Nome: Could you Remember?
Autora: Dora Russel
Classificação: Inicialmente a fic pode ser considerada "Livre", mas ao desenrolar da história isso pode mudar. Quando o capítulo surgir, haverá algum aviso.
Disclaimer: Nada disso me pertence, é tudo da titia J.K. Mas vou logo avisando: acontecem modificações bem loucas por aqui, então esteja preparado.
Aviso: Sem beta, sorry
Explicações: essa história iniciou-se como um simples presente para uma grande amiga. Como acabou ganhando uma grande repercussão, resolvi continuá-la para ver no que mais daria.
Could you Remember?
You've got to understand
We must remain
Perfect Strangers
(Deep Purple – Perfect Strangers)
Prólogo
"Mansão Black. Agora."
Hermione apurou novamente seus ouvidos, procurando qualquer sinal de que algum dos garotos havia acordado. Estavam pernoitando temporariamente na Mansão Black; todos os feitiços de segurança haviam sido reforçados assim que conseguiram passar pela azaração de Olho-Tonto Moody. Mas alguma coisa naquele lugar cheirava a perigo, e por mais que Hermione quisesse dormir e relaxar o corpo depois de toda a confusão da fuga do casamento de Fleur e Bill, sua mente simplesmente não desligava. Por isso, quando a inquietação tornou-se insuportável, enviou um patrono a única pessoa que poderia acalmá-la naquele momento.
Suspeitava que a resposta demoraria a chegar, por isso resolver passear pela mansão. Começou pela cozinha, encontrando todos os objetos arrumados e ligeiramente empoeirados. Gostaria de encontrar qualquer coisa para fazer, que fosse um copo sujo que precisasse de atenção, mas não havia nada a ser feito. Pensou seriamente em ler alguma coisa, e quando se decidiu a visitar a biblioteca da casa, ouviu um estampido tão fraco que poderia ter passado despercebido.
Não houve gritos da pintura da senhora Black, ou sequer a azaração de Moody fora acionada. Tudo que Hermione pôde distinguir foi um suave farfalhar de uma capa – o som que acalmou imediatamente seu coração inquieto.
Ao encarar os olhos vazios de seu ex-professor, Severus Snape, sentiu o familiar arrepio tomar conta de sua coluna; a boca secar, as pupilas dilatarem em antecedência e o coração acelerar. Não foram necessárias palavras, apenas o abraço forte que a sustentou e o ritmo acelerado da respiração dele batendo de encontro ao seu tórax.
– Severus...
Hermione queria dizer muitas coisas, das quais somente poucas fariam sentido, e Snape pôde sentir o desespero começar a aflorar no corpo de sua ex-aluna. Era tão fácil perceber como suas emoções estavam descontroladas que ele não precisou sequer usar legilimência para entender o que se passava com Granger.
– Acalme-se agora, Granger. Este é só o começo, e você precisa estar preparada para os próximos desafios que irão surgir! Você é o cérebro desse trio, sabe bem disso... – Snape gostaria de ter palavras que fossem mais reconfortantes em seu vasto vocabulário, mas sabia que ela precisava ser forte e que palavras doces apenas amoleceriam mais seu coração gryffindor. Por isso, apenas apertou-a ainda mais em seus braços, inspirando aquele cheiro de baunilha que somente os cabelos de Granger tinham.
– Eu não acho que você deva depositar toda essa confiança em mim, mas sei que é preciso ter muito calma para conseguir enfrentar as coisas que estão por vir. – Hermione afastou-se alguns centímetros do abraço, focando no cenho franzido de Snape. – Eu senti sua falta...
Snape não queria admitir qualquer coisa desse tipo sequer em pensamento, mas sentira falta do aconchego dos braços de Granger. Das palavras saindo por aqueles lábios macios, do toque que parecia queimar sua pele. Sentira falta de simplesmente tocar aquele rosto e sentir a aceitação dela. Sentir que ela aceitava tudo que vinha dele.
Varrendo tais pensamentos de sua mente, Snape deixou que seu corpo comandasse a situação por alguns preciosos minutos. Abaixou-se a altura dela, tomou-lhe os lábios com urgência e pôde sentir o gosto dela depois de semanas que pareceram durar uma eternidade. As pequeninas mãos acariciando suas costas, a língua atrevida que invadia seus lábios e tomava conta do seu corpo. Ele poderia passar horas provando de Granger, sem nunca se cansar.
Hermione apertou o abraço em uma carícia mais íntima, cobrindo seu corpo com o de Snape. O calor que ultrapassava as vestes negras era palpável, e ela lutava contra todas aquelas camadas de roupa com intensa vontade. Queria voltar a sentir a pele de Severus sob seus dedos; despejar todo o desejo que sentia em seus toques e fazê-los esquecer da maldita Guerra que estourava lá fora.
Mas um suave ranger de madeira os separou instantaneamente, como se tivessem sido enfeitiçados. Snape fez um sinal de silêncio com o dedo indicador, antes de puxá-la para um sôfrego e rápido beijo. Enquanto mordiscava os lábios de Hermione, sussurrou:
– Desculpe, querida. Mas devemos voltar a ser perfeitos estranhos um para o outro. – Mais um rangido, e antes que Hermione pudesse entender o que Severus havia dito, uma varinha foi levantada e o feitiço de esquecimento pronunciado:
– Obliviate!
Está aqui, pessoal.
Pretendo postar o próximo capítulo logo (assim que houver alguns comentários *-*), por isso eu gostaria de pedir para que você que leu desse sua opinião.
