Vida Injusta

E então o passado voltou a bater em sua porta, de uma forma bem literal. Era até difícil de acreditar na semelhança física, mas a final elas eram mãe e filha. Ele poderia dizer que eram gêmeas, não fosse o cabelo dourado da garota de dezesseis anos que batera à porta do celeiro. Peter não queria admitir, mas olhar para ela causava uma sensação confusa. Um misto de encantamento e ódio.

Edmund não disse nada, mas lançava a ele olhares de preocupação. Tanto ele quanto Lucy estavam inseguros quanto a reação dele ao ver Sarah pela primeira vez. Petulância e insolência eram palavras que ele usaria para descrevê-la num primeiro momento. Ela não obedecia ordens, ela não acatava a opinião dele como todos faziam, ela apenas erguia a cabeça e o encarava diretamente e então Peter não sabia como reagir. Era como olhar mais uma vez o rosto de Susan, no auge de sua juventude.

Uma parte dele ficou feliz em saber que ela havia realizado o sonho de ter uma menina, um sonho que ele não foi capaz de proporcionar a ela. Por um instante muito breve, ele também ficou feliz por ter a garota para lembrá-lo do rosto de Susan em seus contornos e traços únicos, ainda que levemente modificados. Mas havia uma outra parte que se enfurecia.

Sentiu despeito por ter sido esquecido tão rapidamente, mesmo sabendo que o caminho em si havia sido longo e doloroso de formas variadas. Teve raiva por não ter sido ele quem esteve ao lado de Susan quando ela deu a luz pela segunda vez e teve mais raiva ainda por seu lugar ter sido tomado por um ninguém chamado William Prince. Mas ele era um homem de nobreza e não pode deixar de pensar no quanto Susan devia estar sofrendo por perder a única filha.

A vida era injusta.

Sarah entendeu logo. Ela era esperta de mais para ser enganada tão facilmente, mas demonstrou uma frieza surpreendente ao chegar à conclusão óbvia, muito parecida com Edmund neste aspecto. Então ela manteve a calma e observou tudo a sua volta e se deleitou com a visão do mundo perfeito. Ela sorriu, mas não o suficiente para que Peter deixasse de lado suas ressalvas quanto ao merecimento da garota.

Ela perguntou pela mãe e o que aconteceria quando ela acordasse e visse que a filha já não respirava. Peter desviou o rosto para não ter que encará-la e responder àquela pergunta. Então a garota foi ainda mais longe. Por que Susan Pevensie não era mais uma amiga de Nárnia? O Grande Rei fechou os olhos ao lembrar da ultima discussão e de como ele havia deixado Susan deitada na cama, enquanto ele ia embora com os irmãos, rumo a estação de trem.

Susan havia divergido no único assunto capaz de separá-los e somente agora ele entendia que talvez ela estivesse certa. Peter Pevensie havia morrido num acidente de trem, junto com seus irmãos e pais, num ultimo esforço de voltar para Nárnia. Susan foi a única da família que poupada do desastre.

Ele não podia contar à Sarah, em primeiro lugar porque ela perceberia o quão doentia era a relação entre Peter e sua irmã mais nova, em segundo lugar porque a menina tinha direito a guardar a memória de uma mãe boa e justa, ainda que Peter não se conformasse com as escolhas de Susan.

Ela não aceitou bem, o que era normal, mas Peter não esperava ser desafiado em seus próprios domínios. Mas Sarah mal conseguia enxergá-lo como um tio, que dirá vê-lo como um rei. Dedo em riste, expressão determinada, peito estufado e posição de quem está pronto para enfrentar qualquer coisa. Muito parecida com Susan, em sua teimosia, mas sua falta de destemor da garota era muito similar à personalidade do Grande Rei. Com toda valentia do mundo, ela exigiu que o caso de Susan fosse revisto e que a mãe recebesse o direito de ser aceita em Nárnia quando a hora chegasse.

