7VERSE : VIDA 2
EPILOGO VIDA 2: ESTRANHAS PARCERIAS
CAPÍTULO 1
MOMENTO DE MUDANÇA
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SINOPSE:
Sam arrisca a liberdade para descobrir a verdade sobre a morte de uma mulher que ele nunca conheceu: Jessica Moore. Para isso, ele conta com a ajuda de Ed Zeddmore, seu novo e improvável parceiro. E, na estreita fronteira entre a vida e a morte, o agente federal Jensen Ross vê-se às voltas com dois inesperados anjos da guarda. CONTINUAÇÃO DE SETE VIDAS-VIDA 2 (www fanfiction net/s/9736133/1/SETE-VIDAS-VIDA-2), mas seguindo caminhos totalmente novos.
ANTES
(Leia na FIC SETE VIDAS - VIDA 2)
Em um universo alternativo, Diana paga o preço de ser uma Winchester obrigando-se a viver longe do marido Luke e do filho Benjamin para mantê-los em segurança. Mas, nem eles nem ninguém está a salvo do distorcido senso de humor do Trickster. Diana enfrenta o Trickster num mortal jogo de dardos onde o que está em jogo é a vida de todos que são importantes para os Winchester. Diana falha e a promotora Jessica Moore e o ghostfacer Harry Spengler encontram seu fim. Jimmy Novack é salvo no último segundo por Castiel.
Treinado por John desde garoto para tornar-se um caçador de demônios, Sam nunca foi para a Universidade de Stanford e nunca conheceu Jessica Moore. Ou melhor, só a conheceu instantes antes dela ser assassinada.
SETE VIDAS se passa no universo ficcional da série Supernatural. Em termos de cronologia, situa-se em algum momento entre o episódio 3x11 (Mystery Spot) e a ida de Dean para o Inferno no episódio 3x16. O ano é 2008.
AGORA
MOMENTO #1
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– Grávida?
Diana Winchester confirma com um movimento de cabeça, deixando as lágrimas escorrerem livremente por seu rosto ainda mais bonito pela ausência de maquiagem. Como pudera deixar aquilo acontecer? Nestas horas, odiava ter nascido loura. Não podia ter acontecido. Estúpida. Irresponsável. Inconsequente.
Sam dá um grande sorriso e abre os braços para acolher a irmã. Estava verdadeiramente feliz com a novidade. Um novo sobrinho. Ou sobrinha. Era maravilhoso. Ia sentir falta de Diana, mas sabia que era o melhor que poderia ter acontecido para todos eles. Benjamin precisava da mãe. Luke merecia ter sua esposa de volta. Diana merecia uma vida normal. E só assim, ele, Sam, não ficaria com o coração na mão cada vez que a irmã corresse perigo ou passasse por privações. Confiava plenamente em Luke para cuidar da irmã. Seu cunhado era um grande homem.
– Porque não aproveita e vem comigo para Los Angeles. Não foi lá que a promotora foi morta?
– Estou começando a achar que talvez ela não esteja morta. Já tentei de tudo e não consigo obter na internet ou através dos meus contatos nenhuma informação recente. Nem dela, nem do assassino - ou quase assassino. Muito menos sobre o andamento das investigações. O pouco que apareceu na ocasião do atentado foi retirado da rede assim que o assunto esfriou. Cheguei a pensar que tudo não passou de uma farsa do Trickster e que o que vimos nunca aconteceu de verdade. Mas, Harry Spengler está realmente morto. E aconteceu mesmo um acidente com o carro do tal Jimmy Novak numa estrada em Illinois na data e horário que vimos acontecer. Mas, milagrosamente, o sujeito escapou sem um arranhão.
– Isso não quer dizer que ela esteja viva. Com os federais envolvidos, tudo vira segredo de Estado.
– Estou cada vez mais convencido que não foi um simples atentado. Que existe algo mais por trás disso tudo. O FBI montou uma redoma de silêncio e desinformação em torno do que realmente aconteceu naquele tribunal e da própria Jessica Moore. Eles não se dariam ao trabalho de sumir com as informações sobre ela se estivesse realmente morta.
– E, se eu conheço bem você, maninho, desistir e deixar pra lá está completamente fora de cogitação, não é mesmo? Mesmo sabendo que se meter com os federais é uma completa insanidade. Está mesmo disposto a correr o risco?
– Eu preciso tirar essa história a limpo.
– Sabia que não ia desistir. Essa promotora mexeu com você de uma maneira como nenhuma outra garota fez antes. Sem falar que, volta e meia, você tem pesadelos em que a cena dela recebendo um tiro se repete. Pode contar comigo. Temos o nome, Jessica Moore. Sabemos que existe ou existiu uma Jessica Lee Moore formada em direito na Universidade de Stanford, solteira e radicada em Los Angeles. Tanto eu quanto o Luke somos advogados formados em Stanford. O Luke mora em Los Angeles. Eu estou indo pra lá. O Universo está conspirando a favor. Ou, então, é o Trickster aprontando mais uma.
– Acha que isso não me passou pela cabeça? Primeiro, ele me apresenta essa mulher e diz que ela é importante para o meu futuro. Logo em seguida ela morre. Eu passo a sonhar com ela todas as noites. Fico completamente obcecado por ela. Sabe o que é se apaixonar por uma mulher que pode estar morta? O quanto isso pode ser frustrante? E mais: a única maneira de descobrir a verdade é invadindo os sistemas do FBI. Um passo em falso que eu dê e pego vinte anos em prisão federal. O Trickster ia achar isso muito engraçado. É até capaz dele aparecer todos os dias na minha cela só para rir na minha cara.
