a segurança que um olhar poderia passar, e de alguma maneira ele acabou conseguindo.

Eu sabia que era muita burrice e estava agindo exatamente como a menina idiota que fui quando comecei a namorar o pai de Emily, no entanto, com a chuva ficando grossa e com todo o cansaço do dia de trabalho, eu não consegui negar a ajuda que Edward Masen me oferecia.

- Se você for fazer alguma coisa comigo, peço que pelo menos respeite minha filha e tenha certeza de que ela chegou bem a casa da minha mãe – Lhe respondi me rendendo a tentação de ir para casa de carro.

Edward sorriu ainda mais com minhas palavras, e então abriu a porta do banco de trás para mim sendo cavalheiro ao ponto de tirar algumas coisas que estavam no banco para que eu pudesse entrar.

- Eu não tenho uma cadeirinha de criança, mas se eu não estou enganado acho que esse banco pode ser elevado, me dê um minuto – Ele pediu, colocando metade do corpo dentro do carro.

Menos de dois minutos depois ele estava de volta a minha frente com um sorriso satisfeito no rosto, fazendo um gesto para que eu entrasse no carro.

- Você vai ter que ir na frente comigo – Ele falou quando olhei o interior do carro.

- Tudo bem – Respondi, não tendo como negar. A chuva estava ficando cada vez mais forte, e eu e Emily pegaríamos um resfriado caso eu desistisse daquela carona, além de tudo, ir para o metrô a aquela hora era muito perigoso quando você era uma mulher pouco dotada de defesa pessoal e com uma criança nos braços.

Edward esperou eu colocar o cinto em Emily e então abriu a porta do carona para mim, e só quando eu estava bem aquecida dentro do carro ele fechou a porta e deu a volta para ocupar o lugar do motorista. Logo que ambos estávamos com o cinto atravessado em nosso corpo e o aquecedor ligado, Edward deu partida e perguntou onde deveria me deixar, deixando claro que queria me levar até a porta.

Expliquei como chegar ao prédio onde eu morava, lhe afirmando que poderia ser um pouco perigoso para ele chegar com o carro de luxo dele até lá, mas ele fez uma careta e rolou os olhos, dizendo que aquilo era o que menos importava.

- E então, quantos anos ela tem? – Edward perguntou dirigindo devagar pelas ruas mais movimentadas que levavam até meu prédio.

O olhei desconfiada, ainda não sabendo se deveria dar informações sobre minha filha para aquele home.

- Emily vai fazer três anos em setembro – Falei por fim.

- Três anos? – Ele perguntou – É a idade mental do meu cunhado.

- E quantos anos seu cunhado tem? Digo, deveria ter?

- De acordo com os documentos ele tem trinta e três – Ele respondeu parecendo se divertir sozinho.

Edward era intrigante. Desde que coloquei meus olhos nele o sorriso em seu rosto parecia na desaparecer, os poucos minutos que estávamos dentro dele, parecia apenas aumentar cada vez mais a expressão de felicidade em seus lábios grossos.

De vez em quando ele olhava para Emily que estava cansada demais para ficar acordada no banco de trás, e então ele olhava para mim. Cheguei a conclusão de que ele tentava encontrar traços de Emily em mim, e pelo seu olhar, assim como os outros, ele estava tendo sucesso.

Emily era muito parecida comigo, mas ainda assim tinha traços do pai que lhe negou assim que descobriu a existência dela. Ela tinha lhos azuis, herdados do pai, e algumas mexas aloiradas, mas seu cabelo era tão castanho como meu, e em dias de sol pareciam avermelhados. Emily tinha o meu nariz, e graças a Deus não herdou a minha falta de coordenação.

- Ela parece com você – Edward declarou depois do que pareceu muito tempo de silêncio.

- Tirando pelos olhos. São tão azuis quanto os do pai dela – Respondi.

- Bom, ela é bonita, e eu tenho certeza que continuaria a ser fofa mesmo tendo seus olhos castanhos. Imagino que seu marido esteja ligando para a policia a essa hora.

- Não sou casada – Respondi rapidamente, por reflexo. Eu odiava quando afirmavam que eu era casada, então negar aquela afirmação era tão natural quanto respirar. Mesmo assim, eu não deveria ter dito que não era casada, deveria o fazer acreditar que eu tinha um marido me esperando em casa.

- O seu namorado, ou pai dela – Edward falou, parecendo me estudar.

- O pai dela deve estar fazendo qualquer coisa menos se preocupando comigo e com ela – Respondi, não contendo a destilação de veneno que eu tinha pelo pai de Emily a cada vez que trazia o seu nome a minha mente.

- Oh, desculpe – Ele pediu dando de ombros.

