Autor: Alis
Betas: Ivi, Tachel e Dany
Classificação: NC-17
Nota: Essa fic foi escrita durante a segunda fase do PotterSlashFics Tournament. Foi resposta ao desafio do time Romantic à moderação (era a minha vez de responder aos desafios, rapaz eu tava apavoraaaada XD).
Eu, particularmente, amei o desafio que me foi dado. Foi diferente, instigante e divertido. E o par! Nossa, algo que eu nunca tinha pensado em escrever. Ah, o desafio era o seguinte:
oOo
Dificuldade: Médio
Período: A partir do 6º Livro, Canon
Personagens ou pares: Remus/Greyback
Desafio: Lobisomens são apenas seres mágicos, pouco mais do que animais. Isso é o que a maioria dos bruxos acredita, e o que o Ministério quer que continuem acreditando. E Remus está passando tempo demais com o bando de Greyback. Às vezes, o lado selvagem do homem fala mais alto. Mesmo que seja por uma boa causa.
Obrigações:
- Tem que conter uma cena de sexo entre Remus e Greyback, não necessariamente NC-17
- Tem que ser após a morte de Sirius no véu
- Remus deve deixar um trouxa em perigo de morte. E não ajudar.
- Também é obrigatório o texto conter uma das duas situações abaixo:
- Greyback deve dar a entender que quer deixar Remus no comando, SE ele trair a confiança da Ordem da Fenix.
OU
- Greyback deve descobrir que Remus é da Ordem da Fenix, e a vida dele ficar em suas mãos.
- Tem que ter uma cena de preconceito vinda de um personagem inesperado.
- Um plot, explicadinho, por que as coisas estão como estão.
Desafio considerado cumprido para:
1) Fics com mais de 3.000 palavras
A lua crescente ia alta no céu, iluminando a copa das árvores, dando um aspecto etéreo à floresta. Os ruídos das folhas e galhos roçando uns nos outros era abafado pelo lento e contínuo crepitar da fogueira, as chamas lançando sua luz bruxuleante contra os troncos, criando sombras que pareciam petrificar os rostos dos homens e mulheres sentados ao redor do fogo, a procura de um pouco de calor.
Remus puxou a capa um pouco mais para perto do corpo, enquanto observava em silêncio a interação dos outros membros do bando. Todos estavam quietos, sentindo nos ossos a chegada da lua cheia. Alguns, os mais jovens, conversavam em voz baixa enquanto a maior parte do bando contentava-se em encarar fixamente algum ponto sem sentido e esperar pelo inevitável. Estar no meio de uma matilha de lobisomens não era algo que Remus realmente apreciasse. Algumas vezes, ele temia seriamente pela segurança dos vilarejos e cidades ao redor dos acampamentos temporários. Ainda que ele tivesse controle sobre o lobo, todo o resto da matilha estava à mercê de seus instintos. E Remus sabia melhor do que ninguém o que isso significava.
E ainda assim ele não podia evitar se sentir reconfortado pela noção de que não estava sozinho. Ele detestava profundamente não ser forte o suficiente para não se sentir acolhido na presença de outros como ele, de não ter a capacidade de impedir a si mesmo de querê-los a sua volta quando o primeiro uivo escapasse pela sua garganta.
Sacudindo esses pensamentos para longe de si, ele tentou se concentrar em sua missão. Ele não estava ali pelo conforto que os outros podiam lhe oferecer durante a lua cheia, mas para cumprir o que Dumbledore tinha lhe pedido.
Dois meses antes, o Diretor de Hogwarts o havia chamado para uma reunião em particular. Ele mal pode esconder o choque e a repulsa quanto ao pedido de Dumbledore para se infiltrar numa matilha de lobisomens e reportar todos os planos de ação, bem como qualquer possível negociação com Aquele-que-não-deve-ser-nomeado e os avanços que estas poderiam estar tendo. A missão em si já parecia ruim o suficiente para Remus, até que ele descobriu o líder da matilha.
