Chapter one: Flashbacks
Em um café no Centro de Reefside, Califórnia, uma garota encontra-se sentada em uma mesa isolada do movimento dos jovens agitados daquela cidade. Hayley Zicktor, dona do local, havia deixado em sua mesa há poucos minutos, uma xícara de cappuccino. "Quem te viu e quem te vê Kimberly Hart". A garota pensou consigo mesma enquanto olhava para o líquido em sua xícara. Durante toda sua juventude ela sempre preferiu um copo de vitamina de morango, mas nos últimos anos, nada melhor do que algo mais quente, principalmente em um dia cinza e chuvoso como o de hoje.
Kimberly não aguentava mais, já estava a 20 minutos esperando por Tommy no Cyber Café. Sim, ele costumava se atrasar quando estavam no colégio, mas nos últimos três anos as coisas mudaram muito, então aquele velho hábito do atraso havia se perdido. Ela se perguntava o que poderia ter acontecido, afinal, se ele fosse se atrasar por motivos de trabalho, ligaria para avisar, era assim que as coisas funcionavam agora.
Respirando fundo conseguiu se acalmar um pouco, um leve sorriso apareceu em seu rosto ao olhar para a aliança que repousava em seu anelar esquerdo, sua mente a levou para a alguns anos antes desse dia, mais precisamente quatro anos.
Flashback
Desde que seu tempo como mentor da equipe de Reefside: Dino Rangers, acabou,Tommy se aposentou de seu cargo como um Power Ranger e decidiu que queria e precisava de uma vida mais tranquila. Foi em um encontro com seus velhos amigos, o qual contava com a presença dos dez primeiros rangers: os originais, é que Tommy e Kimberly se viram pela primeira vez depois do evento em Murathians, onde ela e seu melhor amigo, Jason Lee Scott, foram capturados pela então vilã Divatox para servirem de sacrifícios para uma montanha de lavas em chamas, o qual era chamado pela vilã de Maligore.
Tal reunião trouxe a oportunidade perfeita para que Tommy conversasse com Kimberly sobre a tão infame carta. A princípio a garota não se sentia bem sobre o assunto, um erro que cometeu enquanto era uma simples adolescente aprendendo a se virar sozinha em uma cidade estranha, com pessoas diferentes, seus pais morando em dois extremos diferentes do planeta e um namorado que estava tão distante de si, salvando o mundo no qual viviam de perigos reais vindos de planetas que as pessoas comuns que os cercavam não tinham a menor ideia de que realmente existiam. Com certeza ela entendia o seu erro, mas o pior não era isso e sim o fato de ter machucado o coração de quem confiou nela com sua própria vida.
Tommy entendia muito bem o que aconteceu com Kimberly e jamais a culpou por completo por ter agido de tal forma, foi por medo. Claro que a carta não havia sido uma total mentira, ela realmente havia conhecido outro rapaz o qual era gentil e doce, assim como Tommy, mas qualquer adolescente vivendo nas condições em que Kimberly Hart se encontrava, teria uma confusão completa armada em sua mente. Tudo não passou de algo que foi julgado de forma precipitada pela garota. O rapaz realmente gostava muito dela e cuidava como se fosse uma irmã mais nova, mas nunca teve tais sentimentos por ela, a garota havia confundido totalmente seus sentimentos e cometido um grande erro ao terminar seu relacionamento com Tommy através de uma carta e sem dar muitas explicações, deixando no ar algo como uma possível traição, o que nunca ocorreu.
O encontro dos dois durou algumas boas horas até que todos os "pingos" fossem colocados em seus devidos "i". A partir daquele momento, Tommy passou a entender o que havia acontecido com a jovem Kimberly, aliás, quem melhor do que ele para entender um adolescente? Havia acabo de conviver durante um ano inteiro com 5 adolescentes cheios de sonhos, problemas e confusões, claro que a sua linda garota nunca foi uma adolescente comum, pelo menos não enquanto estava cercada de poderes e decisões importantes para tomar. Quem sabe o que pode ter acontecido com a mente da garota ao vivenciar o risco de perder a própria vida antes de abrir mão de seus poderes para seguir o seu sonho? Aparentemente tudo estava bem, mas Tommy sentia que não era uma verdade, o que trouxe o assunto para a conversa.
