É uma outra fic crossover só que dessa vez eu misturei um livro com um anime, como não sabia a onde colocar resolvi deixar como uma fanfic de A Mediadora mesmo já que a narradora é a Suzannah.
A Mediadora é uma série de livros da Meg Cabot e Katekyou Hitman Reborn é um mangá de Amano Akira.
Há algum tempo nos mudamos para um país de uma cultura muito diferente da que eu vivia lá em Nova York ou até mesmo na Califórnia, era um país da Ásia, o tão milenar Japão. Realmente era muito estranho, nos mudar de novo, justamente quando já havia me adaptado a Califórnia e ao colégio da missão, e não só eu, claro, mas Dunga, Soneca e Mestre também teriam que se adaptar de algum jeito a uma vida bem diferente e deixar para trás muitos colegas e amigos. Mas o que podíamos fazer? A situação estava apertada para o lado do Andy e ele precisou urgentemente se mudar pra o Japão, e a minha mãe também não teve opção, não poderia cuidar sozinha de tantas crianças.
Todos nós tivemos que começar a aprender o japonês um ano antes de nos mudarmos, é uma língua tão gozada e diferente que no começo não conseguia me adaptar, o Mestre tirou de letra o idioma com grande facilidade, disse que já havia lido bastante sobre diversos idiomas, suas diferenças e semelhanças em estrutura de frase. Era algo muito complicado, mas tínhamos que aprender. Ao final de um ano nos mudamos, vinte horas de viagem, o que dava dois dias no fuso horário, seria uma viagem cansativa, partimos de dia e chegamos de dia, o difícil seria agüentar tal mudança de horário, o Mestre disse que demoraria em média uma semana até virar rotina. Durante a viagem inteira, como era de se esperar, Soneca caiu no sono rapidamente, Mestre estava distraído pesquisando algo no laptop e Dunga estava escutando musica com um discman. Parte da viagem eu também fiquei escutando musica e observando a paisagem, se é que há paisagem além de nuvens durante uma viagem de avião, apenas pensando em como seria começar de novo...
O que mais me deixava curiosa e preocupada era como seriam os fantasmas orientais, não que houvesse diferença entre os do ocidente, pois fantasma é a mesma coisa em qualquer parte do mundo, mas eu li uma vez que há algo peculiar nos do oriente, principalmente do Japão. Á parte os fantasmas de filmes de terror nipônicos, o modo de agir e principalmente o motivo de estarem ainda vagando por ai devia ser bem diferente. Bem deixando isso um pouco de lado por que provavelmente eu iria ver muito mais do que estou acostumada lá nos EUA, nós já estávamos desembarcando no aeroporto de tokyo, era um lugar cheio de gente, pessoas correndo de um lado para o outro, outras sentadas nos bancos esperando, filas enormes para pegar passagem pra o próximo vôo, eu me sentia como se estivesse de volta à Nova York, com um detalhe de diferente, eram todos, senão a maioria de olhos puxados e rostos redondos.
Qual seria a nossa primeira parada no Japão? Bem, Andy e mamãe já haviam preparado tudo com antecedência e já haviam comprado um pequeno sobrado em um bairro calmo, o bairro de Namimori, a escola ficava perto também então dava para ir a pé segundo Andy, e ela possuía o mesmo nome do bairro Namimori High School.
- O sobrado não é como a casa lá na Califórnia, mas é bem aconchegante e o bairro é bem tranqüilo também.
Disse Andy enquanto nos guiava até a saída do aeroporto mantendo todos juntos para que não nos perdêssemos na multidão.
Assim que saímos do aeroporto vimos uma cidade cheia de prédios, muitas pessoas andando com pressa pelas ruas, cartazes luminosos que deviam ser ligados a noite e claro, muitas, mas muitas lojas. Era uma cidade muito semelhante à Nova York em todos os pontos, uma grande metrópole. Andy logo chamou um taxi e assim que ele chegou Soneca e Dunga começaram a ajudar colocando as bagagens no porta-malas do carro. Tivemos que apertar atrás, Andy foi na frente com o taxista, eu fiquei espremida como sempre entre Dunga e Soneca, e o Mestre teve que ir no colo da mamãe pois senão não caberia. Esse sufoco no carro durou uma meia hora até chegarmos a Namimori, era estranho ver uma mudança de paisagem tão radical assim, da grande metrópole para um bairro que só tinha sobrados e umas casas pequenas, parecia muito tranqüilo mesmo. Bem seria uma grande ilusão minha dizer isso sem antes conhecer os nossos vizinhos, o que seria uma grande surpresa que ainda me esperava. Após alguns minutos havíamos chegado a nossa nova casa, realmente era um sobrado simples, mas parecia agradável, e para minha sorte era novo e devia ter sido construído há uns três anos.
-Bem, chegamos, o nosso novo lar será este.
