Prólogo

"Não esqueço nunca.

Mas há poucas coisas de que eu me lembre desde que você partiu."

- Vanessa, se você me mandar fazer respiração cachorrinho de novo, eu juro que quando eu chegar em casa eu vou te dar um soco com o gesso que eu vou por agora. É sério.

- Mãe, já te falei o quanto você é gentil? - ela falou, me fazendo rir. Vi Tom vindo na minha direção.

- Nessie, vou desligar. O enfermeiro tá chegando.

- É aquele que é gatinho? - ouvi antes de desligar. Segurei uma risada. Nessie era um perigo.

- Bom dia, Isa! Você de novo por aqui! - Tom sorriu pra mim enquanto pegava a gaze.

- Pois é... - suspirei, sem ter muito o que dizer realmente.

- Então... - ele falou, depois de um tempo enquanto grudava os pedaços de gesso por cima da gaze no meu braço - Como a Nessie anda? Vai bem?

Não conseguir resistir, soltando uma risadinha. Como eu disse, Nessie não perde uma.

- Vai muito bem. - falei, fingindo indiferença.

- Ela falou algo sobre... sei lá, assim... flores e tal...

Gargalhei, adorando ver Tom corar.

Foi um sentimento que poderia ser comparado à vingança, afinal, sempre que Tom me chamava de "quarentona bonitona" eu acabava por ganhar uma cor escarlate bem definida. Eu adorava aquele garoto.

- Não acha que é muito velho pra ela, Tom? – provoquei, fingindo seriedade. Thomas me deu língua.

- Nem vem que não tem, Isa! O John é 12 anos mais velho que você que eu sei.

Revirei os olhos.

- De qualquer modo, não vou me intrometer na vida pessoal da minha filha, Tom.

Ele bufou, agora me encarando.

- Isa... – falou, como se eu fosse algum tipo de retardada - Eu sei muito bem que vocês falam tudo uma pra outra.

- Talvez. Mas isso não significa que eu vou ficar dando detalhes pessoais da Nessie pra você. - falei suave. Tom fez aquela carinha de cachorro abandonado que eu tanto odiava, acendendo aquele sentimento que eu detestava ter. Me lembrava uma certa baixinha de cabelos espetados. Minha respiração descompassou por um segundo, mas eu me segurei.

Derrotada, eu suspirei dramaticamente.

- Abre a minha bolsa e pegue no meu celular o número dela, Tom.

- Yey! - ele falou feito uma criança. Quase o pude ver dando pulinhos. Quando terminou de fazer meu gesso, deu aquele sorriso amarelo que eu sabia que não significava coisa boa.

- Bonitona, - começou, me fazendo abaixar a cabeça pra esconder meu rosto corado entre os cabelos - Eu não preciso nem repetir as precauções, certo? Não molhar o gesso, não mexer muito o braço... Enfim, acho que você já decorou.

Segurei o impulso de lhe dar língua.

- Vai logo pegar o número do celular da Vanessa e não me amole, Tom.

E como um jato ele estava revirando minha bolsa, procurando meu telefone.

Fechei os olhos, cansada. Só de pensar que eu ainda tinha que preparar o jantar com esse gesso...

Mas eu bem que não podia reclamar da minha vida agora. Meu peito latejou ao lembrar-se do estado deplorável que John me encontrou.

Como ele podia ter pensado em gostar de mim, em primeiro lugar?

Eu estava tão quebrada... ele foi minha luz no fim do túnel.

E eu agradeço todos os dias por tê-lo ao meu lado. John Morris não é o grande amor que toda garotinha sonha em ter, mas eu sabia que eu o amava, de verdade.

Sorri ao perceber que ele tinha sido meu príncipe do cavalo branco, me salvando da prisão da torre da madrasta má. Mas nesse caso a 'prisão da torre da madrasta má', eram meus sentimentos e lembranças que me sufocavam.

- Isa, você ouviu alguma coisa do que eu falei?

- Oh, não. Desculpe, Tom. Estava presa aqui nos meus pensamentos. Pode repetir?

- Pensamentos pecaminosos dentro de um hospital? Tsc, tsc. - ele falou, me fazendo ficar vermelha.

- Você sabe muito bem que...

- Tá, tá. - ele me cortou. Deus, eu estava dando muita intimidade pra esse garoto. - Enfim, você soube da família bem bizarra que chegou a cidade ontem?

Arqueei a sobrancelha.

- Não... - murmurei. Essa Nessie iria adorar saber. - Fale mais.

- Então... eles são sete. Pelo o que eu vi, os pais são bem jovens para terem todos aqueles filhos adolescentes - meu coração pulou dentro do peito. - Eles são muito... cara, não tem palavras para descrevê-los. A mãe é... maravilhosa. E as filhas... são lindíssimas, e pelo que eu entendi estão todas comprometidas. É, eu sei, um saco. - Thomas soltou um muxoxo. Me senti empalidecer - Já dos caras, pelo visto só um deles está solteiro. - meu coração falhou uma batida. - O pai deles é médico, sabia? Já está de plantão. E... - o cortei.

- Aq-aqui? Agora? - consegui sussurrar.

- É, né! - ele então me encarou. - Isa? Isa, seus lábios estão roxos!

- E-eu... - me senti gotejar. Passei minha mão trêmula na testa. - E-eu preci-ciso sair daqui-i, Tom, ago... agora.

- Eu não vou te deixar sair daqui desse jeito, de maneira alguma, Isa! - falou, segurando meu braço.

- TOM! EU PRECISO SAIR DAQUI! - berrei, tremendo dos pés à cabeça.

- Isa! – ele berrou antes de eu cair no chão. Minha última imagem antes de apagar, foi a de um homem loiro e extremamente pálido, que atravessava a porta aberta do meu quarto, correndo...

Em minha direção.

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N/a: Palavras de Betina Black - "Mari, você vai ter que me deixar betar essa fic. E eu não aceito um não como resposta!". Depois dessa a gente até se sente confiante né? ASIOHSIOHASIOSAH XD

E até que pra um prólogo foi grandizinho, hãh? :D

Mas eaí, o que acharam da minha nova loucura? *u*

Como vocês podem perceber, a Bella é feliz. E antes que perguntem se a Nessie é filha do Edward eu já falo que NÃO. Tanto que o nome da menina é Vanessa. Ela é filha de John Morris, marido da Bella. Também perceberam que chamam ela de Isa, né? :)

Agora, um aviso muito importante – eu estou com algumas amigas que tiveram suas fics plagiadas aqui no Twilightfics para outras comunidades de fanfics e vice-versa. Eu já venho alertar meu pai é advogado especialista em quebra de direitos autorais. Portanto, se algum espertinho/espertinha pegar alguma obra minha sem AUTORIZAÇÃO, pode se considerar pronto para ser processado. Lembrem que todos os computadores tem IP's, e até EU sei como localizar um. Só avisando.

Enfim, COMENTEM E VOTEM que o capítulo 1 já tá prontoo! :D

Mil beijemmets,

mari.

N/b: O que dizer? Sou a beta *joga o cabelo*

Vou ler primeiro que todo mundo. (Sim, eu gosto de fazer inveja ás vezes...)

Não preciso nem dizer que o prólogo está um máximo e que a fic vai ser estupenda, isso é mais claro que água :D

Essa daqui é, com certeza, o meu bebê adotivo. *-*

E se algum filho duma mãe ousar copiar, vai ter que se ver com a minha mãe, que é juíza, dica. Eu já fui plagiada uma vez, e garanto que quem fez isso comigo se arrepende até hoje. OUTRA dica ;]

Mordidas geladas,

Betina (é claro que a Black... XD)