Coração Com Buraquinhos
N/a: Música das Chiquititas O.oV É, elas sempre me trazem lembranças 'boas', de amigas que viveram comigo e voltamos a conversar agora, depois de anos! Eu tava tentando escrever uma fic de comédia romântica, mas eu não consegui botar comédia em canto nenhum. o.o Demorei 1h40min pra escrever XD Talvez por isso não tenha ficado como eu quis... REVIEWS, REVIEWS, REVIEWS na primeira fic que eu vou postar!
Shipper: T/L
"Sabe, o coração às vezes chora
E ninguém se dá conta porque não se vê
Te dois tudo por dentro estar sozinho
E que chegou o momento de crescer"
Lílian Evans, a garota ruiva, dos belos e conquistadores olhos verdes, a monitora chata. Tudo isso a perseguia. Garotos a amavam, garotas a odiavam e os professores nunca viram alguém tão inteligente.
A garota chorava agora em sua cama de dossel, com as cortinas fechadas. Era um sábado de tarde ensolarada e extremamente quente, e não havia ninguém (ou pelo menos quase ninguém) lá dentro.
Ela sempre parecia tão feliz perante todos, e agora chorava muito.
Tudo por causa dele.
E agora? Continuaria chorando pra sempre e dando uma de difícil, se declararia pra ele e correria o risco de ser descartada como um copinho plástico de café (e além de ter que dar o braço a torcer, choraria mais ainda) ou tudo daria certo?
Decidira limpar as lágrimas e ir pro Salão Comunal.
"A vida põe provas no caminho
Algumas te machucam e te fazem cair
Sempre estarei ao seu lado por acaso
Te acenderei uma luz
Você vai ver..."
- Ai! – exclamou ela quando tropeçou em algo e caiu
- Epa! – disse ele deitado no meio da sala – Machucou?
- Ah... – disse ela, tentando se levantar – É você.
- Que feio, Lilly, que indiferença. Será que dá pra me chamar de Tiago uma vez na vida e falar oi?
- Pot...
- Shh... senta aí. Deixa eu ver se você machucou. – disse Tiago, vendo que Lílian tinha dificuldades pra se levantar. Ela o obedeceu. Ele mexia nos tornozelos da garota , e ela exclamara um "ai", que o fez constatar que ela torcera o tornozelo.
- Mas como... você...
- Como eu sei? Hmm... aprendi. – disse ele, fazendo cara de esperto
- O que você fazia deitado no chão, também? – vociferou ela
- Eu? Caí, antes de você. – ele sorriu – Eu te ouvi chorando quando fui te levar essa flor. Falando nisso, ela... ah, merda... estragou.
Ele descartou a flor, e continuou:
- Bom... por que você chorava?
- Não é da sua conta.
- Eu posso te ajudar, Li. Vem caminhar comigo.
Ela se sensibilizou, e ia se levantar quando lembrou:
- O tornozelo, Potter...
- Putz, verdade. – ele disse, dando um tapa na testa – Bom... será que o tornozelo te impede de me chamar de Tiago? Nem é tão difícil assim... Ti-a-go!
- Não impede, não, Potter... quero dizer... Tiago.
- Pronto, melhorou. E quanto ao tornozelo... hmmm... é, vejamos... vamos tentar voltar no lugar. Me permite... ? – perguntou ele, fazendo um movimento com as mãos que sinalizava o que ele faria.
- Hmmm... pode, se não há outro jeito.
- Lilly, não confia em mim?
- Não muito. – sorriu ela
- Sabe, Lilly, não é só porque te acho linda e gosto de você que vou te desrespeitar.
Ela ficou envergonhada, e ele levantou suas vestes até o joelho. Brincou, sorrindo de um jeito maroto:
- Belas pernas, Evans.
- Ah, seu... – disse ela, rindo, e atirando-lhe uma almofada
- A gente agradece quando se faz um elogio...
- Hmm... obrigada. – ela sorriu, e seus olhares se encontraram, deixando-a sem graça.
"Tenho o coração com buraquinhos
E não posso me curar
Se está morrendo aos pouquinhos
Com cada dor se morre mais"
- Ai! – exclamava ela enquanto ele tentava ajeitar o tornozelo da garota
- Calma... e... – disse ele, mexendo mais uma vez e fazendo-a gritar novamente – Pronto.
Ela se levantou e tudo parecia perfeito.
- Obrigada! – agradeceu ela
- Um beijo, Evans. –ele pôs-se de pé na frente dela
- O que dis... – ele a interrompeu com um beijo
- Pronto. – ele a soltou – Pago.
"Se teu coração tem buraquinhos
Juntos poderemos ajudar
Nós vamos curá-lo com carinho
E com muito amor ele vai sarar"
- Não é assim que se beija alguém, Potter. – disse ela, demonstrando desgosto no olhar, mas por dentro eufórica.
- Quer me mostrar como é, Lilly?
- Você... você não sabia se eu queria ou não.
- Verdade, não perguntei. – ele dizia, eloqüente e cínico – Mas você acha que eu não sei por que você chora?
- Claro que não s... – ela foi interrompida por ele, calmo
- Sei, sim.
- N... não sabe.
- Sei. É por minha causa. Você quer responder que sim pra mim. Quer me beijar, sair comigo... mas não quer demonstrar, sua cabeça dura. Fica se machucando a toa, sua tonta...
- E... eu não sou tonta, Tiago! – queixou-se ela
- Ah, é sim! – disse ele, puxando-a pela cintura e colando-a em seu corpo
"Sara, sara
Coração com buraquinhos
Sara, sara
E o encheremos de beijinhos
Sara, sara
Coração com sonho
Se não sara hoje, sara amanhã"
Ele ajeitou os cabelos dela, colocando-os atrás de suas orelhas. Ela o olhava com desconfiança. Ele a abraçou, e ela sentiu as mãos dele percorrerem suas costas, fazendo-a sentir um arrepio. Ele voltou a olhar para ela, se encararam e ele aproximava seu rosto do dela quando ela resolveu fechar os olhos. Ele a beijou. A partir daí ela só desejou que o tempo congelasse e aquele momento durasse a eternidade.
"Sabe, a chuva é o pranto da vida
E chora porque tem mil feridas
Depois do vento vem sempre o pôr-do-sol
Enchendo-os de luz e de calor"
