PECADO ORIGINAL

Capítulo 1 - Insanidade

AUTORA: CASSY

CENSURA: NC-17

RESUMO: O QUE EU GOSTARIA QUE ACONTECESSE NO SEASON 6...MISTURADO COM CENAS PICANTES , bem picantes HEHEHEH.

Direitos Autorais: House, Cuddy e cia não são meus...infelizmente, mas isso não siginifica que não posso me divertir um pouco com eles e fazê-los se divertir tbm!

HOSPITAL PSIQUIÁTRICO MAYFIELD

Ele estava deitado naquela cama desconfortável que mal acomodava seu corpo, com as mãos atrás da cabeça, pensativo. Já havia se passado 4 semanas desde que House decidira se internar naquela clínica, e não houve um dia sequer que ele não tenha se arrependido disso. Desanimado com mais um dia naquele lugar, ele se levantou da cama e caminhou lentamente em direção à única e pequena janela com grades que havia no quarto. Ele olhou para o jardim do lado de fora, e tentou imaginar por alguns segundos que aquilo tudo era apenas um pesadelo.

- Eu estou preso aqui...o que eu fiz para merecer isso? Exclamou House, apertando as mãos contra a grade da janela.

- Quer que eu enumere para você, House? Disse ela, com suavidade na voz.

Quando House se virou para olhá-la, seus olhos brilharam de medo e ansiedade, ela usava um vestido vermelho, os cabelos soltos e rebeldes caindo sobre seus ombros, Cuddy estava linda, e ele não pode deixar de notar isso.

- Você não é real....vá embora. Pediu ele, concentrando-se em apertar novamente as grades da janela.

- Como você pode ter certeza de que eu não sou real se você em ao menos...me tocou...Retrucou ela, sussurrando ao pé do ouvido de House.

A figura de Cuddy era muito real na mente de House, ele podia sentir o calor de seu corpo, seu perfume, sua respiração...tão próxima! O coração de House disparou naquele momento, mas ele não podia se entregar a mais uma alucinação, precisava recobrar a sanidade, por maior que fosse a vontade de se entregar à loucura, e a Cuddy. Ele não teve outra alternativa senão gritar por ajuda.

- Ei, alguém me ajude! Por favor! Gritava ele, batendo na porta.

Um dos enfermeiros do hospital abriu a porta rapidamente e se deparou com House sentado sobre a cama, com tremores por todo o corpo.

- O que está acontecendo aqui?

- Chame o meu psiquiatra, agora, eu preciso vê-lo, agora! Ordenou House.

PRINCETON HOSPITAL

Cuddy estava ensaiando sua entrada na sala de Wilson há vários minutos. Ela andava de um lado para o outro na porta da sala, segurando um clipe de papel entre os dedos, quando finalmente decidiu abrir a porta. Ela e Wilson tomaram a decisão no mesmo instante e acabaram se trombando na porta.

- Cuddy, me desculpe, o que você está fazendo aqui? Questionou Wilson, curioso.

- Eu...bem...eu...Tentava falar Cuddy.

- Já entendi, quer saber se eu tenho noticias do House? Disse o oncologista.

- Do House? Não...eu só queria saber se você...teve notícias do House, tudo bem eu admito. Afirmou Cuddy envergonhada.

Wilson começou a sorrir diante do jeito de Cuddy, e teve certeza de que ela estava tão preocupada quanto ele em relação ao amigo.

- Na verdade eu acabei de receber uma ligação do psquiatra da clínica, e me parece que o House não está muito bem. Você quer ir comigo visitá-lo? Perguntou Wilson.

- Visitá-lo? Agora? Questionou Cuddy, incrédula.

- Pegue seu casaco e vamos embora. Avisou Wilson.

HOSPITAL PSIQUIATRICO MAYFIELD

House estava sentado no piano da sala, junto com vários habitantes do asilo, tocando apenas com a mão direita quando seu psiquiatra se aproximou.

- Dr. House, temos visitas para você hoje. Avisou Dr. Craig.

- Eu não quero ver ninguém...Retrucou House, que continuou sem olhar para trás.

- São seus amigos, tenho certeza que você vai gostar de recebê-los.

Assim que House se virou, notou a presença de Wilson e abriu um leve sorriso para o amigo, mas atrás dele, lá estava ela, sua alucinação, mais uma vez. Assim que a viu, House se assustou novamente, levantou-se do piano e caminhou para o lado oposto a Wilson e Cuddy.

- Vá embora, eu já disse que não quero ver você! Exclamou House, olhando na direção de Cuddy.

- House, está tudo bem? Questionou Wilson, tentando se aproximar do amigo.

- Wilson, você está vendo ela, ou eu estou alucinando? Perguntou House.

- Ela está aqui, House, em carne e osso e preocupada com você. Afirmou Wilson.

- Vá embora, eu não quero você aqui. Avisou House, novamente se voltando para Cuddy.

Entristecida com a revolta de House, Cuddy deu as costas, e ensaiou sua saída para o corredor.

- Vou te esperar no carro, Wilson. Avisou ela, antes de sair em disparada.

- Porque você fez isso, House? Ela só estava preocupada com você. Contou Wilson.

- Eu não preciso que ninguém sinta pena de mim! Muito menos ela...

- Porque você tem que ser tão cabeça-dura? Questionou Wilson.

- E porque você tem que ser tão irritante? Retrucou House.