Fenrir Greyback.
Remus por muito pouco não abriu mão da missão. Ele chegou a ir ao escritório do velho bruxo, pronto para pedir que ele mudasse sua missão, qualquer coisa, menos ter de ficar próximo de Greyback. Mas acabou aceitando, incapaz de impor sua vontade sob o olhar intenso de Dumbledore. Ele devia muito ao bruxo, tanto, que dificilmente teria peito para negar-lhe algo. E foi assim que ele terminou indo procurar o bando de Greyback.
Encontrar a matilha fora a parte fácil. Infiltrar-se no bando, por sua vez, fora mais complicado e perigoso do que Remus jamais poderia ter esperado. Lobisomens não eram criaturas crédulas por natureza, fosse pela desconfiança e preconceitos gerais que os cercam, fosse pela própria natureza selvagem da criatura nas quais se transformavam mensalmente durante alguns dias. O bando de Greyback causava tanto estrago por onde passava que era relativamente fácil encontrá-los. Greyback era orgulhoso demais para manter-se fora do alcance dos olhos do Ministério e ao mesmo tempo, esperto demais para se deixar ser capturado.
Durante um período de meses, Remus seguiu o grupo, mantendo-se perto o suficiente para ser visto, mas nunca alcançado. Ele se transformava e rondava o grupo, ciente de que seria morto se esse fosse o desejo da matilha e principalmente de seu líder. Durante os períodos como humano, Remus foi se aproximando cada vez mais. Ele sabia quando podia chegar mais perto dos membros do grupo, quando estavam mais vulneráveis. Ser um deles entregava as fraquezas deles e, lentamente, Remus se viu sendo aceito por alguns lobisomens, em geral os mais jovens e frágeis, cuja empolgação e inexperiência causavam feridas que levariam para vida toda. Com algumas conversas, alguns sorrisos calorosos e salvando a pele de alguns deles uma ou duas vezes, Remus se viu dentro.
Mas ainda faltava Greyback.
Mesmo sendo aceito por alguns, Remus ainda não fazia parte da matilha. Ele sabia disso, sabia que sua permanência ali era tão frágil quanto uma camada de gelo fina e que qualquer deslize poderia resultar em sua morte. Mas a sorte estava como sua aliada e durante uma das muitas luas em que passara com a matilha, Remus teve sua chance de mostrar seu valor.
Lobisomens não são apenas animais, mas eles tão pouco desprezam alguns códigos inerentes à natureza. O mais forte sempre vence. O mais corajoso é sempre respeitado. E quando a matilha está sem seu líder durante uma lua cheia e se vê emboscada por um grupo de trouxas armados, prontos para matar, ter um lobo tomando o comando é o suficiente para impor respeito.
Aquela noite em específico ficaria marcada na memória de Remus para todo o resto de sua vida. Greyback estava fora, algo que não acontecia com muita freqüência e Remus suspeitava fortemente que ele havia ido ao encontro do Lorde das Trevas. Para a matilha, a transformação sempre parecia mais dolorosa e apavorante sem o primeiro uivo de Greyback para a lua, sem a certeza de que o líder estava por perto. Remus desprezava aquela dependência do grupo, mas a compreendia. Ser um lobisomem significava ser extremamente perigoso em um quarto do mês e absolutamente desamparado durante o resto dele. Era uma sensação que perdurava e se tornava um instinto, uma segunda pele. Greyback era seguido, temido e adorado porque impunha sua presença, agia sem medo e atacava sem pudores.
Contra todas as chances, um grupo de trouxas de um vilarejo vizinho à floresta onde estavam se abrigando escolheu aquela noite para caçá-los. Era quase previsível que uma coisa do tipo fosse acontecer mais cedo ou mais tarde. A notícia de lobos selvagens caçando naquelas terras havia se espalhado. Era apenas uma questão de tempo até que os trouxas resolvessem se organizar para caçar os lobos que matavam seus rebanhos e causavam prejuízos em suas propriedades.