Assim que entramos em casa, distraída com o aspecto diferente das casas ocidentais, fui logo alertada sem perceber que tinha esquecido de tirar os sapatos. Na entrada da casa havia um degrau que separava o local de entrada para guardar os sapatos, tínhamos que andar pela casa de meia! Realmente seria difícil me acostumar aos costumes orientais, mas até que a idéia não era nada mal.
O meu quarto ficava no andar de cima, não era uma suíte como na Califórnia, mas não era tão ruim, e como queriam receber a gente muito bem trataram de arrumar os quartos ao gosto de cada um.
Como era domingo teríamos que ir a aula no dia seguinte, mamãe e Andy já haviam explicado para gente como era uma escola no Japão e que até no ensino médio as pessoas usam uniforme, o que era uma pena. O uniforme daquela escola até que não era tão ruim, os uniformes femininos eram estilo Sailor Fuku como são chamados, uniformes de marinheira, e não eram tão exagerados como se costuma ver em outras escolas. O caminho do sobrado até a escola era curto então se podia ir a pé. Estava tudo calmo, eu coloquei o meu despertador para tocar às seis e meia pois o sinal da escola só batia as oito, mas para a minha surpresa o que me despertou minutos antes do meu despertador foi à casa vizinha. Parecia que tinha acontecido algo lá pois se escutavam vários gritos, logo cedo? Isso era suspeito e muito estranho.
- Suze! O café já está pronto só falta você!
Gritou minha mãe lá da cozinha.
-Tá! Já to descendo!
Eu coloquei a saia do meu uniforme, peguei a minha mochila e logo desci em direção à cozinha. O café-da-manhã também foi uma surpresa, gohan e guioza! Que tipo de café da manhã era aquele? E tínhamos de comer tudo com hashi! Até parecia refeição naqueles restaurantes chiques orientais, mas quando a mamãe havia aprendido a cozinhar guioza e gohan? Bem acho que aquilo não importava muito, mas acho que a minha mãe, e não só ela, notou a minha feição surpresa assim que vi tudo àquilo na minha frente.
- O que foi Suze? Eu sei que é estranho pois é uma refeição um tanto quanto diferente da que estamos acostumados, mas tenho certeza que logo nos acostumaremos a esse estilo de vida.
Disse mamãe tentando me fazer sentir melhor.
Eu concordei e logo comecei a comer. Logo após a refeição colocamos os sapatos que estavam na entrada e nos dirigimos a caminho da escola, nesse mesmo tempo um garoto da casa vizinha também tinha saído e vestia o uniforme da mesma escola, eu acabei me distraindo quando o vi e Dunga, Mestre e Soneca acabaram seguindo sem mim, eu não sabia bem o caminho da escola mas isso não ia ser problema, era só eu discretamente seguir o garoto. Ele tinha uma aparência serena e parecia ser uma pessoa boa, o cabelo dele era bem diferente, castanho, volumoso e espetado, nunca havia visto alguém assim, pelo visto ele não devia fazer sucesso com as garotas.
- Yo! Tsuna!
Atrás de mim gritou um garoto que vinha em direção aquele outro que estava na minha frente, então o garoto com o cabelo estranho se chamava Tsuna. O outro era alto e tinha o cabelo curto preto, uma fisionomia bem japonesa, ele devia ser do clube esportivo de beisebol pois carregava um taco nas costas junto com a mochila. Mas como um garoto como Tsuna era amigo de alguém que devia ter uma popularidade incrível, principalmente entre as garotas? Se fosse nas escolas de Nova York ou até mesmo na Califórnia não caberia um esportista ficar no mesmo grupo de alguém que aparentava ser um fracassado total, não que Tsuna fosse assim, talvez ele até se encaixasse na turma dos nerds assim como Mestre.
Eu fiquei observando bem discretamente durante o percurso até a escola os dois conversando tão amigavelmente, e fiquei pensando se seria uma boa idéia me apresentar, não pareciam mesmo serem más pessoas, e talvez eu até fizesse amigos no meu primeiro dia, mamãe ia ficar feliz com certeza. Foi então que comecei a me aproximar, porém algo me pegou de surpresa por trás, foi uma sensação estranha como se tivesse...Sim, algum espírito rondando aquele garoto! Era algo de se esperar de espíritos orientais, eles sempre são ligados por algo que os prende a esse mundo, assim fica mais fácil reconhecer como ajudá-los a descansar em paz.
-Uwaa!! O- o que!?
Foi logo a minha reação me forçando a olhar para trás, e lá estava o fantasma, para a minha sorte Tsuna e o outro garoto não perceberam a minha presença, também acho que nem gritei tão alto a ponto de notarem. O fantasma tinha uma expressão de poucos amigos, era uma cara séria que dava medo, ele tinha o uniforme da escola então devia estudar lá, e parecia ser mestiço de japonês e italiano, o cabelo era de um tom prata lindo de estatura média, tinha uns olhos de tom esmeralda muito lindos também, ele parecia ser do segundo ano do colegial, resumindo era um fantasma muito lindo.
