Hypnos sentiu uma fresta de luz bater sobre seu rosto, já era manhã nos Elísios e ele havia dormido demais. A noite anterior foi marcada por uma festa onde vários deuses compareceram, inclusive seus outros irmãos não tão próximos como Éris, Nemesis, e as Hespérides. Havia bebido um pouco mais de vinho do que o normal, e dormiu sem se dar conta, não fazia a mínima ideia de como foi parar em seus aposentos. A cabeça doía um pouco, mesmo sendo um deus, abusar desse tipo de bebida dá sempre o mesmo efeito: ressaca. Se espreguiçou o máximo que pôde lentamente, e virou-se abraçando um de seus travesseiros, apertou-o contra seu peito, lembrando de certas coisas que chamaram sua atenção na noite anterior. Tão bonito, tão imponente, vestia uma longa toga branca com diversos detalhes prateados, um bracelete no braço esquerdo, metade de seu peito a mostra e um cinto todo ornado na mesma tonalidade, com brinco de prata em sua orelha direita e alguns enfeites em seu cabelo... Thanatos estava lindo, radiante, como Hypnos nunca o vira. Tão lindo que chamou a atenção da festa inteira, principalmente de algumas ninfas mais atiradas, que não perdiam a oportunidade de sentar em seu colo ou deitar o corpo sobre o dele, entregando algumas uvas em sua boca ou passando o vinho da boca delas para a de Thanatos. Pensava Hypnos: "Droga! droga! porque eu estou pensando nessas coisas!? Ele estava apenas... agradável, nada demais. Porque esse ciúme sem sentido, se ele sempre teve esse relacionamente próximo com as ninfas?". Lembrando de todas essas cenas, o deus de cabelos dourados apertou ainda mais o travesseiro. Ultimamente havia despertado alguns sentimentos que nunca sentira antes pelo irmão gêmeo, um deles: desejo, como era muito mais racional que o gêmeo aquilo não fazia sentido algum e exatamente isso estava o incomodando demais, não sabia como resolver. Nessa mesma festa, quando Thanatos entregou uma taça de vinho nas mãos de Hypnos, esbanjando aquele seu sorriso malicioso e sedutor, o deus do sono sentiu seu coração palpitar de tal forma que sentiu suas bochechas ficarem quentes quase imediatamente... provavelmente o outro percebeu, pois bebeu um gole de vinho, deu um aperto de leve em sua bochecha e saiu logo em seguida, soltando uma gargalhada divertida. O loiro quase que instintivamente encostou os lábios onde seu irmão acabara de beber, e tornou um gole de vinho também. Tão doce, igual os lábios de Thanatos. Ele queria prová-los... mas tinha tanto medo, estava tão confuso.
O tempo passara e as frestas de luzes já haviam inundado o quarto do deus do sono, deixando-o bem iluminado, também por conta do sol bater em alguns itens de ouro e espelhos, reluzindo tudo ao redor. Inerte em seus pensamentos, ele estava quase pegando no sono novamente, mas começou a ouvir passos. Passos lentos e calmos, indo em direção ao seus aposentos.O coração disparou, Thanatos veio imediatamente em sua cabeça, mas tentou manter a calma para não demonstrar qualquer sentimento. Os passos foram aumentando, até que parou ao lado da cama de Hypnos. Parecia que estava fazendo peso sobre o colchão, e tocou a pele macia do braço de Hypnos com certa delicadeza, descendo lentamente a ponta dos dedos até as mãos do mesmo, fazendo assim o corpo deles ficarem próximos. Hypnos franziu as sobrancelhas, estranhando a situação: afinal, porque Thanatos estava lhe acariciando de tal forma?... Seus pensamentos foram interrompidos ao sentir a respiração do outro em sua nuca... tão quente, porém o fez sentir um arrepio que desceu por seu corpo inteiro, até mesmo começou a sentir algo querendo crescer entre suas pernas...

