Sumario: Durante uma batalha contra Grande Shimaron, quatro dos nossos heróis morrem. Dois anos depois eles retornam, porém, eles demorarão muitos anos para poderem retornar para Shin Makoku. O que acontecerá até lá? Que aventuras e desventuras nossos amigos enfrentarão?
Gênero: M
Rating: All
Pares: Yuuri/Wolfram, Draco/ Harry, Hermione/Ron, Gwendal/Aníssina
Obs:
1 – Na versão legendada Wolfram chama Yuuri de fracote enquanto que na versão dublada em inglês ele o chama de wimp, que quer dizer chorão, bebezão. Logo eu optei por usar a versão legendada.
Prólogo
As tropas estavam estacionadas na fronteira com Grande Shimaron. Uma leve chuva caía sem trégua. Era do tipo que podia durar dias sem parar. Os soldados, armados com suas espadas, e seus cavalos, esperavam por ordens de seus comandantes. A espera os estava matando de ansiedade. Os comandantes, porém, estavam em uma reunião com o rei de Pequena Shimaron, Saralegui, para tentarem ver uma maneira de vencerem, com o mínimo de casualidades possível. Era nessas horas que o rei de Shin Makoku, Yuuri Shibuya, se perguntava como a situação havia chegado a esse ponto. É claro que, logicamente, ele sabia, afinal ser raptado, NOVAMENTE, por eles não era brincadeira. Então, Gwendal, com o apoio de Saralegui, decidiram que não podiam mais tolerar isso. Um plano, então, foi armado.
O resgato foi rápido e eficiente, e Yuuri foi removido de Grande Shimaron, com o auxílio de Conrado, Wolfram e Yozak. Ao mesmo tempo que isso estava acontecendo, Gwendal reuniu as tropas em posições e esperou pelo retorno de seu rei, para então, lançar o contra-ataque, mesmo sabendo que isso era a última coisa que Yuuri poderia querer. Mas após três tentativa e dois sucessos sequestros, Gwendal teve o bastante. Ele não podia não fazer nada. Eles tinham que retalhar, Yuuri gostando ou não. Isso, afinal, era uma situação política muito delicada. Se eles não revidassem, Grande Shimaron iria continuar pensando que podiam fazer o que bem quisessem que não haveria consequências, passando uma imagem de que Shin Makoku era fraca. Pois nem proteger seu Rei eles eram capazes e isso Gwendal não podia permitir, pois isso iria incitar outros países a tentarem ataca-los sem pensar duas vezes.
Yuuri não queria admitir que eles estavam certo, pois isso seria admitir que ele esteve errado sobre como lidar com Grande Shimaron desde o começo. Ele queria muito que todos se entendessem, e não que saíssem matando uns aos outros. Esse era seu maior sonho para esse mundo, unir os humanos e os mazokus, para que todos vivessem em paz. Mas parecia que seu sonho nunca passaria de uma bela utopia. Com um suspiro resignado ele deu a ordem que determinaria seus futuros.
- Faça o que deve ser feito, Gwendal! – ele disse com uma dor no peito, sabendo que estaria mandando seus homens, seu povo para a morte, bem como seus próprios princípios, de que tudo poderia se resolver na base da conversa.
Gwendal não demorou mais que o necessário aceno de cabeça, confirmando a ordem, para partir da tenda, onde os reis e generais estavam alocados. Ele e Conrado partiram para passarem as ordens para os batalhões posicionados. Tudo se resolveria nas próximas horas. A questão era saber quem sairia vitorioso dessa carnificina, embora Yuuri pensassem que no fim todos sairiam era perdendo, visto que vidas seriam perdidas ali. Isso deixava um gosto amargo na boca, em pensar que podia existir pessoas tão gananciosas que colocavam as vidas de seu próprio povo em jogo, por poder. E isso Yuuri não conseguia entender. Vidas, afinal, eram preciosas, não importava se eram humanos, mestiços ou mazokus, todos eram seres vivos e como tal tinham direito a vida. Tão distraído Yuuri estava, olhando o mapa a sua frente, que a próxima coisa que ele se deu conta é que ele estava caído no chão, Wolfram a seu lado, ajudando-o a se levantar. Foi quando ele se deu conta que a batalha havia começado.
Yuuri, agora fora da tenda, olhava a cena a sua frente, uma mão em Morgif e a outra no seu medalhão. Eles estavam posicionados em uma área que dava visão completa do campo de batalha e ao mesmo temo, provia proteção contra os arqueiros inimigos. Do seu lado esquerdo estava Murata, olhando a batalha por uma luneta, a cara mais série que Yuuri já vira nele. Do lado direito estava Wolfram, o cenho franzido e o olhar mais concentrado que Yuuri já vira. Ao lado de Wolfram estava seu tutor/conselheiro Gunter, analisando cada movimento do inimigo. Era um pouco desconcertando ver seus amigos desse jeito, como soldados, pessoas que já viram violência antes e sabiam como lidar com isso.
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A verdade é que Yuuri seria capaz de tudo para que nada disso estivesse acontecendo, e que todos estivessem seguros e felizes. Ele deu um leve pulo quando sentiu uma mão em seu ombro. Virando para Wolfram ele viu um olhar indescritível. Outro que lhe preocupava muito era Wolfram. O relacionamento deles havia progredido consideravelmente nos últimos anos. E ele temia muito perder isso nessa batalha, que a seu ver era sem sentido. Wolfram havia se tornado uma pessoa insubstituível e ele não sabia o que faria se algo lhe acontecesse. O que fazia sua ansiedade com a situação piorar. E pensar que eles se odiaram quando se conheceram e por causa de uma discursão eles acabaram noivos. Tempos mais simples, quando as únicas coisas a serem feitas eram encontrar artefatos demoníacos espalhados em terras humanas. É, bons tempos. Agora tudo que os rodeava era morte e tristeza. Ele viu Wolfram olhando-o como se soubesse no que ele estava pensando.
