Sua especialidade sempre fora o desenho. Pintar, utilizar-se do monocromático, sujar os dedos de nanquim.
Todavia, ele mesmo era a antítese disso. Ele, cujo qual desenhava pessoas, animais e o cotidiano, costumava ser uma tela em branco, vazia, desprovida de sentimentos.
Mas, aos poucos, aqueles que nada sabiam de arte, o pintavam com borrões. Borrões de afeto, de compreensão.
Por mais que o quadro ainda não fosse bonito, devido a falta de habilidade, ainda sim era um quadro. Um quadro com conteúdo.
Ele, que sempre fora detalhista, começara a gostar de ser aquela obra incompleta, imperfeita, composta apenas de borrões.


N/A: Feliz aniversário, Sai! 25/11