N/A: Aqui está o primeiro capítulo para vocês sentirem como é a história.
Nada de Bella bobinha, nem Jane malvada. É universo completamente alternativo e as características dos personagens são completamente diferente das do livro. Twilight ou qualquer personagem não me pertecem (infelizmente).
Capítulo 1. – Escritório de Carlisle.
Mais um dia ensolarado em New York, outra tarde revirando papeladas e em quinze minutos, mais uma reunião no escritório do décimo sexto andar. Esse era o divórcio mais maçante que ele cuidava, em anos.
Carlisle era muito bom no que fazia, e tinha a lábia para cuidar desse tipo de assunto. Negociações brilhantes e partilha de bens, eram sempre justas. Mesmo que seu cliente exigisse por mais, sua conversa o fazia entrar nos eixos e se colocar na posição que devia estar.
Enquanto relia o pedido de pensão, com a mão massageando as têmporas, sua esposa, Esme, aparecia na tela do celular, que vibrava na mesa de vidro, tirando-o de sua concentração.
Ela estava no supermercado, comprando os cereais açucarados de Rosalie, e as aveias para a vitamina matinal de seu marido, que haviam acabado após o café dessa manhã.
Esme era das poucas mulheres, que realmente apreciava o lado dona-de-casa, mesmo tendo um diploma de professora, e um ótimo currículo acadêmico, pregado em um quadro no quarto. A atenção que dava para a sua família, e o jeito como se importava com seu lado materno, lhe era mais prazeroso do que quaisquer outras atividades.
Carlisle era um ótimo amigo e marido para ela. Os dois se suportaram, quando um assalto inusitado, levou seu filho mais velho. Ainda não tinham tido tempo de se recuperar da dor da perda, mas tentavam seguir em frente, tentando dar exemplo a Edward, que andava tão abatido.
- E você consegue chegar para o jantar? – perguntou do outro lado da linha.
- Vou fazer o possível, meu bem. – ele suspirou brincando com o lápis entre os dedos. – Se ficar muito tarde, eu como por aqui.
- Rosalie me ligou, Edward já voltou para o apartamento.
- Nós já esperávamos por isso, não é, anjo?
- Sim. Eu sei. - admitiu infeliz – Só queria preparar algo que gostasse.
- Qualquer coisa que você fizer, vai estar bom para mim, ok?
E segundos depois encerravam a ligação de modo ainda mais clichê.
***
Casa dos Swan.
- Vamos, pai! – gritou Jane pela terceira vez, aquela tarde.
Eram quatro horas, e ela já estava atrasada para seu ensaio. Jane se dedicava as artes cênicas, como se fosse tudo de mais importante na sua vida. Tinha apenas dezesseis anos, e já tinha em mente tudo planejado para os próximos dez.
Ainda, sem licença para dirigir, e sem carro para guiar, dependia de seu pai ou sua irmã para leva-la ao teatro. Passava uma das mãos, nervosamente, em seus fios recentemente pintados de loiro. Nunca tinha tido o cabelo escuro como o da irmã mais velha. Era muito mais parecida com sua falecida mãe, e resolveu aderir a cor mais clara, realçando os olhos azuis, também herdados da matriarca.
- Isso é tão injusto. – resmungou baixinho, batendo na mesa da cozinha, aguardando Charlie se arrumar para o expediente noturno.
A chave na entrada principal foi girada duas vezes e destrancada. Bella entrava em casa, apertada para ir ao banheiro, jogando todo seu material de faculdade em cima do sofá e a chave do carro na mesinha de centro.
Ela passou como um vulto, subindo as escadas de dois em dois degraus, sem ao menos cumprimentar o pai, que descia abotoando o cinto preto nas calças do uniforme. Ele olhou de relance e resmungou algo como "falta de educação", antes de ser puxado pelo braço pela filha caçula.
Entraram no carro e Jane, com pressa, colocou o cinto e ficou balançando os pés nervosos.
- Sabe, Nova Iorque me oferece transporte público e não é problema nenhum eu pegar qualquer um deles, para não me atrasar para o ensaio. – ela argumentou.
- Mas você tem um pai e uma irmã que podem te levar, sem mal algum. – respondeu indiferente.
Ela bufou e virou para o vidro, observando a estrada. Charlie não fazia por mal. Dia sim, dia não, trabalhava em expediente noturno, e pela segunda vez, calhava de ser no horário em que Jane tinha o bendito ensaio.
