Safe and Sound

Shipp: Crissagron

Ela estava sentada em cima da cama, segurava com firmeza a xícara de café preto de sempre. Vestia apenas uma camisa branca, maior que ela. Era dele.

Ele sentava em uma cadeira de frente para ela, apoiava a cabeça sobre as mãos. A cabeça latejava, ele estava fraco. Toda energia que ele tinha, era dela.

-O que nós vamos fazer?-Ele perguntou voltando a olhar para ela. Aqueles olhos de cor verde escuro o quebravam em pedaços. E quebrava mais ainda ao se lembrar de que na noite passada aqueles olhos imploravam por mais.

-Não sei.-Ela dava um gole em seu café. Ela era fria, ignorava a noite passada, ignorava os sentimentos, ela estava desligada.

-Dianna, eu quero que me explique o que eu faço aqui.-Ele franzia a testa e tentava achar naqueles olhos uma explicação. Ele teria ido a casa dela. Foi só mais um copo de bebida, talvez ela teria a sua casa para que ele dormisse e não dirigisse alcoolizado. Ela tentou o acompanhar na bebida, mas sempre fora fraca para beber. Ela também não entendia, mas não queria mostrar.

-Para de gritar. Tá parecendo uma mulherzinha.-Ela falou se levantando e andando até a cozinha. Ao se deparar com a mesa da cozinha, ela sentiu sua pele se arrepiar, ela se lembrava de como ele a colocou sentada na mesa, do modo que ele a beijou. Ela colocou a xícara na pia e ao se virar, ele estava lá. Observando a mesa com a mesma intensidade que ela observou.

-Desculpe se eu não estou entendo você. É difícil de te ler.-Darren vestia t-shirt azul surrada.

-Eu não sou um livro, eu sou uma mulher. Pensei que soubesse quem eu era quando decidiu se deitar na minha cama e me puxar para deitar com você.-Ela se encostou no armário da cozinha.

-Então você foi seduzida? Não teve intenção nenhuma, por favor, me poupe.-Ele se aproximou dela e a imprensou no armário.-Me diga o que quer agora.-Ele colou o seu nariz no dela. A respiração dela, ficava fraca, mas ela não ia desistir tão facilmente.

-Sabe que é perigoso continuar com esse joguinho, não sabe?-Ela falou ofegante, com o corpo trêmulo, mas ambos gostavam daquela tensão sólida que havia no ar.

-Se não se lembra, foi você quem começou.-Ele finalmente a beijou, ela podia sentir o coração dela tão próximo, batendo tão forte. Ela não teria como resistir, não mais. Ele a empurrou com força no armário, ela arfou baixo e continuou beijando-o. Ela segurou na camisa dele e a rasgou com toda força que tinha. Ele colocou as mãos dentro da camisa grande que ela usava, ele segurou a cintura dela e beijou o pescoço dela com voracidade. Ela procurava pensar, ou se controlar mais era impossível parar de pensar na voz rouca dele sussurrando coisas só para ela. Ele segurou as pernas dela e as envolveu nos seus quadris e voltou a beija-la. Ela lutou contra os braços dele mas a luta foi em vão. Ele tirou a camisa dela e beijou se pescoço descendo. Ela colocou as mãos no cós da calça dele. E tudo teria sido como na noite anterior, mas eles não ligariam de repetir isso mais algumas vezes.