Avisos:
Esta fic acontece logo após o fim da primeira série de anime de VK, pouco tempo depois do Ichiru entrar para a Academia Cross. Tudo o que acontece, tando no anime como no manga, após esse momento é desconsiderado. Ou seja, nada de Kuran Rido por aqui.
No shipper principal está Kaname/Yuuki, mas a fic pode não ir exactamente por esse caminho. Portanto, se esperam uma fic que seja 100% Kaname/Yuuki, desculpem, mas não é aqui. Durante o decorrer da fic poderá existir uma ou outra cena slash (yaoi). Se não gostam, não leiam. Eu avisei, pelo que, agradeço que não deixem comentários ofencivos.
Agradecimentos:
Sweet, que me apresentou VK, que me ajudou com os nomes de algumas personagens, que salvou o Ichiru, que foi das primeiras a ler e que me incentivou a continuar!
Fla, que quase me bate de cada vez que eu lhe envio uma nova cena "porque você parou logo ali?"
Sami, my dear beta, que anda sem tempo, mas que me apoia em qualquer loucura.
Shibbo, a primeira a saber o plot e a dizer para continuar, mesmo não garantindo conseguir ler a fic.
Francis, que me deu inúmeros títulos para fic, entre os quais, o actual.
Obrigada a todas, queridas ;***
Prólogo
Doce Ilusão
Eu apenas julgava ser uma ilusão. Um sonho suave e delicado que desapareceria da minha frente se eu o tocasse. Então, deixei que o meu sonho se prolongasse por eternos momentos, vivendo cada segundo, saboreando cada instante, sabendo que podia desaparecer de repente, do nada, sem sequer me dar tempo para um último olhar, uma última despedida. Vivia o olhar, sentindo a chuva gelada no meu rosto, molhando as minhas roupas e encharcando os meus cabelos, sentindo o coração apertado no peito e a boca completamente seca.
Ele era uma ilusão, eu estava certa disso.
Até que os seus olhos pousaram em mim, vendo algo mais do que eu poderia ver em mim mesma, torvando a cor das íris, subitamente tão escuras, parecendo admirado com algo que mais ninguém presente naquele mar de gente, que corria para se abrigar da tempestade repentina, via. Deixou o abrigo do carro onde se encontrava, entrando na chuva, tão belo que chegava a ser irreal, caminhando, passo após passo, lentamente, na minha direcção.
Era como se o tempo tivesse parado, como se tudo dependesse daquele efémero momento. Ele parou à minha frente, olhando-me fixamente nos olhos, como se estivesse hipnotizado por algo. Os olhos em tons de sangue, os lábios entreabertos, a tez pálida molhada pela chuva forte que ainda teimava em cair. Levantou lentamente uma mão, tocando uma mecha comprida do meu cabelo, afastando-a do meu rosto com a delicadeza da ponta dos seus dedos.
Uma onda de pânico cobriu o meu corpo. Na minha mente, uma voz gritava para eu me afastar, para eu fugir dali, para o deixar para trás. Mas a chuva fria acalmava essa urgência em me afastar dele, e o feitiço que o seu corpo me lançava não me permitia, sequer, pensar em obedecer. Engoli em seco, levando uma mão ao peito, apoiando-a sobre o local onde o meu pendente se encontrava, esperando a morte iminente.
O corpo dele colou-se ao meu, como se não estivesse na sua consciência plena, apertando a minha cintura com um braço, espalmando a mão nas minhas costas, enquanto a outra afastava os cabelos da frente dos meus olhos. Fixou-me, o escarlate das suas íris em contraste perfeito com o verde esmeralda das minhas. A loucura daquele pecado, o medo, o desejo, a insanidade presente em tal acto... e o doce desfazer da minha ilusão.
Os seus lábios eram quentes, suaves demais, pecaminosos. Desciam pela minha pele, percorrendo cada centímetro num roçar herege, desde a minha têmpora esquerda, fazendo-me arrepiar de prazer maldito, tocando no meu maxilar, descendo pelo meu pescoço. Senti a sua língua sobre o pulsar da minha artéria, dando-me uma onda de prazer que nunca julguei possível no meu leito de morte. O frio dos seus dentes rasgando lentamente o tecido de pele sobre a clavícula. As suas presas cravavam o meu corpo, bebiam o meu sangue, roubavam a minha essência...
Triste fim para a minha ilusão.
A sua mão fixava o meu corpo contra o dele, enquanto a outra acariciava ao de leve os meus cabelos molhados, como num mudo pedido de desculpas por tal acto. Entre a chuva, naquela rua, agora vazia, lágrimas se formaram nos meus olhos, rolando pelo meu rosto, descaindo no meu pescoço, fazendo-o sentir o sabor salgado do meu silencioso sofrimento. E a escuridão foi tudo o que eu vi em seguida.
A minha doce ilusão terminara, dando início ao meu pior pesadelo, àquilo que nunca deveria ter acontecido.
N.A.: Prontooooo, prólogo da minha mais recente insanidade :mrgreen:
Reviews deixar-me-iam tremendamente feliz.
Just