Enquanto Cuddy caminhava pelos corredores do Hospital, Dr Craig a alcançou.

- Dra. Cuddy, por favor eu preciso falar com você! Exclamou o Psiquiatra.

Cuddy parou no mesmo instante e se virou para ouvir o que o médico tinha a dizer.

- Podemos conversar na minha sala? Pediu Dr. Craig.

A sala do psiquiatra ficava no final de um assombroso corredor do hospital, por mais que eles andassem parecia que nunca chegariam até lá. Assim que Dr. Craig fechou a porta atrás de si, Cuddy sentou-se, preocupada com o tom da conversa.

- Dra. Cuddy, acredito que o Dr. House se encontra numa luta diária para separar a realidade e a imaginação, ele não consegue encarar a realidade e você poderia nos ajudar nesse aspecto. Contou o Psiquiatra.

- Vá direto ao ponto, Dr. Craig, por favor. Pediu Cuddy.

- Eu gostaria que você visitasse o Dr. House com mais frequência, sem que ele soubesse...Disse Craig.

- Você quer que eu faça parte de um jogo para enganar o House? Questionou ela, incrédula.

- Não exatamente Dra Cuddy, tudo que eu quero é fazê-lo distinguir entre o que é realidade e ficção e já que você é o único elo entre o real e a imaginação dele, acho que seria uma ótima forma de tentar trazê-lo de volta. Você o quer de volta não é mesmo? Perguntou Craig, curioso sobre a reação dela.

Cuddy parou por um instante, e da janela da sala do psiquiatra pôde avistar House sentado no jardim, com o olhar perdido e triste...naquele momento ela concluiu que essa era a única opção para tê-lo de volta em seu hospital, e em sua vida.

- O que você quer exatamente que eu faça? Questionou ela, sem tirar os olhos de House, através da janela.

- Aproxime-se dele, deixe-o acreditar que você é apenas uma alucinação...é o único jeito de trazê-lo de volta à realidade. Afirmou o médico.

Várias horas se passaram e já anoitecia, enquanto House permanecia sentado no banco do jardim da clínica, pensativo.

- Psiu, você aí, manco, não vai entrar não? Já está ficando frio aqui, e vão servir a gororoba de sempre daqui a pouco....Disse um dos moradores do asilo, sentando ao lado de House.

- Já vou...me deixe em paz. Pediu House.

- Ei, manco, aquela mulher que veio ver você hoje....muito bonita...eu nunca tinha visto uma mulher daquelas antes, posso ficar com ela, hein, posso fazer muitas coisas com ela, espere só até ela voltar! Dizia o doente mental.

Ao ouvir as palavras do companheiro de asilo, House perdeu as estribeiras, levantou-se e puxou o homem, muito menor que ele, pela gola, jogando-o no chão em seguida.

- Fique longe dela, entendeu...ela não é para o seu bico, você é louco! Gritou House.

- Nem para o seu, você também é louco, esqueceu? Retrucou o jovem.

Os dois homens travaram uma luta pelo chão do jardim, chamando a atenção de todos os moradores da clínica que ficaram incitando a briga. Em questão de minutos, os enfermeiros se aproximaram para separar a dupla.

- Ei vocês dois, parem com isso! Exclamou Igor, o enfermeiro negro de 2 metros de altura.

House e o jovem morador do asilo foram separados e levados para dentro da clínica, onde a punição aconteceria muito antes do esperado. Cada um deles foi condenado a passar 2 dias no quarto fechado, sem ver a luz do dia.

O tempo parecia não passar enquanto ele estava trancado naquele quarto. House permaneceu deitado na cama, olhando para o teto e para as paredes mofadas. Ele não conseguia entender como havia acabado daquele jeito, e só conseguia pensar em escapar dali, afinal ele era Gregory House, o brilhante infectologista, não era como as mentes doentias que habitavam aquele lugar horrendo. Pegou uma bola de tênis que guardava no bolso da calça e começou a jogá-la contra a parede, ouvindo um eco do outro lado na parede, como se alguém respondesse às suas batidas, no quarto ao lado.

- Tem alguém aí? Gritou House, sem obter resposta.

- Eu estou ficando mais louco do que imaginava...Observou House, enquanto jogava novamente a bola contra a parede.

Mais uma vez ele ouviu uma batida na parede, em resposta.

- Quem está aí? Perguntou House novamente, preocupado em estar tendo mais uma alucinação.

Antes que ele pudesse obter resposta, a porta do quarto se abriu.

- Dr. House, eu trouxe o jantar. Disse a enfermeira Kelly, demonstrando mais dedicação do que deveria.

- Deixe aí. Respondeu ele, friamente.

- Você está bem? Me contaram que você se meteu numa briga, te machucaram? Questionou Kelly, aproximando-se de House para tocar o hematoma em sua face.

Ele segurou as mãos de Kelly, antes que ela pudesse tocá-lo.

- Saia daqui, eu quero ficar sozinho! Exclamou ele.

Assustada, a enfermeira saiu do quarto rapidamente, deixando-o novamente sozinho.

Gregory House fechou os olhos e acabou cochilando por alguns instantes, e no momento em que abriu os olhos, percebeu que não estava mais sozinho naquele quarto escuro.

- O que você está fazendo aqui? Questionou ele, virando-se na cama ao sentir uma mão sobre seu ombro.

- Achou que iria se livrar de mim? Respondeu uma voz feminina.

FIM DO CAPÍTULO.