- O que você pretendia fazer com o Juudaime!?
Exclamou bem irritado, ele parecia não estar nem um pouco ligando se conseguia o ver ou não, o que mais lhe importava era esse tal de Juudaime.
-Olha só, primeiro, eu nem sei quem é esse tal de Juudaime, e segundo, não estou com paciência de aturar esse tipo de comportamento.
Respondi descaradamente, acho que devia tê-lo irritado mais ainda.
-Guh- Eu vi que você estava se aproximando do Juudaime! Se tentar algo com ele eu te explodo e mando para os ares!
Logo após dizer isso ele tirou do bolso um monte de dinamites que se acenderam do nada! Devia ser mais um poder que desconhecia dos fantasmas, pirotécnica!
-Calma! Esse Juudaime que você fala é o tal do Tsuna, Não é?
-Sim.
Respondeu guardando as dinamites apagadas.
- Eu não ia fazer nada a ele, eu só estava querendo me apresentar, sabe, eu sou nova na cidade e na escola, é o meu primeiro dia de aula.
Eu tentei ser o mais clara possível, e pareceu que o fantasma entendeu, ele fez uma cara de pouco caso desviando o olhar e se acalmando.
- Tá, se diz, não vou discutir...
Então ele foi embora sem ao menos dizer o seu nome, ele pareceu bem triste depois. Por que será que ele chamava aquele garoto de Juudaime e era tão insistente que eu não ousasse fazer nada a ele?
Bem, deixando esse caso à parte, eu resolvi então me apresentar, nem sabia como ou o que dizer primeiro, desconhecia completamente os costumes japoneses, mesmo assim segui em frente.
-Com licença, eu sou nova na escola e acabei me distanciando dos meus meio-irmãos, e como vi que são da mesma escola será que poderiam mostrá-la para mim?
Os dois pararam e viraram-se para mim, eu achei que não devia ter dito aquilo por um momento pela expressão do rosto do cara jogador de beisebol, mas acho que devia ter sido impressão minha por que depois ele começou a rir amigavelmente.
-Claro! Qual o seu nome? Eu me chamo Yamamoto Takeshi... - Ele parou um pouco e olhou para o Tsuna depois se voltou para mim. Esse aqui é o Tsunayoshi Sawada.
Disse apresentando para mim o Tsuna que parecia ser bem tímido
-Ah, mas pode me chamar de Tsuna, você é estrangeira não é?
É talvez fosse esse o fato de terem estranhado no início, mas até que eu fui bem recebida, será que seria a mesma coisa na sala de aula?
-Sim, me chamo Suzannah Simon, prazer. – Reverenciei.
Eles me acompanharam até a escola. Era uma escola bem grande, e o tipo de escola japonesa que se costuma ver nos quadrinhos. Eu fui ver em qual turma havia ficado pois as turmas eram separadas até o D, e para o meu espanto era a mesma turma do Tsuna e do Takeshi! Era estranho, mas parecia que havia vaga apenas naquela turma, e eu já suspeitava o motivo. É, o mesmo motivo pelo qual havia vaga na turma na qual eu entrei quando me mudei para a Califórnia, no caso do colégio da missão era a Heather, e pelo jeito nesse de agora devia ter sido o fantasma que rondava o Tsuna.
Logo que entramos na sala de aula o sinal tocou, como era nova não sabia exatamente onde me sentar e provavelmente teria que esperar o professor e me apresentar para a turma inteira.O professor logo entrou e pediu para que eu subisse no tablado.
-Por favor poderia se apresentar para a classe.
Pediu o professor, ele parecia ser um cara calmo, acho que as aulas dele não deviam ser tão ruins, pelo menos foi a minha primeira impressão.
- Me chamo Suzannah Simon e vim dos Estados Unidos, Califórnia, muito prazer.
As pessoas começaram a me olhar com cara de espanto, ou talvez curiosidade. Devia ser algo bastante raro estrangeiros naquela terra. Após eu ter me apresentado sentei na única carteira vazia, com um pouco de receio, afinal, devia ser lá que o tal fantasma devia se sentar, e eu estava certa. Tsuna logo que me viu sentar lá, olhou para mim de soslaio com uma expressão triste, será que o fantasma era alguém importante para ele?
Bem esse foi o primeiro capítulo, eu pretendo continuar, pelo menos para não ficar uma fic inacabada, apesar da maioria das minhas fics seram inacabadas (não sei nem quantas vezes eu disse isso...). Se bem que a dificuldade esteja em tentar ser fiel a personalidade da Suzannah, eu nunca fui boa em "incorporar" personagens sabe, mas eu vou tentar deixar o mais fiel que consigo.