- "Vocês nunca fizeram?"
Foi assim que meu desespero começou.
Não me entendam mal, eu sei que não era um motivo tão absurdo para estar tão nervoso, mas acreditem, quando se é um semideus e se enfrenta uma batalha pela própria vida a cada esquina, coisas cotidianas se tornam aventuras muito maiores que deviam ser.
Annabeth e eu já estamos a dois anos juntos como namorados, claro que nesse meio tempo eu passei oito meses perdido e sem memória, mas enfim. Não que não tivesse intimidade com ela, lutávamos lado a lado a muito mais anos, posso garantir que quando se trata de matar monstros ou chutar traseiros metálicos nós somos implacáveis.
Porém, como namorados, bem... Eu admito, eu me sentia totalmente inexperiente. Tudo era exclusivamente novo, além do fato de Annabeth nunca facilitar para mim.
Estamos Grover, Will e eu sentados no meio do pavilhão do refeitório, tínhamos nos voluntariado (pressionados) a encaixotar os morangos para vendas depois de perdemos uma competição. Não sei em que momento exatamente o assunto foi parar em sexo, só sei que sentia minhas queimando de vergonha. Will não poupou nenhum detalhe obsceno de suas escapadas com Nico, o que me deixou ainda mais constrangido já que sabia que um dia Nico foi apaixonado por mim. Grover era mais contido, mas mesmo assim tinha algumas aventuras para contar.
Então naturalmente eles perceberam meu silêncio e começaram a indagar, mesmo eu tentando me esquivar ao máximo. Foi então que tudo ferrou.
- "Percy, vocês nunca fizeram?" – Will perguntou tentando disfarçar o tom de surpresa – "Vocês dois estão juntos a muito tempo..."
Grover podia sentir minhas emoções, o via tão pouco agora que havia me esquecido disso. Ele olhava para mim com piedade. Não adiantaria negar com ele ali.
- "É bem... nós... aham... estávamos ocupados com outras coisas..." – Falei encarando os morangos e me sentindo tão vermelhos quanto eles.
De fato estivemos, depois da guerra de Cronos nós passamos alguns meses juntos antes de Hera roubar minha memoria e me capturar, quando voltamos as nos encontrar estávamos no meio da Guerra de Gaia, caímos no Tártaro, unimos os acampamentos. Tínhamos tido dois anos bem movimentados.
- "Mas vocês nunca sequer tentaram nada? Nem uma chup.."
- "Não é assim também"- Interrompi Willl rapidamente – "Não é que não tentamos, a gente tenta, é claro, mas..." – suspirei nervoso, o TDAH me atrapalhando. Podia enfrentar gigantes e titãs, mas não conseguia me expressar numa conversa entre amigos – "Enfim, deixa isso pra lá"
- "Ah não, não tem essa. Agora eu quero entender! Vocês dois são perfeitos um para outro e são tão entrosados, íntimos! Como é possível que nunca transaram?!" – Will deixou os morangos de lado e se aproximou de mim, me pressionando.
Minha mente foi para todas as vezes que Annabeth e eu quase transamos.
A primeira foi no Argo II, na noite que dormimos no estábulo do navio. Depois de alguns beijos eu não consegui resistir. Annabeth tinha um cheiro doce e viciante de limão. Sua boca era carinhosa e de derretia na minha, ela passava a mão pela minha nuca, o que causava arrepios pelo meu corpo inteiro, então quando me afastei para tomar ar ela me olhou com aquele olhar. Droga, aquele olhar era perigoso. Seu rosto estava avermelhado de timidez, seus olhos cinzas pareciam tempestade e ela sabia o efeito que aquilo causava em mim.
Eu a beijei com mais avidez, apertando meu corpo no dela, queria senti-la. Ela correspondeu, passando os braços por volta do meu pescoço, roçando os seios no meio peito. Ela usava uma camiseta laranja do acampamento, não usava sutiã, então senti seus mamilos rígidos e isso me deixou mais excitado. Trilhei beijos na sua bochecha, descendo e subindo em seu pescoço e depois pousando no lombo de sua orelha.
- "Percy" – Ela gemeu no meu ouvido.
Cara, essa garota quer me matar, eu pensei.
Deitei sobre ela, deitando-a no coberto que estendemos, ela me surpreendeu quando colocou a mão por dentro da minha camiseta puxando para cima. Meu coração parecia um tambor, meu cérebro já tinha se transformado em uma geleia. Eu só conseguia pensar o quando eu queria a Annabeth.
Ela começou a beijar meu ombro e meu pescoço, então eu suspirei alto. Percebi que minha ereção estava contra a coxa dela, o que fez meu rosto ficar vermelho na hora. Ela também parecia envergonhada, mas não parou de acariciar meu abdômen.