- Kim, me deixe te perguntar, como você realmente se sentiu com tudo o que aconteceu com você antes de ir embora para a Flórida? – Tommy olhava para a garota com verdadeiro interesse e vontade de entender o que aconteceu com ela naquele tempo, afinal, não tiveram muito tempo para conversar sobre o assunto antes de sua partida. Perder tempo com isso naqueles últimos momentos juntos era algo que passava longe de suas mentes.
Kimberly respirou fundo enquanto procurava pelas palavras certas para definir seus sentimentos naquele tempo, relembrar de tudo ainda doía, não era fácil. Olhando para suas próprias mãos e segurando para não demonstrar o quanto o assunto ainda a incomodava, ela respondeu:
- Eu... Não sei explicar Tommy. Ainda dói, entende? Quase perdi a vida, não apenas uma, mas duas vezes: quando Kat roubou minha moeda do poder e quando cai da trave de equilíbrio e fui parar no hospital. Graças a vocês eu consegui ir atrás do meu sonho, mas a sensação de que poderia acontecer de novo jamais me deixou em paz. Foi quando conheci o Henry e ele me ajudou a superar esse medo. – Sorrindo, olhou para o rapaz ao seu lado, encarando seus olhos profundamente. Quando foi a última vez que Kimberly Ann Hart havia encarado esses mesmos olhos castanhos tão intensamente? Foi quando em um estalo ela se lembrou do primeiro dia de Tommy em Angel Grove High School, do seu nervosismo, das borboletas voando em seu estômago. Isso a fez sorrir e corar suavemente, o que não passou despercebido pelo rapaz que automaticamente ergueu uma de suas mãos e acariciou a bochecha da garota.
- Como senti falta disso. – Disse ele em um sussurro, fazendo Kimberly fechar seus olhos e inclinar seu rosto suavemente sobre a mão de Tommy que mantinha a carícia suave em sua pele. Ela sentia falta disso como precisava da água para sobreviver a uma seca sem fim. – Uma moeda por seus pensamentos. – Foi tudo o que Tommy sussurrou antes de Kimberly abrir seus olhos e novamente se sentir perdida naquele mesmo olhar que tanto amava.
- Sinto saudade disso... De nós dois. – Respondeu com sinceridade, recebendo o mesmo lindo sorriso de Tommy. Ele também sentia falta dos dois, se ela ao menos tivesse noção do quanto. Vagarosamente, o rapaz aproximou seu rosto do dela e depositou um beijo de esquimó na ponta de seu nariz, o que a fez sorrir e trouxe a ambos uma lembrança mais íntima. Eles sempre faziam isso quando estavam juntos, isolados de todos, apenas para demonstrar ou dizer algo que nenhum dos dois precisavam realmente dizer: o quanto um se importava com o bem-estar do outro. Ao finalizar Tommy depositou um suave beijo sobre a testa de Kimberly.
- Também sinto saudades de nós dois. – Tommy segurou o rosto de Kimberly em suas mãos e olhou em seus olhos. – Ainda vai continuar longe de mim, permitindo que nos vejamos apenas quando esses encontros acontecerem? – Ela sorriu e balançou a cabeça negativamente enquanto pegava seu celular e entregava para ele. Ambos trocaram seus números e colocaram como telefones para emergência.
Naquele dia nada foi dito sobre Katherine Hillard e o relacionamento que Tommy compartilhou com a garota durante sua adolescência, não havia passado disso, um romance de colégio que da parte de Tommy aconteceu de uma forma forçada, ele nunca se apaixonou verdadeiramente pela garota e o acontecimento em Muranthians deixou isso claro, principalmente quando Tommy se desesperou por seu primeiro amor ter sido raptada mais uma vez pelo mal. Ver Kimberly caindo naquele vulcão fez o coração de Tommy esmagar em seu peito, claro que ele também estava preocupado por Jason, mas Kimberly nunca havia trabalhado para o mal com o intuito de destruir os Power Rangers daquela forma. Depois que voltou ao normal, Kimberly passou dias se culpando por quase ter quebrado o braço de Katherine e desejar que Jason jogasse Tommy no vulcão também. Kimberly sempre foi transparente quando se tratava de lutar pelo bem ou pelo mal e ele sabia que se algo pior acontecesse, ela se sentiria ainda pior.
