Título: LONDRES

Autor: ibyra

Tradutor: Mazzola Jackson

Personagens: Harry Potter, Original, Severus Snape, Tom Ryddle/Voldemort

Resumo:

Voldemort descobre que é o que lhe falta para poder destruir a Harry; sua alma, tratará de recuperá-la, mas a costa de desgraciar a um de seus comensais, quem se verá envolvido nesta guerra mais do que desejava. É uma Angustiosa história que contém tortura, violação, Mpreg e morte de uma personagem. Poderia querer a um menino que foi consequência de ser utilizado?

NOTA DO CAPÍTULO:

A maioria das personagens e o mundo são de Rowling, menos a trama.

Sirius está morrido e enfrentar-se novamente ao Menino-que-viveu, fez compreender a Voldemort muitas coisas às que já achou resposta.
Este é o início de um via-crúcis que deverá enfrentar.

CAP. 1: DE CRUELDADE E RESPOSTAS

Oeste de Londres, uma escura mansão era golpeada pela selvageria de uma tormenta, no alto de suas três torres titilava uma luz verdosa e suave que contrastava com os cegadores raios que surcavam o escuro céu, a mansão, era o centro e refúgio do lado escuro; o grande salão do térreo ostentava grandes janelas, que eram fechadas por caríssimas cortinas de veludo vermelho, o chão revestido de mármore branquíssimo com vetas de ónix, expedia frio, o mobiliário altamente trabalhado e de madeira escura o complementava.

O frio e a tensão no ambiente eram evidentes; um grupo de corpos trémulos, cobertos de longas capas negras e capuchas permaneciam submissos em espera de seu senhor, de repente, um redemoinho de fogo vermelho instaurou-se no meio deles, todos caíram de improviso de forma que ficaram à graça da figura que se formava; a aparência reptiliana de seu amo fez-se presente ante eles.

Os olhos vermelhos expediam ira pura, suas pálidas mãos se crispavam em uma forma temível, caminhava de um lado a outro, sua respiração era entrecortada; de repente, parou-se em seco fazendo que sua longa túnica ondeara bruscamente ao voltear-se para seus servidores; Lord Voldemort estava furioso, seu semblante pressagiava o castigo que daria a seus vassalos.

Seus servidores formavam um semicírculo ao seu redor, tremendo de funcho; tudo tinha sido um falhanço, perderam a esfera da profecia, alguns comensais morreram e outros foram feitos prisioneiros, a demais que os aurores reconheceram a outros tantos, isto debilitava de alguma forma as filas do Lado Escuro

- EU SOU LORD VOLDEMORT! EU SOU SEU AMO! E TÊM FALHADO!

Por um breve momento, após o estridente grito, o silêncio fez-se sepulcral, o aparecimento de uma enorme serpente negra, criou mais incerteza.

Com um breve movimento de sua mão, o Senhor Escuro erigido no salão um cadeirão a modo de trono, no que se situou elegantemente sem apartar a mirada de seus servidores.

- Falharam miseravelmente,… ante um grupo de meninos,… os mais sanguinários magos, foram derrotados por um punhado de aprendizes.

A cada uma de suas palavras foi pronunciada calmamente, de forma sibilante mas continham ira reprimida. Respirou fundo, como meditando a maneira mais cruel de fazer pagar a decepcionante atuação dos magos a seu serviço

- O único que tenho em vocês, é o mais miserável grupo de ineptos, que não puderam derrotar a crianças – enfocou sua mirada a um comensal em específico, este se deu conta e um leve tremor percorreu seu corpo – DIGA-ME QUE TENS QUE DIZER A TEU FAVOR?

Ante isto, dentre os ajoelhados, o comensal aludido levantou levemente a cabeça mas não deixou ver seu rosto pois ainda estava oculto atrás de sua máscara, em mudança seu cabelo loiro se balançou levemente.

- Meu Senhor, não só eram eles – Voldemort não lhe interrompeu e decidiu continuar – chegaram os da Ordem aos socorrer, nós não tínhamos essa informação e nos surpreenderam – sua voz soou um pouco desesperada, ainda que não queria fazer notar isso.

- AH! SE, A ORDEM… UM REBANHO DE MAGOS EXCÉNTRICOS COMANDADOS POR UM LOUCO SENIL, TALVEZ NÃO PROVEÍSTE TAL SITUAÇÃO? Não era claro para ti que algo assim sucederia?

Alçou-se de seu trono com sobriedade, o som de seus lentos passos deixaram-se escutar, enquanto dirigia-se ao grupo prostrado baixo sua presença e falou:

- Lucius, você era o encarregado desta missão, pagará muito caro sua incompetência.

