[SHORT-FIC] "Fala sério, amor!"

Autor(a):Thalita Rebouças

Adaptação: Gabriela Swan

Shipper:Bella/Edward e outros.

Gênero:UA, Romance, Humor.

Censura:NC-9+

Sinopse: Em Fala sério, amor!, Bella, ela mesma, a Isabella Marie Swan, moradora de Forks, filha daRenéeSwan, está de volta para contar suas descobertas amorosas desde a infância até o fim da adolescência. E a menina está afiada. Os "ficantes", os rolos passageiros, o namorado grudento, o ciumento, os doidos que aparecem pelo caminho, os fofos, os pais dos namorados, os seus pais e os namorados... ela sempre tem uma boa história para contar. Sorte das leitoras, que certamente vão se identificar com as muitas alegrias e furadas em que a Bella já se meteu e rir junto com ela.


Capitulo 1:7 anos

Meu primeiro amor

Eu era tão apaixonada pelo Edward Cullen desde que tinha uns seis anos de idade. Todos sabiam de minha paixão: minha mãe sabia, meu pai sabia, meus irmãos sabiam, meus avós sabiam, até a minha professora sabia. Menos ele. Ele estava naquela fase de chegar do recreio suado depois de correr em campo atrás de uma bola idiota e de olhar para nós meninas como se fossemos os seres mais repulsivos do planeta. Edward Cullen ignorava minha presença, apesar dos meus olhares apaixonados e insinuantes.

Foi ele quem me ensinou a fazer o oito. Eu achei o máximo ele saber fazer o oito tão perfeitamente com seis anos de idade, em tão pouco tempo de aprendizado. Um número que eu achava difícil á beça. Eu fazia uma bolinha em cima da outra e ele já sabia fazer direitinho, com precisão cirúrgica.

Que menino inteligente!, eu suspirava.

E me ensinou com a maior paciência, pegou na minha mão para me ajudar a fazer as curvas do número, não se importou com meus erros infantis e não sossegou enquanto não viu meu 8 parecer um 8. Acho que foi nesse dia que me apaixonei e decidi namorar com ele. Ele, claro, continuava não sabendo de nada. Só eu namorava com ele. Edward Cullen nem tchumpra mim. O meu namoro solitário durou mais ou menos um ano. Numa manhã, depois do recreio, suado, vermelho, cabelo desgrenhado, camiseta suja e meio rasgada, arranhão no queixo, o charme em forma de criança, ele se aproximou de mim e disse:

— Eu acho que gosto de você, Bella.

Meu coração pequenininho que pulou para a garganta.

— Eu também acho!

— Impossível! Eu descobri agora que acho que gosto de você, como você pode saber?

— Não, Edward! Eu acho que eu gosto de você também — minto. Se havia uma coisa de que eu tinha certeza absoluta, era de que o Edward Cullen era o homem da minha vida, meu príncipe encantado.

— Sério, desde quando? — quis saber, cabreiro.

— Ah... desde... desde ontem — menti de novo, aprendendo na prática, aos sete anos de idade, a jogar o xadrez da conquista.

— Quer namorar? — perguntou ele, na lata.

Como seria bom se os meninos mais velhos fossem assim, tão diretos!

— Quero — respondi, com a felicidade estampada em meu sorrisinho banguela.

— Então me mostra.

Ô-ou... Mostra o quê, cara-pálida?,eu tive vontade de perguntar.

Edward Cullen, daquela idade, era um menino que já pensava em indecências?, imaginei, com o pé atrás que todamulher deve ter em começos de relacionamento, mesmo com seteanos de existência.

— O que você quer que eu mostre?

— Seu pé.

— O quê?

— Anda, deixa eu ver seu pé, Bella.

Aquilo me pegou de surpresa. Edward Cullen tinha um brilho ansioso no olhar, uma curiosidade que beirava a esquisitice.

Eu sempre odiei meu pé. Magro, cheio de veias, quase chato, dedos compridos, calos por todos os lados.

— Pra quê?

— Porque eu quero ver, ué. Mostra? — pediu, como se precisasse do meu pé para viver.

— Por quê?

— Porque eu gosto de pé.

Puxa vida. Eu estava ferrada. Ele era um menino que gostava de pés, mas eu odiava meus pés. Morria de vergonha deles!

— O meu pé não tem nada de mais...

— Mas eu quero ver mesmo assim... Tira o tênis.

Putz! Pra tirar o tênis vou ter que tirar a meia e Edward Cullen vai sentir meu chulé. Chulé de pé suado depois do recreio!, gelei. Meu quase namoro estava por um fio. Droga! E eu era tão apaixonada por ele... Não queria que acabasse daquele jeito.

Não tive outra alternativa. Tirei o tênis, depois a meia, dei uma abanada no pé para tentar disfarçar o chulé e mostrei pra ele.

— É horrível, eu sei... — entristeci-me, já antevendo o primeiro pé na bunda que levaria na vida.

Ele olhou, olhou, olhou... Abriu um sorrisinho lindo e disse:

— É nada horrível. É lindo — elogiou, visivelmente encantado.

Feliz da vida, descobri que Edward Cullen estava realmente apaixonado por mim. E entendi o significado da frase "a paixão é cega".

Namoramos alguns meses, sem um beijinho sequer, apenas olhares apaixonados e mãozinhas dadas no recreio.

Edward Cullen, o primeiro amor da minha vida, gostou sinceramente de mim. Mas amor de verdade, mesmo, o meu pé.


Bom pessoal, esse foi o primeiro capítulo! Se vocês acham que a história vale à pena e querem mais... Basta clicar num certo botãozinho que seus desejos serão todos atendidos... Se for do agrado e o retorno for bacana, prometo um capítulo todos os dias!

Vamos lá, estou esperando vocês comentarem!

Beijos,

Gabi!