Por isso quando o primeiro tiro ecoou pela noite, a matilha se dispersou e correu. E tudo teria dado certo, se um dos lobos não tivesse sido atingido em cheio pelo dito tiro.
O lobo em Remus sequer cogitou a idéia de continuar correndo. Ele farejou o cheiro de sangue no ar e parou. Um dos seus estava caído, inerte, enquanto um grupo de humanos se aproximava deles. Com um rosnado baixo crescendo no peito, Remus disparou em direção ao lobo caído.
O cheiro de sangue era forte o suficiente para despertar os instintos mais violentos de Remus. O lobo não se movia, nem mesmo quando Remus o empurrou ligeiramente com o focinho.
Morto.
Um uivo dolorido escapou de Remus, que empinou a cabeça em direção a lua cheia no céu. Um dos seus estava morto.
Outro tiro ecoou pela noite, fazendo Remus pular de lado. Algo havia passado perto e o que quer que fosse, era responsável pela morte de um lobo do seu grupo. Sua matilha. Arreganhando os dentes na direção dos humanos, Remus rosnou alto. Um sinal de aviso. De ofensiva.
Com um uivo mais alto e mais urgente, ele chamou os outros. O som cortou a noite com a mesma intensidade da ferocidade de Remus. Um lobo morreu. Não. Um lobo tinha sido morto. Atacado. Aquilo não podia passar assim.
Outros rosnados baixos se juntaram ao de Remus, fazendo com que a noite parecesse viva, como se a própria escuridão estivesse revoltada com a morte de um de seus filhotes. Em pouco tempo, o que era apenas uma penumbra iluminada por fachos da luz da lua, tornava-se uma caçada.
Com um latido rouco, Remus deu o sinal de ataque, disparando pela noite em ziguezague, ouvindo seus companheiros atrás de si. Remus não parou, nem mesmo quando outros estampidos se fizeram ouvir pela noite, nem mesmo quando ouviu o choro de outros lobos que sem dúvida haviam sido acertados por aquela coisa. Enfurecido, ele saltou contra o primeiro humano, fechando com satisfação a mandíbula em torno do braço de sua vítima, deliciando-se com o grito de dor que ela deu. Bom.
A batalha não durou muito. Para cada humano havia três lobos da matilha e por mais tiros que eles tivessem, os lobos eram mais velozes e mais violentos. Em pouco tempo, os humanos se viram forçados a recuar, sumindo pela noite, os gritos apavorados ainda vibrando pela floresta.
Um humano, porém, não pôde fugir.
Nenhum dos lobos ousou chegar perto da vítima de Remus, por respeito. Remus, porém, tão pouco resolveu se alimentar da criatura. Ele não estava com fome e seu intuito havia sido cumprido: ele destruíra aquele que matara um dos seus. Sem mais, virou as costas e se embrenhou na mata, com os outros lobos em seu encalço.
Na manhã seguinte, a primeira coisa da qual Remus ficou ciente foi do sangue. Ele havia secado durante a noite e grudava incomodamente seu cabelo contra a bochecha. Enojado, ele se levantou do chão e caminhou até onde havia escondido suas roupas e sua varinha. Uma das poucas coisas das quais ficava grato quanto à transformação é que os lobos tinham uma tendência, se possível, a voltar para o ponto onde tinham se transformado no início da noite. Algo absolutamente instintivo e que Remus acreditava estar ligado à territorialidade.
Mal tinha acabado de vestir as calças, feliz em ver que os outros lobisomens, agora humanos, ainda dormiam, Remus sentiu uma mão em seu ombro, segurando-o de modo nada gentil.
"Ora, ora, o que temos aqui?"
Remus gelou. Ele pôde sentir o sangue esvair-se de seu rosto. Ele não sabia ao certo se era medo, ódio ou nojo que sentia, mas o que quer que fosse era forte o suficiente para paralisá-lo no lugar. O que não pareceu incomodar Greyback, que puxou Remus pelo ombro, fazendo-o girar no mesmo lugar, para encará-lo.