Minha respiração estava acelerada, com cuidado eu passei minha mão por baixo da camiseta dela também, procurando seus seios, enquanto beijava novamente sua boca. Meu polegar alcançou o mamilo dela, ela suspirou sob minha boca. Eu não sabia o que fazer, e Annabeth passando as unhas na minhas costas e suspirando no meu pescoço não ajudava, então disse pra mim mesmo que 'se dane' e deixei meus instintos me guiarem.
Fiz movimentos circulares em seu peito, então terminei de levantar sua camiseta, ela não me impediu. Olhei seu belo par de seios, seus mamilos rosas eram perfeitos, sua pele exalava um cheiro tão bom. Meio desajeitado desci e apanhei seu mamilo com a boca. Ela arqueou as costas como resposta, suspirando alto. Chupei e passei a língua nele, seu gosto era tão viciante quando seu cheiro. Tenho certeza que não estava fazendo do melhor jeito, mas Annabeth pareceu compreensiva e aproveitou o momento.
Ela passava a mão pelo meu cabelo e descia para minha nuca, enquanto eu alternava o peito que beijava e sugava.
Subi meus beijos para seu colo e voltei para sua boca. Estava com medo de estar indo rápido demais.
Então ela passou a mão na minha ereção e isso terminou com o fio de consciência que eu ainda tinha. A única coisa que passava na minha cabeça era: aaahhh
Aprofundei o beijo apertando nossos corpos, com minha mão esquerda eu passeie por seu corpo. Quando cheguei na parte interna de sua coxa, ela, num movimento rápido girou seu corpo sobre o meu, trocando nós dois de posição. Agora ela estava por cima.
Ela começou beijando meu pescoço e foi descendo pelo meu tórax e abdômen, só entendi a intenção quando ela começou a desabotoar minha calça, tentei levantar meu corpo, mas ela me impediu.
- "Confia em mim... eu... deita, você vai me deixar mais nervosa" – ela sussurrou empurrando meu corpo.
Ela desabotoou minha calça e desceu ela até meus joelhos, puxando junto minha cueca. Eu senti meu coração disparar ainda mais. Eu nunca tinha ficado nu na frente dela e por mais que ela parecesse à vontade, eu senti que ela estava envergonhada também.
Mas ela não deixou a vergonha me abater, garota esperta demais, ela agarrou meu pênis com delicadeza. A mão era macia, ela massageou com cuidado. Eu só pude virar a cabeça para cima e soltar um gemido contido. Aquilo era a sensação mais deliciosa que tinha experimentado na vida.
Então ela mais uma vez provou que eu estava errado.
Primeiro ela beijou, depois ela abocanhou meu pênis passando a língua por toda extensão dele. Mil coisas se passaram na minha cabeça aquele momento, nenhum tinha sentido. Meu prazer foi tanto que os gemidos saíram soltos. Agarrei os cabelos dela de tanto prazer. Ela descia a subia a boca sob meu membro, eu sentia um choque passar pelo meu corpo inteiro. Ela com certeza queria me matar.
Eu não aguentaria aquela brincadeira por muito tempo, amaldiçoei meu nervosismo e inexperiência. Então interrompi ela, subindo-a no meu corpo. Conseguia sentir meu coração batendo sobre meu peito.
- "Você tem certeza..." – Eu disse baixo e engasgado. Queria ter certeza que ela estava pronta para o que quer que fosse acontecer naquele momento.
Ela respondeu que sim com a cabeça, trocamos de posição de novo, eu retirei o shorts dela e quando estava preste a tirar a calcinha dela, ela me interrompeu.
- "Talvez..."- ela respirava rápido – "eu... vamos... quero dizer... vamos parar por aqui"
Fiquei olhando confuso para ela, talvez frustrado. Não me julgue, depois do que ela fez com a boca, sentia meu membro pulsando de forma dolorida de tanta excitação.
Mas então entendi o que ela sentia. Estamos no meio da missão mais perigosa que já havíamos enfrentado até então. Tudo parecia tão confuso agora.
Afundei meu rosto no seu ombro, me acalmando aos poucos. Depois de alguns minutos senti meu coração desacelerar, então beijei seu pescoço rapidamente.
- "Eu te amo sabidinha"
Senti ela relaxar na hora. Ela soltou um riso tímido. Nós buscamos pelas roupas que nos faltava em silencio e voltamos a deitar no nosso cobertor, ela apoiou a cabeça no meu peito, eu a abracei cheirando seu cabelo.
- "Eu te amo, cabeça de alga"
Pouco depois adormecemos.