Inclinou-se junto à figura que tinha falado, o tomou do queixo para enfocar seus olhos vermelhos nos cinzas de Malfoy, ao mesmo tempo que lhe dizia com voz sibilante:

- O castigo que vocês merecem, é tão grande que não espero que consigam viver muito, mas pelo que a ti respecta, o teu será especialmente maior de modo que te prepara – se levantou –me entrega teu varinha, já não a precisará.

Ainda que Lucius tratava de aparentar firmeza, o tremor era evidente, deslizou a mão baixo sua túnica para tender sua arma ao Senhor Escuro, quem arrebatou-lhe com um brusco movimento para depois começar com a sessão de cruciatus dirigidas a ele e a todos os que ali se encontravam, de vez em quando estes caíam na inconsciência, o Lord aplicava um feitiço enervante e começava novamente com a rodada de torturas, torturas que se misturava com gritos angustiosos pedindo piedade, com prantos que não puderam se conter.

==========&==========

Enquanto no Colégio Hogwarts, um agoniado Diretor despedia a seu professor de poções, Severus Snape tinha sido convocado, seguramente Voldemort queria informar-se de todo o que acontecia o mais cedo possível.

Pensou que seria melhor se aparecer nos foras do Castelo não fora que se irrompia no que seja que o Lord estivesse fazendo ele pagaria caro essa imprudência, uma vez aí se dirigiu à porta da mansão para depois ingressar com muito cuidado ao salão onde costumavam sempre se efetuar as reuniões.

A cena que lhe recebeu não era nada agradável, o cheiro e a quantidade de sangue eram facilmente perceptíveis, mas ficou aí em espera que seu Senhor se percebesse de sua presença e se dignasse no chamar, mas nesses momentos Voldemort tinha outras ocupações que certamente estava desfrutando.

Um Senhor Escuro com o rosto totalmente desengajado torturava a Lucius; o comensal, retorcia-se, tremia e gritava de dor, um charco de sangue cobria o andar onde estava.

- Snape – deixando por um momento seu pequeno divertimento – passa – dizia-lhe ao mesmo tempo que fazia um ademão para o convocar.

Com um assentimento e o passo cerimonioso mais firme dirigiu-se até o Lord, passou de longo por entre os numerosos corpos caídos, sem sequer imutar-se, fez uma reverência quando chegou em frente a seu Senhor.

- Não posso dizer que me compraze te ver, nestes momentos o que menos quero são notícias desalentadoras.

- Meu Senhor será você quem julgue se são más ou boas.

Esta resposta satisfez enormemente a Voldemort.

- Bem, continua então

- A morte de Black, afeto demasiado ao menino e isto fez que a magia de Potter seja inconsistente, é por isso que Dumbledore agora o tem encerrado na enfermaria com mais precauções que antes.

- Tens razão não se se são boas – posou sua mirada em Snape - mas o fato de que esse menino seja de alguma forma mais débil… é algo que está a meu favor.

Nesse momento o professor reconheceu a varinha que o Lord utilizava, era inconfundível a tinha visto várias vezes, comprovou uma vez mais que Voldemort era um mago sumamente poderoso, só assim, se conseguia que uma varinha fizesse algum dano a seu dono e o Lord tinha conseguido infligir uma terrível tortura.

- E agora diga-me, que opinas? Que acha que devo fazer com Lucius?

Bem sabia Severus que ele não tinha direito a opinião alguma, mas lhe estava pedindo

- Agora temos perdido a vários comensais – o disse com ar indiferente. - pela incompetência de Lucius – sua voz agora era de desprezo - acho que tivesse sido melhor para ele ser capturado e enviado a Azkaban, mas poderíamos o utilizar, de alguma forma, não o crê assim meu Senhor?

Severus imprimia em sua profunda voz uma serenidade que estava bem longe de sentir ao ver a seu Lord enfurecido, devia evitar que matassem ao pai de seu afilhado.

- Meu Senhor, castigue-o e de… nem… -continuou-o ao não ter uma enojada resposta de seu interlocutor - mas é melhor que chegue à Batalha final, ainda que só o utilizemos como escudo, Claro! Se essa é sua vontade.

Queria incluir também em sua petição aos demais que se achavam na mesma situação de Lucius, se mereciam isso e bem mais, mas seu amo só lhe pedia falar de um em específico. Um leve assentimento, quase imperceptível por parte do Senhor escuro, assegurou-lhe que Lucius viveria, Lucius ainda que não era consciente disso pelo momento, lhe devia a vida.

"Em algum dia teria a oportunidade de devolver-lhe esse favor"

- Podes retirar-te.

- Com sua permissão, meu Senhor.

Uma reverência e Snape dispôs-se a sair, sorteou o corpo inconsciente de Malfoy que lhe impediam o passo direto, cuidando de não se manchar de sangue.