Perceber que mesmo depois de um ano separados ele ainda a conhecia tão bem assim o fez perceber que seu futuro não era com Katherine, mas ele também não iria colocar os pés pelas mãos, o que fez com que mantesse seu relacionamento até o fim do colegial, quando ambos foram para faculdades diferentes e distantes um do outro e o relacionamento chegou ao seu ponto final. Tommy não devia nada a ninguém, era solteiro desde então, com um ou outro relacionamento esporádico, mas nada sério ou que ele quisesse aprofundar, ele não sentia essa necessidade, não, até agora.
Kimberly sorriu com a lembrança, seu celular agora denunciava 30 minutos de atraso. Ela ergueu seu olhar e olhou pela janela a procura de algum sinal de Tommy: nada! Seu jipe não havia sequer sinalizado no estacionamento do Café. Percebendo sua preocupação, Hayley se aproximou de sua mesa e sentou-se à cadeira ao seu lado.
- Kim, que cara é essa? – Perguntou discretamente segurando na mão da garota pela qual tinha um carinho muito grande.
Pensar que no começo Hayley não confiava cem por cento em Kimberly por conta da dita carta que escreveu para Tommy, fez a morena sorrir suavemente. A ruiva tornou-se uma ótima amiga, além de ser uma das melhores amigas de Tommy. Suspirando a garota voltou seu olhar para a janela enquanto respondia para a garota ao seu lado:
- Tommy combinou comigo de nos encontrarmos aqui há 30 minutos atrás. Estou realmente preocupada, já tem algum tempo que ele perdeu o costume de se atrasar como antes e isso está me deixando apreensiva. – Hayley sorriu para Kimberly afetuosamente e deu um suave aperto em sua mão.
- Quem sabe ele não tenha tido uma recaída? – Ao responder, Kimberly voltou seu olhar para a ruiva e sorriu agradecida pelo conforto que ela acabava de dar ao seu coração pela resposta bem pensada.
- Obrigada! – Agradeceu enquanto Hayley se levantava, pronta para ir atender outro cliente que entrava no café.
Voltando a olhar para a aliança em sua mão esquerda, Kimberly suspirou e sorriu...
Flashback
- Venha Kim! – Tommy puxava a morena pelas mãos enquanto os guiava até a beira do lago em Reefside. Desde que reataram seu relacionamento há dois anos, o lago de Reefside era o lugar favorito do casal.
Kimberly se mudara para a cidade há 3 anos, exatamente um ano após seu reencontro com Tommy em Alameda dos Anjos. Desde aquele dia a amizade forte que ambos compartilhavam só se fortaleceu e com o tempo voltou a ser a mesma que compartilhavam antes de trocarem seu primeiro beijo no parque de Alameda dos Anjos, o qual também tinha como cenário principal um lago. A amizade que se fortaleceu nesses 4 anos que se passaram veio cheia de flertes, trocas de carinhos e palavras que traziam lembranças lindas para ambos. Viver uma amizade assim se tornou impossível ao fim dos primeiros seis meses e então selinhos e beijos roubados da parte de Tommy foram acrescentados na relação, até o dia em que culminou no pedido de namoro, exatamente quando completou um ano desde a primeira conversa que tiveram. Tommy não precisava de muitas declarações com palavras, afinal, os sentimentos eram ditos todos os dias em atitudes e gestos, mas ainda assim Tommy se declarou, ele precisava dizer as três palavras mágicas, as quais Kimberly segurava desde o dia em que se reencontraram para dizer.
Quando chegou em frente ao lago Tommy posicionou Kimberly em sua frente e a abraçou por trás, envolvendo sua cintura com seus braços enquanto encostava seu queixo no ombro esquerdo da garota, sentindo essa repousar de jeito suave seus braços sobre os dele, enquanto se ajeitava confortavelmente contra seu peito, sorrindo enquanto assistia as leves ondas que se formavam no lago devido ao vento suave que soprava naquele dia.