Bella estava em época de provas finais, não conseguia administrar seu tempo e conseguir voltar para casa a tempo de dar uma carona a sua irmã. Ela era dedicada ao que tinha escolhido, e fazia tudo de boa vontade. Qualquer coisa que não fosse de seu agrado, ela ignorava ou descartava sem piedade. Não se sujeitava a viver da forma que não quisesse e enfrentava o dragão de sete cabeças para conseguir, se assim pretendesse. Tinha suas opiniões formadas sobre tudo. Sempre tinha resposta para todas as perguntas, e uma desculpa para todos os erros quando acontecia alguma injustiça. Ela não poupava seus sentimentos, e nem se ressentia se tivesse que expor a alguém. Se emoções haviam sido criadas para serem sentidas, porque não se deixar levar? Bella só queria se sentir viva, para reconhecer tudo o que não tinha passado ainda. Achava sempre que tinha algo a aprender. E com esse pensamento, tinha muito a ensinar, sem ao menos ter consciência disso.
Depois de lavar as mãos, e escutar o barulho do carro saindo da garagem, voltou a sala e pegou o material espalhado, juntando as folhas caídas do fichário, e guardando na parte de plástico na primeira página.
O amadurecimento prematuro de Bella e Jane, ajudou Charlie a ter pelo menos alguma força de continuar "vivendo" após a morte da esposa. Seu medo da doença ser hereditária, fazia seu coração doer, e um nó se formar instantaneamente em sua garganta. Renée faleceu de câncer de mama aos 41 anos. O mais devastador, não foi em seu leito, onde finalmente descansaria e não sentiria mais dor. Foi o processo de uma tentativa de recuperação, falha, que afetou toda a família.
As mulheres da casa, sofriam de "talassemia", cada qual com um tipo. Renée, a portadora direta, carregava em seu gene, e o pior deles. O tipo alfa, necessitava de transfusões regularmente para o aumento de ferro no sangue, apesar de não ter cura, era um tratamento alternativo. Graças ao seu marido, livre dos "traços" no sangue, não foi tão agressivo, quando transmitida para suas filhas. Quando o tumor em seu seio esquerdo nasceu, sua condição de vida piorou consideravelmente. Não havendo outra alternativa, a não ser a conformação da morte em breve. Vendo-a piorar gradativamente, aflorou os nervos dos Swans, e Bella teve que começar a ser reparada. Nunca tinha percebido os sintomas de nada, e pensava nem ter adquirido o gene. Mas era só uma questão de tempo e estresse. Desde então, ela tinha a maior das precauções para se tratar à base de medicamentos e livrar sua cabeça de problemas desnecessários.
O seu tipo, o beta, não era tão grave, quanto foi o da mãe. Mas, ainda sim, a assustava. Seus cabelos achocolatados, não tinham tanta força, depois da primeira crise, assim como suas unhas e pele. Ainda sim, não aparentava ser portadora de qualquer enfermidade. Na época em que precisou de transfusões, enquanto esticava os braços, exibindo a pele, já roxa, das agulhas, agradecia que não era Jane quem estava ali. A pequena tinha apenas uma leve anemia, que poderia ser tratada com alimentos ricos em ferro. Mesmo assim, nunca deixava de segurar a mão de Bella no hospital.
Juntou o material jogado e os deixou organizados, em cima da mesinha de centro. Tinha ainda um resumo de antropologia para terminar e pretendia completar após o preparo do jantar. Viu o papel com as informações da aula prática de sociologia, dali a dois dias, jogado no chão, perto do sofá. Sorriu ao lembrar da coordenadora do evento. Era a professora que mais admirava. Uma senhora, beirando seus sessenta e tantos anos, que considerava ser mais inteligente do que o próprio presidente. Colocou o papel sobre o fichário de couro marrom e foi em direção à cozinha, preparar alguma massa congelada para o jantar. Antes, passou em frente ao som antigo de Charlie e sintonizou na rádio costumeira. Ao som de "I Want To Hold Your Hand" dos Beatles, fatiava o peixe, cantarolando baixinho. Como ela gostava dessa música. Admitia para si mesma, sorrindo.
***
Aula de teatro de Jane.
Quando Jane adentrou o teatro, todos os companheiros de elenco, já estavam sentados em uma roda no palco, ouvindo a diretora, de cabelos ruivos dava os horários e as datas das primeiras apresentações, só para familiares.
Ela jogou a mochila em um banco qualquer e se aproximou de um de seus colegas, que lhe deu uma brecha para sentar. A diretora a olhou de relance e prosseguiu, instruindo como organizar os objetos cênicos. Ainda recuperando o fôlego, avistou Jackson do outro lado da roda, a fitando com o sorriso que fazia seu estômago retorcer. Desviou o mais rápido possível, e começou a prestar atenção nas dicas.
Após algum tempo, foram liberados para uma pausa de cinco minutos, antes de começarem a ensaiar as cenas apresentadas. A miscelânea de cenas clássicas de Shakespeare estava excitando a todos os atores que estavam iniciando sua carreira artística.
