Disclaimer: Aqui somente a ideia da historia me pertence, todo o resto (personagens e etc) pertencem a J.K. Rowling.

Esse é um UA, conterá escravisão, slash, veela-bound e etc, se não gosta não leia! Irei começar no primeiro ano e seguirei até após a derrota do lord das tervas, provavelmente muitas coisas serão parecidas com o livro, mas lembre-se que este é um UA. Está é minha primeira fic, então por favor me digam o que acham e se devo continuar. Ahhhh, se algém quiser me ajudar betando por favor entre em contato.

Reescrito: 03/11/2018

Capítulo 1

Harry aprendeu cedo as regras: ele não deveria fazer perguntas, não deveria encarar os adultos, não deveria falar se não falado antes, não deveria contar o que acontece em casa. Essas eram suas principais regras para uma boa convivência com os Dursley.

Somente quando começou a escola, ele aprendeu que fora de casa seu nome era Harry James Potter, enquanto que em casa seu nome continua sendo Aberração. Ele ainda tem as marcas dessa lição.

Há muito tempo ele deixou de ter esperanças de que um dia seria resgatado, Harry estava conformado com seu destino nas mãos de sua família, afinal ele era uma aberração que não podia fazer nada certo e com isso veio a certeza que mesmo que um dia saísse da casa de seus tios, ninguém nunca poderia amá-lo por quem ele era.

Acordando no dia 31 de julho como um dia qualquer, não o dia de seu aniversário de 11 anos. Afinal já tinha muito tempo se acostumado com o tratamento de sua família em relação a ele, a aberração passaria a fome e sofreria com o abuso verbal e físico. Por isso ao raiar do dia do seu aniversário ele já estava fazendo o café da manhã para seus parentes apesar de saber que ele provavelmente não teria permissão para comer nada feito por ele.

'Afinal, Tio Valter ainda estará furioso pelos acontecimentos recentes do zoológico... Como se uma aberração pudesse sentar-se na mesa com a família e comer como uma pessoa normal.' pensou Harry lembrando que no aniversário de Dudley deste ano como não havia ninguém para ficar com ele, ele foi com os tios, o primo e um amigo para o zoológico. E acidentalmente soltou uma cobra em cima do seu primo. 'Espero que o Tio Valter já tenha se acalmando nessas últimas semanas, não preciso de mais nenhuma surra por algo que não tenho certeza e fiz ou não.'

"Aberração, espero que tudo já esteja pronto" gritou Tio Valter descendo as escadas, como um dinossauro desajeitado, apesar de Harry achar que ele mais parecia com um porco. 'Com aquelas banhas que não cabem em uma cadeira normal, aquele rosto rosado que quase não era possível ver seus olhos e aquele bigode que cobria quase todo o lábio superior ele mais que parece com um animal mesmo'pensou Harry acabando de pôr o bacon na mesa com o resto que havia feito de café da manhã.

Enquanto seu Tio começava a se servir ele ficou observando o resto da família descendo para o café da manhã. Primeiro sua Tia Petúnia desceu, já pronta para ficar no quintal observando tudo que acontece na rua para poder fofocar com o marido depois. 'Minha família parece mesmo um zoológico. Olha lá tia Petúnia com aquela cara de cavalo e pescoço de girafa, já Dudley parece uma orca em miniatura'

Enquanto Harry servia o café da manhã aos seus tios e primo a campainha tocou.

"Menino," gritou tio Valter quando a campainha tocou "vá abrir a porta!"

Enquanto passava pelo corredorzinho que levava para a porta da frente olhou para a porta do seu quarto, ou melhor para a porta do armário que serve de quarto para ele 'Afinal Dudley tem tanta coisa que necessita de dois quartos e o quarto de hospedes somente tia Marge e os amigos de Dudley podiam usar e não é como se uma aberração tivesse direito a dormir em uma cama e ter um quarto.'pensou Harry com amargura.

"Sim" disse Harry quando abriu a porta para uma senhora com uma capa preta, um coque, óculos e aparência rigorosa.

"Bom dia! Estou aqui para conversar com o Senhor Potter e sua família, se possível." disse a senhora severa, escondendo uma demanda em um pedido educado.

Antes que Harry pudesse dizer algo ele sentiu a mão do seu tio apertando dolorosamente, mas imperceptivelmente o seu ombro, o lembrando do seu lugar como aberração dentro dessas paredes.

"Saia da minha casa, não queremos nada com você e ninguém de sua laia aqui." disse tio Valter a mulher e, Harry percebeu, começando a ficar perigosamente vermelho de raiva. Com um estremecimento interno, ele maldisse essa senhora que com toda sua certeza acabou de fazer com que ele ganhasse outra surra de seu tio.

