Olá!
Bem, além de viciada em animes e mangás, colecionadora de miniaturas e estátuas de Sailor Moon eu sou muito fã de games, principalmente RPGs como Ib, The Witch's House, Mad Father, dentre (tantos) outros... Inspirada pelas obras de autoria de Guertena escrevi essa short fic. "Weiss" é sobrenome germânico, então inspirada nisso dei ao artista inexplorado no jogo origem austríaca, tal como sua amada Edelina (O.C.), a musa dos quadros. Qualquer dúvida estou à disposição!
Boa leitura!
Parte I
Ele a viu caminhar até um banco de pedra mal esculpida, sentando-se com um livro surrado em mãos. Weiss gostava de observar a doce Edelina lendo, tão compenetrada em seu mundo particular de fábulas e versos. Seu vestido amarelo e desbotado era visivelmente simples, mas costurado com esmero, feito por ela própria que usava de suas habilidades na costura para ajudar os pais em casa. Sua pele não era tão pálida quanto à das outras damas de Viena, sendo levemente bronzeada e combinavam perfeitamente com os intensos olhos castanhos, do mesmo tom de seus longos cabelos ondulados, sempre presos à nuca por uma fita de cetim envelhecida. Por trás de sua janela ele conseguia até mesmo desejar sair de seu domínio particular, seu ateliê, se expor àquele mundo estragado apenas para se aproximar dela, conferir se sua pele era tão quente quando aparentava sua personalidade tão acolhedora quanto um pedaço de sol que ela parecia.
Com uma tela em branco pega às pressas, suas mãos se agitaram, traços foram rabiscados sobre sua superfície irregular, pinceladas garantindo o contorno. Edelina notou ao acaso ser a musa inspiradora daquele exótico artista, o homem de emaranhados cabelos loiros e brilhantes olhos azuis. Corou e sorriu tímida enquanto levantava os olhos para ele, que deixou o pincel pender no ar quando notou os olhares se cruzarem. Ela riu e saiu correndo envergonhada, quase tropeçando duas vezes, rindo-se de sua própria estupidez, o coração palpitando acelerado com a perspectiva do primeiro amor.
Weiss sorriu discretamente, admirando os traços de sua amada. Varou a noite e boa parte da manhã pintando e só parou quando julgou a obra pronta, o olhar da jovem dama de amarelo tão real quanto o verdadeiro. Sorriu em devoção à sua musa e com cuidado assinou no canto do quadro:
"Guertena, 1875"
Sorriu ainda mais. De certa forma seu nome ali era o lembrete de que ela era sua, não a obra, mas a modelo. Colocou-o de frente para a janela e aguardou oculto pelas cortinas que ela aparecesse e visse emocionada sua muda declaração de amor.
Só não sabia que mais uma pessoa também a via dessa forma.
