Não... Eu não morri. É acertada com tomates Ainda. Mas eu voltei e com um tema que todo mundo adora: Vampiros. Não sei qual é a grande coisa, mas todo mundo ama vampiros. Então, dêem uma olhada nessa fic que se chama... Vampiros. (Que original...)

Vampiros

Resumo: Ela era a guerreira. O sangue e o cheiro fétido da morte a rondavam. Nos seus olhos, o amor pelo príncipe. Mas ela deve lutar por ele. Matar por ele.

A noite parecia escura perante os olhos mortais. A penumbra escondia coisas que nem o mais sábio filosofo poderia supor. Filosofias não cabiam a aqueles seres. Seres como ela.

A capa negra subiu levemente enquanto dava a volta pela esquina. Quase ninguém passava pela rua habitada somente por mendigos adormecidos e a mulher de cabelos negros, tão negros quanto os trajes que a cobriam. Quanto seus olhos. Ela caminhava e suas botas – negras, negras – batiam contra a superfície do piso. As gotas de chuva molhavam tudo, a calçada, os mendigos, tudo menos a moça. Só ela estava seca, mas fria.

Embaixo dos seus sapatos as poças de água batiam. Pararam de bater. Ela estava em frente ao portão. Era negro, como tudo ao seu redor. Não tinha visão para o lado de dentro. Só madeira negra, rodeada de paredes negras. Ela não abriu o portão. Não tocou a campainha. Seus joelhos se dobraram devagar. Ela pulou. Mas rápida que se pudesse ver a olhos normais. Ela parou em cima do portão, e desceu.

As portas bateram e ela entrou. Sua presença não foi despercebida, mas logo a olhavam e voltavam a seus afazeres. As pessoas de roupas pretas e vermelhas que bebiam na sala central. Ela não parou. As grandes escadarias foram subidas e entrou em um corredor cumprido e escuro. O do centro entre três. Ele parecia não ter fim. Mas tinha. E ela chegou. As ultimas três portas. Uma no centro, uma de um lado e outra no outro. O rei, o príncipe, e a princesa. Os mais poderosos.

Ela entrou na porta principal. Não bateu. Abriu e entrou a batendo atrás de si. Ele sabia que ela viria. Virou a cadeira no canto do quarto para a sua direção.

-Quantos você achou? – Perguntou a voz sombria. Os cabelos pratas, finos caiando pelo rosto marcado.

-Dois. Os caçadores virão logo. Eles sabem onde estamos. – Respondeu.

-Os caça-vampiros não podem acabar conosco Kagome. – Falou, firme. Deu um trago no cigarro e soprou.

-Sesshomaru, eles estão aumentando de numero. Logo, nossos soldados já não serão o suficiente! – Expressou-se. Sua cabeça latejava e o batido leve das garras do homem contra sua cadeira não ajudavam.

-Cale-se.

-Está colocando a vida dos príncipes em perigo! – Gritou.

-Eu posso cuidar de minhas tutelas sozinho! Retire-se Kagome! – A expressão da mulher se fechou. Um único golpe e tentaria acabar com a raça do infeliz. Porem sua cabeça agiu mais rápido e ela girou seus calcanhares, saindo por onde entrou.

Parou alguns segundos em frente a porta. Ao seu lado, a porta do quarto da pequena deveria estar trancada. Se os olhos jovens da vampira, entrassem em contato com a luz, arderia até a morte. Mas ela não era como os outros. Os jovens vampiros que desde nascimento são jogados em calabouços com pessoas a serem comidas. E ficavam lá. Os que não aprendessem a sobreviver, morriam. Mas ela não. Ela era a princesa, presa num quarto com comida entregue. A melhor infância que se podia ter ali.

Virou para o outro lado, entrando pela porta. O quarto era escuro. Mas ela conseguia ver. Tudo. O corpo na cama que se sentou, contemplando sua chegada.

-Já voltou? – Perguntou com a voz profunda. Os olhos âmbares eram vistos envoltos pelas mechas pratas, o corpo coberto pela cocha cor de sangue, a pele branca como papel revelando maciez.

