Após 1300 anos de ter desaparecido (por causa da escola que não me deixa tempo para mais nada) resolvi voltar com uma nova fic! Peço desculpa a todos os fantásticos escritores e amigos que tenho negligenciado e prometo que irei comentar as suas fics o mais depressa possível, espero apenas que não me odeiem nem ressintam nenhum sentimento menos bom contra mim. Obrigado! Ah e tive de mudar de nick e abrir uma nova conta que a minha antiga não estava a dar...deve ser por ter passado tanto tempo fora! a partir de agora a continuação das minhas antigas fics vêm desta conta! Contem com as minhas reviews para as vossas fics a partir de dia 23! Beijos para todos!

Tempo de Mudança

Capítulo 1. - Uma vida Incompleta

"Please, please forgive me
But I won't be home again
Maybe someday you'll look up
and barely conscious you'll say to no one
isn't something missing

you won't cry for my absence, I know
you forgot me long ago
Am I that unimportant?
Am I so insignificant?
Isn't someone missing me?

Even though I'm the sacrifice
You won't try for me, not now
Though I'd die to know you loved me
I'm all alone
Isn't someone missing me?

Please, please forgive me
But I won't be home again
I know what you do to yourself
I breathe deep and cry out
Isn't something missing

Even though I'm the sacrifice
You won't try for me, not now
Though I'd die to know you loved me
I'm all alone
Isn't someone missing me"

Cloe cantava com toda a sua alma e paixão. Descobriu que tinha jeito para a música e "Missing" era a sua preferida mas por outro lado era a balada que a fazia sentir-se no fundo de um poço coberto, por onde apenas via um fio de luz desejando rastejar para fora dali. Toda a sua vida era uma mentira. Tudo devido a uma antiga paixão que ainda a consumia todas as noites quando fechava os olhos e sonhava com o rosto dele. Tornou-se fria e mesquinha, não nutria qualquer compaixão por nenhum ser vivo. Tudo aquilo que antes a fazia sorrir, agora era apenas motivo para amaldiçoar a vida e maltratar os outros. Tinha apenas 23 anos mas já parecia a bruxa de um conto de fadas, que infernizava a vida à personagem principal.

Saiu do palco, suada, devido aos saltos e corridas que tinham dado lugar no palco onde ela se tornava outra e era adorada por todos. Sentou-se num banco e bebericou uma pequena gota de água duma garrafa. Ela era uma jovem loira, de cabelos abaixo dos ombros, olhos azuis exageradamente maquiados em tons de azul e roxo, lábios rosados e tez pálida. Era alta mas era bem definida, apresentando umas belas curvas.

Levantou-se e dirigiu-se para o hotel. Despiu o seu corpete azul e a sua saia preta. Deitou-se na cama e olhando para o tecto murmurou:

" Mais uma noite que passo sem me esquecer de ti"

Era tudo o que ela tinha dele. Uma lembrança.

Levantou-se e dirigiu-se a uma cómoda cor de wengue, donde retirou uma camisa de dormir branca. Vestiu-a e deitou-se, adormecendo.

- Dona Cloe. Hoje tem uma entrevista para a revista Blender

-Não lhe perguntei nada! - Suspiro – Mais uma noite, mais um sonho doloroso e uma pontada no coração – diz para si mesma.

Ao pôr-se de pé, nota que o dia está extremamente solarengo.

- Porque é que os dias não combinam com o meu estado de espírito?

Ao vestir-se, olha de relance para umas cartas de alguns fãs que se encontram por cima da sua mesa-de-cabeceira.

- Helen!

- Sim, senhora?

-Poderia responder aquelas cartas por mim se fazia o favor? Não estou com paciência para ouvir as lamurias desses toscos que me enriquecem estupidamente!

- Claro, menina Cloe!

A jovem cantora sai do quarto de hotel e dirige-se para uma limusina preta de vidros esfumados onde um homem de cor, com um corpo alto e trabalhado a aguarda.

-Para a sede da revista Blender, Johnathan!

- Sim senhora!

Ao chegar, entra num cubículo de 2m quadrados. O tempo passa a correr e Cloe apenas pensa em sair dali, pois sente-se frustrada e sozinha. "Se ao menos te voltasse a ver" pensa para consigo. " Tenho tudo o que posso desejar, uma fortuna, uma carreira magnífica, fama, prémios…mas algo falta em mim e tudo aquilo com que sonho, que imagino acontecer todos os dias é apenas voltar a ver-te nem que seja a distância"

- Cloe…está me a ouvir?

-Eu tenho de ir! Esta maldita entrevista tem de ficar para outro dia!

-Mas…e a entrevista?

- Fica para outra altura!

Ela saiu do edifício, e correu em direcção a lugar algum. Apenas queria ficar sozinha, onde ninguém a odiasse. Correu em direcção a um parque. Estava deserto. Cloe sentou-se num banco e cantou baixinho:

"Can you notice my feelings for you?

Will we be together?

Now and forever?

I don't think so

We do not belong

For I am not the one"

- Porque me continuas a atormentar após tantos anos?

Uma lágrima cai no chão, à medida que Cloe se levanta do banco e se dirige a um rio, que se encontrava perto de um grande carvalho. Pega num pequeno seixo, e joga-o à água. Sua raiva estava a aumentar. Já tinha recorrido a psicólogos, comprimidos, hipnose e outros métodos para controlar a sua raiva, mas nada resultava! Nem sempre tinha sido assim, pensou. Já tinha sido alguém muito amado e aclamada que só pensava em paz e nos direitos humanos e animais, e agora, agora até batia com um telefone na cabeça das empregadas. Como é que alguém poderia mudar assim tanto? Nada o justificava!