Era incrível como o lobisomem ainda conseguia fazer Remus estremecer. Mas não mais de medo. O que subia pelo peito de Remus, ameaçando sufocá-lo, era o mais puro e indisfarçado ódio, um sentimento tão forte que Remus se viu trêmulo diante do esforço de tentar contê-lo.
"Lupin. Eu fiquei surpreso quando soube que você estava seguindo a matilha, mas hoje de manhã eu tive notícias muito interessantes...", disse Greyback, com a voz rouca e grave que algumas vezes lembrava Remus de um rosnar. Aquele simples som era capaz de deixar os pêlos da nuca de Remus arrepiados. E Greyback sabia disso.
"Greyback.", disse Lupin à guisa de cumprimento. A volta dos dois, os outros lobisomens começavam a despertar. Como sempre, eles em nada lembravam as criaturas ferozes que haviam sido há horas atrás; apenas um grupo de pessoas, algumas arranhadas outras com ferimentos mais fundos. O próprio Remus estava consciente de um arranhão incômodo no braço esquerdo, mas não havia tempo para pensar nisso agora. Tudo em que conseguia se concentrar era na figura odiosa a sua frente. E no perigo que ela representava.
"A caça foi boa, pelo que vejo.", comentou Greyback. Não era de seu feitio ficar de conversa fiada e Remus tinha a distinta impressão de que ele estava se divertindo com algo. Fosse o que fosse, Remus sabia que não iria gostar.
"Possivelmente.", disse Remus, enquanto tentava deslocar o ombro do aperto de Greyback. Ele conseguia sentir muito bem as garras do lobisomem fincadas contra seu ombro nu. O contato o estava deixando nauseado.
Greyback deu uma risada curta e violenta. Remus tentou recuar, agindo como se fosse pôr a camisa. A mão de Greyback deixou o ombro de Remus e se alojou na lateral do rosto, obrigando Remus a usar todo seu autocontrole para não agarrar a varinha e estuporar o desgraçado.
"Sim, possivelmente.", ele disse, enquanto uma unha passava lentamente pela bochecha de Remus. O sangue seco tornava a superfície áspera e o toque ainda mais asqueroso. Remus fez o que pôde para não deixar transparecer o nojo. "Venha comigo."
Remus estreitou os olhos para Greyback, odiando o fato de que o outro lobisomem estava ordenando-o. Ainda assim, ele obedientemente colocou a camisa, calçou as botas de couro gasto e ajeitou a varinha no cós da calça. Sem mais, deixou as vestes bruxas dobradas do jeito que as deixara na noite anterior e seguiu Greyback, que já ia mais a frente, observando os outros lobisomens enquanto terminavam de se vestir e começavam a curar os estragos causados pela transformação.
Não se afastaram muito do grupo, porém. Greyback abaixou-se perto de uma árvore, mexendo rapidamente numa bolsa de lona gasta que Remus o vira levar consigo uma ou duas vezes. Sem aviso, o outro arremessou um jornal para Remus, que o pegou no ar. Desconfiado, ele abriu e leu a manchete.
Era um jornal trouxa local, Remus reparou. Na página principal, notícias sobre o próximo festival da colheita e mudanças no calendário de aulas da escola local. Isso fez Remus lembrar-se de Harry e pensar em como ele devia estar se saindo em seu sexto ano em Hogwarts. Ele divagou por alguns instantes sobre como o garoto deveria estar, se estava bem ou não até que seus olhos pousaram sobre uma notícia na ponta direita do jornal, apenas um quadradinho com meia dúzia de palavras que causaram um impacto estrondoso em Remus .
Homem morto por lobos na floresta de Avon. Mais na pag. 14.
Remus sentiu os dedos afrouxarem em torno do jornal e por muito pouco não deixou o jornal cair. Ele não precisou de muito tempo para juntar as peças daquele quebra-cabeça e o sorriso feroz no rosto de Greyback era o que faltava para Remus compreender o que tinha acontecido.