- Você se lembra do nosso primeiro beijo? – Ele perguntou a ela esperando pela resposta enquanto essa soltava uma pequena risada e mordiscava seus lábios.
- Como esquecer daquele dia? Você com aquele cabelo quase na altura dos ombros, usando aquela camisa verde, impressionantemente lindo e ainda assim extremamente tímido. – Ela olhou rapidamente para onde sua mão se encontrava com as de Tommy e intercalava seus dedos nos dele, olhando a aliança de compromisso brilhar suavemente na luz do sol. – Eu estava tão nervosa naquele dia. – Ela soltou uma pequena risada anasalada enquanto voltava a olhar para o lago.
- E do nosso segundo primeiro beijo? – Ele perguntou depositando um beijo na bochecha de Kimberly que logo sorriu balançando a cabeça levemente confirmando sua pergunta. Claro que ela se lembrava do segundo primeiro beijo oficial deles, vale dizer oficial pois antes disso eles haviam se beijado muitas outras vezes durante o ano que se passou, mas Tommy gostava de definir o beijo do dia que ele a pediu em namoro pela segunda vez, como o segundo primeiro beijo oficial dos dois.
- Foi aqui nesse mesmo lugar em que estamos nesse exato momento. Afinal, todos os nossos primeiros beijos têm que ter como cenário o lago do parque principal da cidade. – Ela respondeu repetindo as palavras que Tommy usara naquele dia em questão.
- Hey! Essa fala é minha! – Ele disse enquanto a pressionava um pouco mais contra o seu corpo em um abraço aconchegante, fazendo com que a garota em seus braços risse baixinho.
- Viu como me lembro bem de suas palavras? – Ela brincou virando seu rosto para alcançar a bochecha dele e depositar um beijo suave ali.
- Boa menina! – Ele sussurrou no ouvido de sua namorada, fazendo-a se arrepiar suavemente, o que o satisfez por completo, afinal, Tommy adorava provocar essas sensações em Kimberly, as reações o deixavam ainda mais encantado por aquela mulher.
Tommy soltou seus braços da cintura de sua amada e a virou para si de forma gentil enquanto se ajeitava: segurando na mão da garota, dobrava seus joelhos, aproveitando do movimento para levar a mão direita de sua namorada aos lábios e beijá-la carinhosamente, afastando seu rosto ao estar completamente posicionado na frente da garota, olhando em seus olhos.
Kimberly fatigava com a ação de Tommy, notando a posição que ele tomava em sua frente, não acreditando no que seus olhos viam e sua mente criava em seu subconsciente. Tommy ia mesmo fazer o que ela estava imaginando? Ela aguardava ansiosa pela resposta à pergunta que seu cérebro formou sem ser pronunciada, enquanto olhava nos olhos dele, sentindo os seus próprios marejados e húmidos pelas lágrimas que se formavam.
- Kimberly Ann Hart, sei que não sou o mais perfeito dos homens e nem chego perto de ser o cara que tem a melhor memória do mundo... – Tommy começou sua declaração e soltou um pequeno riso anasalado, olhando para o chão por breves segundos para acalmar a sua falta de jeito com a expressão que Kimberly usava. Ele sabia que era a emoção na sua natureza mais pura por estar fazendo aquilo que sua amada realmente estava pensando. Respirando fundo Tommy voltou seu olhar ao dela e continuou: - Mas quando se trata de você senhorita Hart, cada mínimo detalhe, cada mínima palavra ou atitude, jamais esqueço, porque não fica gravado apenas na memória, mas é gravado em minha alma, em meu coração, em minha vida. Você é a mulher com quem desejo acordar todas as manhãs do resto dos meus dias, a mulher com quem quero ter filhos, formar uma família e poder chamar de minha, Forever and Always. Você aceita se casar comigo, se tornar minha esposa e eterna namorada?