Caminhou mais um pouco até uma banca de gelados. Um casal acabava de comprar dois gelados, e pareciam felizes. Ela sorriu, e pensou que um dia tinha feito o mesmo com o detentor do seu coração. Foi o gelado que lhe soube melhor e desde o dia em que o perdeu, que mais nenhum outro lhe soube bem. Comprou um gelado de morango e agradeceu ao vendedor. Era estranho! Apenas aquela imagem de um casal enamorado a tinha deixado estranhamente feliz. Deu por si a sorrir abertamente e a contemplar o parque como nunca antes. Bem já que não podia voltar a tê-lo, poderia ao menos seguir em frente e encontrar alguém que a amasse e nunca a deixasse!

- SIM! – Exclamou – Vou escrever uma música de adeus e vou seguir em frente! Vou abrir uma nova página no meu livro e vou começar a escrever um novo capítulo!

Lambeu o gelado com ganância, e serpenteou, feliz em direcção a saída do parque. Poderia ser que a sua nuvem negra se tivesse dissipado, pensou, enquanto entrava de novo na limusina. Dirigiu-se ao hotel para vestir uma outra roupa. Tinha uma importante festa essa noite, onde apenas os mais ilustres iriam atender. Entrou no quarto com rapidez e pegou num vestido até aos pés, de cor preta embrulhado num plástico e colocou-o sobre o seu corpo. A sua maquiadora e cabeleireira estava pronta para a por linda e charmosa (não que ela já não fosse mas a maquiagem faz maravilhas). O seu cabelo estava preso por uns ganchos transparentes e muita laca e a sua face pálida estava agora rosada. Os seus lábios rosados estavam agora cor de carmim e os seus olhos estavam compostos por lápis negro e uma sombra cinzenta. A noite caiu e estava na hora de ir para o baile da Cinderella.

-"Pode ser que encontre o meu príncipe encantado" – pensou

Desceu para a limusina e ao chegar a festa, os presentes encantaram-se com a sua beleza. Maior parte deles tinha idade para serem seus avós. O seu sorriso desvaneceu-se mas manteve um ar contente e delicado. Á medida que os altos empresários e os cantores já reformados lhe beijavam a mão coberta por uma luva, Cloe procurava por alguém com quem conversar. Decerto que haveria alguém da idade dela e que partilhasse interesses em comum. Num canto da sala avistou alguém com menos de 60 anos. Dirigiu-se rapidamente para lá e reparou que dois homens e uma mulher se encontravam alegremente a conversar. Um tinha cabelos castanhos um pouco acima dos ombros, era difícil notar a cor dos olhos mas era bem constituído fisicamente. A mulher era linda. Tinha olhos verdes, cabelos loiros, era magra e esguia e tinha um sorriso de fazer inveja. O terceiro acompanhante, Cloe não conseguia ver bem, por isso tentou aproximar-se mais para que os 3 notassem nela. Ao chegar perto notou que o terceiro elemento do trio lhe era familiar.

- Posso ajuda-la? - Perguntou o rapaz de cabelos morenos.

- Não obrigado – replicou

- Mas que bela donzela de goela aberta! – os outros dois riram – você não é aquela cantora de rock….a Cloe? È isso não é?

- Sou!

O terceiro elemento parou de rir, olhou bem para a rapariga e aproximando-se perguntou:

- Cloe?

Cloe olhou para ele. Agora já o via perfeitamente e sabia quem ele era. Ele era o presidente e dono de uma das maiores redes de empresas do mundo. Era o homem mais rico do planeta, o solteiro mais cobiçado, o humano mais sexy e uma pessoa que ela conhecia bastante bem.

- Kai! O que estás aqui a fazer? - Disse indelicadamente.

-Esta festa foi organizada por mim! O que estás TU aqui a fazer?

- Fui convidada! Mas já me estava a ir embora!

Cloe sai de perto dos três amigos e corre para a porta. Andou anos a pensar nele e nunca o tinha visto e quando finalmente estava pronta a esquecê-lo de vez, ele aparece e como uma rosa com espinhos, magoa e fere e ela estava de novo dentro do poço de onde queria sair.

Kai correu atrás dela e à porta agarra-a pelo braço e virando-a para si.

- Não precisas de partir!

-Preciso sim! – Responde a gritar.

- Calma! Porque estás tão nervosa?

Ela olhou para ele e apeteceu-lhe bater-lhe. Apenas não o fez pois a rapariga de olhos verdes apareceu.

-Está tudo bem querido?

-Querido? - Perguntou Cloe curiosa.

- Ela é a minha noiva!

- Noiva? Quero o meu medalhão - replicou a rapariga, ferida de morte pela noticia do noivado de Kai.

- Ok! Vem ter comigo amanhã a minha casa! Tenho lá o teu medalhão.

-Não sei a tua morada!

Kai escreve num papel a sua morada e enfia-o na mão de Cloe, fechando a com cuidado.

-Amanhã dou-te o teu medalhão!

- Nem penses que vou descer tão baixo ao ponto de ir a tua casa!

Cloe entra na limusina e pede a Johnathan para acelerar e a levar depressa para casa. Ela não era pessoa de chorar em público por isso iria esperar até chegar a casa e derramar as lágrimas na sua fiel companheira de sonhos.

Kai, olhava tristemente para o carro que se afastava enquanto a sua noiva o abraçava.

-Quem era aquela, querido?

- Uma amiga de há muitos anos atrás! – Suspira -Vamos para dentro!

O que acharam deste primeiro capítulo? Já estou enferrujada, há tanto tempo que não escrevo histórias. Bem mandem reviews e mais uma vez peço desculpa a todos os que tenho "esquecido"( vocês não estão esquecidos) e prometo que mando reviews às vossas fics o mais rápido possível!