Disclaimer: Esses personagens não me pertencem.
Fanfic feita sem fins lucrativos
Essa é uma TRADUÇÃO; portanto, o conteúdo não foi criação minha.
O texto original pertence à: Cafesitodeldia
THORN IN MY SIDE
«Don't come here asking for forgiveness, for the things you've done.
Don't point your finger at me, because you are the fallen one.»
Houve um tempo em que ela costumava ser tão bonita, quase tanto quanto Afrodite que todos, deuses e mortais, morriam por ela (às vezes até literalmente). Era uma sacerdotisa do Templo de Athena, onde passou a maior parte do seu tempo focada em apenas servir a Deusa, rejeitando todos e cada um de seus pretendentes. Ela era extraordinariamente bonita, com traços finos e cabelos longos que caiam por suas costas, amarrado com um laço simples e se movendo ao vento, deixando bobo a mais de um homem (e às vezes até mesmo as mulheres ) que a viam quando passaram por ela.
Seus movimentos eram sempre delicados, certeiros, capturantes. Sua graça era tão incrível, sua sensualidade nata e sua inocência incomparável, que não eram poucos os que a desejavam.
Ninguém podia tocá-la, mesmo apenas o fato de pensar em possuí-la poderia ter certas conseqüências. Mas não para ele, não para Poseidon, pois ele não tinha limites, não quando se comparava à mortais.
Ela era.
Aconteceu em um dia como qualquer outro. Ele entrou no templo de sua sobrinha e a viu assim, simples. E só de olhá-la de costas o fez perceber que ele a queria. Naquele momento.
(Ela sabia que alguém havia entrado no templo, mas não mostrou sinal algum disso. Quando o cheiro da brisa do mar deslizou pelo seu nariz ,sabia que era Poseidon. Ela curvou-se ligeiramente, provocando-o e fazendo parecer acidental.)
Sentiu a brisa antes do forte golpe das ondas contra seu frágil corpo; as algas como dedos percorrendo suas curvas e essa sensação de afogamento, como o beijo asfixiantes que realmente era. Lutou com força, contorcendo-se para cada lado que podia. Sua garganta estava fechada, impedindo-a de gritar por socorro que, no fundo não queria.
Athena podia pensar que Medusa era quem havia provocado tudo e Poseidon, com certeza, não a iria contradizer, porque mesmo que ela fosse sua favorita (não devia e mesmo Athena nunca admitiria, assim ela era) havia algo em ela; muito bela, muito inocente e também muito inteligente.
Ela a amaldiçoou.
E seus olhos, grande e quase tão azuis como o céu controlado por seu pai, a olharam suplicando, tentando fazê-la entender que ela era inocente, que ela havia resistido o mais que pôde, que tudo era culpa de Poseidon. Athena ficou, um momento e nada mais, quase literalmente de pedra ao ver seus olhos, mas sua raiva fora maior e, usando desse sentimento, a condenou: ninguém poderia admirar seu belo rosto, seus olhos, sem ficar petrificados. E seus cabelos, que caíam por seus ombros, em um emaranhado de fios negros, se transformaram em serpentes, impedindo assim o desejo de se aproximar dela.
Lágrimas invisíveis correram por suas bochechas quando se viu pela primeira vez. As serpentes dançavam sobre sua cabeça, assobiando e enrolando-se.
Ela foi representada como a luxuria, o desejo carnal, depois de que Poseidon abusara dela no templo de Athena; mas antes disso, antes de ser violada por ele, ela era a inocência encarnada
(ao mesmo era isso que ela aparentava ser).
