Alguns Passos

Kiah chan


Disclaimer: Naruto me pertence, Spiral me pertence, estou multi-milionária e não faltam dois dias para o Natal.


Notinha: Essa fanfic é um presente (agora) de Natal, para minha querida amiga Ju (vulgo Chane-chan/Kune-chan), que estava tendo alguns pirepaques básicos por causa da minha falta de inspiração SasuSaku.

Essa vai para você, estressadinha XD Espero que goste!


Introdução

Eu conhecia dois tipos de amor:

Aquele obsessivo, que me remetia à morte não sei porquê. (Acho que por culpa dos filmes de amor dramáticos e repletos de tarjas pretas que eu não me cansava de assistir)

E aquele amor carinhoso, em que a fidelidade era mútua e o casamento durava para sempre.

Eu vivia afundada nesse mundo bipolar... Tudo era rosa, feliz, harmonioso e maravilhoso.

Ou seja, estava ficando louca e precisava de tratamento médico urgente.

Mas o caso que vou contar, meu leitor, não é da minha obsessão (Acho que essa palavra não vai sair tão cedo do meu extenso vocabulário) por coisas rosas, felizes e saltitantes ou da minha crendice por duas definições de amor possíveis. Na verdade, falarei sobre minha vida amorosa que, para você pode ser piegas e cheia de clichês hollywoodianos, mas na verdade é um drama que tive a infelicidade de passar por um longo tempo da minha vida monótona. E que, para meu completo desgosto, estava longe de se encaixar em qualquer definição que a minha mente brilhante havia criado.

Apresentação

Desde criança, sempre tive um pouco de receio em me apresentar.

Uma simples apresentação servia de entrada para uma biografia extensa que não se centrava só em mim, claro. Meu cachorro e meus amigos recebiam tanto os holofotes quanto eu. Como era tímida e preferia me esconder atrás de um bom livro e de minha testa gigante, evitava conhecer pessoas com expressões curiosas.

Acho que não está acreditando em mim, mas lhe mostrarei um fato engraçado.

"Qual o seu nome?".

Todas as pessoas costumam iniciar uma conversa agradável (ou nem tanto) a partir dessa pergunta.

Uma simples resposta poderia desencadear em confissões desastrosas... Por isso tinha medo de me apresentar. Pois além de tudo, empolgava-me com uma facilidade desastrosa.

Como na vez em que eu comecei a falar para a minha vizinha extremamente simpática sobre quantas vezes eu já tinha beijado na boca.

Nenhuma vez, aliás. Mas quem conta um conto aumenta um ponto.

Logo, toda a vizinhança já sabia sobre as minhas frustrações amorosas e achava que eu estava grávida de um escocês mal amado que tinha um carro parecido com o do James Bond.

Meu pai não gostou nem um pouco da história e, mesmo eu alegando inocência, passei três anos longe de qualquer coisa de origem escocesa.

Nem me pergunte o porquê. Só sei que esse simples relato me dá arrepios até hoje. Acho que as pessoas não levaram em conta que eu era uma menina de oito anos que vivia com um livro na mão e tentava esconder minha franja com um lencinho.

Foi a partir desse episódio que conheci minha primeira amiga... Ino Yamanaka era linda, inteligente, engraçada e extremamente egocêntrica. Gostava de ficar ao seu lado, fazia com que me sentisse especial.

Além disso, ajudou-me a "superar" meu trauma de 'testa grande demais'.

E ela nem é tão grande assim...

Reconhecimento

Faremos um balanço das conseqüências que vim a ter depois das fofocas sobre a minha (ausência) de vida amorosa.

1º: Consegui uma melhor amiga.

2º: e um reconhecimento da vizinhança, pois até o dia anterior, eles não faziam idéia que eu existia. (Somente a vizinha fofoqueira, claro. E minha mãe a detestava...).