Ele tinha matado um homem.
Estarrecido, Remus sacudiu a cabeça negativamente, como se negando silenciosamente a acusação muda que parecia estampada nas letras do jornal. Ele tinha matado um homem.
"Eu fiquei surpreso, Lupin. Eu achava que você preferisse manter seu lobo longe dos humanos.", a forma como Greyback dizia humanos deixava claro o desprezo dele pelas pessoas que não eram lobisomens. Era quase engraçado de se ouvir, principalmente quando o inverso era o comum.
"Isso... Pode ter sido qualquer no grupo.", murmurou Remus. Ele estava mais do que consciente do sangue seco em seu rosto e pescoço. Alguma coisa da verdade simplesmente estava ali, óbvia demais, mesmo sem as memórias da noite anterior para assaltá-lo.
"Mas não foi, Lupin." Greyback sorria com uma satisfação brutal. Engolindo seco, Remus ainda teve a coragem de negar mais uma vez com a cabeça, numa atitude quase infantil. Ele não podia ter feito aquilo. Era absurdo demais, absolutamente inconcebível.
Greyback se aproximou de Lupin, ainda sorrindo daquela maneira desagradável.
"Ontem um grupo de humanos atacou a matilha. Eles mataram um dos nossos, uma bala atravessou o pescoço dele. Você o vingou."
Remus tentou dizer alguma coisa, qualquer coisa, mas sua garganta estava travada. Toda sua mente convergia para a noção de que ele tinha tirado a vida de alguém.
Não era a primeira vez que Remus matava e ele duvidava seriamente que seria a última. Mas era completamente diferente matar alguém em um duelo durante a Guerra de matar alguém em sua forma lupina. A simples idéia de que seu mal havia causado a morte de outra pessoa fazia a culpa pesar de uma forma completamente diferente. Ele não tinha matado porque estava numa batalha. Ele tinha matado porque não fora capaz de manter o lobo contido. O arrependimento lhe amargou a boca, fazendo-o quase se dobrar pela dor. Ele devia ter tomado a poção Mata-cão, devia ter enviado uma coruja a Snape pedindo pelas suas doses mensais, mas não. Preferira abrir mão da poção como um meio de se aproximar dos outros lobos, como um modo de fazê-los confiar nele. A tática sem dúvida alguma tinha funcionado, mas o preço a ser pago por ela lhe parecia alto demais agora.
"Eu não posso ter feito isso.", murmurou Remus baixinho, deixando finalmente o jornal cair, colando as mãos sobre os olhos, querendo se isolar do mundo.
"Sua covardia me irrita, Lupin.", disse Greyback, puxando a mão de Remus para longe dos olhos dele. "Você matou e matou bem. Você não deixou a morte de Smith ser em vão. Aqueles covardes atacaram a matilha sem aviso e você fez com que se arrependessem."
"Não seja estúpido, eu matei um homem!", rosnou Remus.
O tapa veio súbito e sem aviso. As garras de Greyback cortaram a lateral do rosto e o próprio sangue de Remus se misturava aos resquícios do sangue de sua vítima. A varinha estava em sua mão antes mesmo que realmente pensasse em pegá-la, apontada para a garganta do outro lobisomem, que mostrava, irritado, os dentes afiados.
"Nunca mais fale comigo nesse tom, lobo, se quiser ter sua língua intacta. Você matou e liderou a matilha na minha ausência e fez isso como minha cria."
"Não me chame de sua cria!"
"E o que você é, Lupin? Eu te dei o dom, eu te fiz o que você é hoje."
"Você é um monstro."
"Assim como você."
Remus riu, um riso amargo que lhe escapou pelos lábios antes mesmo que pudesse contê-lo. Ele passou a mão no corte feito por Greyback, mais uma cicatriz para sua coleção.
"Assim como eu."
Notinhas rápidas
A fic continua na próxima parte (são só duas partes, essa é a próxima ).
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Alis