- Vai dar tudo certo, fracote! – Wolfram disse com um simples sorriso.
- Não me chama disso! – Yuuri revidou, como sempre, com um leve sorriso também. Os dois, então, voltaram à atenção de volta para a batalha sabendo que em breve eles teriam que dela participar também. O que não demorou muito, na opinião de Yuuri.
Com um barulho que Yuuri podia jurar parecia um trompete, ele e os outros partiram com os demais soldados para o confronto que estava ocorrendo logo a frente. Ele não podia pensar muito no que lhe acontecia ao redor, uma vez que Morgif fora sacada, tamanha a brutalidade com a qual ele estava sendo atacado. Tudo se transformara em um enorme borrão e tudo o que ele podia fazer era se defender da melhor forma possível, e rezar para que tudo acabasse bem, embora lá no fundo ele mesmo duvidava de que iria sair dali vivo.
O que ele temia, então, aconteceu, ele fora lançado para fora de Ao, seu cavalo, por um golpe em suas costas. Ele, no entanto, se recusava a soltar Morgif, sabendo que os humanos adorariam por suas mãos nela. Ele ainda se lembrava do que Conrado e os outros disseram sobre Morgif ser um artefato de valor inestimável, mesmo que este fosse um artefato demoníaco. Ao olhar para trás ele viu apenas o brilho da ponta de uma espada, pronta para lhe decapitar. Mas no último segundo Wolfram interceptou o golpe, dando-lhe preciosos segundos para se recompor. No entanto ele não tinha tempo para agradecer, pois um novo inimigo o atacara. A partir daí tudo não passava de um borrão; adrenalina, gritos diversificados, o tilintar de espadas se chocando, medo, desespero, ansiedade, um maestro de emoções.
Em segundos tudo se tornou uma verdadeira confusão. Ele se desviava, abaixava, atacava e pulava, tentando fugir do aumento furioso dos ataques. Era como se todo o exercito inimigo estivesse se concentrando nele para desferir o golpe fatal, coisa meio difícil de se conseguir, cercado como estava pelos seus aliados. Wolfram, Murata, Gunter e até mesmo Dacascos estava lá cercando suas costas, enquanto ele atacava de frente seus inimigos. Eles formavam um pequeno círculo no meio daquela maré. Em um segundo, porém, os cinco se separaram, tentando dar conta dos inimigos que os atacavam ao mesmo tempo. Yuuri, de repente, viu-se só, cercado pelos inimigos. Ele tentava não deixar seu medo pelos outros impedi-lo de se defender. Um grito, porém, teve esse efeito. Ele virou-se na direção do mesmo só para ver o topo de uma cabeça loira desaparecer.
- WOLFRAAAMMMM! – ele gritou e sem pensar ele tentou alcançar Wolfram mas sem sucesso. Por mais que tentasse, mais difícil era. A voz de Gunter gritando "Protejam o rei! Protejam o rei!" era praticamente um sussurro, de tão alta era a cacofonia de sons que os cercavam.
Tudo o que se passava pela cabeça de Yuuri naquele momento, e que ele se lembraria pela eternidade, era o grito de dor de Wolfram enquanto este caia e desaparecia entre os soldados. Um puxão no seu pulso direito e ele foi salvo de ser perfurado pela espada inimiga. Mas ele não tinha tempo de virar e ver quem o salvara, ele continuou na direção que ele vira Wolfram desaparecer. Quando ele finalmente o alcançou, Yuuri o virou e viu que Wolfram estava com os olhos vidrados e sem vida. Mesmo assim, ele não estava conseguindo entender o que estava acontecendo com seu noivo. Por que ele não dizia nada, não reclamava, não o chamava de fracote, como sempre fazia.
- Wolfram? – medo começou a tomar conta do coração de Yuuri. Ele começou a chacoalhar o noivo, mas sem sucesso, ele continuava imóvel e sem vida. A única coisa que ele podia fazer era gritar, gritar e gritar o nome dele, enquanto a dor o dominava e ele perdia os sentidos.
O que Yuuri não se dera conta é que ele não havia perdido os sentidos, mas sim a vida. Enquanto gritava um inimigo se aproveitou da abertura e desferiu o golpe final, decapitando o rei de Shin Makoku, Yuuri Shibuya. Outra coisa que só seria descoberta depois que a confusão acabara era que o rei e Wolfram não haviam sido os únicos, da realeza, que foram mortos. Murata e Conrado também estavam entre eles. E tudo o que Gwendal pensava era como prosseguir dali em diante sem dois dos seus irmãos, o Grande Sábio e o Rei. O que, agora, seria de Shin Makoku sem seu líder? Sem seu conselheiro mais experiente? E ele sem seus dois irmãos caçulas. E como ele daria a notícia para sua mãe e Greta? Eram perguntas que Gwendal honestamente não tinha a mínima ideia da resposta. Mas aparentemente tudo isso parecia estar apenas começando.
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I LOVE WHEN WOLFRAM AND YUURI FIGHT AND THEY SAY:
WOLFRAM: YOU WIMP!
YUURI: DON'T CALL ME THAT!
YUURI ALWAYS MISS IT WHEN WOLFRAM DON'T CALL HIM WIMP. (*GRIM*)