===========&===========

Ao dia seguinte, a sala de enfermaria de Hogwarts tinha como hóspedes aos estudantes e alguns dos membros da Ordem que tinham lutado no Ministério, após ter sido atendidos por Madame Pomfrey, os estudantes foram obrigados a beber a poção de dormir sem sonho, agora conciliavam um pequeno descanso.

O entardecer fazia-se presente e duas figuras moviam-se entre as liteiras, até chegar a uma que era ocupada por um rapaz de cabelo revolto e que apesar da poção, seu sonho não era tranquilo.

- Albus, não podes o ter sempre dormido, deve o enfrentar, a morte não é algo que ele desconheça – Lhe dizia o mago jovem fazendo ondear levemente sua túnica negra para voltear-se a ver ao idoso, essa cor contrastava elegantemente com sua pele pálida e expressões insondáveis.

- Se que tens a maior das razões, mas, esta perda é um fato demasiado doloroso para ele não o cries assim? – uma resposta mais que acertada de Dumbledore.

- É possível – posou seus negros olhos no rapaz – mas o fato é, que Black morreu e em parte é sua culpa, deveria o assumir.

- Severus, não deverias ser tão cruel com Harry, recorda que em sua vida sofreu e sofre muito para um rapaz de sua idade.

- É algo que depois o fará mais forte… se não se derruba – pausou – Não, Albus não creio ser cruel.

Cruel? Pensou Dumbledore, não, seu rapaz não era cruel, sarcástico, taciturno, frio, mas não era cruel, cruel era esse ser ao qual seu quase filho devia enganar para não ser descoberto, meditando isto começou a perguntar.

- E diga-me como…? que passo ontem?

- Está realmente enojado, acho que foi um milagre que não terminasse matando a Malfoy.

- E diga-me… você…

- Deixa… estou aqui – e se volteou a vê-lo diretamente ao rosto – corri melhor sorte.

- Não duvido que soubesse manejar a situação, mas não posso deixar de me preocupar.

- Acha-me que te diria se não pudesse manejar a situação, qualquer situação que se apresente – lhe insistiu.

- Prometes-me?

- Qual o motivo isso?

- Estimo-te bastante, sabe-lo, mas também te conheço, sei que talvez, poderiam existir algumas coisas que me ocultarias.

Por toda resposta só levantou uma sobrancelha e lhe dedicou um pequeno sorriso de lado.

- Albus… - negou levemente com a cabeça – não o faria

Nesse momento regressava Madame Pomfrey levando poções em uma bandeja.

- Será melhor que vocês também fossem descansar, amanhã terão novos repórteres e pessoas charlatãs aos quais afastar de aqui.

Tinha sido o mesmo desde que o mundo mágico soubesse que o Lord, o terror mesmo, estava novamente entre eles. Através do bosque se colavam uma série de magos audazes com o propósito de conseguir alguma notícia, mas Hagrid o imponente guarda-bosques afugentava-os só com sua presença e às vezes fazia as rodadas com seu inseparável, mas tímido Fang; mas se por alguma sorte conseguiam chegar até a porta do Castelo encontravam-se com que o goleiro tinha ordens explícitas de não deixar passar a ninguém, não contentes com isto, ainda ousavam tocar a porta, mas ao momento em que o faziam se viam transladados rapidamente para fora do colégio.

Ao dia seguinte os estudantes "envolvidos" acordaram já em sua sala comum, se sentindo com forças renovadas, mas seu ânimo distava muito da alegria.

Harry levantou-se e estava desolado, sua única família não estava mais, todo tinha sido uma armadilha, se tão só tivesse seguido os razoamentos de Hermione, se tivesse continuado as lições de Oclumência com Snape, talvez Sirius seguiria com vida, atormentado com estes pensamentos, tratava de evitar a todos seus colegas ainda que agora que o notava não eram muitos.

Após o incidente do Ministério as classes tinham-se suspendido, alguns dos pais consideravam que o melhor lugar para a proteção de seus filhos eram seus próprios lares. Outros grupos consideravam que o Castelo tinha as suficientes proteções, de modo que deixaram que seus filhos continuassem ali até o termo do calendário educacional, ainda que só faltassem em alguns dias.

Como a cada dia desde que saísse da enfermaria, depois do café da manhã Harry quase corria pelos corredores rumo à sala comum dos Gryffindor, mas ao mesmo tempo tão ensimesmado em seus pensamentos, que não notou que era observado por um professor de mirada profunda; mesmo professor que tinha observado as atitudes de Potter, ainda que não era uma pessoa à que apreciava, é mais sentia verdadeiro rancor infundado, lhe compreendeu.

==========&===========

Albus Dumbledore tinha chamado ao Menino Que Viveu a seu despacho, era uma tarde mais no colégio, uma tarde mais atormentado por suas remordimentos, uma tarde triste; Harry Potter entrava ao despacho, notou que estava ocupada também por seu odiado professor de poções, quem o olhou mas não se digno a lhe dirigir a palavra. Quanto a Harry só se limitou a se sentar em um dos cadeirões em espera de Dumbledore.