"Por favor senhor Dursley, posso entrar para não ter que conversar sobre isso aqui?" disse a mulher rigorosa. Valter Dursley percebendo que os vizinhos poderiam estranhar essa visitante, e ser algo estranho era o medo dos Dursley, 'por isso nunca poderiam gostar de mim, sou o mais estranho de todo', relutantemente levou a mulher rigorosa para a sala onde Tia Petúnia estava assistindo TV.

Quando Petúnia viu a pessoa que entrou na sala com seu marido e sobrinho, como Valter não havia soltado seu ombro por causa da raiva, empalideceu lembrando da última visita da mulher há mais de vinte anos atrás. Depois que todos se sentaram com Harry ainda não sabendo porque ele tinha que permanecer e não ir embora e começar os seu deveres diários na casa, a mulher rigorosa voltou a falar:

"Senhor Potter, como você deve saber você começará a frequentar Hogwarts nesse próximo ano letivo" começou a discursar a mulher como uma professora "por isso estou aqui. Eu sou a Minerva McGonagall, professora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, vou te levar ao Diretor Albus Dumbledore para esclarecer certos detalhes relacionados a sua herança antes do início do ano letivo que você precisará saber e amanhã alguém o levará ao Bec..."

"O QUÊ?" gritou Harry levantando-se do sofá e esquecendo-se de suas regras "Magia, bruxaria? A senhora é louca?"

Percebendo que não havia como negar para o sobrinho nada e não querendo que ninguém descobrisse o tratamento dele em casa, Petúnia começou a falar, como a atriz que ela era, com a voz embargada, porém Harry não se enganou. Ele viu o brilho de advertência em seus olhos e naquele momento se arrependeu profundamente de ter explodido. 'Isso irá doer mais tarde'

"Desculpe Harry, mas quando você chegou eu tinha acabado de perder minha querida irmã para esse mundo louco que nada entendia e não queria perder você também, por isso não toquei nesse assunto. Mas Lilian era uma bruxa e você, pelo que parece é um feiticeiro" disse Petúnia.

"Então você está falando que eu sou um feiticeiro e que eu vou estudar em uma escola de magia em um mundo mágico" disse Harry como se fosse muito difícil de entender, e na realidade para ele era.

"Por que a Senhora não vai para a cozinha com Petúnia tomar um chá, enquanto meu sobrinho se arruma e eu vou trabalhar, pois já estou atrasado" disse Valter olhando para Harry com raiva nos olhos.

A Professora não percebendo nada de errado seguiu Petúnia para a cozinha. Quando Valter ouviu as duas começarem a conversar ele agarrou seu sobrinho pelo cabelo dando joelhadas no estômago até Harry ficar sem ar. Harry já acostumado e sabendo que seria pior se ele fizesse algum som sofreu em silencio.

"Aberração se eu descobrir que alguém do seu mundo ficou sabendo sobre o que acontece aqui, você saberá o que verdadeiramente machuca." sussurrou tio Valter no ouvido de Harry "E você se vira para pagar qualquer coisa lá, eu não pagarei nada para sua educação de anormal!" e abaixando ainda mais o volume de sua voz ele continuou "Quando você voltar, receberá a maior surra que já sentiu Aberração!"

E assim Tio Valter saiu para trabalhar e Harry foi pegar sua melhor roupa de segunda mão (antiga roupa de Dudley) e voltou a cozinha onde tia petúnia estava contando a Professora McGonagall sobre a falta que sentia de sua irmã e como tinha ficado feliz que Harry estava crescendo com ela. Se Harry não a conhecesse como ele a conhecia teria acreditado como a Professora no que sua tia estava falando.

"Estou pronto" anunciou Harry.

"Senhor Potter aqui tem um pedaço de corda." começou a Professora levantando-se aproximando-se dele e mostrando uma corda de aproximadamente 10 cm para ele. "Isso é uma chave de portal ativada por senha, o que significa que quando eu disser a senha ele nos levará ao escritório do Diretor Dumbledore. Você só precisará lembrar de não soltar a corda até chegarmos ao escritório. Pronto?"

"P-Pronto" disse Harry inseguro segurando um pedaço da corda que a Professora lhe ofereceu.

E de repente ele sentiu um puxão no umbigo e tudo começou a rodar sem que ele percebesse ele caiu de bunda em um escritório grande.

Olhando em volta viu uma mesa cheia de papel grosso, tinteiro, pena um pote com o que se parecia bala. Atrás dessa mesa estava um senhor com longos cabelos e barbas brancas trajando vestes roxas com estrelas amarelas e sóis amarelos. Ele viu vários quadros olhando pra ele, o que o assustou, pois, um quadro não deveria se mexer. Um estranho pássaro vermelho o estava olhando com olhos conhecedores, fazendo com que ele se sentisse fora do lugar. Havia também no escritório um armário com muitas coisas mais estranhas ainda.