_ Tha...Thanatos, o que é isso? - disse com a voz um tanto trêmula - o que está faz... - antes que terminasse a frase, seu gêmeo mordeu-lhe o lóbulo da orelha e respirou profundamente, fazendo que Hypnos se arrepiasse mais e mais.

_ Não vai me dizer que não desejas isso? ... - disse baixo e sensualmente, levando a mão que estava sobre a mão de Hypnos lentamente até seu rosto, virando-o com delicadeza, deixando o rosto bem próximo ao dele, a ponta do nariz encostada a dele, as respirações tão próximas... - Se não quiseres... diga-me...

Hypnos não respondeu. Estava extasiado com a próximidade, com a respiração de Thanatos, e sua única reação foi fechar os olhos e entregar-se à ele. A morte sorriu. Deu-lhe um beijo inicialmente calmo, apenas o toque dos lábios, e foi aumentando a intensidade gradativamente. Ele conhecia bem Hypnos e imaginava que não gostasse de coisas tão ríspidas, como ele... o ganharia aos poucos. Queria tirar o irmão de seu juizo, e estava certo de que conseguiria. Hypnos virou-se um pouco, quase ficando de frente para seu irmão, e levou uma das mãos até a nuca de Thanatos, apertando-a sutilmente.
Estavam se beijando a algum tempo, quando Thanatos introduziu sua lingua na boca de Hypnos, abrindo caminho com ela lentamente no meio dos lábios do gêmeo, que respondeu positivamente, deixando com que ambas se encontrassem, deixando assim aquele beijo mais intenso. As mãos de Thanatos desceram para o peitoril de seu gêmeo, e deslizaram por ele até sua cintura, quando o puxou com mais força, trazendo o corpo de Hypnos para cima do seu: Deitou e deixou-o deitado sobre ele. A racionalidade do gêmeo de cabelos dourados já havia sumido, estava apenas indo pelas sensações provocadas por aqueles toques, que intimamente tanto desejara. Apertando a cintura de Hypnos contra a sua, podia sentir que o membro do outro, assim como o seu, já estava bem enrijecido.

_ Hm... estou vendo que também está bem empolgado, irmão... _ parou o beijo por um instante, e então desceu os lábios até a orelha de Hypnos, mordiscou-a e então desceu lentamente os lábios pelo pescoço do mesmo, alternando entre beijos, chupões e mordidas. Hypnos estava cheio de tesão. Thanatos estava morrendo de vontade dele, mas não queria fazer nada com pressa. Queria aproveitar cada minuto...

_ A-Ah... Thanatos... por que?... - de olhos fechados, sentindo a carícia de seu gêmeo, e soltando alguns gemidos bem baixos perto da orelha dele, o que fazia com que o outro ficasse mais empolgado - diga-me... do nada... ?

Thanatos sorriu, deu um chupão com um pouco mais de força marcando o pescoço do gêmeo, o fazendo gemer mais alto.

_ Percebi a forma que tens me olhado ultimamente... - desliza a lingua sobre a marca de chupão - ... percebi o desejo em seus olhos quando está próximo a mim... estou errado? ...
Hypnos ficou com as bochechas rubras, não queria que ele desconfiasse.

_ Hm... eu... não queria que... percebesses... - mordiscou a orelha de Thanatos, em resposta a todas aquelas carícias, entre suspiros.

_ Eu não sou ingênuo Hypnos... eu reconheço um olhar desse a distância... principalmente quando ele demonstra desejo... - arranhou levemente as costas de Hypnos por cima de sua toga - hm... não achas que tem muito pano em ti?... - sua voz estava embargada em malícia - Posso... ?

Hypnos não respondeu nada, então logo concluiu que estava concentindo. Sorriu maliciosamente, e com ambas mãos em suas costas, puxou o pano e rasgou-o entre os dedos, deixando as costas de Hypnos desnudas.

