Título: Wanted!!
Ficwriter
: Kaline Bogard
Classificação
: lemon, AU, comédia
Pares
: YohjixKen, AyaxOmi
Resumo:
Dois agentes federais, um caçador de recompensas e um procurado pela justiça se unem para limpar uma pequena cidade das forças do mal.

Aviso: fic AU, no sense, meio OOC (não é de propósito uu). A história se passa no velho oeste americano, cenário violento e selvagem, onde a lei que predominava era a lei do colt e da forca. (ADORO histórias de bang bang... são tão yaois...)

PS: Os personagens dessa história pertencem (na sua maioria) à série Weiss Kreuz, de Koyasu Takehito. Alguns foram criados por mim, e eu asseguro que meu cérebro tosco foi original ao concebe-los, ou seja: asseguro que qualquer semelhança com pessoas reais foi mera coincidência. Enjoy


Wanted!!
Kaline Bogard

Prólogo

Encontros – Parte 1
A experiência e a juventude

O sol do meio dia estava encoberto por densas nuvens, para alívio dos moradores de Salt Lake City. Aquela época do ano era uma das mais quentes, e não havia refugio em nenhum lugar.

Poucos desocupados passavam as horas em algum dos vários saloons existentes na cidade, bebericando cerveja gelada e jogando conversa fora.

Mas tudo levava a crer que a tarde seria chuvosa, e essa esperança alegrava os corações das pessoas.

(Yohji) Parece que eu morri e fui pro inferno! Odeio essa cidade...

O loiro se dirigia para a base dos federais, prédio localizado bem no centro da capital do estado. Fora chamado para uma missão, e ele não tinha nem idéia do que poderia ser a tal tarefa.

(Yohji) Justo agora!

Estava quase saindo de férias, já tinha até comprado uma passagem para as deliciosas praias da Flórida, mas pelo jeito teria que esperar...

Yohji vestia uma camisa de grosso tecido azul, e uma calça preta ao estilo da época. Usava bota de cano médio e magníficas esporas de prata que picavam na calçada de madeira marcando o ritmo das passadas apressadas.

Os cabelos loiros eram um tanto longos, próximos aos ombros largos, e estavam protegidos por um chapéu azul escuro, recém comprado. Na cintura balançavam coldres de couro, que levavam dois revolveres da marca Colt, calibre trinta e oito. O cinturão cartucheira ia repleto de balas.

(Yohji) Espero que seja importante.

Mas sabia que o chefe não o chamaria por pouca coisa.

Alcançou o prédio dos agentes federais e entrou, encaminhando-se até a secretária.

(Yohji sorrindo) Boa tarde, doçura.

A secretária pareceu se derreter diante do olhar malicioso. Corou igual uma colegial inexperiente, apesar de aparentar bem mais de trinta anos.

(Secretária) Boa tarde, senhor Kudou!

(Yohji sorrindo) Só Yohji está bom, eu já te disse. Mas... e o velho latidor?

Referia-se ao chefe dos federais, 'apelido' que todos na base haviam colocado no chefe. A secretária explodiu em uma gargalhada, e depois balançou a cabeça de modo inconformado.

(Secretária) Está com um enviado do governador. Por favor, sente-se. Logo ele vai atendê-lo.

(Yohji) Obrigado.

Dirigiu-se para uma das poltronas e refestelou-se na mesma, ficando bem a vontade. Retirou uma sacolinha de couro de um dos bolsos e começou a preparar um cigarro para si, pondo-se a fumar despreocupadamente.

Algum tempo depois um senhor retirou-se da sala do chefe, e Yohji deduziu ser o tal enviado do governador. A secretária foi até a porta e anunciou o visitante.

Voltou toda sorridente, indicando que o detetive deveria segui-la.

(Secretária) O comandante vai atendê-lo.

(Yohji) Certo.

Encaminhou-se para a sala do velho latidor, conhecendo o caminho de cor e salteado. Afinal, apesar de ter apenas vinte e um anos de idade, o loiro havia participado de várias missões, e sendo bem sucedido em todas elas.

(Yohji) Boa tarde, Pérsia.

(Pérsia) Boa tarde, Kudou. Fico feliz que ainda não partiu.

(Yohji) Sorte sua. Eu já ia pra Flórida. Do que se trata esse caso?

Não queria perder tempo. Quanto antes resolvesse tudo, mais cedo poderia aproveitar o mar e as mulheres amistosas do estado tropical.

(Pérsia) A verdade é que recebemos uma denuncia anônima, e queremos que você vá investigar.

O detetive arregalou os olhos e abriu a boca, tamanha era a sua incredulidade.

(Yohji irritado) Que merda é essa, Pérsia? Manda um dos novatos até lá. Você não precisa que EU vá investigar essa denuncia anônima. Pode ser que seja apenas rixa de fazendeiros... droga.

Pérsia ouviu o desabafo de seu melhor agente federal sem perder a pose. Se fosse outro qualquer teria passado uma bela descompostura, mas não faria isso com o jovem sentado a sua frente.

(Pérsia) Você tem razão. Mas acontece que o governador tem interesse nesse caso, e pediu nosso melhor detetive. E esse é você...

(Yohji)...

Não podia negar que adorara o elogio.

(Pérsia) Seu destino é Small Town, ao norte de Dallas, umas seis horas da capital, a cavalo.

(Yohji desanimado) E a diligencia?

(Pérsia) Três vezes por semana.