"Feliz Aniversário Harry" disse o velho "Obrigado Minerva, vou assumir daqui. E por favor, chame Severus para mim por favor."

Com um olhar severo ao idoso homem e um aceno para Harry ela saiu pela porta que Harry não havia percebido que existia.

"Bom Harry, sente-se" continuou o velho "Eu sou o Diretor Dumbledore e agora que você completou 11 anos temos algumas coisas para conversar. Vou pedir que você me deixe falar e não me interrompa até eu acabar!" disse calmamente esse senhor com a aparência de avô e olhos calmos.

"O-Ok s-senhor" disse Harry nervoso.

"Como você deve ter aprendido em 1833 marcou o fim da escravidão na Inglaterra trouxa (chamamos de trouxas aqueles que são não-mágicos), mas aqui no mundo bruxo não conseguimos abolir e não conseguiremos. Sei que isso deve ser difícil de ouvir isso tendo crescido com os trouxas e sem saber que ainda existem escravos. Mas aqui os escravos viraram escravos por meio de feitiços, por isso somente foi possível proibir de realizar esses feitiços em pessoas livres como punição, entretanto para aqueles que estavam sobre o feitiço não havia nada que pudesse fazer." Começou o diretor para um Harry assustado com o que estava aprendendo 'Será que sou escravo de alguém? Faria sentido...'pensou Harry.

"A escravidão é passada pelo útero, a magia da escrava já liga sua futura criança ao feitiço de escravidão, que chamamos de destino. Tentamos fazer com que os escravos deixem de ter filhos, mas vimos com o passar do tempo que é impossível. Um escravo vale muito para ser vendido e seus senhores acabam fazendo reprodução, muitas vezes forçada, para a venda ou para que seus descendentes tenham escravos." Continuou como um professor 'O diretor deveria ter sido um professor aqui antes de virar diretor'riu Harry como ele viu o bondoso Diretor transformasse em um professor.

"Existem diferentes tipos de escravos, que mais tarde você deverá ler sobre nos livros que lhe darei. O principal aqui é, seus avós eram abolicionistas. Abolicionistas aqui no mundo bruxo significa que são pessoas que lutarão pelo melhor tratamento possível dos escravos, já que provou-se ser impossível remover o destino dos escravos. Voltando aos seus avós, quando um dia foram em um jantar e descobriram que Severus estava sendo maltratado tentaram de tudo para comprá-lo, depois de anos, quando Severus já tinha acabado a escola eles conseguiram, mas seus avós morreram logo depois. Assim a posse de Severus passou para seus pais e com a morte dos seus pais, a posse de Severus passou a você. Como você mora no mundo trouxa, Severus viveu aqui em Hogwarts sob minha tutela até sua volta ao mundo bruxo." Nesse ponto Harry estava estarrecido e o diretor continuou como se não tivesse percebido.

"A escravidão dele é irreversível como já expliquei, porém ele tem o destino mais submisso ao Mestre de todos os tipos. Aqui eu tenho alguns documentos que quero que você assine antes dele chegar aqui para conhecê-lo. Devo também perguntar, ele pode continuar a ensinar aqui e receber a mesada que eu tenho dado a ele desde que seus pais morreram?"

"Hm...Sim...Claro Diretor, se é o que ele quer." Disse Harry e assinou todos os documentos que o diretor mandou, com aquela estranha pena 'Parece que deverei me acostumar com essas coisas, esse mundo parece que está séculos atrás. Um escravo, como poderei fazer tudo certo? Sou apenas uma aberração, não posso ter esse tipo de responsabilidade.'

Assim que ele acabou houve uma batida na porta assustando Harry.

"Entre Severus" disse o Diretor Dumbledore.

E assim entrou um imponente homem de cabelos, olhos e vestes negras. Harry percebeu que havia uma marca de argola, parecendo uma tatuagem toda em preto em volta do pescoço e dos punhos do homem. Ele percebeu com nojo que deveria ser algum tipo de marca que diria a todos que ele era escravo. Quando o homem entrou ele logo parou, antes mesmo de perceber Harry no quarto e como sentisse o Harry, o homem se virou, olhou para o Harry. Quando o homem se ajoelhou a frente dele abaixou a cabeça até o chão e disse formalmente:

"Eu Severus Snape, estou aqui para realizar se servir a cada propósito que você mandar e desejar Mestre. Sou seu servo até a morte, você possuiu meu corpo, alma e mente. O senhor possui minha total lealdade e obediência. Faça comigo o que desejar Mestre." disse o homem.