_ Ah Thanatos! não precisa rasg... - foi calado pelos lábios de Thanatos, que agora o beijava ferozmente, invadindo a boca do gêmeo e entrelaçando a lingua à dele. Hypnos deixou-se levar por aquele beijo deliciosamente recheado de tesão, e então por um impulso totalmente instintivo, chupou a lingua de Thanatos, que sorriu, e foi beijando o seu queixo, descendo por seu pescoço, abrindo caminho no pouco pano que Thanatos vestia, beijando seu peitoral, descendo mais e mais, lentamente... O outro apoiou-se nos cotovelos e o olhava com desejo, mordiscando o lábio inferior, apenas o observando até onde iria... e para sua surpresa, Hypnos retribuiu o olhar cheio de malicia quando chegou ao nível de suas partes íntimas. Com uma das mãos foi subindo o pano que a cobria, até deixar a mostra seu membro que, estava bem ereto. Sem pensar duas vezes, deu uma lambida nele desde a base até a cabeça, bem lentamente, com os olhos dourados fixados nos olhos prateados de Thanatos, que soltou um gemido baixo de tesão. Em seguida foi colocando-o na boca, e deslizando os lábios num movimento até então lento, o colocando todo e depois tirando da boca dando uma chupada na glande. Fez isso diversas vezes, e aos poucos ia aumentando o ritmo, e deixando as chupadas um pouco mais fortes, tirando muitos suspiros de Thanatos que observava aquilo mordendo o lábio inferior, sentou um pouco o corpo e com ambas mãos arrumaram o cabelo de Hypnos na palma de uma delas, deixando a visão completamente livre, e ele estrava quase explodindo de prazer.

_ Hmmm... isso... nossa irmão... como você chupa gostoso... delícia... hmm - fechou os olhos e franziu as sobrancelhas, sentindo que, se ele continuasse daquele jeito, iria fazê-lo chegar ao ápice antes da hora. Ele também queria abusar um pouco do seu gêmeo. Quando sentiu que estava prestes a gozar dentro da boca de Hypnos, tocou o rosto do irmão e o puxou para cima, roubando-lhe um beijo intenso, tomando um pouco de fôlego. E Hypnos retribuiu, tão intensamente quanto o irmão, que o empurrou lentamente sobre a cama, o fazendo deitar, e subindo sobre seu corpo rapidamente, dando continuidade ao beijo. Estavam em um amasso intenso, um desejando estar dentro do corpo do outro, arrancando e jogando para o lado o resto de pano que restava sobre seus corpos, ambos ficando completamente nus.

_ Ah.. eu te quero tanto, Thanatos... - mordia os lábios de Thanatos, que passava a lingua sobre os lábios do outro. Ao ouvir isso, Thanatos afastou-se um pouco e, pondo uma das mãos na boca, deixou escorrer um pouco de saliva sobre os dedos, levando-os até o membro de Hypnos, deixando a cabeça de seu membro bem úmida, masturbando-o log0 em seguida. O deus dos cabelos dourados soltou alguns gemidos e abriu mais as pernas, estava com tanto tesão quanto Thanatos... deixou aquele seu medo inicial sumir e resolveu entregar-se completamente... naquele momento, o mundo inteiro era só os dois. Não existia guerra, nem Hades, nem Athena, nem Elísios, nem nada... apenas ambos se desejando e se entregando ao desejo que sentiam. Enquanto masturbava-o, Thanatos molhou a ponta dos dedos da outra mão e levou até o ânus de seu irmão, adentrando um dedo lentamente, fazendo o seu gêmeo soltar um gemido um pouco mais longo. Foi mexendo-o lá dentro, enquanto continuava a masturbá-lo... minutos depois, colocou outro dedo, e aumentou a velocidade dos dedos, e da mão, fazendo Hypnos delirar. Estava com os olhos semi abertos, olhando aquela cena, e num extase profundo que jamais sentira. Levou uma das mãos até o membro de Thanatos e começou a masturbá-lo também, no mesmo ritmo que estava sendo acariciado, fazendo o outro soltar alguns gemidos também. Estavam em extase, ambos. Thanatos tirou os dedos de dentro de Hypnos e parou de masturbá-lo.