Muito de Susan estava nela, de uma forma bem evidente. Havia a sagacidade e a perspicácia de Edmund no olhar dela e o riso, bem como as traquinagens, de Lucy, formando uma mistura harmoniosa naquela menina de dezesseis anos. Entretanto, a postura imponente e a determinação em perseguir seus ideais, essas eram características herdadas dele, bem como o tom do cabelo loiro. O que surpreendia é que Sarah Prince não tinha absolutamente nada do pai, William. Ela era forte e nobre de mais, talvez por isso a única coisa de William que condizia com ela era o sobrenome.

A contra gosto, ele admitiu que ela residisse em Cair Paravel e ocupasse o trono que originalmente foi destinado à mãe dela. Lucy e Edmund haviam insistido naquilo, uma vez que a Rainha Gentil não se encontrava apta a ocupá-lo naquele momento. Os demais habitantes da verdadeira Nárnia receberam muito bem a nova integrante da "Família Real Dourada". A única restrição de Peter foi quanto ao título que ela receberia. Sarah não era uma rainha, já que para tanto o próprio Aslam deveria proclamá-la, mas por ser a filha de uma rainha do passado ela seria agraciada pelo título de princesa. Ninguém questionou isso.

Lucy gostava dela e gostava de perder um tempo incalculável mostrando a ela todos os encantos da Verdadeira Nárnia. Sarah estava se acostumando com a idéia de viver ali e por isso aproveitava o tempo com a Rainha Destemida tanto quanto possível. Peter gostava de observá-las à distância, porque trazia uma nostalgia dos tempos em que ele e Susan haviam governado e Lucy brincava com Henry nos jardins. Edmund e a esposa não lamentaram nunca mais a ausência de crianças em seu casamento, mas Peter havia escutado o irmão dizer que ele gostaria de saber como era a sensação de ter uma filha como Sarah.

Mesmo reservado, o Rei Justo deixou escapar que Susan teve sorte na vida, por ter tido uma filha como ela e que ele lamentava por mãe e filha não poderem mais se ver.

Henry eventualmente apareceu em Cair Paravel quando soube da chegada de Sarah. Ele e Peter não se falavam muito, mas se amavam e se respeitavam como era pertinente a relação de pai e filho. O antigo rei solitário encarou o pai com olhos ansiosos e ficou apenas tempo suficiente para ser apresentado à garota, sua meio irmã.

Quando Sarah se retirou do escritório para importunar algum fauno ou procurar pela rainha Lucy e Jill, Henry olhou o caminho feito por ela com olhos saudosos e então se virou para o pai.

- Eu não tenho certeza se me lembro bem, mas acho que ela parece com minha mãe. – Henry disse num tom fraco de voz.

- Quase idênticas fisicamente, mas o temperamento da princesa é único. – Peter respondeu de uma forma muito solene para o rapaz de vinte e poucos anos que aparentava ser.

- Se me permite dizer, meu pai. O temperamento de minha meio irmã é muito parecido com o vosso. – Henry sorriu de leve – Mas ela é gentil, como minha mãe sempre foi. Eu gostaria de ter crescido com ela, ter tido sua companhia nas brincadeiras.

- Susan teria gostado de ver vocês se dando bem juntos. – Peter disse resignado.

- Mas o senhor não se sente confortável com isso. – Henry concluiu de forma educada – Eu não direi nada sobre sermos irmãos. Deixe que ela pense que sou apenas mais um rei na Verdadeira Nárnia.

- Sua mãe teria orgulho de você. – Peter sorriu para o filho.

- E acho que o senhor terá orgulho da princesa Sarah. Ela parece destinada às grandes façanhas. – Henry se curvou e então deixou Cair Paravel mais uma vez.

Caspian X também apareceu para comprovar com seus próprios olhos a semelhança entre a princesa Sarah e a rainha Susan, o que incomodou Peter ainda mais. A velha rivalidade pelas atenções da Rainha Gentil nunca foram realmente superadas, apenas deixadas de lado por uma questão de cortesia.