Enquanto uns decidiam entre "Romeu e Julieta", atendo-se ao clichê em demasia, ou "Sonhos de Uma Noite de Verão", Jane ponderava entre "A Megera Domada" e "A Tempestade". Estava olhando a sinopse dos textos, quando Jackson se aproximou e sentou ao seu lado, na beirada do palco, com a cópia de "Romeu e Julieta".
Um sorriso tímido no rosto do jovem menino, exibindo os dentes brancos e alinhados, enquanto batia o livro contra a palma da própria mão.
- Já se decidiu?
- Ainda não. – respondeu sincera, ainda sem olha-lo.
- E já tem grupo? Ou dupla?
- Também não. – riu, já imaginando o propósito do garoto. – E você?
- Estava pensando em te chamar para encenar "Romeu e Julieta".
Jane fixou seus olhos azuis nos dele, e fez uma careta.
- Um pouco clichê, não acha?
- Não, se formos os primeiros a decidir.
- Eu gosto d'A Megera Domada. – mostrou o livro a ele, que pegou e folheou. – Bianca é bem mais complexa do que parece. E Catarina realmente me instiga.
- Gosta das vilãs. – brincou.
- Acho que sim. – concordou rindo.
***
Casa dos Cullen.
Edward estava deitado na cama, de bruços, com a persiana escura, completamente fechada, o ar condicionado no máximo, dormindo ainda, quando Rosalie bateu na porta irritada, e não esperou que ele autorizasse a entrada.
- Eu. Não. Acredito. Nisso. – resmungou.
A loira seguiu em direção ao aparelho que, aparentemente congelava o local, e o desligou. Depois abriu as persianas e descobriu Edward, exibindo seu calção de dormir e o tronco nu.
- Você não foi para a faculdade, de novo, Edward?
- Não me enche, Rose. – resmungou contra a fronha e se cobriu de novo.
- Sabe, você já tem quase vinte por cento de falta, só faltam cinco para a sua reprovação.
- Eu os completo amanhã.
Ela sentou no espaço que sobrara e respirou fundo.
- Sério, Edward. – ela tirou novamente o edredom. – Você está no último período da faculdade e vai se deixar repetir?
Ele viu que ela não desistiria, bufou, coçou os olhos e sentou fitando-a, entediado.
- Quem se importa, Rosalie?
- Eu. – respondeu de imediato. – Nossos pais. Não é saudável ficar do jeito que está, sabe?
- Bem, para mim, já chega. Eu vou voltar para o meu apartamento. Jazz não é assim comigo. Já passei tempo demais aqui em casa.
Declarou levantando. Edward estava passando algum tempo em casa, por um pedido de sua mãe. Ele, na verdade, dividia um apartamento com Jasper desde que começara faculdade, e visitava regularmente seus pais e sua irmã. Os lugares eram consideravelmente perto, então não tinha dificuldade de ir de um para o outro. Há três meses, seu irmão mais velho tinha sido assassinado por um assaltante, que tentou levar seu carro. Eles tinham uma aparência deslumbrante, e só andavam juntos, pela pouca diferença de idade. Perde-lo foi o fiasco para Edward.
Rose, estava no último ano da escola, já muito bem encaminhada para a NYU, cursar direito, assim como seu pai e seu namorado, Emmett, que trabalhavam na mesma empresa. Tinha acabado de chegar da aula, quando viu o carro estacionado, ainda na garagem de casa e resolveu inteferir. Perder Anthony não foi tão doloroso quanto foi para o irmão mais velho, mas também sentia sua falta. Eram seus dois protetores que a tinham como "xodó", e faziam-na se sentir bem com isso. Mesmo confiando em Emmett, desde o início do namoro, eles não baixavam guarda, enquanto não noivaram.
Edward entrou no banheiro, sem se importar em deixar a porta aberta, então Rosalie o seguiu, com o intuito de conversar e tentar faze-lo se abrir.
- Eu também sinto falta dele, Edward.
Assumiu, encostando ao lado na porta. Ele apoiava as mãos na pia, sem encarar o rosto inchado de sono, no espelho retangular a sua frente.
- Mas nem por isso eu posso deixar de viver a minha vida. Não posso deixar que isso vire um carma. – ele respirou pesado, mas não a impediu que continuasse. - Mamãe o chamou para vir para cá, porque sabia de suas condições psicológicas no apartamento.
- Não quero falar disso, Rose. – pediu dolorosamente. – Por favor.
- Eu vou te respeitar. E espero que você faça o mesmo. Tanto com você, como com nossos pais e Anthony.