- Tudo bem – Balancei a cabeça tentando esquecer a imagem do pai de Emily.

O silêncio mais uma vez se fez presente, e a medida que eu percebia que estávamos próximos ao meu prédio, sentia uma estranha sensação se apoderar do meu corpo.

- E então, você trabalha na Bolnier Bo – Ele me chamou a atenção, citando o nome estranho que meu chefe escolheu para a academia.

- Sim, cinco dias por semana, na recepção – Expliquei – Você é aluno de lá? Eu sabia que já havia escutado seu nome em algum lugar, mas não conseguia lembrar, pensei que você pudesse ser um aluno da BB.

- Não, ainda não sou aluno. Mais como a BB parece ser uma boa academia, fica próxima ao meu novo apartamento, e além de outros detalhes, eu estou pensando me matricular lá até o fim da semana.

- Está fazendo uma boa escolha – Garanti – Você gosta de luta? Porque um dos professores de luta, eu só não sei qual, é muito bom. Ele até mesmo conseguiu me ensinar um golpe que não tinha como eu acertar a mim mesma.

- Você é tão desastrada assim? – Edward perguntou.

- Você não tem noção – Respondi – Sou terrível ao ponto de me machucar até abrindo uma gaveta.

- Não consigo acreditar, vou ter que ver – Ele respondeu, e então a pouca luz que ainda entrava pelo pára-brisa desapareceu, me fazendo perceber que havíamos chegado a rua do meu prédio.

A chuva lá fora deixava a visão turva, mas dava para perceber que não tinha ninguém ali, a não ser que estivesse escondido. Apontei meu prédio para Edward e ele parou bem a porta, se curvando sobre mim logo que desligou o carro.

Um pouco assustada, demorei para perceber que ele procurava algo no porta-luvas, e demorei mais ainda para perceber que ele tirara dois guarda-chuva do pequeno espaço onde tinha vários CD's.

Minha face com certeza formou uma enorme interrogação enquanto meus olhos se focavam nos objetos em suas mãos grandes e pálidas. Ele oferecia para mim, mas eu ainda estava muito curiosa para poder pegar.

- Um pra você e outro pra mim – Ele respondeu minha pergunta muda, resolvendo colocar em meu colo o guarda-chuva azul escuro, enquanto ele ficava com um preto – Você pode abrir a porta e eu levo sua filha para dentro, assim não corre o risco dela pegar chuva.

Antes que eu pudesse lhe responder ele já havia aberto sua porta e abria o guarda-chuva para poder se proteger da chuva.

Somente quando o vi atravessando a frente do carro que consegui reagir e me movimentar. Peguei o guarda-chuva, preparando-o para abrir assim que tivesse a porta aberta. Com a chave da porta da frente do prédio em minhas mãos, eu abri a porta do carro e sai o mais rápido que podia, não querendo molhar o acento de couro claro.

Foi muito rápido. Ao mesmo tempo que me preocupava em abrir a porta do prédio, eu dava atenção ao movimento carinhoso que Edward fazia ao carregar Emily até estarmos dentro do prédio.

- Obrigada – Agradeci quando estávamos todos protegidos da chuva – Me desculpe pelo o que lhe falei ao aceitar a carona, é que não é todo dia que alguém me ajuda no meio da rua e oferece carona, e estando com Emily eu fico um pouco acima de guarda.

- Compreendo, e devo concordar que você não deveria confiar em estranhos, confie em mim – Ele foi sarcástico nesse momento, dando um sorriso torto e uma piscada de tirar o coração.

Só naquele momento, com a luz florescente do hall pequeno e frio, eu conseguia ver a cor de seus cabelos castanhos dourados, e os olhos verdes escuros brilhantes. A barba que ele tinha era curta, e de alguma maneira era sexy, e o rosto parecia pertencer a uma daquelas revistas de estética para explicar como deveria ser um rosto perfeito. Logo que olhei seu corpo musculoso não exageradamente, conclui que talvez todo o seu corpo deveria ser usado em revistas de estética como modelo de perfeição.

- Vou confiar em você – Garanti sorrindo um pouco – Obrigada pela carona.

- De nada – Ele respondeu – Vejo você por ai, Isabella.

Algo em suas palavras pareciam bem seguras de que nos encontraríamos novamente.

- Então quando nos vermos por ai me chame de Bella, ou então não terá uma resposta.

- Vou lembrar disso – Ele respondeu, e logo depois de colocar Emily nos meu braços, ele fez um sinal para que eu subisse as escadas, parecendo convencido de não ir embora antes que eu desaparecesse de sua vista.

Fim do Capitulo.


O que acharam? De verdade, por favor...

Foto da Emy no meu perfil, eu espero que gostem.