Caspian ao menos era um homem digno por saber a hora certa de se retirar. Se O Navegador alegava ter superado a rejeição de Susan, então que não perdesse tempo buscando-a nas feições da filha, esse era o tipo de coisa que apenas Peter tinha o direito de fazer.

Não que ela o atraísse, porque não importava a semelhança, ela jamais seria Susan. Ele apenas gostava de olhar a forma compenetrada como Sarah se perdia em pensamentos junto ao fogo. O perfil dela contra a luz era o mesmo de Susan e os olhos tinham a mesma doçura que renderam à rainha do passado o predicado de "Gentil".

Eventualmente ele criou coragem para perguntar a ela o que aconteceu para que ela fosse parar em Nárnia. Ela não parecia confortável com a pergunta, encolheu os ombros e continuou encarando o fogo, criando coragem para dizer.

- Meus pais discutiram naquele dia. Não é algo incomum de acontecer, mas foi pior do que de costume. – ela disse encolhendo os ombros – William bateu na minha mãe e disse coisas horríveis. Eu tinha me atrasado no caminho de volta pra casa porque passei em uma loja e comprei dois anéis engraçados. Eu queria dar um pra minha mãe, uma bobagem de presente de aniversário. Quando eu cheguei ela estava caída no chão, a testa sangrava e ele estava avançando pra cima dela. – os dentes de Peter cerraram ao ouvir a narrativa da garota. Pior era a impotência. Era tão bom agora como foi quando estava na terra. Não importava como, ele não conseguia proteger Susan.

- O que mais aconteceu? – ele perguntou num tom ameno enquanto apertava de leve o ombro da garota num sinal de encorajamento.

- Eu fiz o mesmo que fiz quando Nancy Fletcher estava sendo atacada por dois garotos atrás do muro da escola. – ele disse com um toque de orgulho – Eu voei pra cima do desgraçado. Peguei o atiçador da lareira e fui pra cima dele antes que ele pudesse deixar minha mãe inconsciente. – Peter não pode conter uma sensação intima de alivio e orgulho pela atitude de Sarah – Minha mãe pegou as chaves do carro e nós fugimos de lá. Ela disse que nunca mais queria voltar para aquela casa. No meio do caminho acho que ela desmaiou no volante. Acho que foi a pancada na testa. Quando eu olhei para frente estávamos indo no rumo de uma macieira enorme. Depois disso eu só me lembro de dar de cara com a porta de um celeiro e ouvir Lucy e Ed discutindo com você a respeito do que deveriam fazer.

- O que acha que aconteceu com a sua mãe? – ele perguntou ansioso e inseguro.

- Eu ouço a voz dela do outro lado da porta, como vocês escutaram a minha. – ela se encolheu – Mas eu não posso abri, não é mesmo? Essa é a sua função.

- Não sei se você acredita ou não, mas eu queria poder fazer alguma coisa por ela. – ele disse encarando o fogo. Quem observasse os dois notaria uma semelhança quase cômica nas expressões faciais.

- Eu acredito. – ela disse simplesmente e ele voltou a encará-la com curiosidade.

- Por que?

- Ela sempre disse que você podia ter todos os defeitos do mundo, mas era capaz de fazer qualquer coisa pela família e para defender uma causa justa. – ela disse calma, como se aquele tipo de conversa fosse tão habitual entre ela e a mãe que chegava a ser nostálgico.

- Ela falava muito sobre mim? – ele perguntou, alimentando a esperança de não ter sido esquecido.

- Sempre que eu precisava de um exemplo masculino ela citava você e Ed. Era mais comum ela falar de você. – Sarah respondeu.

- William não era um bom exemplo? – ele perguntou tentando parecer compreensivo.

- Ele não servia para nada, mas nem sei se posso culpá-lo. – ela encolheu os ombros – Entendi bem cedo que ele não era meu pai biológico e esse era um dos motivos pelo qual ele me odiava e fazia da vida da minha mãe um inferno. – aquilo o chocou. Sabia que Susan teve vários namorados naquela época, mas não chegou a antecipar algo daquele nível. Isso explicava o fato de Sarah não ter nada de William Prince.

