Chicletes Mágicos.
- Oe, Ichigo! – a morena gritou assim que viu o ruivo entrando pela porta do quarto.
- Lá vem... – pensou alto, notando o entusiasmo da garota. – O que foi, tampinha? – olhou dezenas de pequenas embalagens em cima de sua cama.
- Olha que demais! – ignorou o insulto. – São chicletes mágicos! – os grandes olhos azulados da garota brilhavam.
- Chicletes mágicos? – perguntou curioso.
- É! Você faz uma pergunta, e então masca o chiclete. Se ficar verde, significa que é verdade, se ficar laranja, significa que é mentira! – Ichigo achou que os olhos da garota ofuscariam até o sol, de tanto que brilhavam.
- Rukia, isso não funciona! – disse calmamente.
- Funciona sim! Quer ver? – abriu uma das pequenas embalagens. – Oh chiclete mágico, aquele que tudo sabe... Diga-nos! Eu sou uma shinigami? – então colocou-o na boca e começou a masca-lo. Alguns segundos depois, mostrou a língua para o shinigami de cabelos alaranjados.
- Viu! Ficou verde! O chiclete sabia que eu era shinigami! – Ichigo tentava segurar o riso, mas era difícil.
- Se não acredita, por que não tenta? – desafiou.
- Certo, eu vou tentar. – pegou um chiclete e abriu a embalagem. – A Rukia é tampinha? – olhou-a nos olhos, desafiador. Então colocou o chiclete na boca, e alguns segundos depois, mostrou a língua esverdeada para a garota.
- Não é que o chiclete acertou? – começou a rir. Rukia corou de raiva.
- Seu... – pegou um chiclete. – O Ichigo é um cabeça de tangerina idiota? – colocou-o na boca e depois de alguns segundos, mostrou a língua esverdeada para o garoto. – Realmente, esse chiclete sabe tudo! – riu-se.
- Ora sua... – pegou outro chiclete. – A Rukia é salva-vidas de aquário? – sabia que estava sendo infantil, mas nem se importava. Mascou o chiclete e mostrou a língua novamente. – Esse chiclete não erra uma! – riu novamente. Notou então que Rukia havia ficado séria, então notou o sorriso no canto da boca da morena.
Ela pegou outro chiclete, e abriu-o lentamente.
- O Ichigo... Gosta de mim? – perguntou. Notou o ruivo corar violentamente e segurou-se para não rir. Mascou o chiclete. Aqueles segundos de silêncio pareceram uma eternidade, e então a morena mostrou a língua. Laranja era a cor.
Ichigo notou a felicidade da garota murchar e os ombros caírem. Notou o sorriso desaparecer e um suspiro suave escapar de seus lábios.
Virou-se e andou até a porta.
- Baaaaaaka... Eu te avisei. – virou-se e sorriu para a morena. – Esses chicletes não funcionam. – saiu do quarto e fechou a porta. Não viu o sorriso da garota, muito menos os outros pacotes, ainda fechados, irem parar na lata do lixo.
OWARI!