E com essas palavras, deixou Edward pensativo. Entrou no chuveiro e deixou os olhos, que ardiam, derramarem as lágrimas, se misturando às gotas do banho quente. Ele sabia que a irmã tinha razão, e que Anthony diria o mesmo. Só não conseguia seguir em frente. Não quando seu maior companheiro não podia fazer o mesmo. Estava decidido a voltar para o apartamento e a faculdade no dia seguinte. Hoje, pegaria as matérias perdidas e agendaria as provas que já tinham passado. Depois de se banhar, encarou o par de jóias, que supostamente, seriam em tons de azul e verde, mais escuros que o normal, com olheiras evidentes, a barba por fazer e as retinas avermelhadas. O olhar vago o irritava, mas ele não tinha forças para reverter isso.
Quando saiu da grande casa, e deu partida em seu BMW-M5, Rosalie olhou da janela e deu um sorriso tristonho junto a um murmúrio de "até logo".
***
Toyota Yaris de Bella.
Já eram por volta das sete e meia da noite, quando Bella desligou o motor do carro, em frente ao pequeno teatro amador, onde sua irmã fazia curso. Alguns minutos haviam se passado desde que chegara, e nada de Jane aparecer.
Na rádio, anunciava o trânsito da avenida principal, entediando sua mente. Optou por desligar o aparelho, e então recostou a cabeça no banco de couro preto, deixando seus olhos se fecharem, descansando, enquanto esperava.
Nem um minuto depois, a batida leve no vidro a fez virar o rosto, para encontrar a silhueta de Jane, esperando a porta ser destrancada. Bella apertou o botão, destravando, e Jane se ajeitou no banco do carona.
- Hey. – suspirou pesado. – Desculpa a demora. A diretora estava prendendo a gente lá.
- Tudo bem. – falou Bella sorrindo, re-ligando o carro. – Como foi o ensaio?
Quando não ouviu a resposta, não passou a primeira marcha notando que a irmã olhava para fora da janela fazendo gestos para alguém do lado de fora. Ela arqueou uma sobrancelha e inclinou o corpo para ver quem correspondia à linguagem muda.
- Quem é? – se atreveu a perguntar.
- Só o Jackson... – respondeu sorrindo, voltando a olhar para frente.
- Oh... Jackson! – brincou maliciosa.
- Anda logo com esse carro! – riu constrangida, assistindo o carro pegar velocidade.
Durante o caminho, Jane tentou explicar como seriam as apresentações e os horários que tinha para ensaiar. Sua empolgação não se devia apenas ao fato de representar. Jackson mexia com seus hormônios, que como as de qualquer adolescente, estavam em ebulição.
Ela sentia a cosquinha gelada em seu estômago, toda vez que lembrava daquele par de olhos claros.
Assim que chegaram em casa, Jane se deixou cair com as costas no sofá e as pernas esticadas para fora. Bella deu uma risada, pendurando as chaves no lugar costumeiro na cozinha.
- Vai jantar agora?
- O que tem para comer? – questionou, ainda sem se dar o trabalho de levantar.
- Peixe.
Bella podia quase ver a careta de Jane, enquanto escutava, agora, seus passos leves até onde estava. Ela mexeu no recipiente, que se encontrava o alimento pré-cozido, quando sentiu Jane sentar em uma das cadeiras.
- Temos que comer peixe?
- Ah, eu já fiz.
- Podemos deixar para o papai. – argumentou. Bella lhe deu um olhar sugestivo.
- Calabresa?
- Sem cebola. – Jane completou gargalhando.
Quando pegou o telefone para discar, o mesmo tocou, surpreendendo ambas.
- Alô? – Bella esperou. – Jackson?
Jane ruborizou e levantou, se colocando ao lado da irmã, esticando a mão para pegar o objeto.
- Só um minuto. – colocou o aparelho em sua mão, dando uma piscadela.
- Hey – a loirinha disse sem esconder a ansiedade. – É, acabei de pisar em casa. – mordeu o lábio sorrindo com os galanteios do jovem menino. – Pode ser sim. Até amanhã, então.
Bella observava de longe, enquanto estava à busca do telefone da pizzaria. Quando foi posto no gancho, Jane a encarou tentando se fazer de indiferente.
- O que? – forçou.
- Jackson é bonitinho. – Bella completou dando os ombros, voltando os olhos para a lista de números.
- É. Vou fazer dupla com ele.
Bella então suspendeu o olhar e a encarou, incentivando a pequena a se abrir.
- Ele queria "Romeu e Julieta", mas era muito clichê. Então, eu sugeri "A Megera Domada".
- Essa peça é legal.
- Vamos fazer a cena do primeiro ato, Catarina e Petrucchio.
- Uma cena cheia de tensões sexuais. – Bella maliciou, brincando.
- Já fez o pedido? – desconversou, fazendo a irmã mais velha soltar uma gargalhada.
A amizade das duas era engraçada de se ver. Cada uma mantinha seu espaço e respeito pela outra. Tinham que se agarrar à chance que tinham esse sentimento, e preserva-lo. Afinal, só tinham a elas mesmas em alguns aspectos.
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muah ;*