- Você sabe quem é seu pai? – ele perguntou com medo de ofender a garota, mas ele precisava saber. Precisava se torturar um pouco mais e quem sabe assim superar aquele amor doentio por Susan.

- Uma vez eu perguntei a ela, mas minha mãe nunca disse. Ela apenas chorou e me mandou ir brincar no jardim. Assumi que ele estivesse morto ou coisa do gênero. – ela disse como se não se importasse – William costumava dizer que eu não era filha de ninguém, que eu era toda Pevensie, da raiz do cabelo até as unhas do pé. Ele dizia isso sempre que brigava comigo.

- Eu nunca concordei com as atitudes da sua mãe naqueles tempos. – ele disse sério – Eu estava certo. Você não precisaria ter passado por tudo isso se Susan tivesse se dado ao trabalho de me escutar.

- Se ela tivesse escutado eu não existiria e ela estaria morta. – Sarah respondeu num tom bem óbvio – Eu posso não ter tido o melhor lar do mundo, mas eu tive uma vida e eu fui feliz várias vezes. A maioria delas foi culpa da minha mãe. Eu não posso julgá-la, acho que nem você deveria.

- Só Aslam tem esse direito. – Peter disse ao acaso. Sarah o encarou.

- Acho que ele foi o grande culpado pelas escolhas dela. – Sarah disse de um jeito brusco – Foi dito que ela jamais voltaria para Nárnia e ela entendeu isso ao pé da letra. Do que adiantava alimentar um sonho que não poderia mais se realizar? Ela fez o que pôde, de uma forma atrapalhada, mas mesmo assim seguiu com a vida dela.

- Você se parece com ela. – Peter disse por fim, cansado de mais para levar a discussão à diante.

- Ela dizia que eu me parecia com você. Já nem sei mais o que pensar a respeito. – Sarah se levantou de uma vez. Peter pensou que se ela tivesse um bom tutor seria uma lutadora imbatível. Ela tinha o porte e o temperamento de uma guerreira. Um pouco de Joana D'Arc, um pouco de Susan, um pouco dele.

Foi quando ele notou o óbvio. Ela era de fato toda Pevensie, ou ao menos sua postura e aparência sugeriam isso. A idade coincidia e talvez houvesse uma chance de que ele tivesse realizado o desejo de Susan antes de embarcar naquele trem.

Ele então a observou dar as costas e caminhar como se a visse pela primeira vez. Uma onda de choque e euforia tomou conta dele e então sentiu suas pernas vacilarem. Se fosse verdade então havia uma razão pela qual Susan escolheu William. Ele e Peter eram fisicamente parecidos, o bastante para que a criança não levantasse suspeitas quando nascesse.

Foi quando ele sentiu vontade de ajudá-la pela primeira vez. Suas magoas foram deixadas de lado e o Grande Rei retomou sua justiça inerente. Correu para alcançá-la no meio dos corredores do palácio.

Ele a segurou pelo braço e tentou recuperar a calma. Ela arqueou uma sobrancelha diante da atitude dele.

- Eu não posso ajudá-la no assunto, mas se deseja falar em nome de Susan e defendê-la o único com poder pra aceitá-la é Aslam. – ele disse apressado – Quando ele aparecer eu a apresentarei e então você poderá dizer a sua versão dos fatos.

- Por que está fazendo? – ela parecia desconfiada.

- Considera um presente por todos os seus aniversários e natais que eu perdi. É provavelmente a única coisa que eu posso fazer por você e sua mãe. – ele disse afoito.

- Ela tinha razão. – Sarah disse sorrindo – Você é capaz de tudo pela sua família.

Depois daquela conversa ele se perguntou se ela desconfiava de algo. Provavelmente não. Ninguém aceitaria tão bem o tipo de relacionamento que Peter e Susan tiveram. Ele também não tinha certeza se era o pai dela, gostaria que sim.

Contou o caso a Edmund depois de um tempo. O irmão ficou encarando-a a distância depois disso, tentando formular uma opinião própria. Achou que era delírio do Grande Rei no primeiro momento, mas então as semelhanças se tornaram muito evidentes.