Agora, quando andava com a minha mãe para a biblioteca, normalmente todos os moradores acenavam freneticamente para mim, sempre com um sorriso no rosto. Claro que eles não acreditaram de verdade na história do James Bond pedófilo, mas foi graças a isso que aquele lugar tão parado recebeu um pequeno agito.

Nada que uma boa fofoca não faça.

E assim, a pequena anônima tornou-se "A" Sakura-chan do lugar.

Gostaria até de ressaltar uma verdade.

Até aquele momento, eu não conhecia meu outro vizinho, o da casa à esquerda.

Diziam a mim que ele era emburradinho e todo orgulhoso, apesar de ser lindo e ter até um fã-clube, com apenas oito anos.

Nunca tinha reparado no garoto, não fazia a mínima idéia de como ele era e nem estava curiosa, apesar do frenesi que ele causava.

Mas acabei o conhecendo por engano, quando, em uma manhã ensolarada, ele perguntou se eu era a mesma garota de que tanto falaram durante a semana.

Prazer, meu nome é...

Eu já lhe falei sobre as apresentações, não?

Mas quando estou me apresentando para pessoas da minha idade, digamos que minha empolgação é vertida em curiosidade.

Gosto de saber sobre os outros. Prefiro saber sobre eles, aliás.

E com o tal garoto não foi diferente.

Estava voltando do mercadinho, minha mãe havia deixado que eu fosse sozinha até lá, para meu receio, felicidade e diversos outros sentimentos contraditórios.

E lá estava eu, passando pelo campinho de futebol, último obstáculo que teria que agüentar para que pudesse chegar segura em casa, com uma pilha enorme de livros na mão.

Pilha que estava cansando meu corpo pequeno e fazia com que minhas pernas ficassem mais pesadas a cada passo.

Mas faltava pouco para chegar. Até que uma bola extraterrestre, que, diabos, eu não sabia como tinha me atingido, fez com que eu e meus livros emprestados fôssemos parar no chão.

E meus olhos se encheram de lágrimas. Lembro que tinha prometido para a bibliotecária esquisita que cuidaria bem deles.

Tratei de levantar logo e formar a pilha em meus braços pequenos novamente, verificando cuidadosamente cada um.

E foi aí que eu o vi. Um garoto moreno correndo em minha direção e parando, agachado, de frente a mim, perguntando desesperadamente se estava machucada.

Balancei a cabeça em resposta negativa e tentei desviar meus olhos dos dele.

Impossível.

Ele era realmente lindo.

Ajudou-me a carregar a pilha de livros até a minha casa, depois do incidente, como se quisesse se desculpar.

E, no pequeno trajeto, ele perguntou.

"Você é a Sakura, não é?".

Acenei com a cabeça e esperei pacientemente que os relatos sobre o escocês mal-amado fossem aparecer e me deixar com vergonha.

Mas não foi isso que aconteceu. Perguntei inocentemente como ele sabia e fui totalmente surpreendida.

"Meu amigo me disse... Eu sempre te vejo passar por aqui com a sua mãe." – Ele sorriu docemente para mim e voltou seus olhos aos livros que me ajudava a carregar. – "E com esses livros. Acho que você é minha vizinha...".

Eu sorri para ele diante da suposição e meu coração palpitou.

Um estalo na minha cabeça, um frio na barriga e uma queimação em minhas bochechas.

"Quem é você?".

"Sou Uchiha Sasuke, mas pode me chamar de Sasuke só.".

Aquele era o meu vizinho. O garoto do fã-clube.

"Prazer, Sasuke-kun.".


Leitores, obrigada. De verdade. E se vocês encontraram influências/trechos/cenas de outras fics minhas aqui, não se preocupem! Estou me plagiando. (Retrospectiva 'Kiah chan')

Um feliz Natal pra vocês e um ótimo início de Ano Novo!

P.S.: (Eu te Amo) "Entre Dois Mundos" está em hiatus. Vamos com calma para não sair meleca. Sem pressão.