O ambiente era tenso, mas pouco a pouco as lembranças dessa noite encheram os pensamentos do menor, isto ocorria a cada vez com mais frequências, não podendo o evitar seus olhos começaram a nublar-se e caiu uma silenciosa lágrima delatora.

Severus Snape, o frio espião comensal, levantou uma sobrancelha interrogante, mas apesar disso e apesar de que talvez se arrependeria, não deixaria que o filho de Evans chorasse, e contrário a sua atitude começou a lhe falar.

- Potter – não era o habitual tom de desprezo - tudo, absolutamente tudo passa por algo.

- Mas… se tão só não fora tão… - Harry parecia não notar com quem falava – estúpido.

- Estúpido e… - duvidou – valente se não fora assim não seria um Gryffndor e também não seria Harry Potter, o tenha em conta.

- Morreu por minha culpa.

- Se, morreu, aceite-o; é um fato que não se pode mudar, será melhor que pense que é o que fará ao respecto.

"Essas mesmas palavras em algum dia lhe dariam a força para aceitar próximos fatos"

Dizia-lhe de uma forma tranquila? Mas sem debocha nem compaixão, de uma forma compreensiva, se poderia dizer que ele era a pessoa que mais lhe compreendia nesse momento

- Fazer algo? – olhou-o com seus olhos enrijecidos, mas não permitiria que o visse chorar - só quero os ver, só quero ir com eles, só isso.

- Entenda-o, eles sacrificaram tudo por você, não pode se deixar vencer, não tem o direito.

- DIREITO! tenho todo o direito de já não querer estar aqui, tenho o direito de deixar que Voldemort tome tudo, tenho o direito de querer morrer – sua voz foi se apagando mais.

- CLARO! SABIA QUE TODO MUNDO SE EQUIVOCAVA COM VOCÊ, É UM COVARDE E FOGE DE SUAS RESPONSABILIDADES, FOGE DA REALIDADE, POIS BEM, FUJA, E NÃO FAÇA NADA.

- NÃO SOU UM COVARDE!

- ENTÃO FAÇA ALGO, ENFRENTE ISTO POR ELES, por seus pais e por… Black.

Uma tosse de parte do diretor interrompeu a "conversa".

- Vejo que estão ambos… bem, tenho algo que lhes comunicar, faz favor Severus te senta.

O professor tinha permanecido de pé até esse momento, mas ante a voz tranquila mas autoritária do Diretor tomo seu lugar em outro cadeirão disposto a escutar o que seu "pai" diria.

============&==========

Passaram em alguns dias tormentosos na mansão que albergava a Lord Voldemort, quase todos os dias os comensais eram convocados, eram vítimas de seu mau humor, de imperdoáveis espontâneos, às vezes se sentava em seu trono por longas horas em um estado como de um zumbi, para depois sem mais começar a conversar em parsel com seu fiel Nagini, assim tinha chegado à conclusão de qual era a diferença entre ele e seu jovem inimigo.

- Agora entendo porque não posso ganhar a esse; a alma, mim alma – a serpente lhe dedicou um pequeno apito de aprovação

- As Horcruxes – dizia-lhe a sua serpente - ao dividir minha alma também se fez instável, é hora de recuperar em sua integridade, mas… como? O arrependimento é impensável, não posso o restaurar desde os Horcruxes, é impossível.

- Deve existir algum modo, algum escrito antigo poderá guiá-lo, meu amo, o garoto ainda que já não permanecerá no Castelo, agora e sempre se encontrará mais protegido, segundo disse Snape, devem estar o treinando.

- Dumbledore deve pensar que suas proteções são suficientes, em parte tem razão, ademais deve estar seguro que eu desconheço meu ponto débil – em seus olhos vermelhos brilhava a determinação – a acharei Nagini, acharei a solução, então nem a melhor das proteções servirá contra meu poder, porque estarei completo.

Após permanecer em vários dias encerrado em sua biblioteca, lido todo ao respeito em seus inumeráveis livros antigos, encontrou o que buscava, levantou seu rosto com autossuficiência, seus olhos centelhavam, ele tinha encontrado, tinha encontrado a resposta.

- Tão singelo – disse-se absorto em seus pensamentos – mas ao mesmo tempo tão prazeroso devo ser muito cuidadoso com minha eleição.

NOTAS FINAIS

Bem, isso foi o primeiro capítulo, talvez seja um pouco insipido, mas lhes assegurou que terá mais atividade depois.

Por favor atualizarei quando receba Comentários de sua parte, seria uma honra que os fizessem.

Então é isso ai vejo vocês na próxima!

Ate breve!