Sarah não tinha muito jeito com o arco longo como a mãe. A pontaria era fraca e ela não conseguia se colocar numa postura adequada para lançar a flecha. Em compensação, quando foi apresentada à espada de corte duplo, os movimentos pareciam fluir naturalmente, como um instinto que precisava apenas ser refinado.

A forma como ela se impunha quando queria ser ouvida demandava a atenção de todos e ela fazia isso com freqüência. Sempre que alguém questionava a respeito de Susan, ela endireitava a coluna e falava com tal propriedade e eloqüência que ninguém ousava contradizê-la. Havia algo nela distintamente nobre.

Depois de muito pensar no assunto, Edmund finalmente deu uma resposta.

- Ela é você de saia e com seios. – ele disse num tom de brincadeira – Talvez não seja sua filha, mas sem dúvida ela herdou muito de você. Ela sabe como chamar atenção, a pequena exibida.

- Ela realmente sabe. – Peter concordou, ainda meio fascinado com a idéia.

- Tem alguém que parece realmente deslumbrado com a garota, mais do que você. – Edmund acrescentou. Peter encarou o irmão mais novo sem entender.

- O que quer dizer?

- Não notou que temos visto Tirian com muito mais freqüência desde que Sarah chegou? – Edmund perguntou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Você está vendo coisas. – Peter resmungou contrariado – Ele só deve estar curioso, a final ela é filha da Rainha Gentil, a única rainha que ele não conhece. É natural que Sarah desperte a curiosidade.

- O pior cego é aquele que não quer ver e ainda fura os olhos pra não correr o risco. – Ed debochou – Ele está deslumbrado.

- Bobagem.

- Ele sempre teve um fraco por mulheres de opinião e eloqüência. Jill é a prova viva. – Edmund retrucou rindo – Acho que Sarah tem agravantes. Além de geniosa e inteligente ela é uma princesa. Pior do que isso, ela é a filha da mulher mais linda que Nárnia já viu. Até você tem que reconhecer que são coisas difíceis de ignorar numa mulher, ainda mais numa que não tem qualquer compromisso com outro homem.

- Ele teria que ter muita audácia pra tentar qualquer coisa. – Peter disse mal humorado e Ed caiu na gargalhada.

- Pela Juba do Leão, você acaba comigo assim. – Edmund disse ainda rindo – Deixe a menina viver! Tirian é boa gente e muito mais honrado do que qualquer outro rapaz que tenhamos conhecimento e ele está subordinado a você, não é como se algo de mal pudesse acontecer a ela.

Honrado ou não, Peter ainda não se sentia a vontade com a idéia de um rapaz cortejando sua filha, mesmo que ele ainda não tivesse certeza absoluta de que Sarah era sua filha. Tentou imaginar o que Susan diria a respeito e a única coisa que lhe veio a cabeça foi o rosto sorridente dela.

Era bobagem pensar nisso. Susan e Lucy ficariam simplesmente extasiadas com a idéia de um romance protagonizado por Sarah. Ainda assim, Peter se achava no dever de fechar a cara para a situação. Ninguém nunca seria bom o bastante para a princesa de Nárnia.

Nota da autora: Como eu disse em De Fé e de Justiça, eu tinha planos pra escrever a história da Sarah. Pois é, esse é o começo. Agradeçam ao Senhor Gênio Literário chamado Neil Gaiman que me fez enxergar a luz com o conto "O Problema de Susan", que fala justamente da exclusão de Susan Pevensie e de como ela deixou de ser amiga de Nárnia. Eu gostaria de ver as opiniões de vocês quanto a este início. Tenho uma noção geral do que quero na história, mas ainda não sei como ela vai se desenvolver.

Será focada basicamente na figura do Peter e de como ele se entende com a filha, no meio do caminho ele vai se redimindo e deixando de lado todo rancor que ele guardou pela Susan ao longo da trágica história dos dois.

Bjux

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