A essa altura Kimberly já havia deixado as lágrimas rolarem suaves por seu rosto e antes mesmo que pudesse pensar em responder com palavras, um sorriso imenso aparecia em seus lábios e sua cabeça balançava freneticamente de forma positiva. Suas palavras saiam cortadas e embargadas pela emoção enquanto dizia repetidamente "sim". Tommy retirou de seu bolso uma pequena caixa preta de veludo e de lá tirou um lindo anel de noivado, o qual deslizou no dedo anelar da mão direita de sua amada com suavidade e contemplava a peça dourada contrastando com a prateada em seu dedo. O coração em cima da aliança de noivado coberto com pequenos brilhantes e dentro da mesma gravado em letras perfeitas: "Mr. and Mrs. Thomas James Oliver".
Tommy depositou um beijo sobre o local onde a aliança repousava no dedo de Kimberly e sorrindo se levantou, deixando que suas mãos cheguem ao rosto de sua amada e a beija suavemente nos lábios, enquanto a acaricia. As mãos dela se aconchegam sobre o peito de seu, agora noivo, e as de Tommy acham um lugar na cintura da pequena a sua frente e a segura firme enquanto a outra desliza por sua cintura e a circula, erguendo Kimberly do chão e a rodopiando no ar assim que seus lábios se separam, fazendo com que os dois soltem risadas, completamente emocionados.
Ao colocar Kimberly novamente no chão, Tommy sobe uma de suas mãos ao rosto dela e enxuga suas lágrimas com as pontas de seus polegares, sorrindo enquanto repousa sua testa sobre a dela, contemplando o sorriso bobo que não saía por minuto algum do rosto de Kimberly.
- Eu te amo muito, sabia? – Ele sussurra contra a pele da morena que se arrepia levemente enquanto abre seus olhos, segurando seus lábios entre os dentes para tentar conter seu sorriso.
- Eu também te amo muito. Sempre amei e sempre irei amar. Forever and Always. – Ela repetiu da mesma forma para Tommy antes dele capturar mais uma vez seus lábios em um beijo apaixonado.
- Eu te quero para sempre e sempre. Quero estar ao seu lado em todos os momentos, sejam bons ou ruins. Vamos ficar velhinhos e juntos para sempre e sempre. – Tommy diz ao separar seus lábios dos de Kimberly e beija suavemente sua bochecha ao ver uma lágrima escorrendo por ela, a enxugando, sem preocupação alguma, amando a reação de sua amada a tamanha alegria que ambos estavam vivendo naquele momento.
Kimberly suspira ao sentir a lembrança esvaindo aos poucos e seu sorriso permanecer ali, curtindo a linda lembrança daquele grande dia. De repente o celular de Kimberly começa a tocar:
- Alô! – Kimberly atende e logo uma preocupação se desenha em seu rosto ao ouvir de onde a ligação vem.
- Senhora Oliver? Aqui quem fala é a enfermeira Lucy. Preciso que a senhora venha ao Hospital Central de Reefside, seu marido, o senhor Thomas Oliver...
Antes que a enfermeira terminasse de explicar, o telefone deu seu click final. Kimberly levantou-se rapidamente de seu lugar e saiu em disparada pela porta do café. Hayley vendo o estado em que Kimberly se encontrava já imaginava que algo ruim havia acontecido. Isso a fez pedir para que um de seus gerentes cuidasse do café até que ela voltasse e saiu apressada atrás da morena.
- Hey! Kimberly! – Hayley chamou alcançando a garota. – O que houve?
Ao se virar para encarar a ruiva, ela pôde perceber o olhar avermelhado de Kimberly e seu desespero escrito em sua face.
- É o Tommy... Me ligaram do... Do hospital... Hayley... Aconteceu... Alguma coisa aconteceu. – Kimberly não conseguia completar uma frase coerente sem ser cortada pelas lágrimas que rolavam doloridas por seu rosto. A ruiva abraçou a mulher em desespero à sua frente e a guiou até o carro, se oferecendo para leva-la ao local onde ele se encontrava.
She is sitting at the table, the hours get later
He was supposed to be her
She is sure he would have called
She waits a little longer, there is no one in the driveway
No one is said they have seen him
Why, is something wrong?
She looks back to the window
Suddenly the phone rings
A voice says something is happened
That she should come right now
Her mind goes to December
She thinks of when he asked her
He bent down on his knee first
And said
I want you forever, forever and always
Through the good and the bad and the ugly
We will grow old together
Forever and always.
