Mesmo Nathan sabendo que aquilo só era ficção, ele pôde sentir seu corpo reagir aos toques de Stana. não queria, mas não conseguiu evitar. A saudade de ter ela em seus braços já era maior que as brigas pelos corredores do sete. Ali enquanto eles faziam aquela cena tão estimulante, sabiam que os gemidos que saiam de suas bocas não era apenas ficção, nem tudo era ficção.

Seus corpos estavam juntos demais, suas bocas degustavam um do outro. Nathan sabia que não era apenas seu corpo que estava ficando ativo. Podia sentir Stana estremecer a cada toque das mãos dele em seu corpo, podia a ouvir gemendo querendo por mais a cada separação de beijo. Ele não queira, mas decidiu provocar um pouco. Queria ver até que nível Stana conseguia resistir depois de tanto tempo sem aquele contato tão próximo. Ele mesmo queria ver seus próprios limites.

E com este pensamento Nathan aproximou ainda mais seus corpos, fazendo ela se encaixar perfeitamente o meio de suas pernas. Ele sabia que tinha pouco tempo, em poucos segundo Susan tombaria nas panelas, e eles seriam obrigados a se separar. Então se aproximou ainda mais, fazendo com que Stana sentisse o volume em suas calças encostando por cima das roupas em sua intimidade, isso só fez Stana gemer mais alto. E com uma mão em sua nuca chegou ao ouvido dela e sussurrou sexy e hesitante. Sem esquecer provocador. Baixinho, bem baixinho apenas para ela ouvir.

–É isso que você faz comigo. Senti saudades.

E com a mesma velocidade que ele se aproximou se afastou. Afinal, Susan tinha entrado em cena e era hora de voltarem aos seus personagens, esquecendo o que aconteceu... ou não.

-#-

Stana estava em seu trailer tentando se recompor. Ainda não compreendia a reação de seu corpo aos toques dele. Aquele contato que depois de 2 anos havia sido esquecido da sua mente. Pelo jeito apenas pela sua mente, pois seu corpo sentiu, sentiu quanto o queria, sentiu responder as provocações, sentiu o calor emanar de seus corpos, sentiu o quanto ele a queria, sentiu...

Ok. Stana precisava falar com ele, mas falar de um certa distância, ate porquê seu corpo ainda estava em delírio.

No caminho ao trailer de Nathan, ela pensava em o que falar. Como o encorajar a explicar o que tinha acontecido.

Sem cerimônia alguma Stana entrou e foi logo falando.

- O que foi aquilo? O que você estava pensando quando...

Ela teve que parar de falar -ou seria gritar?- assim que o viu de costas apenas com uma toalha na cintura. Ela se desesperou, não por ver o seminu, e sim por do nada ter sentido uma vontade enorme de se aproximar e secar com seus próprios lábios cada gota de água que escorregava pelas costas de Nathan.

"Se controle Stana. Se controle." Ela pensou.

- O que foi aquilo o que? - Nathan já estava de frente para ela, ainda com a toalha apenas na cintura, deixando à mostra seu abdome molhado. Ali, Stana pôde perceber o quanto Nathan tinha emagrecido, e que isso não estava ajudando ela a se concentrar na conversa que queria ter.

- É... É melhor eu voltar mais tarde. - Stana falou ainda olhando para o abdômen de Nathan. Esse que percebendo os olhares dela não pôde deixar de abrir um pequeno sorriso.

- Pode falar agora. Estou desocupado.

- Eu sinceramente prefiro voltar depois.

Stana já tinha se virado e estava com a mão na maçaneta quando sentiu Nathan tocar sua cintura a empurrando contra a porta e empresando-a ali.

- Não, não vai não - Ele sussurrou no ouvido dela, sabia que sussurros era um de seus pontos fracos. Nathan ainda teve a ousadia de deslizar a mão sobre a barriga dela, sentindo-a estremecer a empresou ainda mais. - Sobre o que você queria conversar?

- Por quê você fez aquilo? Encostou-se daquela formar em mim.- Ela tentava se livrar do corpo de Nathan, mas sabia que não iria conseguir. Ele era muito mais forte.

- Encostei de que jeito?

"Preciso ouvir da boca dela. Preciso saber se ela sentiu o que eu senti." Nathan pensava.

- Não se faça de idiota. Você sabe do que eu estou falando.

- Não, eu não sei. Posso tentar adivinhar?

Ele nem esperou ela responder para vira-la e colar seus corpos frente à frente. Olhando para seus corpos ele abriu um pouco a perna de Stana e se encaixou fazendo-a ter uma surpresa do quanto aquela toalha estava ficando pequena para o tamanho no meio das pernas de Nathan.

- Nate... Nathan por... por favor se afaste.

Com o intuito de o empurrar ela colocou uma mão no peito dele e a outra, sem outro destino para ir, foi parar no abdômen dele. Um péssima ideia.

- Não posso. Não quero.- Guiou uma mão para a nuca dela e a outra pegou a que estava no seu abdômen a segurou ali por um pequeno tempo, apenas enquanto falava bem próximo aos lábios dela. - Nem tudo é ficção. Nem todos os beijos são ficção.- Ele suspirou - Isso não é ficção.