_ Ei... venha cá... me chupe bem gostoso de novo... - mal terminou de dizer a frase, seu irmão levantou, ficou de quatro em sua frente, e tento Thanatos ajoelhado em sua cama, ainda o masturbando-o colocou-o todo na boca também. Ficou acariciando seu membro e chupando a cabeça do mesmo. - ah... isso... deixa ele bem molhadinho... delícia de irmão... - deu um tapa no bumbum de Hypnos, levando um pouco o corpo para frente e fazendo movimentos sutis de vai e vem com o membro dentro da boca do outro. E deu outro tapa, e outro... Hypnos apenas gemia com ele na boca, estava gostando de tudo aquilo, até mesmo a ardência que sentia em suas nádegas e por seu corpo, por conta dos tapas de Thanatos. Mesmo engasgando com o membro algumas vezes quando este se empolgava muito e queria introduzí-lo todo na boca dele, com certa brutalidade. Mas estava adorando...
Rispidamente, o gêmeo de cabelos preateados tirou o membro da boca de Hypnos, e já estava bem lambuzado com a baba dele. O gêmeo de cabelos dourados o olhou sem entender e percebeu que naqueles olhos prateados estava estampado malicia pura.

_ Fique de quatro aqui, de costas pra mim ! - soou mais como uma ordem do que um pedido, mas Hypnos obedeceu, virou o corpo e ficou com seu bumbum empinado para seu irmão... sabia o que estava por vir, e queria sentí-lo dentro de si.

_ Isso mesmo... - Sorrindo cheio de malicia, levou ambas mãos para as nádegas de seu irmão, abrindo-a e deixando seu ânus bem à mostra. Enchendo a boca de saliva, o lambeu, deixando toda aquela saliva ali, para lubrificar-lhe. Com uma das mãos, segurando o seu membro, foi introduzindo-o aos poucos dentro de Hypnos, que sentia uma mistura de dor de prazer, mordendo o lençol e apertando-o entre os dedos.
Thanatos soltava um gemido de satisfação quando deixou-o todo dentro de Hypnos, e então apertou as nádegas dele e deu alguns tapas, deixando várias marcas sobre as marcas que já havia deixado, levando o outro ao delírio. Começou a mexer-se, num vai e vem a princípio lento, mas que aos poucos foi ficando mais rápido.

_ Aaaaaah... Tha... Thanatos... que delícia... ahhhhh - sentiu uma das mãos de Thanatos tampar sua boca.

_ Shhhh Shhhhh... quietinho... Hypnos ! - falando num tom autoritário, deixava suas estocadas com mais força, para torturá-lo, pois sabia que a vontade dele era de gemer bem alto.

Hypnos franzia a sobrancelha, e apertava os lábios com toda sua força, mas estava gostoso demais! Thanatos tirou a mão de seus lábios, e levou-a até os cabelos dourados do irmão, pegando-o e puxando sem dó, tombando a cabeça de Hypnos para trás. Parou por um instante e sorriu maliciosamente.

_ Agora você é todo meu... lembre-se... cada vez que gemer eu paro... ok? - enquanto falava isso deu uma estocada com bastante força, quase fazendo Hypnos gritar de prazer, mas ele respirou fundo e acentiu com a cabeça.

