Bekinda

(Sorria)

Sorria! Pois sorrindo você não dara a seus inimigos a felicidade de te ver chorando, mas a quem te ama a alegria de te ver sorrindo.


Eu me separei de um mundo

Feito de pessoas raivosas

Encontrei um garoto

Que tinha um sonho de fazer todos sorrirem

Oxigen – Colbie Caillat

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Quando pensamos que já vimos de tudo nessa vida, a mesma nos faz uma surpresa e nos mostra o quanto estamos errados. Isso aconteceu comigo, em uma tarde de chuva para ser mais exata. Para mim, seria mais um dia qualquer, em uma cidade qualquer, sem nenhuma novidade. A vida nos prega pesas não é? Não esperava isso, nem nos meus mais fantásticos e alucinantes sonhos.

Foi terrível o jeito que você me mudou. Foi tão rápido que, quando me dei conta, já tinha me mudado completamente.

Naquela tarde nublada você conversava com aquela garota chorona que não me recordo o nome agora, mas mesmo assim, não pude deixar de notar-lhe. No meio daquelas pessoas que viviam suas vidas, sem se preocupar com quem passa ao lado, você sorria. E era contagioso. Você olhava com carinho nos olhos. Por que é tão amável com aqueles que não mereciam seu carinho? E me questionava.

Qual é a razão de sorrir?

Deve ser por isso que você se destacava. Não era pelos seus cabelos brancos, não era por sua roupa e nem por alguma bagunça que fazia. Era pelo seu sorriso. Muitas vezes eu me pegava pensando nele e não sabia o motivo de eu pensar tão obsessivamente nele. O sorriso é tão puro quanto o dono. Isso me dava raiva. Qual era a razão de sempre sorrir?

Fui te observando cada dia mais. Seus atos, seus papos, suas brigas e suas birras. E descobri que o garoto se me ensinou a sorrir, também sabia chorar. Ele já me ensinou isso, agora é minha vez de ensinar algo a ele.

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Estava aturdido, confuso e perdido. Não sabia o que estava acontecendo. Uma hora, podia jurar que estava em missão, na outra, estava ali, olhando para ela. Uma Noé, sua inimiga.

- Aquela que lhe roubou seu primeiro beijo... – Sempre tinha aquela vozinha chata que lhe ecoava na cabeça, lembrando-o do fato. Sempre.

- O que você quer? – Tentou ser o mais frio possível, mesmo sabendo que sua tentativa foi frustrante.

Ela não respondeu, só o olhava. Com aqueles perturbadores olhos cor de âmbar, com aquela carinha de criança e aquele sorriso. Aproximou-se dele com passos felinos sem quebrar o contato visual – para o desespero de Allen -.

Chegou perto, perto até demais. Dava para sentir a respiração dela e o calor que seu corpo exalava, e só agora percebeu que ela é menor que ele, uns quatro dedos menores que o mesmo. Assim ele não aguenta, vamos combinar.

Road sussurrou ao pé de seu ouvido – causando milhares de calafrios, borboletas no estômago, correntes elétricas e tudo mais que colocam quando acontece uma situação dessas. - Se a vida lhe negar um sorriso, mostre a ela que você é mais forte, e negue uma lágrima. – Beijou-lhe a face enrubescida. – Você me fez sorrir, Allen. – e se foi.

Acho que agora Allen tem um novo motivo para sorrir.


N/a: Se for mais açucarado que isso, eu morro de diabet. Mas eu amey fazer essa fic, prontofaley. o/

E se você não mandar reviews, a Samara vai puxar teu pé a noite.