Dito isto, ele escorregou a mão dela para baixo do abdômen, em sua virilha. Ainda de toalha, mas tudo sendo feito por cima do pano.

Stana não pôde evitar o longo suspiro, era incrível o efeito que ele tinha sobre ela.

- Nate... - Ela gemeu assim que sentiu ele deixar apenas a mão dela em seu membro. E por incrível que pareça, ela não conseguia retirar.

- Me diz que você não quer, aí eu deixo você ir. Como se nada tivesse acontecido - Nathan olhava para os olhos dela cheio de desejo e melancolia. No azul tinha desejo e saudade, no verde tinha desejo e amor. O que fazer quando a saudade fala mais alto?

Olhando nos olhos de Nathan, Stana pôde perceber que não tinha como fugir.

- Oh droga.

E surpreendendo tanto ela mesma como Nathan, Stana o apertou e o puxou em direção aos seus lábios. Um beijo feroz e possuído pela saudade. No início Nathan ficou meio que sem saber o que fazer, mas logo respondeu em um bom nível.

- Apenas essa vez – Stana parou o beijo apenas para falar – A ultima vez.

- Sim, a última.

Neste momento Nathan já estava sentado no sofá e Stana em cima de suas pernas. O beijo cada vez mais feroz, e os corpos cada vez mais prontos para se unirem, novamente.

- Mas não podemos. Nós prometemos que isso não aconteceria novamente – Se olharam profundamente.

"Por favor, diz que você quer." Stana

- Se você não quiser podemos parar. – Nathan beijava o pescoço dela e uma mão ia descendo pelas costas encontrando a bainha da camisa de Stana, retirando-a lentamente.

- Eu... Eu não sei – Ela olhou no azul a sua frente e se levantou rapidamente do colo de Nathan ficando de costas para ele com a mão no rosto tentando esconder a vergonha estampada nas suas bochechas. – Eu sinceramente não sei. Depois de tantos anos isso volta a acontecer. E... Eu não entendo.

- São nossos corpos Stana. Eles se conectam de uma forma inexplicável. É uma atração impossível de parar. – Nathan se aproximava a cada palavra, mas ao perceber que Stana não esboçou um movimento diante de suas palavras resolveu parar. – Que saber? Ok cansei de correr atrás de você. Esqueça que isso aconteceu.

- Nate... Espere. Onde você vai ?– Ele estava adentrando o quarto do trailer.

- Tomar outro banho. Como sempre, você bota fogo e depois sai correndo. Agora preciso dar um "jeito" na minha situação.

E assim ele sumiu da vista de Stana, deixando-a sem camisa e com um duvida na cabeça. Ela não deveria ter deixado se levar pelo prazer. Deveria ter parada antes mesmo de começar, mas não conseguiu. Como ele mesmo disse:

"É uma atração impossível de parar."

Se entregar ou fugir. Se entregar ou fugir. Se entregar ou fugir.

"Ai isso é difícil. Que merda Nathan.".

Stana começou a andar de um lado para o outro. Dava um passo em direção ao quarto e voltava. Perguntas dançavam na sua cabeça. E ela mesma respondia.

O que você ainda está fazendo aqui?

Eu quero está aqui.

Então por que não vai atrás dele?

Tenho medo.

Medo de que?

De não conseguir parar. De não conseguir ir embora.

Ela finalmente para e olha pro quarto. Fecha os olhos e ouve o barulho de água vindo do banheiro. Imagina ele lá pensando que ela foi embora, que ela é uma medrosa incapaz de ser entregar ao que sente, que tem medo de ser feliz...

Então ela lembrou:

"Última vez... Última vez que isso acontecerá."

- Por quê fugir? Não tenho nada a perder. Até porque, é a última vez.

Ainda tremendo ela andou em direção ao quarto, olhando para a porta do banheiro respirou fundo e virou a maçaneta. Encontrou Nathan de costa com a cabeça encostada na parede respirando pesadamente.

- Nate... – No mesmo segundo ele se virou surpreso.

- O q... O que você ainda faz aqui?

Stana se aproximou já sentido um arrepio correr seu corpo. Encostou Nathan na parede, ela não precisava ficar com vergonha de ter o corpo nu dele colado ao seu. Afinal, ela conhecia cada musculo, cada ponto sensível, cada lugar que o deixa excitado, conhecia o centímetro de cada parte dos braços ate a panturrilha. Não precisava ter vergonha, não queria ter. E não iria.

Olhando para os lábios dele sussurrou... E aquele sussurrou foi o bastante.

- A última vez. Uma última vez que nossos corpos se unirão. Última vez que suas mãos estarão em meu corpo. Última vez que vou querer seu beijo.

- E depois?

- Depois, depois será como se nada tivesse acontecido.

Eu sei que você está seguindo em frente
Eu sei que eu deveria desistir
Mas eu espero que você tropece e caia de novo nesta paixão
O tempo não está curando nada
Não baby, está dor está pior do que jamais esteve.