_ Òtimo... - começou a mexer-se lentamente dentro dele, e de vez em quando, dava uma estocada com bastante força, fazendo Hypnos quase soltar seus gritos várias e várias vezes... ao ver a sua cara de desespero querendo gemer e não podendo, levava Thanatos ao êxtase. - Isso mesmo... ahhh... como você é gostoso Hypnos... como você me deixa cheio de tesão... hm? - disse tais palavras em meio a suspiros, e aumentando mais a força e velocidade das estocadas, parou repentinamente, tirando seu membro de dentro de Hypnos e o deitando de barriga para cima, abrindo suas pernas e ajoelhando em sua frente. Não demorou muito, voltou a introduzí-lo em Hypnos, mas dessa vez sem nenhuma sutileza, mal o colocou dentro de novo, voltou a dar suas estocadas fortes.
Passado alguns minutos, ambos suados, ofegantes e quase chegando ao ápice do tesão, o gêmeo de cabelo prateado começou masturbar o outro no mesmo ritma das estocadas... ele não aguentou.

_ Tha... Thanatos eu... vou... aaaaah... - Uma sensação maravilhosa tomou conta de seu corpo todo, e então aquele liquido quente veio, espalhou-se pelo corpo de Thanatos e por seu próprio corpo, concluindo assim que, chegou ao máximo do prazer... chegou ao orgasmo.

_ Hm... que delicia irmão... - sorriu maliciosamente, passando a mão sobre o gozo que escorria por sua barriga e peito - eu também quero... - continuou dando suas estocadas fortes e rápidas, sentia que também estava perto de chegar ao orgasmo, assim como Hypnos... quando estava perto, tirou-o de dentro do ânus de seu irmão, e com uma das mãos, masturbava-se - ei... vem cá, Hypnos... me chupa gostoso... de novo... - obedecendo, Hypnos aproximou de seu membro, exausto e todo suado, e começou a chupá-lo novamente. Só que dessa vez, Thanatos segurou o seu cabelo com força, machucando um pouco até, e começou a dar as estocaas na boca de Hypnos, pouco tempo depois, soltou um gemido de satisfação, gozando dentro da boca de seu irmão. Foi parando o movimentos aos poucos, ofegante.

_ Nossa.. como você chupa gostoso irmão... sério... ah... - ainda estava ofegante, tirou aos poucos o membro da boca de Hypnos, e assim que o fez, com uma das mãos levantou seu rosto e o fez encarar-lhe. Ele não sabia exatamente o que fazer com todo aquele liquido quente dentro da boca. Por fim engoliu, mas deixou escorrer pelo canto da boca um pouco de sêmem. Thanatos sorriu.

_ Hm.. está bom? gostou irmão? - deu um selinho carinhoso nos lábios de Hypnos.

_ É... estranho... mas não é ruim... - sorriu, retribuindo o selinho - venha...

Deitou e puxou o corpo cansado do irmão para deitar também. Assim feito, Hypnos ficou deitado de barriga pra cima e Thanatos ao seu lado, abraçando sua cintura, começou a dar-lhe vários beijos carinhosos no pescoço, rosto e alguns selinhos.

_ Você é incrível... - Hypnos levou uma das mãos até o rosto de seu irmão - Eu quis tanto isso... por tanto tempo, você não tem ideia... só tinha vergonha de falar disso contigo... não sabia ao certo sua reação...

_ Tsc... podia falar abertamente comigo, só adiantariamos esse momento maravilhoso... - mordiscou a orelha de Hypnos.

_ Eu tive medo... apenas. Não entendia o porque estar sentindo esse desejo por você... tenho tanto ciúme das ninfas...
Thanatos soltou uma gargalhada divertida.

_ Das ninfas? irmão! - deu um selinho em Hypnos um pouco mais demorado - sabes que o que senti por elas até hoje é um nada além de desejo... né?

_ ... mesmo assim... não é fácil desejar-te e ver-te deitando-se com elas...

_ Shhhh não quero falar das ninfas, agora eu quero aproveitar o tempo que tenho contigo... - beijou-o intensamente e demoradamente. Não estavam mais naquela euforia, agora estavam satisfeitos, apenas trocando caricias e palavras sutis. De tão satisfeitos que se sentiam, acabaram por pegar no sono, entre beijos, dormiram bem agarrados.