-Estou aqui. – Falou, sentando-se ao seu lado na cama, uma mão adornando sua nuca, puxando-a com uma leve pressão, cobrindo os lábios frios com os seus, num ritmo embriagante de um beijo calmo, suave.

-Você o convenceu? – Perguntou ao separar o contato.

-Não. – Passou o dedo levemente pelo rosto pálido.

-Temo pelo que possa acontecer a Rin. – Falou, aproximando-se mais.

-Temo pelo que possa acontecer a você... – Falou, o empurrando lentamente sobre a cama, com o próprio corpo o cobrindo. – Inuyasha... – O chamou para mais um beijo. Devagar, com as mãos em seu rosto e seu pescoço, sentindo as dele sobre sua cintura. Interrompeu levando seus lábios ao pescoço de pele clara, e o mordeu. Sentindo sua cabeça ir pra trás com a dor do sangue perdido em sua boca.

Ela o soltou, voltando a encarar seu rosto. Enxugou o liquido vermelho que lhe escorria dos lábios. Seu sangue era delicioso, seu sabor preferido.

-Você fugirá comigo? – Perguntou a jovem.

-Sim. – E se beijaram de novo.

-KAGOME! – Um berro foi ouvido do lado de fora. Virou-se e saiu do quarto as pressas. Já sabia quem a havia chamado. Ele estava esperando, estava furioso. Em frente ao corredor, seus olhos pararam sobre o ser de cabelos castanhos e olhos azuis sem pupila.

-O que houve Kouga? – Perguntou. Instintivamente, checou se sua pistola na cintura. Algo dentro de sua cabeça martelava como um pressentimento. Alguém morreria hoje, ela sabia.

-Os caçadores chegaram.

Seus passos por instinto se guiaram pela escadaria abaixo. Um grito cego de terror a guiou até a porta de entrada, batida por um estrondo. Era cheiro de sangue. Lá fora, a guerra estava armada. Homens, cobertos de branco, carregando crucifixos, água benta, estacas. Pura formalidade. Eles atacavam era com armas. Com balas de luz. E os vampiros gritavam. Jorrava sangue.

Sacou sua pistola e correu. Alguns abriam caminho. Ela era a guerreira. Três disparos e três homens caíram, ao redor da outra jovem de cabelos castanhos. Esta sacou sua arma e se posicionou de costas para Kagome.

-Não precisava de ajuda.

-De nada Sango. – Correu, mas parou um pouco depois. Ouviu vários disparos, e ao se virar, viu Sango no chão. Em sangue. Ela não tinha tempo pra chorar agora. Soltou mais dois disparos. Gritos foram ouvidos. Dois deles a cercaram. Um tiro e viu o primeiro no chão, mas ao se virar o segundo já estava com uma faca no peito, enfiada pelas costas. Ele caiu, dando a Kagome a visão do amigo de cabelos curtos. Inclinou a cabeça.

-Miroku.

Ambos se viraram e atacaram mais adversários, tiros e tiros eram ouvidos. Colaram as costas e ouviu o cochicho do homem.

-Como estão os príncipes?

-Creio que Rin está em seu quarto. – Ele a olhou por cima do ombro.

-E Inuyasha?

-Está. – Já não era novidade para eles o romance da guerreira com o príncipe. Quem nunca poderia saber-lo era Sesshomaru. Lutava por ele, seu amor, seu príncipe. Era um sentimento tão puro naquele ser cruel que por vezes Kagome tentou livrar-se dele. Porem nunca conseguiria se encontrar longe de seu príncipe. Alguns dos caçadores chegaram. Nove deles. Não poderia se defender. Miroku entrou em sua frente e recebeu os golpes. Um segundo depois de sua queda, Kagome pode atirar. Matou todos. Porem mais caçadores a impediram de ver o corpo do vampiro que acabara de morrer por ajuda-la. Aquele que inutilmente se considerava seu amigo. Ela não tinha amigos.