(Yohji) Que fim de mundo é esse?!

(Pérsia) É pouco maior que uma vila, alguns fazendeiros, uns poucos ovelheiros... e outros granjeiros. Gente simples.

(Yohji) Percebo. A velha história de sempre: fazendeiros contra granjeiros? Uma guerrinha besta dessas?

(Pérsia) Na verdade não sei... a carta foi muito reticente nesse ponto.

Então ouviram uma batida na porta, e uma moça entrou. Era meio baixinha, cabelos loiros, longos, presos em um grande laço verde claro. Usava um vestido simples verde escuro e óculos que lhe davam um ar inteligente. (1)

(Moça) Pérsia... o garoto chegou.

(Pérsia sorrindo) Mande-o entrar, por favor.

A moça sorriu, e dando uma piscada maliciosa para Pérsia saiu da sala com o ar mais satisfeito da face da Terra.

(Yohji surpreso) Que graça de secretária!

Não conhecia aquela moça ainda. Porém Pérsia não gostou nem um pouco e ainda lançou-lhe um olhar mortal.

(Pérsia) Mais respeito com a minha esposa. (2)

(Yohji) Esposa?!

O chefe sorriu orgulhoso e bateu as mãos no peito.

(Pérsia) É uma mulher e tanto!

(Yohji) Não duvido...

Então o mais velho fez uma expressão safada e aproximando-se de Yohji comentou:

(Pérsia) Eu a chamo de Evilzinha...

(Yohji surpreso) Evilzinha?

(Pérsia sorrindo) Sabe por que? (3)

(Yohji sussurrando) Tenho até medo de perguntar...

(Pérsia) Porque a pequena é uma diaba na cam... (4)

A porta se abriu interrompendo a frase do chefe dos federais, que voltou a se recostar na cadeira, assumindo o característico ar profissional outra vez.

Tanto Pérsia quanto Yohji olharam para a porta, mirando o jovem que entrava. Era meio baixinho, tinha cabelos curtos loiros e lisos, os olhos eram grandes e inocentes. Era um rapazinho bem bonito.

(Pérsia) Entre, meu jovem, sente-se. Yohji, esse é Omi Tsukiyono, sobrinho do governador, e seu novo parceiro.

(Yohji) !!

(Omi) Prazer.

Sorriu, mostrando um semblante infantil e agradável.

(Yohji) Mas...

(Pérsia sério) Nada de mas. O governador confiou a você a honra de treinar seu sobrinho para ser o mais novo federal dos EUA. Você não pode recusar, entendeu?

(Yohji) E esse pequeno já tem dezoito anos?!

(Omi) Tenho dezessete.

(Pérsia) Depois da guerra, nós sofremos uma grande defasagem em nossas fileiras, e como ele vai completar dezoito anos em breve... resolvemos abrir uma exceção. Entendeu?

(Yohji) Sim... sim senhor.

(Pérsia) Ótimo. Ele é SUA responsabilidade, ouviu, Yohji?

(Yohji) Sim senhor.

(Pérsia) Partam o mais rápido possível para Small Town, descubram o que se passa por lá. A carta foi escrita pela esposa do prefeito, é tudo o que posso lhes dizer. A situação por lá é um verdadeiro mistério. Boa sorte.

Foi o sinal para os dois saírem. Yohji entendeu a mensagem e levantou-se, indo embora sem nem mesmo se despedir. Omi balançou a cabeça, despedindo-se de Pérsia.

Yohji estava incomodando com a missão. Teria que bancar a babá! Merda!! Belas férias as suas. Mal percebeu a secretária que se despediu dele.

Ganhou a rua, com as mãos enfiadas nos bolsos, chutando uma pedra que entrou em seu caminho. O jovem loirinho teve dificuldades para alcançá-lo.

(Omi) Ei, espera aí.

Yohji parou. Percebeu os grandes olhos que o fitavam de maneira decidida e firme. O jovem usava uma calça marrom, blusa azul escura e botas de canos curtos, sem esporas. Portava um revolver no coldre direito. O cinturão cartucheira estava cheio de balas.

(Yohji) Vai ser bem perigoso. Não garanto que vou poder vigiar você, garoto.

(Omi) Posso cuidar de mim mesmo.

(Yohji incrédulo) Sei...

Então o loirinho sacou seu revolver com uma velocidade incrível, e atirou para o alto, mal fazendo mira.

Uma pomba caiu alvejada aos pés de Yohji, que sorriu diante da demonstração de agilidade.

(Yohji) Fiiiiiiuuuuuuuu... impressionate.

(Omi) Acredite. Posso cuidar de mim mesmo.

(Yohji sorrindo) Ok, pequeno. Vamos pegar os cavalos... vai ser uma longa viagem!

Continua...


(1) Daki pra frente minha vida não vale um tostão furado. T.T

(2) Foi uma vida curta, mas intensa. Aproveitei cada segundo ao máximo, e não me arrependo de nada do que fiz. Adeus mundo cruel.

(3) Meu último desejo: sempre sonhei com uma coroa de lírios brancos (me lembram a inocência do Kenken n.n). Mas se não tiver lírios pode ser outro tipo... eu estarei queimando no inferno mesmo u.u naum vai fazer diferença nenhuma. Ò.Ó

(4) o.o Naum posso terminar a frase! Meus dedos se recusam!! ç.ç Quero uma morte rápida e sem dor... ¬¬ tenho baixa resistência à torturas... ù.u