– Eu estava lá e não foi exatamente assim. Mas, se ela está realmente viva, você vai descobrir. E você é um caçador. O melhor de todos.
– Também não exagera, maninha. Nosso pai foi o melhor. Mas, eu estou sim decidido. Mesmo sabendo dos riscos. Eu já estava decidido a ir a Los Angeles antes mesmo de saber dessa novidade maravilhosa. Eu vou entrar na sede do FBI, acessar os arquivos e descobrir onde ela está. Não vou desistir até estar frente a frente com Jessica. Ou até descobrir que ela realmente morreu.
– Esse é o irmãozinho que eu amo. Não desista de encontrar essa mulher que você acredita ser tão especial. E, quando encontrá-la, não perca tempo. Faça logo um filho nela. O Ben vai adorar ganhar um priminho.
– Menos, maninha. Calma. Tudo a seu tempo. Antes de engravidá-la, eu preciso conhecê-la. Para conhecê-la, é preciso que ela esteja viva. E, para ficar com ela para sempre como planejo, eu preciso sair livre no final de tudo. Um passo de cada vez. E, para o primeiro, o Bobby já deu uma mãozinha. Veja só o que o Bobby conseguiu com um amigo dele que é um verdadeiro mestre na arte da falsificação. Carteira de habilitação, seguro social, credencial do FBI, carteira funcional. Com a minha fotografia e o meu novo nome: Jensen Ross.
– Jensen? Um homem do seu tamanho com um nome como Jensen? Parece nome de garota.
– Pois saiba que esse cara existe. É agente de campo do FBI e nasceu no Texas. Tem fama de durão. Os documentos são falsos, mas os números nos documentos falsos são verdadeiros.
– Só não pode encontrar alguém que conheça o verdadeiro Jensen.
– Seria muita falta de sorte.
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MOMENTO #2
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– Oi, Sam.
– Ed? Como me encontrou?
– Não vou dizer que foi fácil rastrear vocês, mas você sabe que eu entendo um pouco de computadores. Segui um indício aqui, uma pista ali, arrisquei um pouco, .. afinal, conheço alguma coisa do método de vocês.
– Não era para você ter me encontrado. Eu devo estar ficando descuidado. Vou ter mudar todos os procedimentos.
– Eu posso ajudar você. É exatamente por isso que estou aqui. O Harry .. talvez você não saiba, mas .. ele morreu.
– Estou sabendo. Sinto muito, Ed. Sinto mesmo.
– Eu fechei nosso site, o Ghostfacers. Ou dei um tempo, não sei. Você sabe que começamos aquilo num clima de brincadeira. Queríamos ser famosos. Fazer sucesso com as garotas. Nerds, sabe como é. Não, não sabe. Aposto que você nunca teve que batalhar para ganhar uma garota. Nunca escutou um não. Você deve viver cercado de garotas.
– Ed?
– Desculpe. O certo era termos parado quando o Alan morreu. Alan Corbett. Lembra dele, não?
– Claro, Ed. Se Diana e eu estamos vivos hoje, é graças a ele. E a você também, que libertou a alma dele de reviver eternamente o momento da morte.
– Ele gostava de mim.
– Foi isso que nos salvou.
– Eu queria que uma GAROTA gostasse de mim dessa maneira. Mas, eu penso com carinho no Alan. Ele era um bom rapaz. Podia ter feito alguém muito feliz. Mas morreu porque eu e o Harry entramos em algo para o qual não estávamos preparados. É por isso que estou aqui, Sam. Eu quero que você me treine.
– O QUÊ?
– É. Me treine. Porque eu NÃO VOU desistir. Não é mais uma brincadeira. Aquelas coisas MATAM gente. Gente idiota como eu e o Harry. Mas, se depender de mim, não vão matar mais ninguém.
'Não, não vão.' Sam podia ver determinação nos olhos de Ed Zeddmore. Ele tinha mudado. Tinha amadurecido. Endurecido. Ninguém se torna um caçador sem ter sofrido uma tragédia. Dois amigos mortos. E estava determinado a seguir em frente. Determinação era importante. Mas, sem treinamento e preparo físico também ele acabaria morto. E Sam não queria se sentir responsável por mais uma morte.
– Ok, Ed. Vou treinar você. Diana vai ter um bebê e eu vou precisar mesmo de um parceiro.
– Jura. Parceiros?
– Vai depende unicamente de você. Do quanto está realmente motivado. Do seu rendimento. Porque eu não vou facilitar as coisas, muito pelo contrário. Você vai ter que me provar que pode ser um caçador. Eu vou acompanhar Diana a Los Angeles e aproveitar para fazer uma investigação que deve durar, no mínimo, três semanas. Enquanto disso, você vai iniciar um programa intensivo de condicionamento físico. Manhã, tarde e noite. Você precisa ganhar músculos e capacidade pulmonar. Quando eu voltar, vamos treinar técnicas de defesa pessoal. Afinal, nem tudo se resolve com um computador.
– Juro que não vai se arrepender, Sam. Toca aqui, parceiro.
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ESCLARECIMENTOS:
1) Alan J. Corbett foi morto no episódio 3x13 (Ghostfacers).
2) O Harry Spengler da realidade vida 2 foi morto no capítulo 6 de fanfic SETE VIDAS-VIDA 2. O personagem continua vivo na temporada 9 do seriado.
DISCLAIMER:
Sam Winchester, Ed Zeddmore e Castiel são criações geniais de Eric Kripke. SETE VIDAS. Sete diferentes Deans. Todos muito diferentes daquuele que você conhece. Neste universo alternativo, temos Diana Winchester. Dizer que Diana é criação minha seria muita cara de pau. Também não reivindico a criação do agente federal Jensen Ross ou do hacker Ash.
16.05.2014