Captou um cheiro conhecido e seus olhos se voltaram para a porta dubla do castelo. Ele estava lá dentro. Inuyasha correu escadas abaixo, parou de solavanco com as mãos apoiadas no final do corrimão da escada. Mirou pela porta entreaberta e viu seus olhos negros preferidos. Sua mulher, seu bem mais precioso. As mãos gélidas de Kikyou, sua guardiã e protetora, pousaram-se em seu ombro. Ela também virou os olhos para a Kagome. A guerreira só falou sem palavras, num sussurro sem voz.

-Protega-o. – Virou e mais balas foram disparadas sobre os homens do bem, enquanto Kikyou puxava o príncipe de volta ao seu quarto. Kagome continuou lutando. O sangue sequer tocou suas vestes. Se deparou com Sesshomaru a sua frente. Ele a olhou com um olhar de "perdão, você estava certa". Não que fosse realmente falar essas palavras.

Ambos par de olhos se viraram para o líder dos caçadores. Ele tinha algo atrás de si. Se voltou em direção aos dois, e mostrou o que ele tinha em braços. Rin. A boca tapada pela mão e de seus olhos escorriam lagrimas e mais lagrimas.

-Todos quietos! Ou a garota se encontrará com o todo poderoso.

Todos pararam. Um caçador levantou a pistola ao céu. E soltou três disparos. Mas Kagome não era burra. Ela ouviu quatro. Um foi longe dali, dentro do castelo. Uma traição onde contaram a localização de seu esconderijo. Só quem poderia sair dali eram os guerreiros e as guardiãs. Sua mente funcionou. Aqueles tiros eram uma distração. Distração. Tiro. Dentro do castelo. Guardiã.

Seu corpo se voltou para a casa.

-Filha da puta.

Irrompeu portas adentro, subindo as escadas em segundos. Entrou no corredor principal e não parou até a abrir a ultima porta. A do príncipe. Kikyou não estava lá. Ele estava dormindo. Suspirou aliviada. Caminhou a passos lentos, suas botas batendo contra o chão incomodavam até seus próprios ouvidos. Sentou na borda da cama e pousou sua mão esquerda em seu rosto e a direita nos lençóis que cobriam seu peito. Ele não estava dormindo. Sua mão esquerda estava gelada de frio. E sua mão direita estava molhada de sangue.

Ela tremeu. Sua respiração cada vez mais pesada e a pele fria a qual tocava não lhe respondia. Puxava e soltava o ar enquanto lagrimas caiam dos olhos que jamais haviam experimentado a sensação das gotas amargas. Era sufocante. Tremendo, desceu seu rosto até juntar seus lábios. Ela não sentiu. Não sentiu o sabor doce da língua quente, a sensação reconfortante de não se sentir vazia. Ela se sentia vazia.

Sua mão direita buscou a pistola. Ela a segurou com força. Ela ainda o olhava, os olhos fechados e a respiração parada.

-Isso só aconteceu, meu amor, porque você teve que ser igual a nós... Malditos vampiros. – Uma lagrima escapou de seus olhos, novamente, marcando seu caminho pelo rosto pálido. – Inuyasha.

Em outro lugar...

-Inuyasha.

Todos a olharam. A mulher acolhia seu pequeno bebê nos braços. Seu marido, e os demais doutores na sala do parto estranharam. Porque de repente, algo passou pela cabeça materna. Todos os nomes infantis que tinha passado nove meses buscando sumiram de sua mente. Era só ele.

– O nome dele vai ser Inuyasha.

17 anos depois...

Sim, pela primeira vez na minha vida, tive uma idéia perfeita. Bem no meio de We are Brotheres. Pra falar a verdade, queria fazer só uma one-short de desculpas pelo atraso, que acabava com a morte de Inuyasha. Mais uma das minhas fics dramáticas, mas aí, de repente me ocorreu a idéia de passar de trágica a romântica e se eu conseguir, engraçada.

Sinceramente, espero do fundo do meu coração que gostem da minha nova fic... E não me matem pela demora.

Kissus! Sayonaraaaa!