O sol estava bem no meio do céu, indicando que, provavelmente tinham usado a manhã inteira, eles tinham afazeres a cumprir e Hades queria conversar com ambos. Thanatos acordou, e percebendo que passava da hora, deu um beijo na testa de Hypnos e saiu de seus aposentos sem fazer barulho. Pouco tempo depois estranhando a ausência do irmão, o deus de cabelos dourados abriu os olhos e examinou seu aposento. Hypnos ficou um tempo ainda deitado, desacreditando em tudo o que tinha acontecido, estava tão feliz mas sentira-se envergonhado, afinal o seu tesão já havia baixado, agora sua razão dizia que não deveria ter feito aquilo. Foi para o banho, lavou-se e várias de suas servas foram até ele vestí-lo, pentear seus cabelos e perfumá-lo. Depois de alguns minutos, chegou atrasado a reunião.

_ Desculpe-me senhor Hades...

_ Que isso não se repita mais... - Hades olhou-o surpreso - e... o que significa isso em seu pescoço?

Thanatos segurou o riso. Hypnos ficou morrendo de vergonha daquela situação, o que dizer agora?

_ Senhor, perdoe-me mas acho que ontem na festa ele acabou bebendo demais e alguma ninfa deve ter feito isso nele... - disse Thanatos de forma bem convincente, fazendo Hades balançar a cabeça negativamente.

_ Estás desculpado Hypnos. Mas como ia dizendo...

Hades continuou a fazer o seu discurso, explicando melhor o plano que estava pensando em executar, e aguardando a resposta de seus braços direitos, os deuses da morte e sono. Na realidade Hypnos não prestou atenção em quase nada, estava com a cabeça nas nuvens e seu corpo ainda estava extasiado, percebendo isso, Thanatos de vez em quando sorria para ele, de forma maliciosa.

_ Por fim, é isso... o que acharam? - Hades parou na frente de ambos, encarando-os.

_ Eu acho perfeito.. - disse Thanatos sorrindo - o senhor sempre sabe o que fazer, senhor Hades. O que acha Hypnos?

_ Hm? - olhou para ambos, perdido em seus pensamentos.

_ Diga, o que achou das palavras do senhor Hades... ele quer saber, afinal és um ótimo estrategista...

_ Eu... acho perfeito senhor. Sem duvida, deixe comigo, vamos vencer essa guerra.

_ Assim espero, Hypnos. Pois então, voltarei aos meus aposentos...

Hades saiu da imensa sala de reuniões e deixou ambos sentados, um do lado do outro, e o silêncio. O gêmeo de cabelos dourados estava um tanto rubro, diferente de Thanatos que estava descontraído. Colocou sutilmente um bilhete na coxa de Hypnos e levantou-se da cadeira.
_ Sabe irmão... antes de nossas tarefas, tomarei um pouco de vinho, para relaxar um pouco... - disse em meio a um sorriso indefinido, dando as costas em seguida e saindo do aposento. Achando aquilo estranho, Hypnos levantou de sua cadeira, saiu também dos aposentos de Hades e parado na escadaria, abriu o papel. Nele estava escrito:

" Não sabes como adorei fazer-te companhia hoje, irmão, quero encontrar-te novamente... venha aos meus aposentos mais tarde. Prometo que não se arrependerás... "
Lendo aquilo, Hypnos olhou para seu irmão que caminhava pelos Campos Elísios calmamente, agora já acompanhado de duas belas ninfas, que seguravam uma cada mão dele, levando-o para seus aposentos para enchê-lo de mimo e escutarem a bela melodia de sua lira. Sentiu novamente a pontada de ciúmes mas preferiu guardar aquilo para sí mesmo, o que importava é que, agora o que sentira pelo irmão era recíproco e o sentimento que tinham um pelo outro estava ainda mais forte, mais intenso. E ele queria aprofundar isso mais e mais...

Aquela era o primeiro dia de muitos. Estavam ligados pela eternidade - o sono e a morte.